Amor Selvagem

  • Lchibi
  • Capitulos 4
  • Gêneros Mistério

Tempo estimado de leitura: 9 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Lola

    Adultério, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência

    Victor recuou, sem querer sentir. Era a dor da perda mais uma vez, violenta, arrasadora.

    Tão terrível quanto a que se apossara dele na noite em que sua mãe fora morta. O rapaz saiu do quarto, esbarrando com um homem  de meia-idade no corredor e, ao encontrar no alto da escada o gerente do hotel, ele apenas murmurou: -Ela morreu...

    Desceu os degraus sem reparar neles.

    Na sala de jantar, sentou-se na primeira cadeira do caminho no mesmo segundo em que a camareira gritou alto, produzindo eco em todos os cômodos.

    Acabava de ver o cadáver de Eliza, o rapaz apertou o véu , que ainda tinha entre os dedos, não conseguiu segurar o choro, apesar de toda rigidez social que impedia os homens de demonstrarem seus sentimentos.

    O sofrimento só aumentou com a chegada da polícia, Victor ganhou rapidamente o status de principal suspeito, vieram perguntas e mais perguntas, a pressão absurda para que confessasse o crime, até que os fatos, como se costuma a dizer, falassem por si.

    O último cappuccino e o garçom que o atendera, confirmaram a declaração de Victor, passar boa parte do dia e o início da noite, além do espaço de tempo desde sua chegada ao hotel, era curto demais para que pudesse matar Eliza e tosar seus cabelos.

    Após ser liberado pela polícia, Victor trancou seus sentimentos para novos amores, então decidiu viajar para um hotel fazenda, O parque Balneário, era pequeno e tranqüilo, familiar, que funcionava numa ampla casa de madeira, em estilo inglês, lugar perfeito para se isolar do mundo.

    Victor se dirigiu a banheira para um banho morno, demorou mais do que deveria. Sem ânimo para nada, Victor se obrigou a sair dá água, secar-se e vestir-se para mais um dia, não teve vontade de pentear o cabelo, sentia-se morto por dentro com os pensamentos ligados a Eliza e a sua morte macabra.

    Quem faria uma crueldade como aquela? Alguém monstruoso!

    Victor andou até a praia, tirou os sapatos, sentindo a água gelita tocar sua pele, causando arrepio de dor, não havia ninguém na praia por quilômetros , passou-se meia hora, até ver uma menina solitária que molhava seus pés á beira do mar, ela suspendia a saia do vestido rosa claro, sorria feliz, ao ser tocada pelas ondas. Victor parou para observá-lá.

    Existia inocência e lirismo naquele momento, algo puro que o emocionou, era como se a jovem fizesse parte na natureza.

    Ao perceber que não estava mais sozinha , ela quebrou o próprio encanto, assustada com o rapaz que a olhava a distância, saiu correndo...

    Victor, abaixou a cabeça e voltou ao hotel, ao chegar, foi direto ao jardim onde tinha uma mesa grande e muita comida, o brilho do luar, fazia o coração de Victor se esquecia da dor de Eliza por alguns segundos, olhou as pessoas a mesa, e percebeu que a menina da praia estava lá, eles se olharam fixamente e algo aconteceu...


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!