Cavaleiros do Zodíaco Raizes da Morte

  • Atreus
  • Capitulos 7
  • Gêneros Ação

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    Capítulos:

    Capítulo 6

    O Inicio da Guerra

    Neste episodio surge o cavaleiro de Capricórnio,

    Cassandra estava diante do Grande Mestre e Sofia, Micenas estava ali, de braços cruzados, trajado com a armadura de leão. Desde que Gembu constatou que o cavaleiro de virgem era um traidor, mesmo Sofia tendo negado a ideia, isto ainda perturbava o cavaleiro mais leal de Atena. E ele estava sempre de passagem pelos aposentos dela, pois o cavaleiro de virgem ainda não havia retornado. Logo o anoitecer chegaria...

    _Cassandra, sinto-me muito alegre por ver que está bem. Sem ferimentos. Miguel dez um ótimo trabalho te protegendo. Desde que a senhorita Atena viu uma movimentação diferente nas estrelas, eu presumi que poderia se tratar de você, que desde os tempos mitológicos, tem o dom da visão. Não queremos explorar o teu dom, mas, se puder nos ajudar no que lhe for possível. – o Grande Mestre sorri gentilmente.

    Sofia argumenta muito calmamente:

    _O santuário não é seguro para você, Cassandra. Infelizmente, Poseidon ou Hades podem nos atacar a qualquer momento. Eu gostaria muito de poder ficar em sua companhia.

    _Mas não se preocupe. – afirma o Mestre – Você vai ficar em um lugar a salvo, aos cuidados de um colaborador do santuário. Amanhã será escoltada para este lugar. Mas esta noite, poderá dividir a estadia nos aposentos de Atena.

    Cassandra sorri, sem palavras. Estava realmente grata. Micenas olha para o Grande Mestre e em retribuição ao olhar, recebe uma ordem:

    _Micenas. Prepare Kouga e seu discípulo para fazerem uma vistoria pelas fronteiras amanhã. Levem alguns cavaleiros de prata.

    _Sim senhor.

    Naquela noite estrelada, Gembu e Kiki estavam diante da casa de aries, observando as estrelas e discutindo a sorte das vidas envolvidas na guerra santa que havia começado.

    _A notícia que Miguel trouxe não foi muito animadora. – argumentou Gembu.

    _Não. Se eles resolverem invadir o santuário, será uma batalha sem fim, não teríamos muitas chances de vencer guerreiros imortais.

    _O Grande Mestre disse algo sobre a senhorita Atena fazer uma barreira que poderia deter este tipo de ressurreição nas dependências do santuário. Mas só de pensar nisto, é inaceitável, ela poderia colocar a vida em risco para sustentar tal barreira. – Gembu se mostrava claramente preocupado.

    Kiki diz sem emoção:

    _Não queremos o mal de Atena, mas, o peso pelo bem da paz na terra faz parte do destino dela.

    Breve silencio.

    _Soube das habilidades da novata? – questiona Gembu.

    _Sim. Ela pode ser muito útil aqui no santuário.

    _Mas ela não vai ficar aqui.

    Kiki e Gembu se viram e deparam-se com Micenas.

    _O Grande Mestre designou que deixar ela aqui pode atrair mais inimigos do que poderíamos suportar. Ela vai ficar aos cuidados daquela velha mulher... Arthur vai levar ela amanhã logo cedo.

    Kiki fica surpreso:

    _A velha! Minha aprendiz sempre fala dela... Sonia parece ter treinado alguns dias com ela, dizem ser muito habilidosa com o cosmo. Mas mesmo assim, o que ela poderia fazer contra as tropas de Hades?

    Micenas avança e diz vagamente:

    _Eu me preocuparia mais com o traidor, que Atena diz ser nosso aliado.

    Micenas segue seu caminho, em direção a vila do santuário. Na vila, onde muitos cavaleiros vivem, Souma estava em uma praça junto de aspirantes a cavaleiros, uma praça larga e bem iluminada por luminárias de luz amarela. Nenhum morador local transitava naquelas horas, o medo de ataques por parte dos inimigos de Atena, causava um certo desespero nas vidas inocentes. E quando o assunto era invasão no santuário, Souma dizia aos aspirantes:

    _Enquanto eu estiver por perto, não haverá razão para preocupações.

