Minha vida e o futebol!

Era uma manhã como qualquer outra na escola Raimon, os alunos já chegavam aos montes para as aulas, e lá no meio dos alunos estava Endo, o capitão do time da Raimon que não faz muito tempo que tinha ganhado o título de campeões do mundo, era o primeiro grande título que o time ganhava há 40 anos, mas depois da FFI, o time não participou de muitas partidas, algumas escolas tinham ate medo de jogar contra eles, e os poucos que jogavam perdiam com facilidade, por isso o time acabou perdendo interesse no futebol.

Endo caminhava em direção a pequena casa de madeira onde o time se reunia, abriu a porta e aquele velho rangido ainda soava, ele entrou na casa com esperança de ver seus companheiros lá dentro a sua espera, conversando sobre o próximo adversário, mas ao entra ele encontra Aki.

- Hum, Endo-Kun.

- Oi, Aki, o que você está fazendo aqui?

- Eu só estou pegando uns papeis que o diretor pediu... ? disse Aki arrumando os papéis e sem querer, ela deixa cair uma foto, era do time logo após de ter ganho o título mundial. Endo se agacha e pega a foto.

- O FFI. Nossa foi tão legal; jogamos com todos os melhores times do mundo, conhecemos pessoas novas e com técnicas incríveis, eu também encontrei o meu avô que estava desaparecido.

- É verdade, mas isso é só uma lembrança.

- Lembranças... Como queria viver esses momentos de novo.

- Endo, você não deve viver no passado, tem que pensar no futuro, arranja um emprego, formar uma família.

- Eu não me importo com isso, minha vida é o futebol, ele me deu força, amigos, e por isso eu vou continuar o time.

- Mas você não percebeu? Metade do time não aparece nos treinos a mais de uma semana, o Kazemaru voltou para o time de atletismos e os outros nem se que eu vir mais jogar, ele devem ter de...

- NÃO, eles não desistirão, por que iriam? O que é mais importante do que joga futebol?

- Para sua informação existem sim coisas mais importantes do que o futebol, mas você é muito criança para percebe isso! ? Disse Aki, que correu com lágrimas nos olhos.

Endo ficou assustado com a atitude de Aki, e ficou pensando sobre essa frase que ficou cravada na sua mente: "por que ela chorou?"

(...)

No dia seguinte, já na classe, Endo estava sentado, parecia triste e pensativo, isso porque não parava de pensar nas palavras de Aki; ela realmente ficou zangada, nem sequer ela apareceu para acompanhar Endo no caminho para escola, como ela sempre fazia, mas logo ela apareceu na classe, mas ela não olhou pra Endo, como se ele não existisse.

"A Aki está certa, o pessoal não esta mais ligando parra o futebol" - pensou Endo, que se lembrava da situação do dia anterior.

Quando saía de casa, encontrou Goenji caminhado na beirada daquele campo sem grama, ele corre em direção a ele e falou

- Ei, Goenji!

- Ola Endo.

- Você não apareceu mais nos treinos. o que houve?

- Estou meio atolado em algumas disciplinas, fiquei estudando em casa.

- Hum, bem mais você pode treinar amanhã?

- Não vai dar, estou muito ocupado para ficar jogando bola, quem sabe outro dia! ? disse Goenji e com um gesto se despediu de Endo que ficou sozinho de novo.

"E quando será esse outro dia?" - pensou Endo

Pensamentos como esse assombravam Endo; o futebol para ele devia acabar?

- Muito bem, quero a atenção de todos! ? disse o professor que mal acabava de entra na sala.

- Hoje a nossa aula será uma visita ao museu de Inazuma, por favor, peguem seus materiais e se se dirigem ate o ônibus da escola.

Todos os alunos se levantaram e foram ate o ônibus, e no corredor na escola, Edon vê Kazemaru indo ao mesmo caminho

- Kazemaru? A onde você vai?

- Ao museu, vamos ter um passeio lá.

Endo perguntou isso para Kazemaru, pois eles não eram da mesma sala Ao entrar no ônibus, Endo vê o resto do time no ônibus, Someoka, Goenji, Kido, e etc.. Quando entrou, Endo não falou nada, e saiu do ônibus do mesmo jeito.

- Ele tá bem quieto hoje. ? disse Kido para Goenji.

