Reino de Phabricia's I: O Soldado de 1915 - ©

  • Finalizada
  • Lordmalz
  • Capitulos 6
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 17 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 6

    O Ar em meus Pulmões

    Aviões de caça sobrevoaram a área, e em seus rastros pára-quedas se abriam cobrindo a luz que a fumaça ainda não tinha tomado, criando uma nuvem escura de morte. Os soldados já desciam atirando enquanto os aviões retornavam se preparando para atacar... Então era esse o tal plano austríaco.

    Retornei rapidamente ao local onde estavam meus parceiros, os avisos já haviam sido mandados pelo rádio, e logo o apoio aéreo chegaria, só não sabíamos se a tempo...

    De qualquer forma, não tínhamos tempo á perder, todos começaram a avançar em meio a área já dominada, cientes de que a frente estava o perigo. O mesmo lugar de onde pude ver os caças, agora se tornara um campo de batalha... em instantes as faíscas e balas voavam meio ao local... em instantes o vermelho fortes de sangue predominava nos chãos e paredes... Dos dois lados os exércitos não paravam de avançar, das portas saiam cada vez mais soldados, e não seria eu a ficar para trás, todo aquele momento me parecia mais que excitante, a cada puxada no gatilho um sorriso na cara, o som atordoante ecoava.

    Mais rápidos do que pensávamos o apoio areio chegou e agora a batalha não acontecia somente no solo e sim no ar, consecutivamente as metralhadoras das aeronaves devastavam o ponto em que acertavam o chão, muitos destroços começavam a cair, e som já insuportável só aumentava... com a ajuda das construções destruídas e dos pilares que ainda sobraram, nos protegíamos, o capitão auxiliava as tropas que ainda estava por vim meio ao caos, e Konnor sumira de minha vista, apesar de que em tal situação, não era a vida se um humano que iria me preocupar.

    Pouco a pouco os caças iam se destruindo, e os corpos no chão deixando livre seus armamentos não me deixaria sem munição tão cedo, estava na hora de fazer algo e sair daquele embate sem resultado... Em uma área inicialmente de forma circular pude avançar usando as parede laterais como bloqueio, vendo minha atitude muitos outros começaram a agir enquanto outros nos davam cobertura, cada movimento a frente era marcado por uma poça de sangue ou o escorrer nas paredes, pela primeira vez estava sem munição, mas nada que fosse me atrapalhar.

    Em um dos ataques dos caças, foi destruído boa parte do andar superior, que agora estava ao nosso lado, como pequenas montanhas, me escondendo atrás de um desses destroços pude pegar outra arma no chão e prosseguir.

    Nosso exercito era grande e logo estávamos quase a ocupar o local, se é que posso dizer viemos preparados para morrer. As saídas dos inimigos já não era tantas, e depois de algum tempo o capitão finalmente resolveu aparecer, agora para apoiar no término da invasão, tomei frente ao domínio, usando uma das passagens pelo qual os inimigos vinham, avancei para a vitória, e fui surpreendido.

    Um soldado austríaco ferido e a ponto de perder a vida, se encontrava caído mais ainda consciente usou uma pistola para me acertar, o seu tempo foi de um tiro, antes que caísse em sono eterno, um tiro que me atingiu no alto das costas, próximo ao ombro direito, não senti dor, muito menos se a bala atravessara meu corpo, mas consegui sentir o sangue escorrendo por entre a roupa que agora me parecia pesada, ainda em pé, meu corpo tremia fortemente, como se estivesse sendo socado por alguém, e em meus olhos se passavam clarões tortuosos, o ar já não me vinha ao peito, o sangue começara a escorrer pela boca suavemente, todo o barulho parecia se acalmar, meio músculos já não obedeciam, e ao dobrar as pernas caindo, pude ver o relance uma pessoa me segurando e antes que a escuridão tomasse conta de meus olhos e o silêncio predominasse em meus ouvidos, uma palavra repetidamente dita ecoou... HELP, HELP(...)

    ... Em pouco tempo chegara o fim de mais uma batalha, mas aquela seria só mais uma entre muitas que estavam por vir antes que a guerra realmente acabasse, graças ao ataque ao Norte feito pela Grã-Bretanha, conforme as coisas se alastravam, mais e mais países entravam em confronto, os espertos tornavam-se fortes e vitoriosos...

    (...) Em um suave movimento dos olhos, e com a visão embaçada, só consegui ver uma luz e atrás uma parede branca...


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