    _Cale a boca.

    Era Sonia, surgiu muito repentinamente e nem foi notada, ela se aproxima de Souma e frisa:

    _Maldito cavaleiro de bronze. Se está com disposição para jogar conversa fora, vista sua armadura e vá patrulhar com seu mestre.

    Souma se enche de uma repentina coragem e diz:

    _Você deveria aproveitar o seu tempo para cuidar da sua vida, e não da minha.

    Sonia avança e fica cara a cara com Souma, com os punhos cerrados, ela demonstra estar irritada e sem paciência.

    _Se não fosse por Micenas, eu te daria uma boa surra, você está se sentindo o mais poderoso cavaleiro desde que recebeu sua armadura. Está precisando de um corretivo, eu não te suporto, não suporto ser escalada para fazer missões ao seu lado, seu cavaleiro insignificante e desprezível.

    Souma fecha o punho e diz determinado:

    _Eu te desafio! Eu posso provar que sou capaz de lhe dar um soco no estomago e acabar com esta pose de durona que você faz!

    Os aspirantes, cerca de quatro, ficam tensos diante da situação. Uma luta está prestes a acontecer, mesmo que Sonia tenha uma vantagem indiscutível, mas o cavaleiro de bronze está determinado a socar verdades na amazona de escorpião. Sonia sorri com deboche:

    _Tolo.

    Na fração de segundos que Souma se atenta ao sorriso de Sonia, ela o golpeia com extrema força no estomago, fazendo o cavaleiro de bronze cair de joelho e sem folego... não satisfeita, Sonia se vira com potencia, utilizando o calcanhar direito para golpear as costas de Souma e o estirar ao chão. Ainda sem folego e no chão, Souma respira desesperadamente, tenta se erguer, mas Sonia o atinge pelas costas com o pé esquerdo e começa a pisoteá-lo como se fosse um tapete velho.

    _Maldito! Maldito! Maldito!

    Souma cospe sangue, está claro que está impotente diante do poder de Sonia, que não mostra clemencia em seus golpes...

    _Ela vai matar o leão! – grita um aspirante.

    _Pare senhorita Sonia! – diz outro aspirante.

    Então Sonia melhor observa Souma e murmura:

    _Se eu te matar vou ser expulsa do santuário, mas não nego que é meu desejo...

    Sonia ficou observando Souma no chão, respirando com dificuldades, se erguendo aos poucos e murmurando coisas de que não seria derrotado, que ainda poderia virar a situação, por um breve momento tocou o coração da amazona de escorpião, a tenacidade dele era admirável, embora fosse um falastrão convencido. Isto era algo que ela não tolerava, ele era um miserável cavaleiro de bronze, tinha muito para aprender e tal dever cabia a Micenas! Por que ela se importava? Se incomodava? Uma risada feminina se alastrou no ar, alta e debochada.

    Os aspirantes ficaram em alertas, preocupados, um inimigo naquelas horas, sem duvidas o elemento surpresa que o Grande Mestre citou era valido, mas, seria um espectro ou um marina?

    _Mas que lindo casal, parece que à escorpião está caindo de amor pelo filhote de leão!

    Sonia gritou irritada:

    _Como se atreve! Cale-se e apareça! Maldita seja pelo que falou!

    A risada aumentou, com maior deboche. Souma ficou de pé com dificuldades.

    A voz retumbou:

    _Eu apenas estimulei seus sentimentos, Sonia, para que você enfraquecesse este estorvo, para eu poder te conhecer, estou muito interessada nas amazonas de ouro! Você é a chave para eu encontrar a mais poderosa pessoa dentre os cavaleiros...

    Os aspirantes caíram, sem qualquer sinal de ataque...

    _Pessoal! – diz Souma.

