Aragon

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 22

    Destino

    Álcool, Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Tempo da Autora

    Guilda. O que significa essa palavra? Para muitos é apenas algo simbólico, falso, distante da realidade, algo dito por algum fanático por RPG, mas para muitos demonstra união, amizade, time. O que você espera quando entra em uma guilda? Amizade? Aventura? Alcançar um objetivo? Afinal em qual mundo essa palavra realmente existe?

    Mas eu digo, não importa o que você acha, nem o que você espera, e acima de tudo não importa em que mundo você viva, no mundo mágico, ou no mundo caótico que você enfrenta todo o dia do outro lado dessa tela. O significado é o mesmo, no fundo do coração você sabe, não precisa ter mágia para ser mágico, e só porque é fantasia, não significa que você não possa tornar realidade.

    É isso que forma uma guilda os corações, corações ligados por uma cumplicidade sem limites, a capacidade de lutar pelo que quer e pelos que ama, e acima de tudo a sua capacidade de sonhar, e compartilhar com seus nakamas esses sonhos sem limites.

    Então venha, pegue minha mão, eu irei te levar para um lugar onde nossos sonhos se tornarão realidade.

    ~¢~

    –Não é assim que se faz idiota!- grita o senhor Teass.

    Tem sido assim nesses últimos meses, brigas? Vingança? Não. Ao invés disso temos martelos, cimento, gritos de senhores perfeccionistas. Isso meu caro leitor é a rotina dos nossos hérois.

    Assim que a nossa heróina acordou no outro dia, ela sentiu algo diferente, uma nova sensação que imundava seu corpo, ela não sabia o que era, mas nem tentou descobrir, ela tinha muito o que pensar, estava feliz, mas ao mesmo tempo seu coração gritava, ela não podia esquecer, não podia perdoar o que aquelas pessoas fizeram, mais do que a sua dor, a dor daqueles que a cercavam assolava sua mente e perturbava seu equilibrio.

    Naquele mesmo dia o nosso grupo predileto foi para a sua guilda, e lá encontraram os poucos nakamas que lhe sobraram, todos se reuníram em uma única mesa, conversaram sobre coisas banais e riram em grupo pela primeira vez, esse lugar estava alegre, toda a tensão havia ido embora, e eu ouso dizer que embora estejam machucados tanto físicamente quanto emocionalmente eles estavam realmente felizes.

    Enquanto todos riam da risada de Kin, a Mestra Yoko observava a cena satisfeita, ela torcia por aqueles magos, aqueles magos eram puros, corajosos, eles passaram por muita coisa e nunca pensaram em desistir aqueles magos eram tudo o que a Alliance precisava, e acima de tudo torcia pela neta, era daquilo que ela precisava, amigos, amigos de verdade, amigos que a apoiariam, Kin não iria ficar presa a essa maldição

    Ao lado da Mestra estava o nosso Mestre predileto, que tinha várias lágrimas nos olhos, seus filhos finalmente o notaram e o abraçaram, isso foi a gota d' água, o pequeno homem começou a chorar, chorou mais do que os sete magos, ele estava feliz, verdadeiramente feliz, isso se refletia em seus olhos, olhos que quando se abriram vislumbraram um brilho dourado, um brilho conhecido.

    Do lado de fora o pequeno fantasma observava a cena, ela já viu muita coisa na vida, ou na morte, mas aquela cena superava tudo, ela podia sentir, mesmo de longe, mesmo morta, ela sentia o calor do coração daqueles magos, mesmo depois do sofrimento eles tinham a capacidade de sorrir, essa união, essa confiança era tudo o que ela sempre desejou para a sua guilda, sonho que não se realizou.

    E alheio a tudo, estava um pequeno homem gorduchinho, que estava atrás dos dois Mestres observando a cena, talvez você não se lembre dele, mas ele estava gritando no começo do capítulo, o nosso querido construtor, o senhor Teass, o homem que Makarov trouxe para reconstruir essa cidade, ele é exigente e perfeccionista, e vai exigir muito dos nossos magos, esse homem adora o trabalho, e embora tenha que fazer tudo realmente adorou a proposta, talvez Lucy não saiba que homem não conseguia emprego devido a idade, e isso está realmente o salvando.

    E por que eu estou dizendo isso? Simples, todos apenas se lembram dos grandes acontecimentos dos grandes hérois, e isso talvez se deva pois tudo o que nossos hérois ou vilões fazem sejam algo grande, tudo o que eles contam, tudo o que fazem viram lenda, talvez por serem tão ocupados, tão majestosos, eles não conseguem contar coisas do cotidiano, coisas pequenas e simples que passam despercebidas, mas que são realmente importantes, coisas que apenas eu posso contar.

    Como por exemplo, durante esses dois que vão se passar, Wendy descobrirá o significado do amor, talvez ela não perceba imediatamente, ou precise de uma ajuda, mas quando ela olhar para esse garoto algo em sí vai despertar algo que vai lhe ajudar a entender a sí mesma e a suas ações.

