Aragon

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    Capítulo 21

    Magoas

    Álcool, Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    –Lucy...

    Sorrio para ela e vou em sua direção, finalmente eu posso abraça-la, finalmente eu posso estar com todos.

    –Olá Wendy... é bom estar de vol...

    POFT. (Som de soco).

    –É bom estra de volta? É BOM ESTAR DE VOLTA? - grita Wendy se jogando contra meu corpo caído - Você some durante quatro anos, QUATRO ANOS, e agora me diz isso? Você faz ideia do que nos fez passar? Sabe o quanto nós esperamos? Você não mandou cartas, nem nada, você prometeu... Você não... não...- ela soluça. - Eu...

    –Senti sua falta Wendy. - eu sussurro.

    –Eu tam-b-bém. - ela responde me abraçando.

    A aperto fortemente contra mim, eu sentia falta dela, Wendy me fazia mais falta de que eu imaginava, ou melhor, mais do que eu realmente poderia suportar, todos esses anos eu havia tentado não pensar nisso, eu havia reprimido as lágrimas para conseguir seguir em frente, mas não importava o quando eu treinasse, o quão forte eu ficasse, eu ainda me sentia vazia, vazio que era preenchido com ela aqui em meus braços.

    Eu havia encontrado um pedaço de mim, mas eu ainda não estava completa.

    –Levy-chan, Juvia, Charlie... - eu as chamo.

    As três se libertam do transe em que se encontravam, e correm nossa direção deixando para trás uma trilha de lágrimas que nem sabiam que estavam caíndo.

    –Lu-chan...

    –Lucy-san...

    –Mulher pervertida....

    As três se jogam contra nós e choram junto. Pela primeira vez desde a minha partida eu me permiti chorar, deixei que toda a dor acumulada durante esse tempo se libertasse, esqueci de tudo o que havia acontecido, tudo o que eu esperava conseguir, e me concentrei no que estava ao meu alcance, segurei bem forte o que estava em meus braços, e prometi que nunca as deixaria ir novamente.

    –Gajeel, Lily, não fiquem aí parados. - Mestra Yoko diz.

    Levanto a cabeça e me surpreendo ao ver os dois à beira das lágrimas. Sorrio e logo eles se juntam ao abraço molhado.

    –Eu estou aqui.... finalmente aqui...

    E naquele instante não importava onde estávamos, muito pelo contrário a cidade destruída complementava o cenário, a Doragon no Yoake brilhava sobre nós e nos dava boas-vindas, eu fechei meus olhos e deixei que aquele calor me aquecesse, respirei fundo sentindo aquele cheiro calmante e familiar, eu me senti completa, tudo o que me faltava estava aqui, tudo aquilo que eu havia pedido estava bem aqui em meus braços.

    Eu demorei, mas cheguei.

    –Estou em casa, em casa...

    E dessa vez cheguei para ficar.

    –Pai. - grita Hayato. - Não vá.

    A atenção antes concentrada no abraço caí sobre o garoto que tentava se levantar e que a todo o custo tentava seguir o homem que caminhava de cabeça baixa.

    –Desculpe-me. - ele sussurra - Não posso ficar e você vai ficar melhor aqui, eu...

    –Melhor aqui? - o garoto o interrompe - Não diga besteiras, não é você quem diz que cabe a cada um decidir o que é melhor para nós? Que podemos ditar as regar do jogo? Todo esse tempo eu deixei que você escolhesse, eu fui um garoto medroso que se calava e deixava tudo nas suas mãos, mas agora eu mudei.

    –Eu não posso... não posso ficar ao seu lado...

    –Você só está fugindo! Fugindo do que fez, fugindo de mim, o filho fracote na qual você foi obrigado a cuidar, o fracote que agora você não consegue encarar! Eu sei que ama essa guilda, sei que quer ficar! Não desista do seu sonho novamente! - ele soluça - E antes de tudo não dê desculpas, porque no final VOCÊ SÓ ESTÁ ME ABANDONANDO IGUAL À MINHA MÃE!

