Escuridão

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    Capítulos:

    Capítulo 53

    Capítulo 53

    Estupro, Hentai, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo

    Hey people... XD olha só que resolveu aparecer por aqui... :v *foge dos ovos...* ta já saquei...

    Aproveitem enquanto eu não comecei meus estágios XD porque quando eu começar...morri para qualquer outra coisa que não sejam meus estágios, provas TCC...e por aí vai u.u'

    Espero que gostem...ou não vai saberuehuehueh

    Os dias foram passando desde aquele dia no fórum. Genbu voltou a trabalhar assim como os seus colegas. Pediu para que a segurança fosse redobrada. Não aceitaria de modo algum que seu querido tio voltasse para lá. Mas tinham outras formas de seu tio entrar em contato...

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    Shion não aguentava mais. Ele queria procurar o delegado e contar o que aconteceu em sua casa no dia da morte de seus pais. Dohko fez de tudo para tentar acalmá-lo. Desde doces até massagens nas costas. Eles precisavam seguir as orientações do ruivo, porém ele esperava ser chamado pelo delegado. Não havia como escapar.

    &&&

    Kárdia esperava retornar o mais rápido possível par junto de seu irmão. Quanto mais procurava, mais coisa achava. Aquilo estava ficando cada vez mais esquisito! Sísifo contava que houvera movimentos estranhos naquela ilha desde que o escorpiano fora embora morar com o irmão.

    - Kádia, desista! Você não vai conseguir encontrar nada desse homem!

    - Como pode saber tanto assim Sísifo? Você trabalha para ele? É algum tipo de cúmplice?

    - Não! Eu odeio esse homem tanto quando qualquer um. Por causa dele, meu irmão mais velho morreu.

    - Irmão e amante né?

    - Pare com isso! Ele era apenas meu irmão. Quando sua esposa faleceu, no parto do meu sobrinho, ele veio morar comigo sim. Mas não aconteceu nada. Você continua o mesmo maluco de sempre.

    - Ora... Não vai me dizer que nunca teve vontade de dormir com o Ilías?

    - Por favor Kádia! É claro que não. De onde tirou essa ideia maluca? Aliás... Você dormiria com o Milo?

    - Claro! Eu já dormi com ele. Milo tinha medo de certo barulhos durante a chuva e pulava pra minha cama. Mas é só.

    - Céus... Você é louco... Bom pelo menos ele tinha medo de tempestades. Mas voltando ao assunto... Pare de investigar Hades Demian... Esse homem é perigoso.

    - Perigoso e que sentido Sísifo? Eu estou ajudando meu irmão e uns amigos dele nessa investigação. Pode me contar o aconteceu. Somos amigo.

    - Kárdia... Da última vez que alguém mexeu com o presidente da Grécia, acabou em morte. A morte do meu irmão. Então pare enquanto há tempo Kárdia. Não quero mais perder ninguém importante pra mim. E isso inclui você. Sabe que é u grande amigo.

    - Fico contente em saber disso, mas temos mais vidas em jogo Sísifo. Mas eu acho que você sabe do caso que eu estou falando.

    - Não sei que caso é esse Kárdia! Apenas peço para parar com as investigações.

    - Sísifo há mais pessoas do que você pode imaginar. O Dégel está em perigo. Milo, Camus, todos os meus amigos em Athenas correm perigo. E eu dependo de certas coisas. O francês esta aqui para relaxar. - Olhou de relance para o Dégel que não parava de tirar fotos. Afinal seu trabalho era aquele. - Entenda Sísifo. Todos nós estamos correndo perigo de vida! E eu preciso dessa informação o quanto antes!

    Sísifo olhava de um para o outro e suspirou. Se ele contasse o que sabia, sua vida estava em jogo. Não só a sua, mas a de seu sobrinho também.

    - Kárdia... O que vou lhe contar é segredo. Apenas a polícia pode saber. Mas logo após isso, eu tenho que deixar essa ilha! Eu e Regulus.

    - Mas o que pode ser tão grave a ponto de você querer sumir?

