Conto do Padre

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capitulo Único

    Adultério, Estupro, Hentai, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    Chegando as férias de verão, a parte mais legal de ir pra casa da minha avó esquisita que cheirava a naftalina, era poder ir visitar a casa do tio John que ficava na cidade vizinha, ele contava histórias incríveis, e salvava nossas férias naquela cidade que mal pegava internet.

    Tínhamos acabado de chegar na casa da vovó Margo e logo já ia escurecer, mas eu e minha irmãzinha atormentamos tanto a cabeça do papai e da mamãe, que eles concordaram em fazer uma visita rápida, afinal, a casa do titio ficava a menos de uma hora de distância da casa da vovó Naftali ... Quero dizer, vovó Margo.

    Quando chegamos na casa do tio John, ele ficou radiante com a nossa visita surpresa, ele parecia abatido, sempre foi sozinho que eu me lembre, e nossa presença pareceu alegra-lo bastante. Logo após a janta, papai falou que tínhamos que ir embora, pois já estava ficando tarde, mas eu disse que não poderíamos ir embora sem ouvir pelo menos uma história do titio. Nesse momento ele ficou meio cabisbaixo, e disse que tinha a história perfeita para aquele dia.

    “ Há exatamente 10 anos atrás, Padre Edward, responsável pela única igreja da cidade, faleceu de velhice dormindo em seu leito, quem achou seu corpo foi... foi... foi o Marcos, que o ajudava na manutenção da igreja, ele e suas pequenas filhas, Ana e Marcela, fora gentilmente acolhidos pelo Padre Edward, quando ele perdeu sua casa no incêndio que levou sua amada esposa. A cidade ficou muito abatida com a morte do Padre, pois ele era muito querido por todos. Foi um dia triste, frio e chuvoso, após o enterro todos foram se recolher em suas casas e na igreja ficou apenas o Marcos e suas filhas, que não conseguia dormir de tristeza.

    No meio de uma de suas tentativas frustradas de tirar um cochilo, Marcos levou um grande susto, quando beirava a meia-noite, alguém bateu fortemente na porta da igreja, Marcos foi correndo atender, pois achou que se tratava de alguma emergência, mas para seu espanto, era um Padre de aparência um tanto quando peculiar, ela era muito alto e magro, tinha os olhos fundos, sorriso dissimulado e apresentou-se como Padre Antony, disse que havia sido mandado pela Congregação para substituir o Padre Edward. Marcos achou estranho que a Congregação tivesse sido tão rápida nesta substituição, mas sem mais delongas convidou o Padre Antony para entrar, pois a chuva estava cada vez mais forte.

    No dia seguinte o padre se apresentou à cidade, assim como Marcos, todos acharam estranha a rapidez com que Padre Edward havia sido substituído, mas Padre Antony era muito simpático e logo ganhou a aprovação de todos, principalmente das crianças que adoravam as aulas de estudo da Bíblia, somente Marcos ainda estranhava algo naquele olhar profundo.

    Depois de algumas semanas de muita chuva, finalmente o sol apareceu, um dos vidros da igreja havia quebrado por causa de uma “chuva de pedra”, e Marcos precisava ir a cidade vizinha comprar material pra concertar. Padre Antony disse que ele poderia ir sem problemas, estava na hora da aula das crianças e suas meninas poderiam ficar com ele. Marcos nunca havia deixado suas filhas com alguém além do Padre Edward, mas não viu problema em deixá-las já que haveria outras crianças junto.

    Marcos nunca foi e voltou tão rápido da cidade vizinha, pois queria estar na igreja antes da aula das crianças acabarem, mas para sua surpresa, quando ainda estava na estrada, avistou os irmãos Carlos e Pedrinho, que moravam um pouco mais adiante. Marcos perguntou por que eles não estavam na aula, e Pedrinho disse que a aula havia acabado mais cedo hoje. O aperto no coração foi inevitável e Marcos foi andando cada vez mais rápido em direção a igreja, com a esperança que sua aflição fosse apenas coisas de sua cabeça... mas não era.

    Marcos entrou lentamente na igreja, que estava aparentemente vazia, escutou um barulho atrás do altar, foi chegando mais perto e o ruído aumentava. A cena que Marcos viu, atormentá-lo-ia pelo resto de sua vida, o Padre estava mantendo relações sexuais com sua filha maior, Ana, enquanto a caçula Marcela já estava jogada no chão, sangrando e sem vida. Marcos não conseguiu se conter, pegou a cruz que estava em cima do altar, e espancou Padre Antony até a morte, que morreu com o mesmo sorriso de quando de chegou naquela noite chuvosa.

    Sua filha Ana sobreviveu, apesar de não ter pronunciado nenhuma palavra desde o ocorrido. Depois de alguns dias a revolta da população da cidade ainda era tanta que resolveram queimar o corpo do maldito Padre dentro da igreja, que já não parecia ser mais tão santa. Mas para a surpresa de todos, o cadáver do Padre Antony, que estava no necrotério, havia sumido, e a filha de Marcos, Ana, também desapareceu sem rastros. A cidade nunca mais foi a mesa, e ao longo desses 10 anos, o desaparecimento de crianças é cada vez mais comum. Dizem que se você avistar três cruzes pelo caminho, o fantasma do Padre Antony irá aparecer, e uma criança desaparecerá. ”

    Antes que o Tio John pudesse falar qualquer outra coisa, meu pai, que estava muito sério durante todo tempo, perguntou porque ele tinha que contar logo essa história. Minha mãe sem entender nada riu da situação e disse pro meu pai parar de ser bobo que a história, era horripilante, mas ótima. Meu pai ainda sem expressão nenhuma no rosto disse que a história realmente seria boa, se fosse somente uma historia, e não um fato verídico que aconteceu ali mesmo, com seu irmão, tio John. Não acreditei quando ouvi aquilo, por isso tio John sempre fora sozinho, aquela tragédia horrível tinha acontecido exatamente há 10 anos, naquela cidade pacaca, e depois dessa história, entendia porque todos tinham aquela expressão triste.

    Meu pai já estava farto de ouvir aquilo, toda aquela tragédia foi difícil para ele também, que perdeu suas duas queridas sobrinhas . Mesmo bravo meu pai deu um abraço no tio John, e fomos embora, já era quase meia-noite e a estrada estava totalmente escura, a noite estava sem luar. No meio da estrada minha mãe avistou uma cruz, e perguntou para o meu pai quem havia morrido ali, meu pai não soube dizer, estava ainda muito sério e apenas continuou seu trajeto. Passado mais cinco minutos outra cruz, minha mãe que ainda estava calma começou a ficar extremamente nervosa e pediu para o meu pai fazer o retorno pra casa do tio John imediatamente, minha irmãzinha começou a chorar, meu pai estava muito assustado também, mas quando pensou em fazer o retorno, já tarde demais, outra cruz e o carro parou bruscamente sozinho. Meu pai bateu a cabeça e desmaiou, minha mãe começou a entrar em pânico e gritava muito pediu pra eu proteger minha irmãzinha, pois tinha certeza que vira um vulto antes do carro parar. Quando fui pegar minha irmã no colo, fiquei paralisado e ela já não estava mais lá.

    Já se passou 40 anos desde o pior dia da minha vida. Depois que tudo aconteceu, poucas semanas depois minha mãe não aguentou e se suicidou, meu pai ficou louco e morreu depois de alguns meses numa clínica psiquiátrica, meu tio John morreu de tristeza e eu ... virei Padre.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!