Palavras não ditas

Tempo estimado de leitura: 22 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 7

    Immortality

    Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Eu perdi a conta de quantos leitores me perguntaram se ia ter a reação do Natsu. Chega de esperar né, ela está bem aí.

    Boa leitura a todos!

    Zeref terminou aquela última carta e a colocou junto das outras. Ele olhou para a capa desgastada do livro de E.N.D. e decidiu por fazer como o planejado. Ele escolheu uma caixa e colocou o livro lá dentro junto das cartas e por fim a fechou. No último minuto, ele decidiu deixar uma última nota com algumas instruções para seu irmão. Elas poderiam se provar úteis no futuro.

    E com seu memento pronto, Zeref Dragneel saiu de sue gabinete. O momento para a guerra havia chegado.

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    A guerra entre Alvarez e Ishgar era tudo que se podia esperar de uma guerra. Derramamento de sangue, perdas, dor...

    Os dois irmãos se enfrentaram e o mago negro caiu. Caiu pelas mãos daquele que amava de tal maneira que um dia havia desafiado as leis da vida e da morte apenas para vê-lo novamente.

    E agora, depois de todos os problemas e coisas ruins que vinham com a guerra, Natsu se viu segurando uma caixa fechada, uma caixa que era um memento de Zeref. E ainda mais perturbador era o fato de que estava endereçado a ele.

    Ele estava em sua casa (não no lar, pois lar é o apartamento da Lucy) e finalmente deu uma espiada no conteúdo da caixa. As palavras nas cartas eram muito para que ele absorvesse de uma só vez. E assim, ele entrou em colapso de uma maneira que nunca havia acontecido antes.

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    — Lucy!!!

    Lucy sequer teve tempo para reagir ao borrão azul que voou em seu peito. Happy estava desesperado, ela podia ver isso, mas por quê? Não demorou muito para ela receber uma resposta.

    — Lucy, tem algo errado com o Natsu! Ele desabou do nada! Eu não sei o que fazer!

    Isso fez com que a maga celestial ficasse ainda mais preocupada com seu parceiro. Ela pegou suas chaves e correu para a casa do dragon slayer, com a preocupação evidente em seu rosto.

    Ela não conseguia acreditar no que via quando viu seu parceiro. Natsu estava tremendo enquanto lágrimas desciam por seu rosto. Happy estava sem palavras.

    Não havia nada que Lucy pudesse realmente fazer, então ela se aproximou de seu parceiro e o abraçou por trás. Não demorou muito para que Natsu segurasse as mãos dela de uma maneira mais confortável. Aos poucos, ele foi se acalmando.

    Lucy finalmente encontrou a coragem para falar.

    — Natsu, o que aconteceu?

    — Apenas... Apenas olhe ao redor Lucy.

    Lucy conseguia ver diversos papeis jogados ao redor deles, que só agora ela reconhecia como sendo cartas. Mas ver que elas haviam sido enviadas pelo próprio Zeref, aquilo sim era uma grande surpresa.

    — Você não esperava que esses papeis fossem cartas do Zeref, esperava? Eu também não. Depois de ler cada uma delas, eu estou começando a achar que ele não era um cara perverso.

    Um silêncio absoluto tomou conta do espaço, até que Natsu voltou a falar, o quebrando.

    — Lucy, o que você pensa sobre a imortalidade?

    Lucy foi pega de surpresa pela pergunta súbita de Natsu. Ela parou por um tempo antes de dar sua resposta.

    — Acho que talvez não seja uma coisa tão boa quanto pensam. Ver todos aqueles que você ama morrerem e ser o único que não pode, isso soa como algo terrível. Eu penso que um imortal seria uma pessoa amarga por causa das perdas, mas lá no fundo ele ou ela se sentiria bastante solitário.

    — Solitário uh, — Natsu começou, após refletir por um instante. — Vai ver era assim que Zeref se sentia. 400 anos é muito tempo para alguém estar sozinho. É uma pena que ele vai ser lembrado para sempre como uma das piores pessoas da história...

    — Sabe Natsu, ser lembrado mesmo depois da sua morte é um tipo de imortalidade. A única diferença é que essa não é tão dolorosa na maior parte das vezes.

    — Lucy, você me ajudaria?

    — Ajudar com o que exatamente?

    — Eu não quero que meu irmão, se ele realmente for, eu não tenho certeza se o conteúdo escrito aqui é confiável, seja a pessoa mais odiada da história. Eu quero que as pessoas vejam que ele não era mau, e sim tudo culpa da maldição! Mas eu não sou bom com as palavras, você sabe disso.

    — Então... Você quer que eu escreva isso para você?

    — Bem, você disse que queria ser uma autora e você é bastante boa com as palavras... Sim, eu resolvi te confiar essas cartas para que você pudesse escrever a história. Então...

    — Não precisa dizer mais nada. Estamos juntos nessa.

    E eles começaram aquele projeto louco, buscando um tipo de imortalidade que não fosse trazer sofrimento consigo. E em um canto empoeirado da pequena casa, uma caixa foi esquecida. Uma simples caixa, com nada mais do que uma nota e um livro bastante conhecido dentro dela.


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