    - Sou eu que cuido dos “negócios” desse homem. Ele vem aqui as vezes. Me procurando para... Para... Bem ele vem aqui querendo vítimas. A última foi uma família de cinco pessoas. Um casal e seus três filhos. Na época eu não cuidava de nada, apenas ficava aqui cuidando da loja. Meu irmão foi o escolhido para tal, mas ele era muito justo. Ilías não era desses. Um dia, eu ouvi uma discussão. E acabei me escondendo para ouvir melhor sobre o que falavam. Hades lhe contou tudo. Tudo o que fazia ou o que deixava de fazer. Como ele engana as pessoas. E como as matam depois que consegue coloca-las a falência em jogos, bebidas e drogas. Esse homem encontrou a família perfeita. Um marido e pai que era viciado em jogos. Uma mulher e mãe que apenas cuidava da casa e dos filhos. E seus três belos filhos. Hades estudava seus alvos com muito cuidado. Sabia onde guardavam suas coisas de valor. Senhas de cofres e banco. Não me pergunte como. Mas ele faz de um modo, que seu alvo confie tanto nele, que depois de um tempo, ele consegue essas informações. Mas ele não mata. Manda matar e só aparece no final para limpar o local. A final, incendeia a casa com os corpos dentro da mesma. Eu ouvia esse miserável contar para Ilías, mas quando meu irmão rejeitou participar disso, ele acabou com a vida dele num piscar de olhos. O barulho do tiro fora alto. A minha sorte foi que Regulus não acordara com ele. Caso contrário seria difícil contar a ele. Como eu fiquei escondido num lugar estratégico, ele não me vira nem por um minuto. Apenas quando Hades saiu de casa eu corri para o lado corpo do meu irmão caído. Ele ainda respirava com dificuldades. Sorriu quando me viu ao seu lado. Disse que ouvi toda aquela conversa e me fez prometer que nunca contaria. Nossa vida dependia do meu silêncio. Ilías de alguma forma sabia que eu estava ali e escondido. Ele insistiu para que a promessa fosse cumprida e morreu em meus braços. No dia seguinte, Regulus veio me perguntar do pai que não o viu no quarto. Nesse momento, eu me mantive forte. Disse que havia saído para trabalhar. Durante a noite eu pedi ajuda. Retiramos o corpo da sala e o enterramos num cemitério. Voltamos para a nossa casa e os vizinhos e ajudaram a limpar a bagunça. Agora meu sobrinho sabe que seu pai morreu. Mas não sabe como e nem o porque. Não tive e nem tenho coragem de lhe contar. Então eu te peço Kárdia... Pare com isso. Fale par ao Milo mandar pararem com as investigações. Hades Demian ainda vem nesta ilha. E me procura para que eu entre para seu esquema. Disse apenas que cuidaria dos negócios dele. E ele me deixou encarregado de tráfico de drogas e de mulheres. Eu sei que é errado. Mas ele desconfia ainda daquele dia. Da morte de Ilías. Provavelmente ele percebeu que eu estava escondido naquela hora.

    - S-Sísifo eu n-não... Droga! Você é a prova viva da qual Milo procura! Você precisa ir comigo para Athenas.

    - NÃO Kárdia! Vocês que precisam parar com isso. Não levará em nada. Para com isso. Agora eu preciso ir.

    - Já vai embora?

    - Preciso arrumar minhas coisas e partir. Se ficar, serei morto. Eu e me sobrinho. Hades me ameaça sempre que vem aqui.

    - Você tem muito medo desse homem. Porque?

    - Porque ele é poderoso? Ora Kárdia... Você também teria medo se estivesse em meu lugar.

    - Não sei... Para mim ele fez mais alguma coisa. Ele te usa?

    - C-Como assim?

    - Você gaguejou! Vamos conte-me! Ele lhe usa como uma prostituta Sísifo?

    - ... O que quer dizer com isso Kárdia?

    - Pare de fugir Sísifo! Ele o trata como uma prostituta não é mesmo? A partir de agora você vai comigo para Athenas.

    - Eu não vou a lugar nenhum Kádia!

    - Vai! Ah você vai! E nós ainda vamos conversar muito a respeito disso. E não estou pedindo. Estou mandando. Você e seu sobrinho vão comigo e com Dégel. E vamos hoje! Nós vamos com você até sua casa, você faz suas malas e pega Regulus. Vamos até a casa da minha mãe, faremos as nossas malas e partimos.

    - K-Kárdia... E-eu...

    - Pare de gaguejar! É irritante. Vamos logo. Estamos perdendo muito tempo aqui... Dégel... - Gritou. - Você espera aqui Sísifo! - E foi atrás do francês o buscando para irem até do outro grego. Sísifo ficou pensando nas palavras do amigo e decidiu ir com eles. Agora estava mais seguro.