    Yamato para de andar diante da fala do filho, ele se vira exibindo lágrimas que banhavam o rosto bonito, e grita:

    –E O QUE MAIS POSSO FAZER? É POR AMAR A GUILDA QUE EU TENHO QUE IR! Eu traí a guilda, meus companheiros, e acima de tudo traí meu filho! No fundo eu sabia que você estava a salvo, mas não quis ouvir meus instintos. Como eu posso ficar sabendo disso? Eu não mereço ver este céu, não mereço ter um filho como você! Você é um grande mago, não merece ter um pai traidor como eu. Minha marca já deve ter sumido, eu..

    POW. O corpo do mago voa, caindo ao lado do filho, no lugar de antes estava Yoko, exibindo um sorriso entediado.

    –Desculpe interromper o momento comovente.- ela diz - Mas nos pouparia tempo e lágrimas se você olhasse logo o local da sua marca.

    O Ilusionista confuso levanta a camisa exibindo o peito (Autora diz: Baba. Autora safada off) que continha a marca da guilda que brilhava intensamente na cor cinza.

    –Isso não...

    –O tesouro da guilda não serve apenas para fazer o céu brilhar, nossas ancestrais o usavam para julgar quem deveria entrar na guilda, uma marca provisória era posta, e se quando a aurora aparecesse a marca brilhasse você era digno, se sumisse bem... - Yoko o interrompe - Então... bem vindo à Alliance Moon, Yamato o Ilusionista

    Pai e filho começam uma reconciliação chorosa e barulhenta, na qual todos nós assistimos com sorrisos.

    –Fomos interrompidos por isso... - reclama Gajeel erguendo sua camisa.

    Gajeel não estava bravo porque fomos interrompidos, mas porque antes ele abraçava uma parte de Levy e depois disso foi obrigado a soltar, sorrio com a descoberta, e meu sorriso se alarga ao ver a azulada corada diante da visão de Gajeel erguendo a blusa.

    A marca azul de Gajeel brilhava, emitindo a confirmação de que todos precisavam. Um a um exibimos nossas marcas brilhantes, mas o que nos surpreendeu não fora a cor de cada um ou a beleza, mas sim o lugar.

    Era o mesmo. EXATO! IGUAIS! Nem um centrimêtro para o lado. Então começamos a gargalhar.

    –Francamente! - reclama Charlie - Tanto escândalo por causa de uma marca.

    Charlie tinha razão, nós estávamos sendo infantis, minha barriga doendo e a falta de ar eram a prova disso, mas era mais do que ter a marca no mesmo lugar, era a prova de nossa união, mesmo depois desse tempo.

    –Annn, pessoal. - diz Kin - A Mestra pediu para que todos se reagrupem na guilda.

    –Huh, mas ela está... - diz Luna confusa - ... estava bem aqui.

    –Ela recebeu um chamado do conselho, e teve que ir na frente. - ela responde tentando inutilmente se levantar.

    Em um pulo eu a ajudo, mas não apenas à ela, um a um foram se apoiando, sem se importar com quem era carregado ou carregava, e juntos, cambaleantes, sorridentes e lentos, abrimos caminho pelos destroços, indo em direção a nosso guilda.

    –Pensei que nunca chegariam, até uma patricinha com o salto quebrado chegaria antes. - a Mestra reclama - Bem tenho duas notícias... qual querem primeiro?

    –Não acho que tenha nada pior acontecendo, então manda velhota... - diz Wendy.

    Uma veia se dilata na testa da Mestra, e essa respira fundo para não atacar a garota.

    –Não acredito algo ruim está acontecendo, afinal você reencontrou a sua amiga. - interrompe Luna - Pelo que entendi você e Aurora ou Lucy, seja como for, estavam separadas a anos.

    Alguém dê uma torta de limão á essa garota! Disse tudo.

    – Bem vamos a primeira notícia ruim. - suspira Yoko. - Estamos por conta própria. O reino de Fiore já sabe da situação e não vai nos ajudar. Ninguém vai, pelo que sei essa sempre foi uma cidade independente. E vamos ter que reconstruir tudo senão o conselho que ainda tem poder sobre nós, vai tirar nossa licença como guilda legal.

