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Parte 3
Começava a tocar mais uma música do DOES. Sim, era mais uma abertura do anime Gintama, mas uma temporada na TV, com uma das suas melhores performances ? ou talvez a melhor numa abertura.
Mas... Em vez do protagonista Gintoki... Estava Kagura!
- WAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!
Gintoki acordou apavorado.
- O quê...? O que aconteceu? Ainda sou o personagem principal do anime e do mangá?
- Gin-san ? Shinpachi aparecera atraído pelo grito do outro. ? O que aconteceu?
- Foi só um p...
- NUNCA SE ATREVA A ATRAPALHAR O SONO DE UMA MULHER!! ? Otae aparecia como um raio e desferia um golpe fulminante no samurai de permanente natural.
- UUUUUUUUUUHHHHHHHHH...!!
Shinpachi, ao ouvir esse grito de Gintoki, sentiu a dor como se fosse sua. E o pobre Yorozuya mais uma vez se contorcia de dor em menos de 24 horas. E mais uma vez levava as mãos aos ?países baixos?, impiedosamente atingidos pela segunda vez.
Naquele momento, não sabia qual golpe doera mais: se o de Kagura, ou o de Otae. Mas tinha certeza de uma coisa: de que seus ?países baixos? corriam sérios riscos. Sérios mesmo, com uma psicopata por perto.
*
De volta à Yorozuya...
- Bom, Pattsuan... ? Gintoki disse a Shinpachi. ? Hora da operação ?Kagura, volte ao normal?.
- E então, qual o seu plano?
- Você vai ver.
- Sakata-san ? ouviu a voz de Catherine, a mulher-gato que trabalhava com Otose. ? Sakata-san!
Gintoki recuou, puxando o garoto de óculos e se escondendo ao lado do prédio e atrás de algumas latas de lixo.
- Droga...! ? resmungou. ? Eu não contava com ela tão cedo...!
- Sakata-san... ? Catherine continuava a bater na porta. ? Sakata-san, seu idiota!
A porta se abriu.
- Olá, Kagura! Sakata-san está aí?
- Não. ? ela respondeu cutucando o nariz.
- Sabe onde ele está?
- Não faço ideia. Veio cobrar o aluguel pra bruxa velha?
- Não chame a Otose-san de bruxa velha, menina.
- Dá na mesma.
- Você tá estranha.
- E você é estranha. ? Kagura frisou, encarando a Amanto com olhos de peixe morto.
Enquanto Kagura e Catherine discutiam sobre quem era mais estranha, Gintoki e Shinpachi conseguiram entrar de fininho na Yorozuya. Quando entraram, Gintoki via tudo escuro:
- E agora? Quem foi o imbecil que apagou a luz?
Sentiu um bafo quente envolver sua cabeça, bem como um bafo não muito agradável. Foi quando sua ficha caiu de vez:
- Eu devia saber que era você... Sadaharu. Agora, solta a minha cabeça... Ou vou furar a sua barriga com a minha espada e...
O cachorro gigante logo cuspiu a cabeça do samurai, que ficou toda babada.
- Shinpachi-kun... Vou lavar a minha cabeça e já volto. Me avise quando a Kagura entrar, porque quero fazer uma ?surpresinha? pra ela. Eu sou original e não aceito imitações!
Gintoki foi direto ao banheiro retirar a baba de sua cabeça, enquanto Shinpachi ficava de vigia. Mas...
- Ei, Pattsuan.
- Eh? ? o garoto de óculos estava surpreendido. ? K-Kagura...?
- Ei, Pattsuan.
- G-Gin-san...?
?Tô frito!?, pensou. Gintoki e Kagura se encaravam, a ponto de saírem faíscas dos olhos de ambos. Uma luta seria iminente.
Gintoki cutucou o nariz. Kagura fez o mesmo. Ele cutucou o ouvido, e ela fez o mesmo. O samurai soprou a cera que estava no dedinho. A garota Yato fez o mesmo. Tudo era igual e perfeitamente sincronizado. Tudo mesmo no gestual de Gintoki era imitado à perfeição.
E aquilo irritava o samurai de cabelo prateado. Irritava mesmo, porque uma veia começava a se estufar nele e vinha aquela vontade de ir pra cima de Kagura, que crescia cada vez mais.
Que se danasse o fato de ela ser uma garota.
- AH, SUA PIRRALHA! VOU TE ENSINAR A NÃO FICAR ME IMITANDO DESSE JEITO!
- Calma aí, Gin-san! ? Shinpachi tentava segurá-lo. ? É a Kagura! Não vá fazer uma loucura!
- Dane-se! Já tô de saco cheio de ser imitado!
Shinpachi não conseguiu segurá-lo. Gintoki foi pra cima de Kagura, que desferiu um soco, mandando-o pro meio da rua. Claro que não sem antes destruir a porta corrediça.
- Sua louca!! ? ele esbravejou. ? Olha o que você fez com a porta!
Subiu correndo de volta à Yorozuya e logo se atracou na garota, louco para lhe dar uns sopapos pra ver se ela voltava ao normal. Apenas conseguiu despencar com ela na rua.
- GIN-SAN! KAGURA-CHAN! ? Shinpachi corria pra tentar separar a briga.
Shinpachi se pôs entre os dois, mas tudo o que conseguiu foi tomar um soco de cada um e cair no chão.
Gintoki e Kagura se afastaram. Em seguida, correram um de encontro ao outro, com espadas de madeira em punho.
?Sacanagem! Ela pegou a minha espada reserva!?, o samurai pensou. ?Vou ter que escondê-la num lugar melhor!?
Kagura avançava a uma grande velocidade, mais do que Gintoki. Mas, quando os dois iriam se encontrar de vez... Algo fez com que a Yato tropeçasse e voasse numa velocidade vertiginosa, colidindo-se fortemente com uma parede.
Gintoki só sentiu uma rajada de vento passar por ele.
- KAGURA-CHAN!! ? Shinpachi correu ao local onde a garota estava caída, em meio aos escombros.
- Como é que ela foi parar aí? ? Gin perguntou ainda sem entender direito o ocorrido.
- Parece que alguém pôs o pé no caminho e a Kagura acabou tropeçando.
- Mas quem botou o pé no meio?
Uma placa apareceu com os dizeres: ?Olhe para trás.? Gintoki e Shinpachi olharam para trás e descobriram o dono do pé que fizera Kagura tropeçar.