Mitsugo Buta to Ecchi Tsutomu-kun

Tempo estimado de leitura: 21 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    Frio

    Capítulo 01 ? Frio ¯

    - Que frio!! ? falei, enrolada no meu cobertor, sentada na cama.

    - Ta com frio? ? ele perguntou me encarando, com um sorriso malicioso.

    - Sim ? murmuro, tremendo.

    - Então, que tal... Trocarmos calor corporal?

    Arrepiei-me toda.

    - Não, obrigada.

    Ele soltou um risinho sedutor e se aproximou de mim.

    - Vamos... Não é nada de mais, é só por que está frio, e não tem mais ninguém em casa. ? ele falou ainda com aquele sorrisinho.

    Me afastei dele.

    - O Akira está aqui ? o corrijo.

    Ele revira os olhos.

    - O Akira é um bebê, mesmo se ele visse algo, não poderia falar nada.

    - Eu não quero me esquentar com o calor do seu corpo.

    - E por que não? ? ele foi se aproximando ainda mais.

    Virei o rosto pro lado, fazendo uma careta.

    - Por que eu simplesmente ? viro o rosto pra ele e faço uma cara de ódio profundo. ? Te odeio.

    * Ok, ok! Parando tudo! Vocês devem estar confusos, neh? Tipo, por que você odeia o garoto, e por que ele é tão sedutor? Bom, eu o odeio por que ele é um pervertido que fica se aproveitando de toda garota do mundo, e adivinha? Eu sou uma dessas garotas que ele esta tentando, mas sem conseguir, se aproveitar de mim. Bom, tá explicado? Ótimo... Mas ainda vem a duvida, o que vocês dois estão fazendo aí, sozinhos, sentados na cama, um do lado do outro, sem nenhum adulto por perto e apenas com um bebê que não tem culpa de nada? Eu explicaria isso em poucas palavras, mas é melhor passar logo o flashback para sermos felizes, neh?! Então, veja. *

    - Dez horas atrás ?

    Saio do banheiro e vou pro meu quarto, pego meu secador de cabelo e começo a secar meu cabelo (Aff! Não, serio?!) e meu celular começa a tocar, me viro e o pego.

    - Tsutomu-kun... Alô? - falo com o celular no ouvido.

    - Saya-cha... Saya-chan... Salve-me... Rápido ? ele gaguejou, parecendo estar quase morrendo.

    - Tsutomu-kun? Ei! Você ta bem? Tsutomu-kun?! ? pergunto.

    A ligação caiu. Arregalo os olhos e fico procurando por algo no quarto, agarro minha blusa de frio, meu taco de beisebol e corro pra porta da entrada.

    - Okaa-san, otou-san! Vou sair um pouco, volto daqui uns vinte minutos ? falo colocando o tênis.

    Saio de casa e vou correndo pra casa do Tsutomu, que ficava uns três quarteirões depois da minha casa. Vou correndo com o taco nas mãos, pronto pra matar qualquer ser. Quando chego a sua casa, toco a campainha. Ninguém atendeu. Toquei novamente. Ninguém. Respirei fundo e abri a porta, que estava destrancada, fui entrando no aposento e não vi nenhum ser vivo. Subo a escada, lentamente, caminho até a porta do quarto dele e paro. Prendo o ar e viro a maçaneta. A porta se abre lentamente, vou entrando e vasculho tudo, até que o vejo deitado na cama, sem se mexer. Vou até ele e o cutuco.

    - Tsutomu-kun? ? o chamo.

    Ele continua quieto e sem se mexer.

    - Tsutomu-kun, você está bem? O que houve? Cadê seus pais? E o Akira-chan? ? pergunto o balançando.

    Do nada ele agarra meu braço, rapidamente.

    - Kyaaaaa! ? grito me arrepiando toda.

    Ele vira o rosto dele pra mim, como se fosse um morto-vivo e rapidamente sua expressão muda, um sorriso malicioso surge na face dele e ele me puxa pra si, me abraçando, enquanto estávamos deitados na cama.

    - Viu como você se preocupa comigo? Mesmo me odiando pra caramba, você ainda veio correndo ver se eu estava bem ? ele murmurou no meu ouvido.

    Sim, ele sabia que eu o odiava.

    Fico igual pedra.

    - Você é amigo de infância, claro que vim correndo, e se você fosse morto por outra pessoa que não fosse eu? ? falo como se fosse obvio.

    Ele me puxa pra mais perto dele, me abraçando com mais força.

    - Diga a verdade, você me ama ? ele sussurrou.

    Tive vontade de estrangulá-lo.

    - Não... Eu já disse isso umas 7080 vezes que te odeio.

    - Mas pra mim toda vez que você diz que me odeia, significa: eu te amo.

    - Serio? Isso só se for pra você.

    Ele solta um risinho.

    - Saya-chan, se você me odeia tanto, por que não me da um soco ou chama os policiais falando que eu sou um perseguidor ou pervertido.

    ?Ah, você não sabe quantas vezes eu pensei em fazer isso?, penso.

    - Afinal, onde estão seus pais?! ? falo mudando de assunto.

    Ele bufa.

    - Me largaram aqui, neste frio de inverno, pra jantarem em um restaurante de ricos ? ele falou. ? E o Akira está dormindo em seu quartinho.

    - Aconteceu alguma coisa aqui?

    - Sim ? ele murmurou de um jeito meloso.