    &&&

    Na delegacia tudo corria bem. Era isso o loiro pensava. Seu celular tocou e ele atendeu assim que viu um número conhecido. Mas porque Shijima o ligava? Era sempre para Asmita que o ruivo ligava.

    - Shijima? Aconteceu alguma coisa com os meus sobrinhos?

    - Calma irmãozinho! Esta tudo bem com eles. Escuta será que você pode me buscar aqui no aeroporto? Acabo de chagar da Índia. E quero conversar com você. A respeito de Asmita.

    - Asmita? O que tem nosso irmão? - Ele perguntou enquanto terminava de suturar um cadáver que chegou para ele. - Shijima eu preciso desligar. Estou no trabalho terminando de suturar um defunto.

    - Por Buda Shaka! Odeio esse seu trabalho de legista! Você tem potencial para trabalhar em um hospital.

    - Mas eu trabalho em um. Saio daqui e vou para lá quando me chamam. E quando tenho folga na corporação, vou para o hospital. E quando tenho folga no hospital eu...

    - Shaka para. Saber que você disseca cadáver já me embrulhou o estômago!

    - Fresco! É eu preciso terminar aqui e vou te encontrar.

    - Por favor Shaka Anusha... Quando terminar quero que tome um banho! Isso é horrível!

    - Continua o mesmo fresco de sempre. Acho que agora eu entendo o porque nós não nos entendemos. Tudo bem farei como pede. Agora preciso desligar!

    - Claro Shaka! Bom trabalho aí...

    - Obrigado até mais.

    Shaka suspirou desligando o aparelho. Seu colega que o ajudava achava engraçado o jeito do amigo. A pessoa do outro lado da linha deveria ter chateado o loiro. O que a sua curiosidade não deixou que ficasse quieto.

    - O que houve?

    - Shijima...

    - Quem?

    - Aah... Desculpe! Shijima é meu irmão mais velho. O do meio.

    - Shaka... Eu só conheço você! Não seus irmãos mais velhos!

    - Desculpa... As vezes eu me esqueço desse detalhe Kaiser.

    - Não peça desculpas loiro. Está tudo bem. Se quiser, pode ir que eu cuido de tudo por aqui.

    - Tem certeza? Não quero parecer estar me aproveitando da situação...

    - Loiro tchau! Já disse que cuido das coisas por aqui. E pela cara que faz ele está indignado por você ser médico legista... Vai pra casa, troque de roupa e busque ele. Depois eu lhe deixo a par de tudo o que ocorreu aqui.

    - Tudo bem. Já que esta mandando eu abandonar meu posto, irei seguir suas ordens senhor!

    - Para com isso indiano. Sabe muito bem que o superior aqui é você.

    - Mas você sabe muito bem que tem potencial para subir de cargo.

    - É eu sei disso. Mas eu estou feliz em ser seu ajudante. Apesar de ser médico, eu prefiro mexer com cadáveres.

    - Prefiro vidas. Mas como eu gosto das duas coisas que faço, é difícil escolher.

    - Certo seu loiro budista tchau!

    - Grosso. Até mais ver Kaiser!

    - Até mais ver, Shaka. - O loiro deu as costas para seu colega. Mal sabe ele que o outro homem ria da sua cara ao se lembrar do telefonema. Shaka estava ferrado!

    &&&

    Genbu estava trabalho em seu escritório. Desde aquele incidente com seu tio, ele havia feito algumas mudanças no fórum. Apenas uma coisa ele não esperava...

    - Alô?

    - Oi sobrinho querido!

    - HADES!!!

    - Então ainda se lembra de mim? Titio está chateado! Você é um péssimo sobrinho. Não fez aquele favorzinho para mim.

    - Que favor?

    - Ora Genbu... Não se faça de sonso! Eu mandei você buscar a encomenda há alguns dias atrás.

    - Eu não fui e nunca irei buscar as drogas que VOCÊ encomenda. Eu larguei tudo o que me ligava a você! Esqueça que eu existo!

    - Ora meu querido sobrinho... Não dá para esquecer alguém tão lindo como você! Ainda mais quando as notícias falam muito bem do seu fórum e de seus casos com sucesso.

    - Agradeço aos elogios, mas preciso voltar ao trabalho.