    Poucos sabem, mas cada vez que Yoko consegue devolver o tesouro de algum lugar ela sorri ao ver a felicidade do povo, talvez ninguém tenha visto, mas toda vez que o senhor Teass saia da construção, ele se encaminhava para a pequena casa que construíu, e ao chegar abraçava a mulher com o maior carinho do mundo e contava tudo sobre o seu dia, talvez Juvia não tenha lhe contado, mas sente algo especial por Yamato, algo que nunca sentiu antes, talvez você não tenha visto, mas toda vez que Gajeel bate em alguém que tenta invadir a cidade ele se sente diferente, talvez ele não tenha visto, mas toda a vez que volta da patrulha Levy o observa de longe com um kit, para o caso de estar ferido, e talvez ela não saiba, mas ele a observa enquanto ela lê sob a luz da Aurora.

    Ninguém nunca lhe mostrou, mas todo dia ao anoitecer certo mago vai ao parque das Sakuras para ver se a nossa heroína estava lá, é ele não estava feliz como ela, ninguém estava, e tenho certeza que Lucy não lhe contou, mas certo dia ela acordou sentindo algo diferente, coisa que mais tarde a levaria para o seu destino.

    São as pequenas coisas, um olhar, um sentimento, um gesto, é isso que faz tudo faler a pena, é isso que une os corações das pessoas, é isso que nos faz felizes, pode parecer algo besta, banal, mas lembrem-se é por isso que os hérois lutam, não é pelas grandes coisas, é para manter as coisas pequenas, simples, assim como um beijo de boa noite.

    Talvez você tenha gostado ou talvez não, mas isso é um lado da história que apenas eu posso mostrar, algo que apenas uma mãe poderia dizer sobre seu filho, ou no caso obra. Então eu lhe digo, são esses pequenos sentimentos no coração de cada um, é isso que liga cada um dos magos de uma guilda.

    Então você está feliz por ter pego minha mão? Eu consegui lhe mostrar o verdadeiro significado da felicidade?

    Autora brisada sentimental off

    ~2 meses depois~

    ~Lucy PV~

    –EU JÁ DISSE QUE NÃO É ASSIM!!!!!!!!!!! - grita o Sr. Teass pela centésima vez.

    –Mas foi isso que pediu Velhote! - rebate Gajeel.

    –NÃO!!! EU JÁ LHE MOSTREI!!! - o senhor grita de novo.

    E assim prosseguiu a briga, o velhinho reclamava de algo, Gajeel rebatia, era um ciclo interminavél, e o motivo da discussão? Uma telha que Gajeel colocou errado.

    –Eles nunca param. - suspira Levy-chan - E já se passaram três meses.

    –Eles nunca aprendem. - eu respondo - Mas não foi de tudo ruim, Gajeel conseguiu destruir grande parte dos destroços da cidade, e fez isso com perfeição.

    –Isso aconteceu há três meses Lu-chan, e todos nós sabemos que ele iria se sair bem.

    De fato aquela etapa foi a mais divertida, a primeira coisa que fizemos nessa cidade, a primeira ordem do Sr. Teass, destruir o que restou, nada exceto a guilda, minha casa, e um prédio que agora era a prefeitura ficou de pé, tinhamos que nos livrar do entulho, então nós explodimos tudo, de um modo controlado é claro.

    Claro nós verificamos tudo antes de explodir, mas bem foi algo bom, extremamente teurapêutico. Nós temos ajudado a reconstruir tudo, e agora três meses depois os resultados se mostram, as primeiras já foram erguidas, e alguns habitantes já se mudavam.

    –A mestra conseguiu de novo, você se lembra daquela pequena Jade perdida no meio dos tesouros do esgoto? - eu aceno com a cabeça e ela prossegue - Ela pertencia a fámilia da Princesa Hisui.

    –Como???

    –Aparentemente era algo de muito valor sentimental para a familia, e quando a Mestra a devolveu a Princesa ficou tão feliz, que deu uma grande recompensa por isso.

    Eu não estava surpresa por isso, afinal grande parte da nossa renda vem disso, todos os tesouros que o Espiríto roubou ficaram lá embaixo, nós vasculhamos todo aquele lugar, recolhemos tudo, Levy pesquisava a origem e a Mestra devolvia para a cidade ou respectivo dono, não era pelo dinheiro, muito pelo contrário, não exigiamos nada, mas alguns insistiam em nos dar uma recompensa, por gratidão ou por orgulho. Yoko dizia que era o dever dela, aqueles tesouros roubados estavam enterrados debaixo do nariz dela, no território da guilda devolvê-los sem exigir nada em troca, era digamos questão de honra, ela não ia conseguir dormir se fosse diferente.

    –Terminei! - eu grito após colocar a última telha.

    –Ótimo trabalho como sempre Aurora! - grita o Sr.Teass - Porque você não é como a Aurora-tan baguio de ferro?

    –Tsck.

    Recolho as ferramentas e salto do telhado aterrissando sem problemas, Levy me segue um pouco desajeitada, seguro seu braço para que ela não caia.

    –Obrigada Lu-chan. Acho que não levo jeito para a coisa.

    –Você aprende com a prática. - eu sorrio

    Sinto uma aproximação vindo por trás, e quando me viro tenho que me desviar de umas vigas que certo loiro carregava.

