Hogwarts Uma Historia - Sammantah Evans Potter

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    Capítulo 2

    Onde tudo começou Part 2

    Nudez, Sexo, Spoiler, Violência

    Dia primeiro de setembro, plataforma nove e meia

    –Matilda, não há plataforma nove e meia... 

    –Há sim mamãe, não se lembra de o que estava escrito na carta? “A porta está onde menos se espera. Plataforma nove e meia. Expresso de Hogwarts”. É muito simples, já que é um mundo mágico, atravessar parede seria algo comum, não achas? Já sei! –Exclamou puxando a mãe que guiava o carrinho. Ao chegarem entre a plataforma nove e dez, Matilda se aproximou de uma coluna de pedra e vagarosamente tocava na mesma, sua mão por um instante desapareceu e com o susto a puxara depressa. –É aqui mamãe, a porta. Venha... –Puxou novamente a Sra. Evans e correu sem medo à coluna de pedra, logo se viram em um lugar barulhento e úmido, onde se via muitas pessoas com a mesma bagagem da jovem Matilda. –Eu disse... –A Sra. Evans flertava o lugar estupefata e com um sorriso congelado era guiada pela filha ansiosa e animada. –Com licença senhor, esse é o expresso de Hogwarts? –Perguntou Matilda a um homem que acenava para um jovem que já estava dentro do vagão.

    –É sim minha jovem, entre logo, daqui a pouco já vão partir, venham, eu as guiarei até o bagageiro.

    Matilda puxava sua mãe como um cachorro grande que arrastara seu dono. –Filha você tem certeza de que quer ir mesmo? –Perguntou tristonha à filha que já estava pondo, dificultosamente, sua bagagem no bagageiro. 

    –Sim mamãe, e não se esqueça, não conte nada à Lilian e nem à Petúnia, diga que fui estudar fora e só voltarei nas férias. –Alegava teatralmente.

    –Tudo bem minha filha, boa sorte. –Despedia-se dando um beijo na testa da jovem, logo se ouvia o som ensurdecedor do apito do trem, já estavam partindo.

    Matilda procurou um vagão que estivesse vago, mas não achou e teve que se misturar com algumas crianças de sua idade. Ela permaneceu a viagem toda quieta e silenciosa, não conversava com ninguém. Horas depois o trem diminuía a velocidade, já estava de noite, e ao desembarcar, Matilda deu de cara com um enorme homem de barbas e cabelos negros que lhe cobriam o rosto. –Alunos do primeiro ano, por aqui. –Aquela voz era grave, porém gentil, Matilda seguiu os demais até a borda de um lago onde havia vários barquinhos. –Quatro alunos por barquinho. –Alegava o grandalhão barbudo. Estavam a bordo e quando chegaram ao lugar destinado, seguiram o grandalhão ate a entrada de um enorme castelo onde havia várias torres e torrinhas. Todos olhavam admirados e finalmente Matilda pode sorrir. –Prof. Mcgonagall, os deixo com você. –Dizia o barbudo a uma mulher de pele enrugada e olhar profundo, que descia uma grande escada de mármore. 

    –Muito obrigada, Hagrid, já pode ir.

    O primeiro dia de aula da Matilda foi o mesmo rotineiro de todos os anos, a pequena foi selecionada à casa Sonserina e sentiu-se satisfeita com a escolha do chapéu seletor que a indiciou com tanta firmeza. “Sonserina!”

    Com o passar dos meses, Matilda se interessava ainda mais pelas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas. A jovem era uma aluna dedicada e, as escondida, a sua mãe vibrava de orgulho da filha quando nas férias contava tudo que ocorrera em Hogwarts despertando assim, os ciúmes de Petúnia e da Lilian.