    –Ou seja porque existem muitos riscos de viver em uma cidade pós apocalipítica? - eu digo.

    –Exato, cabe a entidade local mais forte cuidar da cidade, ou seja nós, temos que arranjar verba, reconstruir tudo e manter. Ou seja estamos ferrados. - ela resume. - Agora vamos a notícia péssima, não temos nenhum morador nessa cidade, e vamos ter que eleger um prefeito, governador sei lá, porque eu sou a Mestra dessa guilda e de jeito nenhum me submeto á um papel desses. O máximo que vou fazer é entregar esses bandidos para o conselho.

    Todos olham para a Mestra com uma gota na cabeça, ela se incomodava mais com a possibilidade de entrar para a política do que com o fato de ter que reeguer uma cidade, isso é de certa forma ahm... estranho!?

    –Luna e Kin vocês vão a missões especiais daqui para frente, algo que só as duas podem fazer, os outros vão ajudar na limpeza e reconstrução da cidade, mas por enquanto vão até as suas casas, ou ao que restou delas, hoje nos recuperamos, amanhã começamos. Exceto pelos dois Yamato, Hayato, eu quero saber sobre tudo, tudo mesmo, dos espiões, mostro gigante, chaves celestiais...

    Opa. Assunto delicado.

    –As chaves Lu-chan... por que Hayato estava com elas? - pergunta Levy.

    –Você as deu para ele? - pergunta Yamato.

    –Não. - eu digo - Eu não sou mais uma maga celestial, aqueles epirítos precisam de um companheiro. Eles escolheram Hayato, eu apenas fui a ponte para isso.

    –Você... O QUE? - gritam meus companheiros.

    –Ora, ora, porque não conversam mais tarde? Por que não pegam o dia para isso? - pergunta a Mestra. - Tentem entender e acabar com as magoas que os cercam, antes que elas acabem com vocês.

    Bato o punho com o garoto a minha frente e sorrio para ele.

    –Bom trabalho. - nós dois dizemos antes de ir.

    O garoto some na escadaria, olho para os meus amigos e os encaro, era tão bom, que não parecia ser verdade.

    –Humm, para onde vamos? - pergunta Charlie - Sinto informar, mas nossa casa foi destruída.

    –Podem ficar na minha casa. - eu digo.

    –Mas e se ....

    – Não, ela não foi destruída tenho certeza. - eu interrompo Charlie.

    –Mas nós...

    –Nós 7 cabemos lá, tenho certeza.

    –Nós...

    –Talvez vocês queira resgatar algo dos destroços, por que não vamos...?

    Todos me olham com uma cara de espanto, totalmente boquiabertos, será que eu os assustei?

    –Vamos...? - eu pergunto.

    –Annn, sim...

    Em silêncio nós caminhamos, pulando vigas e corpos caídos. De rabo de olho, olho para cada um deles e os pego fazendo o mesmo, quando percebiam minha movimentação, logo eles desviavam o olhar.

    –Fizeram um bom trabalho aqui, esses caras não vão acordar tão cedo. - eu comento, tentando quebrar o gelo.

    Foi uma tentativa vão, a única resposta foi um fraco "hummm" jogado ao vento. Isso é... digamos, estranho, quando imaginava o nosso reencontro, pensava que seria alegre, cheio de gritos, choro, risos, pensei que falaríamos durante horas, mas agora... muito pelo contrário, ninguém diz nada, parece que estão com medo de mim.

    Será que não gostaram da mudança? Será que me acham uma doida de pedra? Sinto meu rosto queimar, e balanço a cabeça tentando tirar isso da cabeça.

    Não. Não. Não.

    Minha confusão era tanta que quase não reconheci o lugar, paro abruptamente, assustando-os.

    –Chegamos. - eu digo, deixando-os confusos, aponto para os escombros da casa que fora atingida por um dos ataques do espírito Dragão.

    –MEUS LIVROS!!! - grita Levy.