    –Olhe por onde anda Meio loira. - resmunga Laxus passando por nós, sendo seguido por Bixlow e Evergreen.

    –Cuidado Loira, não fique no caminho do Laxus. - diz Freed com uma aura sombria. - Ou então o Raijinshuu irá te deter.

    Uma gota surge na minha cabeça, esse cara nunca aprende, mesmo depois de entrar para a guilda ainda continua implicando comigo. Ah sim, isso mesmo, alguns dias depois do ataque Laxus parou de graça e finalmente entrou na guilda, é claro que o Raijinshuu não ficaria de fora, todos passaram no teste do ovo e entraram.

    –Ele ainda não gosta de você Lu-chan. - Levy diz.

    A primeira coisa que Freed fez foi vir "vingar o Laxus", segundo ele eu havia envergonhado o seu tão amado Laxus-sama, ele bem que tentou, mas começou a ficar cansativo então eu o nocauteei. Ele ainda não superou isso.

    –Um dia passa. - eu respondo a Levy.

    É claro que eles não foram os únicos a entrar. De vez em quando alguns magos vinham, eles logo eram avisados do método de seleção, nenhum deles parecia se importar com isso, até hoje apenas um não passou, ele começou a dar um showzinho então eu chutei o traseiro dele, ele destruiu a minha torta, nada mais justo, três horas depois descobrimos que ele era um mago procurado. Isso que é azar.

    Atenção magos idiotas. Voltem para a guilda agora! Tenho comunicados para fazer. Vocês tem cinco minutos.

    Olho para Levy que me fazia uma pergunta silenciosa, balanço a cabeça positivamente e então nós começamos a correr. Receber chamados telepáticos da nossa Mestra é algo normal, agora que Kin saí em missões especiais com Luna, a Mestra ficou sem a sua mensageira do teletransporte, então ela faz uso de uma nova maga para mandar ameaças em massa. É algo prático, porém assustador, eu quase caí do telhado numa dessas.

    VENHAM AGORA!

    –Deve ser algo grave para ela gritar desse jeito. - Levy ofega.

    –Sim. Levy me desculpe. - e então eu a pego no colo, e começo a correr mais rápido.

    Eu não costumo fazer isso, mas considerando a nossa posição seria impossivél chegar lá em cinco minutos usando uma velocidade comum. E eu não quero enfrentar a punição da Mestra.

    –Aurora pontual como sempre. - a Mestra diz quando eu passo pela porta, ela não demonstra reação alguma ao ver Levy no meu colo, apenas uma sombrancelha franzida.

    –Lu-chan, me avise quando for fazer isso. - Levy resmunga.

    Algumas pessoas já se faziam presentes na guilda, Kin e Luna estavam jogadas em uma mesa, acabaram de chegar de uma missão, isolado em um outro canto estava Laxus que me encarava impássivel, ele provavelmente se teleportou quando recebeu o aviso, eu achei mesmo que vi um raio passando. Jogado em outra mesa estava Abe um mago mascarado que controlava a sua mente se você olhasse nos seus olhos.

    No balcão estava Daisuke Kanazawa um mago do gelo que ficava no bar. Ao lado da Mestra estava Ria a maga telepata que enviava as mensagens de Yoko, e seu irmão Nobuaki que usa uma mágia semelhante a de Hibiki.

    A porta se abre outra vez e é o Raijinshuu que entra, Freed dá um sorriso vitorioso em minha direção, e depois vai em direção ao Laxus sussurrando: Vejá só loira meu Laxus-sama é o melhor. Baka, por mais rápido que eu corra não posso superar o teletransporte. Os próximos a chegar foram Gajeel e Lily, seguidos por Hayato que pegou uma carona com Virgo.

    –Hora da punição Mestre?

    –Não Virgo, e não me chame de Mestre!

    –Esse meu filho, devia aproveitar os apelidos que as garotas dão! - murmurra Yamato aparecendo ao meu lado de supetão. - Bom dia garotas.

    Juvia chegou correndo junto de Wendy e Charlie, as três estavam ajudando na restauração da prefeitura.

    –O Joe vai chegar em 3,2,1... - e paft um mago entra correndo e caí de cara no chão assim que põe os pés na guilda, esse homem é Joe Kawano, sua magia consistia em sua intêligencia o cara tinha cerca de 350 de Q.I, extremamente monstruoso.

    –Estamos todos aqui. - a Mestra diz - Eu tenho dois comunicados. O primeiro é: hoje a Alliance ganhou um novo membro, um membro extremamente valioso que passou pelo procedimento padrão e pelo não padrão. Dêem boas vindas ao nosso novo nakama.

    Uma pessoa desce as escadas e para ao lado da Mestra, usava uma capa, eu não podia ver seu rosto, mas ele me parecia familiar, assim como o seu cheiro.

    –Eu sou Kaien Hirako, prazer em conhece-los.

    Arregalo os olho diante da pessoa á minha frente, ele tinha cabelos negros e arrepiados e seus olhos eram amarelos, eu sabia quem ele era, era o garoto que eu deixei com May, aquele que tinha a magia roubada por aquele maníaco.

    –Você... - eu digo.