    Xx

    Meses depois Matilda voltava pra casa pra passar as férias de verão perto de sua família, na próxima vez que voltasse à Hogwarts, a pequena já estaria no segundo ano. Contudo, algo inesperado aconteceu, após ter saído com a Lilian, Petúnia voltava ofegante com uma expressão assombrosa no rosto. –MAMÃE, A LILIAM É UMA ESQUESITA, ELA FAZ COISAS ESTRANHAS. MAMÃE! –Ao ouvir sua irmã mais velha aos berros, Matilda seguiu até o vale onde ela estava com a sua irmã, de longe a viu conversar com um garoto de cabelos negros de olhar profundo que logo chamou a sua atenção. Quem seria aquele que estava deitado em baixo de uma arvore com a sua irmã mais nova? Todavia, não havia nada de estranho com eles dois, Matilda voltou para casa e acalmou Petúnia, dizendo que não havia nada de estranho com a sua irmã. –Você não viu o que ela fez com aquela flor. 

    –O que ela fez com a flor? Você poderia me contar?

    –Não sei ao certo, acho que a Lilian fez a flor desabrochar em sua mão.

    Algo frio tomou o estômago de Matilda que logo pensou em voltar ao vale onde Lilian se encontrava, mas decidiu esperar em seu quarto que, consequentemente, era o mesmo de Lilian. Sua irmã mais nova logo voltava com um sorriso escandeceste colado nos lábios.

    –Oh! Matilda? Achei que você estivesse na cozinha com a mamãe. –Alegou meigamente.

    –Não seja sínica, quando você ia me contar que é uma bruxa? E quem era aquele com quem você estava conversando no vale? 

    –Por favor... –Logo aqueles lindos olhos verdes se enchiam de terror e lagrimas. –Não conte a mamãe, ela me odiará por isso. 

    –Por sua sorte, não... –Matilda erguia seu indicador e com um ligeiro movimento para a esquerda, a porta detrás da Lilian se fechava ecoando um forte som pelo quarto. 

    –Como você fez isso? –Aquele terror amenizava em seus olhos. –Matilda... –Corria para perto da irmã. –Como você fez isso? –Segurava em suas mãos, mas logo Matilda as tirava violentamente. 

    –Não toque em mim! Como ousa? Pensei que sou eu teria sangue mágico nessa família, como você também o possui?

    –Do que você... –Lilian fora interrompida ao ver que a sua irmã puxava algo das vestes, era uma varinha que logo foi apontada para ela. –O que você vai fazer?

    –Quando eu estava na biblioteca de Hogwarts...

    –Hogwarts? 

    –Cale-se... –Aproximava a varinha ainda mais de modo que a pele de Lilian ficava vermelha. –Não me interrompa! Sorte a sua que não posso usar magia fora da escola, caso ao contrário a transformaria em um rato nojento no qual eu pudesse esmagar ou explodir como eu fiz com aquele sapo. 

    –Então foi você...

    –Sim, foi sem querer, mas... –Guardava a varinha dentro de um bolso interno em seu casaco. –Gostei de ter feito. 

    –Mas, Matilda, o que é Hogwarts? O que você fez quando estava na biblioteca desse lugar? 

    –Bom, agora posso conta-la. Hogwarts é uma escola onde pessoas que nem nós possamos estuda tudo sobre o nosso dom. E sobre o que eu estava lendo na biblioteca, foi um livro, não lembro bem, mas era de transfiguração, aprendi alguns feitiços de transformação, enfim... Não vou transforma-la em rato. –Sentava em sua cama e Lilian fazia o mesmo na dela. –Quem era aquele?

    –Um amigo, ele também é como nós.

    –O quê? Então isso não é um dom raro? 

    –Sim, segundo ele, nós somos especiais...

    –Tsc! Não tem mais graça quando se tem outros perto de você que possuem o mesmo dom. –Alegou para si mesma, não dando tanta importância à presença da Lilian. 

    –Matilda, se você não pode fazer magia fora da escola, então por que você fechou a porta?

    –Aquilo? Não foi bem uma magia, é um dom natural, não precisei usar a varinha, e não foi tão grave, ou melhor, não fui eu quem fez, foi o vento que a fechou, certo? –Disse à Lilian com um olhar ameaçador. –Agora... Desça, conte a mamãe, ou melhor, conte a todos, não há mais graça, vá, vá, saia da minha frente. –Levantou-se se redirecionando à irmã pegando-a pelo braço e a expulsando do quarto que afinal era das duas. Petúnia tinha um quarto só dela.

