Aqui estou eu, como prometido, trazendo uma one-shot que eu havia escrito já faz um tempinho.
Falando sobre a postagem, eu iria postar minha outra one, só que o fandom me fez passar raiva essa semana com as (malditas) guerras de shipps, então eu optei por trazer uma fic que não toca nesse assunto.
Isso aqui é o que brinco em chamar de END fluff (cansei de colocar os pontos na sigla, agora vou escrever E.N.D. sem eles) e antes que perguntem, é possível sim escrever fluff abordando esse assunto.
Isso é tudo e boa leitura!
Caos. Aquela era a única palavra que conseguiria descrever o campo de batalha. Magos das duas facções se enfrentavam na tentativa de reclamar vitória, algo que estava muito distante das mãos de qualquer um dos dois lados.
O mago negro deu o ar de sua graça e as coisas só foram piorando. O livro amaldiçoado do demônio mais poderoso havia sido aberto. Logo aquele lugar estaria manchado com ainda mais sangue.
Quando o livro de E.N.D. foi aberto, algo estranho aconteceu. Lucy não conseguia entender o que estava acontecendo ali. Primeiramente uma luz brilhante e agora, o tempo parecia estar congelado.
Ela não estava sozinha. Ela conseguia sentir. Uma pequena figura encapuzada se aproximou da maga Celestial.
— Nós não temos muito tempo. — Disse a figura encapuzada e logo parou de se aproximar.
— Quem-quem é você? — Indagou Lucy ainda desentendida.
O capuz caiu, mostrando fios rebeldes rosados e tristes olhos verdes-escuros. Olhos que estavam evitando Lucy.
— Eu sou E.N.D., por favor não tenha medo. Eu não vou te machucar...
Lucy se sentia perdida. Não havia palavras para descrever como ela se sentia. Ela havia ouvido sobre E.N.D. e como ele era perverso e toda a situação com a Tartarus veio à sua mente. Mas ela também sentia pena. O mais poderoso e perigoso dos demônios criados por Zeref era uma criança. Uma fofa e triste criança.
O menino demônio continuou a falar, sem levantar seu olhar para encontrar com o de Lucy uma vez sequer.
— Por favor, me ajude. Meu irmão quer que eu o mate, mas eu não posso! Não importa o fato dele estar louco, ele ainda é o meu onii-chan!
Lucy estava cada vez mais surpresa com o menino demônio. Ela não sabia o que dizer e optou por deixá-lo falar.
— Por favor, quando o tempo voltar ao normal, me pare. Eu já tenho muito sangue nas minhas mãos. Eu não quero ter o sangue do meu próprio irmão sujando ainda mais as minhas mãos! Ele é a minha última família que ainda vive...
— Por que eu? — Perguntou Lucy.
O menino demônio ergueu a cabeça e pela primeira vez, a olhou nos olhos.
— Porque você é a única que consegue parar o meu outro lado quando eu quase perco o controle. E você é a única que pode conseguir evitar que eu cometa o maior erro da minha vida.
— Então eu farei. Você já me salvou várias vezes, agora é a minha vez de te ajudar.
E.N.D. sentiu as lágrimas virem e deixou com que elas caíssem. Ele podia sentir seu coração mais leve, da mesma maneira que ele costumava ser quando ele era apenas um menino humano.
— Obrigado. Eu tenho mais uma coisa para você.
Lucy observava enquanto ele pegava um livro de debaixo do capuz.
— Aqui. Esse é o meu livro. Eu o confio a você, porque não há ninguém melhor para cuidar dele para mim.
O cenário começou a desaparecer e o tempo voltou ao normal. O campo de batalha estava de volta e Lucy conseguia sentir a capa de couro do livro em suas mãos.
Ela prometera que faria o desejo dele realidade. Agora era hora. Lucy faria de tudo para que aqueles dois irmãos não acabassem por matar um ao outro.
Pois ela havia prometido ao mais novo que faria. E ela se recusava a decepcioná-lo.