    –Vejo que finalmente posso conhecê-la Lucy-chan-san. É um prazer. - ele vem em minha direção estendendo a mão.

    –Vocês se conhecem? - pergunta Evergreen.

    –Não exatamente. - Hirako responde - Minhas memórias da nossa luta estão um pouco nubladas, mas aquela garota pirada me contou tudo.

    –Fico feliz que tenha se recuperado. - eu digo - Como May está?

    –Bem demais para o meu gosto, logo você irá vê-la. - ele responde - A propósito seu nocaute foi muito bom, tenho que elogia-la.

    –Ela é muito boa nisso. - sussurra Wendy.

    –Que bom que veio para a Alliance, essa é uma coincidência muito boa. - eu digo.

    –Não foi. May me disse onde encontrá-la, eu tenho que agradecê-la Lucy-san, eu fiz coisas ruins, eu ataquei você e a sua amiga, mas ainda assim você me salvou e me ajudou, eu lhe devo muito, e quero retribuir a sua gentileza.

    –É isso que os nakamas fazem, cuidam uns dos outros, você pode retribuir tudo se divertindo conosco. Seja bem vindo "" -san.

    –Hai. Obrigada Lucy. - ele sorri.

    Tarde demais percebo que toda a guilda nos observava, uns com sorrisos, outros confusos, a maioria incrédulo, assim como Laxus que logo pergunta.

    –Quantas pessoas você nocauteou?

    Eu abaixo a cabeça envergonhada, eu não tenho culpa que ninguém aguenta o tranco.

    –Certo, é bom que vocês façam amizade tão rápido. Afinal vamos precisar dessa união. - a Mestra diz.

    A atenção caí novamente encima da Mestra, ela estava realmente séria, um peso surge no meu estômago, não era coisa boa.

    –Magos da Alliance Moon, hoje eu lhes comunico que esse ano, nossa guilda vai participar dos Grandes Jogos Mágicos.

    Silêncio total, ninguém ousou dizer nada, todos olhavam para a cara da Mestra esperando uma continuação ou um sinal de piada, que nunca veio.

    –Annn sem querer ofender, mas eu vi os Jogos em que vocês participaram, e foi um desastre, e a cidade não vai ficar desprotegida? Afinal nós cuidamos da segurança.

    –Dessa vez vai ser diferente, agora nós estamos no controle da situação, não vamos passar por isso novamente, e sobre a cidade ninguém ousaria atacar a cidade cede de uma guilda participante, mas para todo o caso eu irei protegê-la devidamente, e o Sr. Teass cuidará de qualquer problema.

    –Eu ouvi alguns boatos em Hargeon. - diz Kin - Todas as guildas estão eufôricas, todos estão esperando por algo, dessa vez parece que vai ser diferente.

    –E vai, eu também sinto isso. - responde a Mestra.- Vai ser diferente, pois nos outros anos nós não estávamos participando, já está na hora de mostrarmos do que somos feitos, eu não nego que o dinheiro do prêmio seria ótimo, mas já está na hora de mostrarmos como deveria ser uma guilda, está na hora do nosso show.

    Ela olha diretamente para mim, eu sei o que ela quer, os Jogos são um espetáculo, um Batle Royale para as guildas, e ela queria que eu fosse a maestra, a capitã desse jogo, mas será que eu sou capaz de tudo isso? Eu sei cuidar de mim mesma, mas será que sou capaz de comandar um time?

    –Como sabem a estrutura dos jogos mudou, eu preciso de dez magos, qualquer um pode participar, eu não vou impêdi-los, e também não vou obriga-los. - Yoko diz.

    Todos ficam em silêncio, olham para o parceiro do lado, e esperam até que a primeira pessoa fala:

    –Mestra. - chama Hayato - Eu não sou forte, mas quero dar o meu melhor, eu gostaria de participar.

    –É claro. Bem vindo ao time Hayato.

    O garoto quase não acredita nas palavras da Mestra, ele olha para o pai em busca de algum tipo de repreensão, mas não encontra, então logo trata de sorrir.

    –Mestra, gomenasai, mas eu prezo pelo meu traseiro. - essclarece Joe.

    –Tudo bem. Vocês tem até amanhã.

    Todos saimos da guilda calados, olhamos um para o outro e sem dizer uma palavra cada um vai para um lado, pode parecer estranho, mas isso é algo que cada um deve decidir por si só, cada um tem as suas preocupações, seus medos, e para mim, isso não era apenas sobre as fadas, existiam mais coisas em jogo, minha guilda, essa cidade, meus companheiros e eu própria.

    Os primeiros sinais da noite começam a surgir, tiro a minha capa e a penduro em um muro, ninguém iria mexer, isso eu posso garantir, e então começo a andar, eu zarpeio por cada esquina observando cada parede que se erguia, era uma cidade pequena, mas a sua grandeza estava explicita em cada tijolo.

    Era a minha hora preferida para um passeio, quando a aurora começa a surgir, e tudo fica tão fresco. Perdi a noção do tempo, era incrivél como uma caminhada esfria a minha cabeça. Uma vez Igneel me disse para achar algo para relaxar, algo que me impeça de me torturar. Essa coisa para mim é caminhar sem rumo, deixar que a Lua e as Estrelas me guiem para lugar nenhum.