O museu de Inazuma, um ponto da cidade desconhecido para algumas pessoas, não era um museu grande, mas também não era muito pequeno. Escultura, quadros e esqueletos havia naquele lugar, o grupo formado por quatro turmas e estavam fazendo um tour pelo museu, mas Endo nem sequer ligava para isso, estava bem deprimido. O grupo estava centralizado em um enorme esqueleto de tiranossauro Rex e o professor ensinava sobre a vida pré-histórica; Endo ficava mais afastado do grupo, até que sua atenção voltava para uma sala com as luzes apagadas, ele olhou e ficou curioso, se afastou do grupo e ninguém percebeu, Endo entrou naquele salão pouco iluminado, seus passos batiam com o eco, ele realmente estava sozinho, se aproximou de uma placa que dizia:

?A Lenda das Pedras dos Reis. São sete no total, e elas separadas, são inúteis pedras de formas e cores estranhas, mas juntas tem o poder de atender um pedido, quando o sol chega ao ponto mais alto do céu, elas mostrarão um novo mundo?.

Endo olhou então para as pedras e pensou: "Se eu pedir, elas vão me atender? Então eu quero viver minhas lembrança novamente, quero que a Raimon volte a jogar." O relógio do museu batia. São 12h00 horas, as pedras começarão a brilhar na frente de Endo de forma assustadora, logo as luzes das pedras eram mais forte do que de um farol, e Endo já não conseguia ver mais nada, do branco veio um breu.

(...)

Endo se acorda aos poucos, abre os olhos e percebe que estava deitado no chão, ele se ergue e vê que não está mais no museu, mas sim no campo de futebol que fica perto de uma ponte de ferro a beira de um rio, era o campo onde sempre jogava que fica no caminho da sua escola, ele levou a Mao ate o rosto em sinal que estava com dor, e percebeu que não estava mais usando a faixa de seu avô.

- O que? Cadê a minha faixa? ? se perguntou Endo.

Não era só a faixa que tinha sumido, suas roupas tinham mudado, não estava mais de uniforme, mas trajava uma camisa braça com uma calça preta e sapatos da mesma cor. Endo então se levantou, não sabia o como ele tinha chegado ali, em tão foi para casa. No caminho ele percebe alguns estudantes indo para escola, eram da Raimon mais usavam um uniforme diferente, as garotas usavam uma camisa branca com um pequeno símbolo de um raio na altura no coração, usava uma saia não muito grande de cor preta, meias brancas que ia ate a altura das canelas e sapatilhas, os garotos usavam uma roupa semelhantes às de Endo, ambos carregavam uma bolsa igual a da escola de Endo, só que na cor azul, Endo continuou a caminha em direção a sua casa e encontra sua mãe lavando a calçada enfrente de casa.

- Mãe! ? gritou Endo correndo em direção a ela.

- Han? - disse a mãe

- O que foi? Não se lembra de min. Sou eu o Endo seu filho.

- Meu filho? Você deve está me confundido ? disse a mulher com estranheza.

"Ela não se lembra de mim?" ? pensou Endo preocupado.

- Há, já sei quem é você, você e o filho de minha irmã... nossa, o que sua mãe pensaria ouvisse isso de você?

Endo ficou confuso, por que sua mãe não estava lhe reconhecendo como seu filho, mas sim como sobrinho?

- Sua mãe ligou para mim e disse que você vinha morar com a gente, mas pensei que você ia chega só de tarde, e onde estão suas malas?

Endo ficou calado, pois não sabia responder.

- Você deve ter despachado né, então só vai chegar depois, entre vamos tomar um café.

A mulher entrou na casa e o chamou para entrar, Endo foi ate ela e permaneceu calado, ainda queria entender a situação.

- Filha, venha ver o seu primo Endo que chegou de viagem ? disse a mulher.

Endo caminhou ate a cozinha e vê uma garota sentada na mesa, ela estava comendo seu café da manhã e assistindo TV. Endo se assustou com tamanha semelhança que ela tinha com ele, eram quase da mesma altura, tinha os olhos e cabelos castanhos, só que o cabelo dela era mais comprido e por isso amarava em forma de maria-chiquinha, e ela estava usando a faixa de seu avô.

- Oi, prazer em conhecê-lo. - disse a garota.

E Endo ficou lá parado, sem nenhuma ação, o que ele devia fazer?