    Muito furiosa, Sonia eleva seu cosmo em uma intensidade única, ela olha nos diferentes becos e telhados, nada, a impaciência à domina, estava quase prestes a sair destruindo as casas a sua volta, quando Souma cai de joelhos e diz com dificuldades:

    _Eu não... consi... go... me control... ar... ar...

    E desaba inconsciente... Sonia o encara desacordado e diz:

    _Lixo.

    Mas Sonia fraqueja e vê um vulto disforme se aproximando pela sua esquerda, ela se vira e a forma pouco a pouco toma corpo e traços, uma mulher ruiva, com um olhar misterioso e sorriso sádico, vem se aproximando e batendo palmas.

    Na alvorada, Cassandra está bem agasalhada e com uma bolsa em mãos. Ela está na casa de aries, Kiki estava ao seu lado, de braços cruzados e observando o fim de mais uma noite, embora ele tenha a sutil percepção de que aconteceram movimentações pelo santuário, embora não pudesse afirmar quais.

    _Senhor Kiki, eu não estarei causando problemas ao tirar um cavaleiro de ouro do santuário?

    Kiki encara Cassandra e sorri:

    _Não se incomode, mas apenas não faça muitas perguntas, Arthur é do tipo que não se abre para ninguém.

    Arthur de capricórnio, havia acabado de adentrar na primeira casa, um homem esguio, de cabelo curto, cor castanho escuro. Olhos frios e imponentes, iguais ao de um rei. Trajado num casaco vinho e uma camisa social com babados na manga, calça escura e sapato engraxado. Trazendo a urna da armadura de capricórnio.

    _Vamos. Obrigado por esperar com ela Kiki.

    _Tome cuidado, Arthur, é uma longa jornada.

    Arthur sai caminhando e Cassandra se despede de Kiki com sutis palavras de que ele deveria se cuidar e então ela se vai e alcança o seu guardião. Quando eles enfim se distanciam, Kiki cruza a saída de sua casa e murmura:

    _Eles já estão se aproximando...

    Pela floresta, Arthur caminhava em silencio, ele que era leal à Atena, pouco se socializava com os demais cavaleiros de ouro ou prata, não tinha discípulos ou amigos, vivia treinando sozinho, sem pedir ajuda. Quando tinha algo para tratar com o Grande Mestre, era rápido e objetivo. Sofia tentou certa vez uma conversa mais profunda, mas ele alegou não poder se dirigir tão abertamente à sua deusa. Harbinger, que era mais explosivo e agitado, sempre o abordava com perguntas e afirmações quando o capricorniano passava pela casa de touro. Mas não obtinha resposta. Certa vez, Arthur precisou fazer um reconhecimento junto de Gembu nas terras geladas, em busca do santuário de Poseidon. Ambos só trocaram palavras profissionais e nada mais. Já na opinião de Amor, que demonstrava muita simpatia por Kiki e Gembu, Arthur sofria de algum amor enrustido. Amor admirava a amizade do cavaleiro de libra e aries. E as vezes descia da última casa para reunir ambos em uma conversa despreocupada. Arthur era misterioso, o que realmente o fazia ser como era, ainda mantinha-se um mistério.

    Cassandra, apenas o seguia, calada, vez ou outra o olhava discretamente, curiosa, aquele semblante tão sério que não vacilava, mantinha-se encarando a estrada a frente, imaculado e distante do mundo real.

    Kouga estava diante de Micenas, a notícia de que Souma desapareceu agitou o rei sobre as doze casas, Siam de Sagita estava junto, trajando sua armadura, pronto para uma ronda nos arredores do santuário.

    _Vista sua armadura Kouga, vamos procurar o Souma! – ordena Micenas.

    O cavaleiro de leão se permite um momento de profunda reflexão, de calmaria, para tentar capturar o cosmo de seu aprendiz, mas não consegue e isto o faz se sentir impotente. Preocupado. Não muito demora para o trio sair em disparada rumo as fronteiras do santuário, um pressentimento ruim permeia na mente de Kouga, algo começa a deixa-lo inquieto, enfim a guerra começou.


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