Scarlet Dreams: Heart of Gods

Tempo estimado de leitura: 38 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 2

    Bem vindos a Cross Village!

    Álcool, Linguagem Imprópria, Violência

    Essa história é parte de um projeto de Game chamado Scarlet Dreams. A fanfic é meramente um rascunho feito pelos criadores do game. Direitos reservados à Macoly Productions.

    Os quatro seguiam para fora do bosque de Leaf Plains. Enquanto andavam, Judy, Nonô e Mika olhavam em volta. Conforme iam saindo da dugeon, a vida ia morrendo, como se tudo estivesse apodrecendo. Era uma visão muito triste de se ver pessoalmente. Após um tempo de caminhada as arvores secas começaram a dominar a paisagem. Pra todo lugar que se olhava apenas se via um tom de marrom, mesmo o céu já não parecia mais tão azul.

    Andaram até chegarem à entrada de uma mina, ao que parecia abandonada. Ao entrarem, notaram uma leve brisa em seus cabelos e ao olharem para a direção de onde vinha, viram canos de metal, ao que parecia recentemente instalados. Ventilação. Sabiam da história do começo do jogo. Os Elfos, Humanos e Warbeasts que sobreviveram à desolação da terra, se esconderam no subterrâneo, onde a terra ainda não havia sido totalmente afetada. Mas nunca chegaram ao fim do jogo para descobrir o que havia causado aquilo...

    Quanto mais desciam, mais escuro e úmido ficava, passando a sensação de frio. Judy havia notado várias marcas de luta nas paredes do túnel, porém decidiu não comentar nada.

    Caminharam mais um tempo até avistarem uma pequena luz no fim do túnel.

    - Bem vindos a Cross Village. –Disse Scarlet, sorridente, saindo do túnel e apontando pra aldeia-

    A aldeia era simples. Casas feitas de rocha, madeira e algumas de metal. Ao que pareciam, bem simples. Algumas de um andar, outras de dois. Podiam ver também que tudo era iluminado por luminárias a gás, penduradas em postes. As ruas eram de paralelepípedos e havia vários bancos.

    - É bem simples, mas acolhedora, não acham? Venham comigo, vamos ver a Elder. A essa hora ela costuma a visitar a estalagem... –Falou, apontando para a maior construção-

    Ambos concordaram e seguiram para o estabelecimento, e ao entrar olharam em volta. Sentada em uma das mesas estava uma senhora de aparentemente uns 50 anos de idade de pele bem clara e olhos vermelhos com pupila branca. Seus cabelos eram longos, até a cintura, branco com algumas mechas negras. Sentado ao seu lado, havia um golem. Sim, um golem, porém não era um monstro. Apenas um humano feio inteiramente de rocha com mais de dois metros de altura e em suas costas havia duas luminárias cor de vinho. Servindo os dois, mais um golem, porém desta vez, uma garota, aparentemente bonita. Tinha o “cabelo e todo espetado” longo e em seu corpo havia runas em um tom de verde fluorescente e ao redor do seu pescoço haviam algumas esmeraldas encravadas. Usava apenas um pequeno short e faixas sujas cobrindo os seios. Ao se aproximarem, os três os fitaram.

    - Elder Yumi, Tio Clerk...

    - Yoi, diga Scarlet. Quem são estas pessoas com você? Não lembro de tê-los visto antes... –Disse a elfa, sorridente-

    - Eles são humanos vindos de algum lugar de Doran. Estavam fugindo da fome que está assolando o reino... Eles viriam pra cá, mas foram assaltados no caminho. Os encontrei lutando contra uma Grass Snake, totalmente desarmados. A garota se chama Judy, o garoto menor se chama Mika e o outro é chamado de Nonô.

    - Yoi... É realmente uma situação preocupante. Sentem-se por favor

    - Mira, por favor, sirva uma bebida a eles. Vamos ouvir o que eles tem a dizer. –Falou o golem, se levantando e ajeitando cadeiras para os 3-

    - Sim, pai... Digo, Clerk. –Suspirou a jovem Golem e se retirou, voltando com canecas cheias de um líquido quente- É um chá.

    Os três sentaram-se e fitaram a Elder. Exceto Mika, que ficava olhando a jovem golem, ficando um pouco vermelho e sorrindo. Começaram a tomar o chá e Judy tomou à dianteira.

    - Creio que somos apenas um problema para você. Porém, infelizmente não temos para onde ir e nem onde ficar, temos apenas as roupas do corpo. Então gostaríamos de pedir a vocês que nos dê um lugar para ficar temporariamente. Podemos trabalhar para pagar a estadia.

    - Trabalhar não é a minha praia... –Sussurrou Nonô, olhando em volta. “É difícil acreditar que isso é real. Mas ainda assim... Esse é o mundo que sempre sonhei. De que tipo de pedra será que é a garota ai?” pensava ele-

    - Hey, garota-estátua, qual seu nome? Quantos anos têm? Você é feita de brita? –Sussurrou Mika para a garota-

    - Sou Mira Solenn, tenho 156 anos. Não, sou feita de Andesito. Por quê? –Sussurrou de volta-

    - Nada, só curiosidade. –Riu baixinho e voltou-se a conversa- Trabalhar? Err... Okay. Mas no que podemos ajudar?

