Cavaleiros do Zodíaco Raizes da Morte

  • Atreus
  • Capitulos 7
  • Gêneros Ação

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    Capítulos:

    Capítulo 3

    Amor de Peixes

    Capitulo 3

    Amor de Peixes

    Sonia começou a elevar seu cosmo ao máximo, o que para ela era ridículo, não imaginava ter que ir tão longe só para vencer um espectro, mas, tinha ciência do efeito da barreira. Alberto ficou surpreso com o cosmo da amazona de ouro e sentiu-se paralisado, como um inseto indefeso diante de um imenso escorpião, que estava próximo a desferir o ataque com seu ferrão. Mas, aplausos interromperam a luta e todo o universo pareceu dar uma reviravolta, e Gembu foi visto junto de Kouga, Souma se aproximou aliviado:

    _Que bom! Você está vivo!

    De uma parte mais densa da floresta, vinha o som de constantes aplausos e passos, todos olharam para aquele ponto, Alberto tinha noção de quem estava se aproximando, Sonia se aproximou de Gembu e argumentou:

    _Esse cosmo... não pode ser ele.

    Gembu estava claramente nervoso, seriam esmagados.

    Tanatos havia reaparecido, e ao seu lado um jovem alto, de cabelo curto de cor escura, olhos serenos, trajado muito elegantemente, Kouga ficou perplexo e gritou:

    _Galen! Não me diga que você é...

    _Você o conhece, Kouga? – perguntou Gembu surpreso.

    _Sim... Galen o que faz aqui? Eu prometi que um dia iria voltar junto de Sofia e que recriaríamos aqueles velhos dias do passado, mas... não me diga que você se tornou...

    Galen sorriu:

    _Kouga, meu velho e querido amigo, o jardineiro de minha família, realmente foram dias grandiosos aqueles que vivemos a nos divertir, quando você terminava seus afazeres ou apenas fugia para brincarmos. Mas os tempos mudaram meu caro.

    Tanatos sorriu e frisou:

    _Espero que não queiram desperdiçar suas vidas aqui.

    Galen olhou atentamente para a companhia de Kouga e se aproximou dele, o encarando a fundo nos olhos, como que se pudessem trocar palavras mentalmente, como havia acontecido tão repentinamente?

    Kouga começou a elevar seu cosmo e disse decidido:

    _Não importa que esta barreira esteja limitando meus poderes, eu... eu... eu vou expurgar do seu corpo este espirito maligno! Não vou permitir que o meu amigo Galen faça Sofia e o mundo sofrerem, prepare-se!

    Gembu interveio e disse autoritário:

    _Não! Kouga, não percebe que seria um esforço em vão? Lamento admitir, mas, vamos todos ser mortos aqui... creio que com esta barreira, não poderemos nem sequer fazer um arranhão em Tanatos.

    Sonia disse impaciente:

    _Agora que vocês já mataram a saudade, vamos resolver tudo de uma vez.

    _Não tenha pressa para morrer, senhorita Sonia... – murmurou Souma.

    _Cale a boca, cavaleiro de bronze miserável. – disse Sonia encarando Souma com desprezo.

    Tanatos riu:

    _Ora vamos, não há razão para toda esta tensão, vocês estão se precipitando demais.

    Galen entregou um envelope escuro para Gembu e sorriu. O cavaleiro de libra ficou receoso por algum momento e o abriu, tratava-se de um convite para... uma festa? Outra festa na residência da família de Galen?

    _O que é isso? – perguntou Gembu.

    Galen sorriu:

    _Daqui cinco dias, darei uma grande festa aqui, para meus espectros, para Poseidon e seus marinas e só faltava convidar Atena, o Grande Mestre e por favor, apenas 10 cavaleiros, vocês são muitos. Bem, esta festa é apenas uma confraternização entre os três deuses que estão ativos nesta época, como sabem, estou iniciando uma guerra contra Atena, e, neste baile irei revelar meus planos, apenas para deixar as coisas mais interessantes. Depois, vocês podem ver o que podem fazer. Vamos Tanatos.

    Ambos deram as costas para os cavaleiros e foram saindo, Kouga se deixou inundar por uma onda de fúria e gritou:

    _Galen seu maldito!

    E se posicionou para um ataque rápido e decisivo, mas Gembu o impediu e o puxou, na direção de Sonia e Souma que já se retiravam lentamente, Alberto ficou os observando se afastar, com um sorriso por trás da máscara.

    Na sala do Grande Mestre, ele estava em sua cadeira, observando o convite, todos os detalhes, Sofia ao seu lado tinha uma expressão de tristeza no rosto, diante deles, apenas Gembu, ajoelhado, com o semblante tenso, uma preocupação interior, a ideia de expor Atena numa festa cercada de inimigos era de um perigo atormentador.

    _Hades enlouqueceu... Não sei se posso considerar isso uma armadilha ou um início formal de uma guerra. – disse o Mestre preocupado.

    Sofia argumentou serenamente:

    _Eu irei, se Poseidon foi convidado junto de seus marinas, eu também irei, junto de meus cavaleiros.

    _Senhorita Atena – disse o Mestre – não podemos esvaziar dez das doze casas, o exército de Hades é mais numeroso e eles podem tentar invadir nossos domínios.

    _Então vamos levar os cavaleiros de prata, eles são poderosos e todos estão aguardando ordens. – afirmou Sofia.

    Gembu se adiantou:

    _Eu também irei! Senhorita Atena, não me prive do meu pedido, eu não poderia em hipótese alguma imaginar que alguém à feriu, eu irei, mesmo que seja contra a vontade do Mestre.

    Sofia olhou para Gembu e sorriu, ela caminhou até ele e se ajoelhou, logo tomando suas mãos.