    - Não irá desligar seu telefone. Quero lhe ver Genbu! Pode me encontrar no restaurante perto do lugar onde você trabalha, na hora do almoço?

    - Para quê? Para você tentar e matar envenenado? Não obrigado! Eu prezo pela minha vida!

    - É assim que você me trata? Seu querido tio?

    - Meu querido tio que me viciou em LSD quando mais novo após a morte do meu pai.

    - Oh o bebê ficou bravo? Escute aqui Genbu! Quero que venha me ver nesse restaurante perto do seu trabalho. Não me faça ir buscá-lo a força! Será pior. A menos que você queira lembrar dos velhos tempos!

    - Que velhos tempos? O que há para se lembrar? - O ruivo levantou-se de sua cadeira e fechou a porta, trancando por dentro. - Não tenho nada para lembrar vindo de você Hades! Agora se me der licença, tenho alguns casos para averiguar!

    - Quer mesmo que eu lhe conte o tem para ser lembrado? Venha me ver Genbu! A não ser que queira que eu vá lhe buscar.

    - Que horas?

    - Aahh vejo que mudou de ideia! Às 13 horas. Quero que venha nesse horário. Nem mais cedo nem mais tarde.

    - Odeio você!

    - Não era isso o que dizia antigamente! - Sorriu sarcástico. - Estarei lhe esperando. Não demore!

    - Vai se foder Hades! - Antes que ele ouvisse voz irritante do tio desligou o celular, retirou a bateria e o chip, quebrando este ao meio.

    O ruivo olhou no relógio. Eram quase... Espera! Ele estava... ATRASADO?! Maldito Hades! Ele ligou em cima da hora. Sua vontade era de não ir. Mas acabou lembrando seu passado. Seu tio não era uma pessoa muito... Boa. Muito menos paciente. Enrolou um pouco mais e quando olhou mais uma vez, percebeu que não daria mais tempo. Tratou de sair sua sala que ainda estava trancada. Quando saiu pela porta, disse que ia almoçar fora.

    Pediu a um segurança que trabalha no fórum para acompanha-lo até o restaurante. Estava sério. Em sua mente ele só pensava em uma coisa: Kiki e os demais.

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    Hades esperava seu querido sobrinho sentado numa mesa no restaurante. Estava radiante. Ele planejava usá-lo em um golpe. E se desse certo... Lambeu os lábios ao pensar em seu plano!

    Levantou-se da cadeira ao ver o ruivo entrar pela porta. Sorriu ladino, porém o mesmo morreu na mesma hora. O advogado veio acompanhado. Como ele ousa...

    - Porque você trouxe esse homem?

    - Quem? Albion? Ah tio... Ele é um amigo e trabalha comigo no fórum. - Ele havia conversado com o outro homem antes de adentrar o recinto.

    - Oi, como vai senhor...

    - Hades! Pode me chamar de você! “Droga Genbu! Como você pode?”. - Pensou.

    - Espero que não se importe por ele ter vindo comigo!

    - Ah não, não... Vamos sentem-se! - Hades estava puto. Como ele ousou ter convidado mais uma pessoa para aquele almoço de “negócios”? Aquilo não ficaria barato.

    Genbu por outro lado, sabia que a ira de seu tio logo cairia em sua cabeça. Mas com ele se entenderia depois. Albion contava tudo o que Hades gostaria de saber. Ele mentia bem. Apesar de formado em advocacia, ele largou, pois viu muita coisa errada onde trabalhava. Decidiu trabalhar de segurança e aceitou o convite do ruivo, apesar deste ter convidado para trabalho como advogado mesmo. Porém teve a recusa.

    Conversaram um pouco mais. Finalmente o almoço acabou! Genbu levantou-se e foi até o caixa sendo seguido pelo Albion. O jovem ruivo pagou os dois almoços. Logo atrás, Hades vinha co cara de poucos amigos. Aquilo ainda teria volta. Mas seria para outro dia.

    &&&

    Mu e Kiki estavam para sair da escola. Eles tinham aula até às 13 horas e 15 minutos. O irmão mais velho estava presente na saída. Dohko não podia ir com o namorado pois estava no hospital. No lugar dele, Aiolia e seu irmão estavam por perto. O ariano de cabelos verdes os conhecia. Vez ou outra, os dois estavam na delegacia ou junto do médico legista.