    Eu só paro quando chego á floresta, a floresta que fazia fronteira com a próxima cidade, eu não devia entrar ali, era o lado oposto da minha casa, eu poderia arranjar briga com alguém de outra guilda, eu poderia ser vista, mas algo que dizia que eu devia, tinha algo lá que me atraia, e como Shinobu dizia "Nunca ignore seus instintos" eu entrei.

    Quando meu pé tocou o chão, fui dominada por um sentimento único, eu não conseguia dizer o que era, era como um imã, me puxando me atraindo, me guiando, e eu me entreguei totalmente a esse sentimento. Deixo meu corpo agir, deixo ele me guiar aonde eu preciso ir, cada vez mais eu adentrava na floresta, mas eu não sentia perigo algum, muito pelo contrário estava tudo bem, eu podia ver tudo, cada folha, cada grão de poeira.

    Em um suspiro, eu entrego mente e corpo para esse sentimento, e deixo meu instinto me guiar, e no instante seguinte, eu já estava correndo através da floresta.

    ~PV Geral~

    Se alguem estivesse na floresta naquele instante, veria um borrão passando pela árvores, deixando um brilho dourado como lembrança, mas se você tiver bons olhos, veria uma mulher correndo disparada, como se sua vida dependesse disso.

    Com o tempo os sons da batalha foram surgindo, e assim que avista a fonte a mulher salta em uma árvore e passa a observar a cena.

    No chão, um homem loiro estava lutando, ele estava ferido, mas não parecia ser sério, ele não descansava acertava golpe atrás de golpe, não dava brexas para o inimigo, mas então algo mudou, assim que adversário é derrotado, outros dois surgem atrás do moreno que protegia dois exceeds, estaria tudo bem se um terceiro mago não tivesse atacado pelas costas, uma katana teria atravessado o seu coração, mas o mago loiro o empurra e recebe o golpe, os dois magos que atacaram pela frente caíram desacordados, mas isso não se aplicava ao terceiro.

    O loiro cambaleia, a espada atravessou o lado direito do seu peito, causando grande estrago, o coração se safou por pouco, mas o mesmo não é dito do seu pulmão, o inimigo desfere um soco no rosto do mago que caí.

    –É uma pena Sting-kun, você é bom, mas eu sou melhor. - o mago diz pronto para desferir o golpe final.

    –AFASTE-SE DELE! - grita Rogue se jogando contra o homem.

    Crack.

    E então um grito corta o ar.

    –Eu não mato vocês agora, porque eu preciso de testemunhas que digam que eu, o grande Hiroko Ueda, o fatiador, matou o Mestre da Sabertooth. Agora se me dão licença, eu tenho que fatiar mais pessoas.

    Ele some entre as árvores, deixando Sting sangrando, e Rogue com uma perna quebrada e o corpo paralisado.

    –Sting-kun, Sting-kun. - chora o exceed marrom sobre o corpo banhado em sangue.

    –Le...c...tor...

    –Fro peça ajuda. - o moreno ordena - Rápido por favor.

    O pequeno exceed saí voando deixando uma trilha de lágrimas pelo céu, o moreno tenta ir até o amigo, mas não consegue se mover, sua cabeça girava e seu corpo não respondia, mas ele foi capaz de ver, uma silhueta que se movia em direção ao seu amigo, uma pessoa com um Dragão nas costas.

    –Quem é você? - pergunta Rogue, não obtendo resposta.

    Era a mulher que antes os observava, ela não aguentava mais esperar, entrou na pequena clareira, com o rosto coberto pelas sombras, e em passos rápidos vai até o loiro caído.

    –O que quer? Não se aproxime. - adverte Lector - Não venha...

    Ela o ignora, continua seu trajeto quase que hipnotisada até o loiro, se ajoelha e encosta o rosto no peito empoçado de sangue de Sting, o coração dele havia parado.

    –Sa- sal -ve-o po-por favor! - soluça o exceed.

    Novamente ela nada responde, seus olhos estavam fixos no loiro, e sem tira-los dele ela saca a espada. Lector pula e a morde, e em um único movimento ela o joga em cima de Rogue, isso não o machucou, mas doeu, um fraco eco dos protestos dos dois foi ouvido, mas de nada adiantou, pois no segundo seguinte ela crava a espada no coração de Sting, mas o mais surpreendente foi o aconteceu depois.

    Ela o beijou.

    Foi um simples encostar de lábios, mas mesmo assim um beijo, no instante em que os lábios se encontraram ela começou a brilhar, um brilho laranja, reconfortante, animador, mas era como olhar para o Sol, belo, porém doloroso, com o tempo ele diminuiu, mas essa não era a resposta certa.

    O brilho fluia dela para Sting, se concentrando na espada cravada em seu coração, e então começou a pulsar por todo o corpo, os arranhões, os roxos desapareceram, e o mais incrível, os ferimentos que o estavam matando foram se curando de dentro para fora.

    . O corte no peito se fechou, seu pulmão estava restaurado, ele voltou a respirar na mesma hora, não sobrou nada, nem uma cicatriz que dissesse sobre o ocorrido, exceto é claro pela espada cravada no peito dele, mas ele estava vivo.