    _Gembu, muito alegra meu coração a tua lealdade. Eu não o irei privar. Estarei muito satisfeita em saber que poderei ter você ao meu lado.

    O Mestre se ergueu de sua cadeira e ordenou:

    _Gembu, vá e recrute sete cavaleiros de prata e mais um cavaleiro de ouro.

    _Irei chamar o Kiki.

    _Kiki? – o Grande Mestre ficou pensativo – Não seria bom deixar a primeira casa vazia, não concorda?

    A voz de Sonia surgiu:

    _Eu à protegerei. Me perdoe Mestre, mas fiquei escutando a conversa do lado de fora, eu irei ficar na casa de aries e prometo protege-la a qualquer preço.

    Sofia sorriu.

    Naquela noite, Kouga estava sentado em seu leito, entristecido e ao mesmo tempo sentido em seu interior, uma fúria imensa o corroer, como? Galen, as recordações lhe vinham sutilmente, ele e Sofia vivam juntos num orfanato e diante de uma escassez de alimentos, ele procurou emprego nas redondezas e terminou como o jardineiro naquela luxuosa casa, onde o conheceu. E posteriormente apresentou Sofia, não muito demorou para começarem a brincar juntos, não muito demorou para aquele homem à levar deles e posteriormente ele mesmo se foi, no encalço de Sofia. E Galen ficou, e acabou consumido pelo espirito maligno de Hades, era isto? Ainda não conseguia compreender claramente se era isto ou como havia chegado em tal ponto, estava atordoado. Souma estava deitado, olhando para o teto, lembrando de cada palavra desferida por Sonia, o menosprezando e diminuindo seu valor como cavaleiro, isso o irritava e seu punho cerrado estalava em fúria.

    Algumas estrelas haviam cruzado o céu, rumo as galáxias distantes, Gembu descia junto de Sonia as doze casas, calados, cada qual com sua preocupação em relação ao mesmo assunto, porém, de pontos de vista diferentes. Quando saíram da casa de peixes, uma voz calma cortou o silencio:

    _Espere Gembu.

    O cavaleiro de libra se virou, Sonia se deteve e olhou para a casa de peixes, onde estava o belo e eloquente Amor, cavaleiro protetor da casa de peixes, sua armadura brilhava sobre a luz do luar junto das armaduras de libra e escorpião.

    _Gembu, eu gostaria de lhe fazer uma oferta, será que poderia me ouvir?

    _O que você quer? Seja breve.

    Amor riu.

    _O cavaleiro que controla o equilíbrio das doze casas, sempre apressado e estressado. Parece que a guerra santa não está lhe fazendo muito bem, não é? E Sonia, estou orgulhoso de ver como está se tornando forte, mas, seu cosmo parece tão embaralhado, por acaso está amando?

    _Cale a boca! – disse Sonia irritada.

    Mais um pouco de risos e o cavaleiro de peixes prosseguiu:

    _Eu irei neste baile, no seu lugar Gembu. Fique e descanse, nervoso do jeito que você está, não vai ser muito útil.

    Gembu avança irritado:

    _O que está dizendo?

    _Viu só? Está muito tenso e nervoso. Não se preocupe, eu cuidarei de Atena, lembre-se que eu adoro bailes e toda aquela pompa nas valsas!

    _Como soube do baile? – questionou Sonia perplexa.

    _Percebe-se que vocês são amadores mesmo, na sala do Mestre existem vasos com plantas, e elas transmitiram toda conversa para mim, tudo o que é importante, eu fico sabendo sem precisar ir até a sala do Mestre.

    Sonia e Gembu se entreolharam, Amor prosseguiu:

    _Somente eu sou mais do que o suficiente como escolta, dispense todos, eu irei junto de Atena e o Mestre, fique tranquilo. Eu estive pesquisando sobre a família daquele jovem que se tornou o hospedeiro de Hades, se eu não estiver enganado, sei o que ele vai planejar fazer e sei como impedir. Agora se me permitem, vou dormir.

    Amor se virou, sem cerimonias e se retirou.

    Gembu murmurou irritado:

    _Maldito convencido...

    Na casa de escorpião, Sonia adentrou na parte do subsolo e encontrou seu aposento, retirou sua armadura e colocou a máscara sobre uma penteadeira que tinha um espelho oval. Sentou-se em seu leito e suspirou, a cabeleira cor de rosa ocultava sua face, por um momento, muitos dos pensamentos do baile se dissiparam e apenas a figura de Amor lhe surgiu na mente, como ele poderia estar tão certo de ser o único necessário a ir no baile? Raramente alguém falava sobre ele e seus feitos, era o mais reservado dos cavaleiros, embora o cavaleiro de virgem também fosse pouco visto, mas, era unanime que todos o temiam, praticante de uma religião desconhecida, desde o dia que assumiu o posto, nunca se socializou com os demais cavaleiros, tão pouco deixou de meditar. Um vago rumor dizia que Pavlin de Pavão era discípula dele, mas nada concreto. Amor, seu miserável. Sonia estava irritada, como ele podia ousar brincar com ela, dizendo que estaria apaixonada.

    O dia logo chegou, não havia qualquer reportagem de invasão ou movimentos estranhos pelas fronteiras do santuário, estava tudo em plena harmonia, o que preocupava profundamente o Grande Mestre, logo chegaria o dia do baile, e tão cedo o dia nasceu, e Amor o procurou e com seu típico jeito convencido, discursou para cima do Mestre a afirmação de que somente ele seria necessário, mas, havia reconsiderado, que, se quisessem levar outros para dançar um pouco e comer uns petiscos, estava tudo de acordo. O Mestre questionou Amor sobre o que seria a possível arma de Hades nesta guerra e o cavaleiro apontou para um vaso de planta e disse sorrindo:

    _Ali está sua resposta, mestre.


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