    O sinal toca. Os portões da escola abrem-se. Vários alunos vão saindo. Eis então que o irmão mais velho vê seus dois irmãozinhos saindo. Ao lado de Mu, vinha aquele garoto de cabelos verdes e de olhos coloridos: Fudou. Assim que cruzaram a saída, o indiano se despediu dos amigos. Ou era isso o que esperava.

    - Oi garoto...

    - Eu?

    - Sim... Desculpe, mas qual é o seu nome mesmo?

    - Me chamo Fudou.

    - Gostaria de almoçar em casa?

    - E-eu... Não sei...

    - Vamos vai! Aproveitamos e faremos o trabalho em dupla. O que acha?

    - Humm... Tá pode ser! Mas eu preciso avisar o tio Asmita. Disse que iria direto pra casa hoje!

    - Avisa lá de casa. Vamos!

    Kiki simplesmente saiu puxando o novo amigo pelo braço feliz da vida pelo indiano exótico ir em sua casa. Mesmo que fosse pra dazer um trabalho. Mu e Shion olharam um para outro e riram. Esse jeito do caçula era muito engraçado. Mas era uma coisa aceitável devido ao que passaram.

    O lilás se distraiu por um tempo e olhou para o lado oposto. Seu coração disparou. Ele ficou mais branco e agarrou-se a roupa de Shion que não entendeu num primeiro momento. Ele olhou para o irmão do meio e o viu sem cor. Seguiu o olhar deste e vira o que o deixou o outro neste estado. O menino que estuprou seu irmão quando este estava no orfanato estava solto. Parecia ferido, mas seu olhar para o ariano era... Estranho. Maligno. Ele fez um sinal apontando para o seu membro e depois fez um outro na base do pescoço. Ao que indicasse morte.

    Aiolia e o irmão viram a cena e trataram de sacar as suas armas. Os alunos que virama cena, correram de volta a escola e ficaram por lá. Shion aproveitou a chance e puxou a todos para o seu carro. O veículo era blindado. Aiolia deu cobertura para o outro policial que acelerou o carro e começou disparar. O outro garoto sorriu malicioso e correu na direção contrária. O sagitariano fora rápido. Deu mais alguns disparos e acabou acertando fatalmente o guri. Ele parou a viatura e chamou reforços. Naquele dia, Milo e seu companheiro Camus, que estavam mais perto, atenderam ao chamado.

    Os quatro, virama cena. Kiki fechou os olhos não querendo ver mais. Mu coitado... Este não tirava os olhos da cena que vira. Há alguns metros deles, aquele garoto que o estuprara estava baleado e ainda mantinha o olhar malicioso na direção do lilás.

    Aiolos ainda mantinha o revólver apontado para o outro. Uma outra viatura parou ao lado do sagitariano. Os dois policiais desceram com a arma em punho. Assim que eles viram de quem se tratava, Milo abaixou perto do foragido.

    - Oque você faz aqui? - Ele mantinha sua arma bem apontada para aquele meliante. - Responda!

    - O que mais... Anh e-eu faria? Vim ver a minha putinha linda! M-mas esse policial idiota... Atirou em m-mim!

    - Bem feito! Não era para você ter fugido e nem para ter vindo até aqui. Sabe muito bem que não é bem vindo aqui!

    - E-eu... Es-tava com s-saudades da minha putinha... Vim vê-la!!!

    - Não diga mais isso! Ele tem um nome, família, um lar! Deixe o Mu em paz!

    - F-família? Então a minha putinha... A-arrumou um lar é?

    - Ele foi adotado! Ainda esta em fase de adaptação! - Camus resolveu intervir. Antes que o namorado dissesse alguma bobeira. - Então pare de agir como se ele o pertencesse!

    - Mu me pertence! Desde a-aquele dia no beco! - Lambeu os lábios ao pensar naquele dia. - Lembro-me... C-como se fosse hoje!

    - Cale-se!

    - Escute Aiolos... Você que atirou nele não é mesmo? Quanto tempo de vida esse infeliz tem?

    - Acho que só mais alguns instantes. Sei que era para aceitar nenhum ponto vital. Irei para julgamento mas fiz isso para impedi-lo de fugir e tentar qualquer coisa que fosse contra o Mu!

    - Não fique assim. Sabemos que você é justo! Não ira em cana.

    - Irei confiar em você Milo!

    - Você é muito justo Aiolos. Estamos do seu lado. E Saga sabe que você fará qualquer coisa para proteger o garoto.