    E então acabou, delicadamente ela tira a espada do peito dele, um pequeno brilho prateado fica no local, mas o mais incrível era a lâmina, estava limpa, não tinha nem uma gota de sangue.

    –Sting-kun? - Lector chama, mas a única resposta que consegue é um gemido que corta a garganta do homem que há cinco minutos atrás estava do outro lado.

    –Quem é você? - pergunta Rogue.

    Ela não responde, só se levanta e dá de costas, seguindo pelo mesmo caminho que Ueba seguiu, mas ela não foi imediatamente, ela emite um fraco ruído, soava como um chamado do vento, so que mais aveludado, Rogue não entende o que significava, e antes que pudesse fazer qualquer outra pergunta, ela desaparece, deixando para trás apenas a lembrança do brilho da lâmina sobre a luz do luar.

    Rogue não sabia, mas o que ela disse não foi para ele, foi para sí mesma, era apenas uma confirmação, uma resposta.

    "Talvez os jogos mágicos possam ser divertidos."

    ~§~

    ~Na manhã seguinte~

    Alliance Moon

    –E então? - pergunta a Mestra - Temos mais oito lugares.

    Todos estavam sérios, porém estavam mais tranquilos, Ria recusou antes que alguém dissesse uma palavra, assim como Joe ela prezava pelo seu traseiro, Yamato também recusou disse que sua vontade de lutar ao lado do filho, não mudava o fato de que até dois meses atrás ele trabalhava para as fadas, e não queria trazer problemas ao time.

    A próxima pessoa a se manifestar é Wendy, sendo seguida por Levy e Juvia, a Mestra dá a palavra a elas, mas tudo o que dizem é:

    –Estamos dentro.

    E então soltam o ar, elas estavam com medo de dizer, com medo de ficarem de fora depois do que aconteceu anos atrás, mas ainda faltava uma coisa, ou melhor uma pessoa.

    –Certo. - a Mestra responde, e se dirije a aoutra mão levantada - Gajeel?

    O mago simplesmente balança a cabeça confirmando, é claro que ele não ficaria de fora, ele tinha contas a pagar, e faria isso junto de todos.

    –Mestra eu... - começa Kin, mas é interrompida pela avó que logo diz.

    –É claro.

    –Mas eu... - ela tenta de novo, mas não dá certo.

    –Eu sei. Kin a única que não pode participar sou eu, porque eu não deixaria você ir?

    A garota fica confusa, ela ficou a noite toda pensando em como convencer a avó a deixa-la participar, mas foi tudo em vão, não houve uma única palavra de resistência para impedi-la, ela havia pensado que se sua descendência fosse descoberta haveria uma onda de pânico, principalmente com a mágia que usava.

    –Mestra, se não se importar eu... - começa Luna, mas Yoko estava em um dia de interromper os outros e logo trata de fazer o seu papel.

    –Sim Luna, vamos precisar da sua empolgação afinal nosso time tem pessoas tão falantes.

    –Mestra se me permite, eu gostaria de fazer parte do time, eu sei que entrei ontem na guilda, mas... - diz Kaien.

    –Como eu disse todos podem participar, não importa se você entrou ontem ou há vinte anos se você tem a marca pode participar. - ela suspira - O que deu em vocês? Estão falantes, pegaram síndrome de Luna?

    –Annn creio que não. - o garoto rebate - Mas se me permite, eu tenho mais uma pergunta. Você disse que só haviam mais oito de dez vagas quando começamos, o único a se oferecer ontem foi o Hayato-san, o que nos daria um total de nove vagas restantes, não oito, não houve hum... um equívoco na hora do aviso?

    A cara da Mestra se fechou e todos taparam a respiração, esse novato não foi avisado do tabu número um, nunca, nunca contrárie a mestra, e principalmente nunca diga que ela errou em algo. Ele iria enfrentar "a punição", ela se aproxima do garoto e quando fica frente a frente dá um peteleco na testa do garoto começando então a rir, o que não era usual.

    –Finalmente, demorou para alguém dizer isso, alguém da nossa guilda sabe contar. - Yoko ri - Não foi equívoco, antes de vocês chegarem outra pessoa entrou no time, ela deu uma saída a pedido meu, não deveria voltar até a tarde, mas ela sempre supera as expectativas.-ela para a risada- Pontual como sempre Aurora-Lucy-san.

    Os olhos de todos seguem Yoko e param no segundo andar da guilda, onde uma mulher de capuz estava sentada no corrimão observando a todos.

    –Está tudo em ordem Mestra. - ela simplesmente diz.

    Muitos ficam assustados por não terem a notado sentada lá em cima, mas seus amigos sorriem, os jogos não seriam a mesma coisa sem ela, todos sabiam, por isso ficaram assustados ao ver que ela não estava aqui para a reunião para os Jogos, e entraram em pânico ao ver que os lugares estavam diminuindo.

    –Então a Meio Loira vai participar. Pensei que não teria coragem. - zomba Laxus - Nesse caso estou dentro, quero ver do que você é capaz.