    - O que?

    - Eu tive crise de carência.

    Se ele não estivesse me segurando, eu ia dar um soco na cara dele.

    - Se é só isso, eu vou embora.

    - Antes, me responda ? ele falou me segurando com mais força. ? Você fechou a porta quando entrou aqui?

    Franzo a testa.

    - Sim, por quê?

    Ele suspirou.

    - Por que meu pai fez um tipo de ?mágica? e agora, não dá pra abrir a porta aqui de dentro, só lá do lado de fora.

    Arregalei os olhos.

    - Então... Estamos presos aqui?

    - Sim, até algum ser vier aqui abrir a porta pra gente.

    Consegui virar o rosto pra ele.

    - Mas... Você não tem celular?! Liga pra alguém!

    Ele fez uma cara triste.

    - Infelizmente, meu celular acabou morrendo ? ele falou.

    Congelo.

    - Já sei! Meu celular ? falo, enfiando as mãos no bolso da blusa e depois percebendo algo. ? Ah, eu não trouxe.

    Faço uma careta e depois olho feio pra ele.

    - Se você me ligou, por que não ficou lá me esperando pra quando eu abrisse a porta, você falasse pra eu não fechar?! ? reclamo.

    - Por que eu queria ficar com você ? ele falou, sorrindo malicioso.

    Cerro os punhos.

    - E quando seus pais voltam?

    - Vai saber, talvez em um dia, talvez um ano depois... Não se sabe ? ele falou olhando pro lado de um jeito dramático.

    - Ahhh... Eu te odeio ? falo, tombando a cabeça na cama.

    - Heheh... Pelo menos não vamos ficar sozinhos.

    - Me solta ? falo olhando feio pra ele.

    Ele solta outro risinho e me solta, me sento na cama e arrumo a blusa, logo percebo a temperatura do ambiente.

    - Por que tá tão frio aqui? ? pergunto.

    - Por que o aquecedor da casa quebrou e só o do meu irmãozinho ta funcionando, mas se a gente entrar no quarto dele pra nos aquecer, ele acorda e começa a chorar ? ele diz, sorridente.

    Passo as mãos pelo rosto, fazendo uma careta, e suspiro.

    - Então, alem de ficar presa com esse pervertido, eu tenho que morrer de frio?

    - Sim! Mas podemos nos aquecer... De um jeito que irá facilitar a todos ? ele disse no meu ouvido.

    - Sim! Eu sei de um jeito que posso me aquecer ? falo me levantando da cama.

    Seguro no cobertor da cama dele e a puxo pra mim, o fazendo cair da cama. Enrolo-me em seu cobertor e subo na cama, vou engatinhando até um canto da cama e me sento, me apoiando na parede.

    - Viu? Um jeito bem prático e fácil.

    Ele me encarou com uma carinha triste e subiu na cama.

    - Sabe, mesmo você fazendo isso... Eu ainda te amo.

    Olho pro lado.

    - Mas eu não.

    - Hahah, eu sei que você me ama com todo amor que o mundo tem.

    - Eu vou te amar quando Ipods caírem do céu.

    - Eu tenho um Ipod, quer que eu o faça cair do céu?

    - Não... ? falo me enrolando ainda mais no cobertor. - Que frio!!

    - Ta com frio? ? ele perguntou me encarando, com um sorriso malicioso.

    - Sim ? murmuro, tremendo.

    - Então, que tal... Trocarmos calor corporal?

    Arrepiei-me toda.

    - Não, obrigada.

    Ele soltou um risinho sedutor e se aproximou de mim.

    - Vamos... Não é nada de mais, é só por que está frio, e não tem mais ninguém em casa. ? ele falou ainda com aquele sorrisinho.

    Me afastei dele.

    - O Akira está aqui ? o corrijo.

    Ele revira os olhos.

    - O Akira é um bebê, mesmo se ele visse algo, não poderia falar nada.

    - Eu não quero me esquentar com o calor do seu corpo.

    - E por que não? ? ele foi se aproximando ainda mais.

    Virei o rosto pro lado, fazendo uma careta.

    - Por que eu simplesmente ? viro o rosto pra ele e faço uma cara de ódio profundo. ? Te odeio.

    - Sabe, eu ainda não entendo por que você diz que me odeia, quando você me ama.

    - EU NUNCA FALEI QUE TE AMAVA! ? grito, irritada.

    - Falou sim, quando tínhamos sete anos ? ele diz, serio. ? Quer que eu conte a história? É bem fácil de contar... E rapidinha.

    Arregalo os olhos e abaixo a cabeça.

    - Não precisa... E os sentimentos das pessoas mudam com o tempo.

    - O meu nunca mudou ? ele falou se deitando na cama.

    Continuo com a cabeça abaixada.

    ?Mudou sim...?, penso.

    - Saya-chan, quer saber algo interessante...?

    - Dependendo da coisa, talvez...

    - Ok, então eu vou falar ? ele disse.

    Encostei a cabeça nos joelhos.

    - Fale... Eu to escutando.

    Ele ficou em silencio por alguns minutos.

    - Eu e minha família vamos nos mudar para Inglaterra.

    Arregalei os olhos e levantei a cabeça, pra encará-lo, enquanto ele apenas ficava deitado na cama, com os olhos fechados e um sorriso bobo. E uma pergunta que queria sair da boca, rodava minha cabeça, e era uma simples pergunta. ?Por quê??


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