    Eles nem se deram conta de que o outro se rastejava ou tentava, pois não saiu de perto de Milo. Este percebeu e não fez nada. Sabia que não havia muito o que fazer. O sangue escorria em abundancia pelo ferimento da bala. Foi nesse momento, que o outro parou de se mover. O grego tirou do bolso da roupa um par de luvas. E sentiu a pulsação no pescoço do ser caído em seus pés. Nada. Ele tinha ido para um mundo do qual iria se arrepender. Ele fechou os olhos do garoto sem vida e pediu o resgate. Mesmo que sem vida, não podiam deixar o corpo ali.

    Aiolia abaixou a arma e guardou. Viu que o Milo fez um sinal. O leonino não pode deixar de sorrir. Pelo menos uma ameça a menos para se preocuparem. Shion anda não conseguiu sair de lá. Estava acalmando os menores. Fudou nem ligava. Seu tio Shaka contava alguns casos para o irmão Asmita e este ouvia mesmo não querendo. Ele quando fazia alguma lição, acabava ouvindo as histórias do tio. Por isso nem ligava. Mas não pode evitar de sentir uma parcela de medo ao ver as armas dos policiais em suas mãos. Kiki abriu os olhos, mas não olhou para onde aconteceram os tiros. Ele olhava para frente e via Shion acalmando o lilás que se arranhava inconscientemente, chegando a ficar alguns vergões em seus braços.

    Kiki pulou no colo do irmão do meio e afastou os braços deste, evitando que ele se mutila-se ainda mais. O fez lhe abraçar e assim ficou. Fudou e Shion olhavam a cena. O grego que estava ali perto observou também e teve pena daquele garoto. Sabia o que havia passado. Ele apenas disse ao ariano mais velho, para que fosse embora. Ele concordou e ligou o carro ainda com as pernas tremendo. Agora ele teria que depor a respeito do aconteceu na escola de seus irmãos.

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    Shaka estava no aeroporto a procura de Shijima. O ruivo disse que o estaria esperando na praça de alimentação. Assim que o loiro vira uma cabeleira ruiva, foi até ele. Shijima assim que viu o outro indiano se aproximando, levantou-se, porém assim que fora abraçar Shaka, este abaixou-se e tocou seus pés em respeito por onde ele já havia pisado. Shijima avermelhou. Nunca esperou que Shaka seguisse os costumes num país que não fosse a Índia.

    - Shaka não precisava..

    - Calado irmão! Estou num país estrangeiro, mas ainda sigo a risca os costumes. Agora me dê um abraço irmão. Senti saudades.

    - Você tomou banho né? - Brincou com o loiro. - Se eu souber que você veio direto do necrotério eu te mato.

    - Calma. Eu passei em casa primeiro. Será não notou minha roupas?

    O ruivo olhou para ele e... Ele estava com as roupas típicas indianas. Shijima sorriu. Então ele gostava de se vestir desse jeito?

    - Faz tempo hein irmão. Achei que como você mora em outro país, iria se vestir como eles.

    - Você não me conhece mesmo Shijima! Eu gosto de vestir assim. Só troco de roupa quando vou para o trabalho ou para o hospital. Tenho roupas estrangeiras também. Mas e então? O que quer me contar sobre Asmita?

    - Shaka será que podemos ir embora? Estou cansado. Lhe conto assim que sairmos daqui pode ser?

    - Tá. Tudo bem. Mas não pode adiantar o assunto? Não vai me dizer que ele vai ficar cego?

    - Não! Não é isso. Cego ele já é. De amor. E nem se deu conta. Acho...

    - Então?

    - Shaka, Shaka... A curiosidade não combina com você irmãozinho!

    O legista sorriu e foram andando em direção da saída. Enquanto conversavam, chamavam a atenção de todos no aeroporto. Tanto de homens quanto de mulheres. Todos olhavam os dois indianos lindos. Suspiros eram ouvidos de todos os lados. Os dois não estavam nem aí para as pessoas ao seu redor. Conversavam contando da vida de cada um. Shijima veio para ficar. Vendeu o que era seu, deixando apenas a casa de seus pais. Aquela casa era a heranças que eles tinham e os três concordaram em não vender.

    Assim que chegaram no carro do loiro, ambos entraram. O ruivo guardou sua mala no banco de trás. O loiro deu a partida e logo estavam fora do aeroporto rumo a sua casa.


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