    A Sra. Evans se enchera de orgulho ao saber que sua caçula também era uma bruxa. Semanas depois, Lilian recebera a mesma carta que a Matilda recebera há um ano. A inveja e raiva tomou o coração de Petúnia que chamava as suas duas irmãs de aberrações. Ela não era um ser mágico.

    Nas proximidades de primeiro de setembro, Matilda com o pouco de afeto que lhe restara, guiou Lilian no que precisava ser comprado. –Você precisa de um caldeirão de estranho, conjunto de vestes, um chapéu pontudo, conjunto de frascos, telescópio e entre outras coisas, vamos olhando na lista. 

    –Mas onde vamos comprar tudo isso? –Perguntou ingenuamente. Ambas estavam deitadas em suas camas se preparando para irem ao beco diagonal na manhã seguinte. 

    –A mamãe já sabe, no beco diagonal. Vamos a Londres lá tem um bar chamado “caldeirão furado” o dono do bar abre a passagem para irmos ao beco diagonal. 

    –Isso é brilhante, não acha?

    –Sim, achava, mas agora não tem mais graça. –Disse cheia de desdém enquanto seus olhos fitavam o teto acima de sua cama. –Agora vamos descansar. Boa noite Lilian. 

    –Por favor, não agora, conte-me mais sobre Hogwarts. –Os olhos verdes esmeraldas brilhavam. 

    –Tsc! Quando você chega é redirecionado a um enorme castelo onde colocam um chapéu muito apertado em sua cabeça, ele aperta tanto que chega a sangrar os olhos e esse chapéu fala e lhe obriga a servir as casas que separam as classes dos alunos dela. –Alegava diretamente em ligeiras palavras para assustar sua irmã. 

    –Aaah! –Lilian se escondia debaixo de seu lençol. –Você está mentindo! O Severo disse que... 

    –Então é esse o nome dele? Interessante. Agora, deixe-me dormir. –Virava-se para o lado e dormia.

    Na manhã seguinte todo o planejado foi concretado, Petúnia se recusou a acompanhar as irmãs em suas compras escolares. O dia primeiro de setembro havia chegado novamente, a Sra. Evans levou suas filhas à plataforma nove e meia toda cheia de si, pois já sabia o caminho. As irmãs embarcavam e sem ânimo, Matilda dava tchau a sua mãe pela janela do vagão, já a Lilian quase que se atravessava pelo vidro de tanta empolgação. O expresso de Hogwarts partira.

    Elas iam começar uma conversa quando aquele que era amigo da Lilian, Severo, adentrava no vagão delas. –Está vago? Posso ficar aqui com vocês? –Perguntou timidamente.

    –Sim, claro! –Respondeu Matilda empolgada, aquele jovem garoto lhe enchia os olhos.

    Severo sentou ao lado de Matilda, pois assim ele poderia olhar diretamente para a Lilian que estava sentada no banco à frente. Matilda percebera o olhar encantado do garoto e não gostou daquilo, ficou em silêncio toda a viagem enquanto aqueles dois conversavam como melhores amigos. Ao chegarem em Hogwarts, fizeram todo aquele ritual rotineiro, quando chegou a hora de escolher a casa dos novatos, Matilda ficava atenta, mesmo sendo rude às vezes, ela queria está próxima da irmã mais nova e assim protege-la, Lilian era ingênua demais, mas para a decepção dela, Lilian foi indicada à Grifinória. Bateu fortemente na mesa de modo que quem estava ao seu lado redirecionou seus olhares a ela. Mas logo sua indignação foi jogada fora quando ela viu a expressão de cachorrinho sem dono que tomava conta da face de Severo, certamente ele não seria escolhido à Grifinória. Foi comprovado quando o chapéu seletor exclamou em alto e bom som “Sonserina!”. A mesa desta se explodia em aplausos e Matilda logo acenou para Severo sentar-se ao seu lado.


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