    Lucy sorri em desafio, mas não rebate as palavras do loiro, ela apenas salta do e vai para perto de suas amigas que fazem batem as mãos entre sí.

    –Certo, então temos o nosso time. Hayato, Lucy, Wendy, Juvia, Levy, Gajeel, Kin, Luna, Kaien, Laxus, vocês tem a grande missão de representar a nossa guilda e mostrar a nossa força. - A Mestra diz - Durante anos nossa guilda tem sido ignorada, mas está na hora de mostrar ao mundo o que significa ser um mago da Alliance Moon.

    –Hai! - todos gritam.

    –Mas antes tem algo... - a Mestra acaba com a empolgação de todos - Nesses três meses que precedem os Jogos vocês vão a um campo especial para treinamento, onde eu quero que vocês se fortaleçam e fortaleçam os laços entre vocês.

    –Campo especial? - pergunta Hayato.

    –Sim, quer dizer um lugar sucetível a destruição, onde vamos ter que aprender a trabalhar em equipe. - Lucy responde.

    –Exato. Gajeel, Wendy podem levar seus exceeds, eles vão ser de grande ajuda. Levem apenas o essêncial, ou seja tudo o que que vai lhe ajudar. Eu vejo vocês daqui a três meses em ponto na guilda, e eu espero realmente que todos estejam mais fortes e principalmente inteiros, ou sofrerão as consequências...

    –Não entendi. - diz Wendy.

    –Eu quero dizer que se vocês voltarem pior do que foram, e ferrarem com tudo agindo de modo egoísta durante os jogos, a coisa vai feder, ou seja, é melhor que vocês aprendam tudo sobre o outro, a ponto de saber o que o outro vai fazer antes de fazer, entendido? - ela suspira - Não quero que sejam um time invencível, quero que sejam capaz de ajudar um ao outro, e resolverem as coisas juntos, quero que sejam um time, time (como o da Alemanha hehehehe GOLLLL DA ALEMANHA (brincadeirinha)).

    –Hai.

    –Certo, que os jogos comecem então.

    ~¢~

    ~Seis dias depois~

    Na Sabertooth

    ~PV Sting~

    Eu estava morto, era só o que eu tinha certeza.

    Eu me lembro daquela katana atravessando meu peito, me lembro da dor sendo substituída pela dormência, lembro se estar caindo e tudo ficando nublado, a última coisa que saiu dos meus lábios foi o nome de Lector, eu estava preocupado com meus amigos, mas não podia fazer nada, tudo ficou preto e então meu coração parou.

    E paft eu estava morto.

    E então algo estranho aconteceu, uma dor excruciante atingiu o meu peito me tirando das sombras, e eu senti algo macio nos meus lábios, causava um certo formigamento, eu tinha a impressão de que se não estivesse morto iria gostar disso. Mas então piorou, a dor se espalhou por todo o meu corpo, cada pedaço do meu ser doía, era como se minhas células estivessem em combustão.

    Parecia um castigo por tudo o que eu fiz no passado, e por um instante tudo o que ue desejei foi morrer, de verdade dessa vez, depois de um tempo eu pensei que ia acontecer, a dor começou a fluir, era como se estivesse voltando para o ponto de origem no meu peito, se concentrando lá.

    O mais estranho aconteceu depois, eu conseguia respirar, e eu abri os olhos, eu esperava encontrar Rogue, Lector, ou Deus, mas o que vi foi laranja.

    Dois orbes laranjas brilhavam a minha frente, era como se conseguissem ler a minha alma, eu nunca os tinha visto, mas era como se eu devesse, um sentimento se apoçou do meu corpo, eu não sabia o que era, talvez fosse felicidade?

    Não, não era isso, era a sensação de encontrar aquilo que a muito tempo procurava.

    Mas então eles se foram, assim como a dor, substituída por uma queimação, ouço um sussurrar do meu nome, mas eu não ligo, eu estava desesperado para encontrar, encontrar aqueles olhos, mas o que eu acho é um Dragão, sob o efeito do mesmo brilho laranja, mas logo ele desaparece sob os meus olhos e eu caio novamente na escuridão.

    –Iluminado.

    Eu tento responder, mas a voz não saí, eu estava desesperado para responder, desesperado para me virar e ver o que sempre desejei e abraçar aquela voz que sempre estava presente nos meus sonhos, mas isso não acontece, cedo demais chegamos ao nosso destino, e tudo acaba.

    –Sting. - uma voz me chama e eu acordo.

    Abro meus olhos e sou cegado pela luz, demora um pouco para que eu me acostume, e assim que eu o faço dou de cara com um Rogue sorridente.

    –Você acordou. - ele diz.

    –Sting-kun. - alguém chora - STING-KUN BUÁAAAAAAAA

    Uma coisa peluda pula em cima de mim e encharca o meu peito, ela chorava e tentava falar ao mesmo tempo, o que resultou em um grunido estranho.

    –Lector. - eu sussurro.

    –V-vo-você acordou Sting-kun. - ele chora.

    –O Fro também acha. - diz o sapinho chorão.

    –Acordei?- eu pergunto.

    –Sim, você dormiu por uma semana. - Rogue responde.

