- Lembra como foi?
- E como poderia esquecer? Eu fui um "baka", evitando você durante todo aquele tempo.
- Eu nunca entendi o porquê... Achei que depois da minha maluquice você me diria algo. Sim ou não. Mas nada. Por meses.
- Eu não sabia o que dizer. Tinha medo, por ser um jinchuuriki, que não poderia te fazer feliz.
- Eu nunca me importei por você ser um jinchuuriki.
- Eu sei. Mas eu estava com medo. Todos que me amavam acabavam morrendo. Meus pais, o Sandaime, Jiraiya... Achava que era uma maldição, e queria te manter longe disso.
- Mas eu sempre quis ser parte de tudo isso.
- Eu sei, eu sei... Demorei demais para perceber que não podia ficar sem você.
- Precisou que eu fosse atingida por aquele nukenin para perceber.
- O medo de te perder me fez ver que sem você, nada mais importaria.
- Ainda não consigo imaginar a cara que Tsunade deve ter feito quando você surgiu na sala dela, comigo nos braços, quase morta...
- Implorei para que ela te salvasse. Se eu não descobrisse ter herdado o Hiraishin no Jutsu do meu pai naquela hora, você teria morrido.
- Não acreditei quando acordei no Hospital e vi você lá, dormindo na cadeira. E menos ainda, quando Shizune me disse que você não havia saído do meu lado durante os três dias que passei desacordada.
- Não conseguia parar de pensar em você. Só podia rezar para que você acordasse. Tsunade fez o que pode, mas nem ela pode garantir que você ficaria bem.
- Enquanto olhava você dormindo naquela cadeira, me lembrei de que, antes de desmaiar, você me beijava e dizia que me amava. Mas a lembrança era tão boa que eu achei que tivesse delirado.
- Você não faz idéia como fiquei desesperado naquela hora.
- Faço sim. Foi como me senti quando você lutou com Pain.
- É... tem razão.
- Lembra-se da surpresa que os outros fizeram?
- Ainda não acredito que todos sabiam, menos eu.
- Até mesmo papai estava lá, quando saí do hospital, com você.
- Foi uma surpresa e tanto. Praticamente nos obrigaram a assumir o namoro na frente de todo mundo.
- Não que isso tenha sido ruim...
- De forma alguma. Embora eu confesso que morria de medo que seu pai não aceitasse e me transformasse em picadinho. Cheguei a me emocionar quando ele me deus as boas-vindas à família.
- Pois é... Parece que foi ontem isso.
- Verdade. Mas já faz 10 anos.
- 10 maravilhosos anos. Ainda lembro-me da surpresa de todos quando contamos que eu estava grávida.
- Acho que o mais surpreso foi o Kiba. Ele sempre gostou de você.
- Eu sei. E mesmo assim foi quem mais deu força para que nós ficássemos juntos.
- Fiquei feliz que ele aceitou ser padrinho.
- Quem não ficou muito feliz foi papai...
- Pois é... acho que ele esperava que tivéssemos nos casado antes...
- Seria o normal, não?
- Nosso caso nunca foi muito normal.
- Isso é. Mas não trocaria tudo o que passamos por nada.
- Nem eu. Lembra como seu pai estranhou nosso filho nascer loiro e com o Byakugan?
- Lembro. Mas isso foi só até ele o pegar no colo e começar a babar como um vovô coruja.
- Não que tenha sido diferente quando nasceu o filho do Neji e da Tenten. Ele ficou babão do mesmo jeito.
- Ele sempre foi severo, mas no fundo é um manteiga derretida.
- Não acredito que já passou tanto tempo... Acha que ele vai se dar bem? Espero que faça amigos logo.
- Com certeza. A filha da Sakura está junto com ele.
- Aquele teme do Sasuke. Lembra-se dele pedindo pra esperarmos um ano, para as duas crianças entrarem juntas?
- Ele é quase tão babão quanto você.
- Quase.
- Espero que nosso filho não se meta em confusão, como você se metia.
- Minato vai se dar bem, acalme-se. Sabe que nesse estado não pode ficar nervosa.
- Parece o papai falando... Quando eu estava esperando o Minato vocês não me deixavam fazer nada, mas agora está pior.
- Só queremos que Kushina nasça bem.
- Sei disso, meu amor.
- Bom, Minato já entrou na Academia. Vamos pra casa agora, que você precisa descansar.
- Naruto-kun, não começa...
- Certo, certo, Hinata-chan.
- Já disse que eu amo você?
- Quase tanto quanto eu amo você...