    -Yoy... Há um pequeno campo de plantação abandonado. Se quiserem cuidar dele, podem ficar morando na casa abandonada que há ao lado. É uma casa pequena, mas deve servir. O que acha, Clerk? –Disse Yumi, com uma expressão calma em seu olhar-

    - Bem... –Suspirou- Aquela fazenda não há de prosperar muito, mas se eles quiserem. Scarlet, pode por favor buscar algumas provisões para eles no mercado? Digam a eles que é por minha conta. Em tempos difíceis, devemos ajudar uns aos outros. E por favor, avisem na guilda que eles estão se mudando, talvez possam ajudar em missões também.

    - Sim senhor, tio! –Gritou Scarlet, saindo correndo do estabelecimento-

    - Yoy... Venham comigo, vou leva-los até o pequeno lote. –Sorriu Yumi e virou sua bebida, aparentemente uma grande caneca de vinho e se levantou, saindo da estalagem-

    Eles a seguiram por um tempo, conversando. Judy era inteligente e sabia muito bem como criar histórias para preencher as brechas de sua mentira. Não poderiam dizer que vieram de outro mundo, pois ninguém acreditaria. Às vezes Mika fazia um comentário indevido, mas sempre recebia um tapinha na nuca vindo de Nonô.

    Logo chegaram ao lote, entrando e avistando um campo de plantação ligeiramente pequeno. Seguiram reto por ele, passando por todo o mato que havia, até avistarem a casa. Era um pequeno casebre de madeira, aparentemente velho e com vidros quebrados. Ao entrarem, olharam em volta. Havia poucas coisas. Uma pequena mesa no centro, uma pia com um cano que vazava um pouco de água, que escorria por um cano de metal que era usado pra irrigação. Mais ao lado, havia uma cama de solteiro e um armário velho. Havia duas portas dentro da casa. Uma dava para um armazém onde eram guardadas as ferramentas, todas bem velhas. E a outra era um banheiro, com um chuveiro e um vaso feitos de cobre, estes eram bem polidos e bem cuidados. Os três estavam um pouco descontentes e enojados com o local, mas não demonstraram. Apenas agradeceram e se despediram da velha senhora, que logo se retirou.

    - Este lugar fede e está todo sujo e quebrado. É nojento. –Resmungou Judy-

    - Pense pelo lado bom, pelo menos tem água encanada... Podemos reformar ele nós mesmos. Eu consigo fazer alguns reparos se for preciso. –Disse Nonô, respirando fundo e olhando em volta- Só precisamos começar limpando...

    - Eu estou vendo teias de aranha... Onde tem teias de aranha... Tem aranhas... Aranhas cara... Por que sempre tem aranhas...? –Choramingava Mika-

    - Essa sua aracnofobia é realmente irritante... Estamos em um mundo onde tudo é antigo, então é meio óbvio que vai ter aranhas em várias partes. Bem, vamos limpar. –Suspirou Nonô, indo para o armário-

    Então Mika e Judy juntaram-se para limpar a casa, enquanto Nonô fazia os reparos mais básicos. Após terminarem sentaram-se à mesa. No mesmo momento, Scarlet bateu na porta e entrou, arrastando um saco

    - Com licença. Trouxe as provisões. Roupas, comida, lenha e armas para se protegerem. –Disse sorridente, com certo orgulho em sua voz-

    - Comida! –Gritou Mika, pegando o saco e revirando, pegando um grande pedaço de pão e comendo-

    - Como podemos lhe agradecer? –Perguntou Judy-

    - Não é necessário, considerem um presente de boas vindas da cidade. Aqui, as armas... Peguei as que pude...

    Então tirou do saco um taco de madeira com espinhos na ponta, uma mochila de couro e uma espada katana com bainha. Olhou para os três e entregou a katana para Nonô, a mochila para Judy e o taco para Mika.

    - Para Nonô uma espada oriental, já que seu traje de batalha parece ser mais leve e maleável, dando mais liberdade de movimentos. Ela é encantada, assim você pode dar cortes usando mana. Para Mika, um bastão de goblins, pois sua armadura é mais bruta, então precisa de algo que dê bastante dano... Também é encantado. E para Judy, uma Mochila-sem-fim. É uma mochila mágica que pode carregar qualquer coisa. Dentro eu tive a iniciativa de colocar um canhão de mão e uma caixinha de música encantada... Assim será mais versátil.

    - Obrigado! –Disseram os três, admirando suas armas novas-

    - Disponham. Bem, já vai anoitecer. Eu avisei na guilda que vocês se mudaram, então logo alguns devem vir para cá. Vou-me indo, até amanhã. Boa sorte –Sorriu e saiu-

    Guardaram as armas e pegaram as roupas. Roupas típicas da época, também com óculos e fones de metal. Os três revezaram para tomar banho, claro, Mika e Nonô tentaram espiar Judy, mas em vão. Depois do banho, fizeram uma janta e com sono, decidiram descansar. A questão era... Quem iria dormir na cama?


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