    –Uma semana? Eu dormi? Rogue o que você fez? Eu senti aquela katana furando meu pulmão, eu devia estar morto.

    Rogue desvia o olhar, e fica calado durante alguns minutos, eu odiava isso, mas ele parecia preocupado, assim como Lector e Fro.

    –Eu não fiz nada, Ueda quebrou minha perna eu não podia buscar ajuda, então Fro foi pedir ajuda.

    –Sério? Então o Fro trouxe ajuda? Gato esperto. Muito obriga...

    –Não foi o Fro que trouxe ela. – interrompe Lector com hostilidade.

    –Ela quem? - eu pergunto, Rogue toma folêgo e então revela o que eu temia.

    –Sting, o Fro levou Minerva, quando eles chegaram na clareira você estava coberto de sangue, mas sem nenhum ferimento, você dormiu desde então, mas estava vivo e respirando.

    –Mas eu jurava....

    –Que estava morto, eu sei, eu ouvi o seu coração parar de bater Sting, eu nunca vi algo assim acontecer, ninguém viu, quando você caiu...

    E então ele começou a contar, desde a fuga de Ueda, a aparição misteriosa, o resgate feito por Minerva e o meu coma.

    –Ela enfiou uma espada no meu coração e me beijou. - eu repito abobadamente - Espada, beijo, espada...

    –Beijo. - Rogue completa - Eu deveria dizer parabéns?

    Agarro a primeira coisa a minha frente e jogo contra o moreno, essa não é hora para brincadeira.

    –Mas eu não entendo, achei que as únicas com poder de cura eram Wendy e a doidinha da Lamia Scale. - eu questiono, e mesmo assim nunca ouvi nada sobre uma cura neste nível.

    –Ai que está, ela não te curou. - Rogue diz - Você não acordava, todos estavam preocupados, eu não sabia o que aquela coisa fez então pedi ajuda, eu contei o que aconteceu ao Makarov-san e ele me pôs em contado com uma amiga a Poluchka-san, ela te examinou e...

    –E... - Droga Rogue chega de ficar enrolando.

    –E ela detectou uma grande quantidade de uma mágia estranha dentro de cada célula sua, seja o que for, essa mágia é tão poderosa que foi capaz de acelerar o seu metabolismo a ponto de se regenerar, ela fez o seu próprio corpo se curar, uma pessoa capaz de usar toda aquela magia, sair andando e ainda por cima...

    –Ainda por cima...?

    Ele nada responde, apenas me entrega um envelope. Olho para ele com uma cara de paisagem, até que ele responde.

    –É uma carta do conselho, agredecendo a Sabertooth por capturar o fatiador, apesar das condições, hummm calaminosas!?

    –Nós não capturamos ele. - diz Lector antes que eu pergunte.

    –Certo, além de remendar você, ela foi atrás de Ueda e... abriu uma cratera no chão, quase o deixou em coma, ela quebrou a Fatiadora (a katana dele) na coxa dele, Sting mais um pouco e nós é que seríamos presos.

    Isso me deixa chocado e com raiva, Ueda era a minha presa, era eu que deveria espânca-lo, e agora eu não posso fazer isso.

    –Me desculpem, eu os deixei preocupados, eu fui...

    –Você salvou minha vida Sting, era para ser o meu sangue naquela Katana. Nós vamos descobrir, vamos acha-la, a cicatriz no seu peito não vai nos deixar esquecer.

    Cicatriz? Eu olho para o meu peito e a vejo, uma cicatriz de uns oito centímetros marcava o meu coração, olhando de perto parecia até brilhar, mas não era só isso, ela tinha algo diferente, porém muito familiar, quase nostálgico.

    –Rogue eu vi um Dragão. - eu solto.

    –Ela tinha um Dragão nas costas, mas não era uma tatuagem comum, era quase...

    –Real. - eu o interrompo. - Mais fácil do que reconhecer pelo rosto. Acha que ela vai estar lá?

    –Nos jogos? Não sei. Nenhuma guilda a manteria escondida, tudo é marketing hoje em dia, mas por outro lado eu nunca ouvi falar de uma maga assim. - ele lamenta. - Vou ficar de olho nas competições.

    –Está bem para participar?

    –Claro, uma perna quebrada não vai me deter, todo o time está empolgado.

    –Eu queria participar, se ele for mesmo participar eu quero estar lá para detê-lo.

    –Você é o Mestre, se acalme se o resto do time ver você desse jeito eles vão ficar mais nervosos, nós estamos prontos para o que vier.

    As novas regras dos jogos deixaram todos nervosos, dez magos em um único time? Isso não é bom sinal, isso mostra que nesse ano vai ser diferente.

    –Certo, chame o time Rogue, está na hora de organizar as coisas.

    Rogue tinha razão, eu não posso ficar nervoso, nesse ano seria diferente, então eu mostraria uma Saber diferente, iria mostrar para ele que não iria abaixar a cabeça, e agora eu tinha que mostrar à ela, quem quer que fosse o que eu posso fazer, me incomoda saber que alguém me salvou, e me incomoda mais ainda não saber o motivo, eu tinha que encontrá-la, e eu vou.

    –Que os jogos comecem então.


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