    Todos correm até o local, até mesmo Gajeel se perde em meio dos destroços. E eu? Fico parada observando-os, isso é tão... estranho!?

    –Precisa de ajuda? - eu pergunto à Levy, que pula de susto.

    –Annn, por favor... mas está muito... - ela começa, eu não a deixo terminar, tiro o baú que ela tentava erguer das suas mãos - ...pesado.

    Ela me observa perplexa, com o queixo caído e os olhos assustados, eu fiz algo de errado?

    –Quer que eu a ajude a carregar mais algo? - eu pergunto e ela nega.

    Wendy, Charlie e Juvia tem a mesma reação que Levy, eu ofereço minha ajuda, mas elas negam, tudo o que carregavam eram algumas roupas, e alguns papéis, tudo foi perdido. Vamos andando e na esquina seguinte encontramos Gajeel, que assim que nos vê guarda algo no bolso, ele e Lily haviam pego poucas coisas. O Exceed se preocupava mais em chorar pelos Kiwis destruídos.

    –Annn Mulh... Lucy... - chama Charlie - Como você reconheceu a nossa casa? Como sabia onde moravámos?

    –Eu conheço toda a cidade com a palma da mão. Eu sei onde todos moram, segui vocês algumas vezes, por precaução.... sabe...

    –Entendo. - ela diz apenas.

    Segui vocês algumas vezes!!!??? O que diabos eu tenho na cabeça, agora eles vão pensar que sou uma stalker pervertida.

    –Chegamos. - eu digo.

    Sinto todos vacilarem antes de entrarem na casa, agora eles pensam que eu sou uma maníaca, que os levou para uma casa abandonada para abusar da inôcencia deles e mata-los com uma machadinha, ou com uma frigideira, tenho certeza de que eles não chegariam perto desse lugar se tivessem prestado atenção no caminho.

    Coloco o baú no chão e logo trato de abrir o portal, aceno para que eles entrem primeiro, e os observo vacilar novamente, devem achar que lá embaixo deve ser o porão, onde vou prendê-los e fazer horríveis experiências com eles.

    –Tudo bem, não tem Ratos lá embaixo. - eu digo incendivando-os.

    Não tem Ratos lá embaixo?? Baka, baka, baka.

    O primeiro a descer é Gajeel, talvez tenha farejado e constatado que eu disse a verdade, os outros descem em seguida, eu fico por último para fechar a passagem.

    –Uou... uma casa escondida? - pergunta Lily - Nunca ouvi falar de nada sobre isso...

    –Ninguém ouviu. - completa Gajeel.

    –Bem... depois eu explico. Por que vocês não se acomodam, tomam um banho, eu vou fazer o jantar ou o almoço.

    Eu estava esperando pela tipíca briga pelo banheiro, mas ela não veio, eles tecnicamente me empurraram para o cômodo e insistiram para que eu fosse primeiro, sério quem faz isso? Todo mundo quer ser o primeiro a se livrar da caatinga.

    Depois de limpa e trocada eu comecei a fazer a comida, ficar quase doze horas sem comer é horrível, sério. Um a um eles foram para o banheiro, sem emitir nenhum ruído, e depois que saíam eles arrumavam suas coisas no meu quarto com o maior cuidado. Qual é? Desde quando eles são cuidadosos e organizados?

    –Lucy-san? - chama Juvia - Obrigada pela roupa.

    –Não foi nada. Pode pegar o que precisar.

    Juvia foi azarada, a única coisa que salvou foi o antigo guarda-chuva, todo o resto se perdeu, ou ela resolveu que não precisava mais.

    –Já está tudo pronto. - eu digo - Sentem-se.

    Tudo certo até agora, eu me superei dessa vez, arroz, bife, duas lasanhas, frango, feijoada do dia anterior, assim como deve ser uma refeição de comemoração, sem verduras. Eu acho que eles perceberam isso. É bom que tenham percebido, afinal, eu notei suas barrigas roncando e ninguém passa fome na minha casa.

    –Itadakimassu.

    Deuses, eu já disse que adoro lasanha? Esse troço é bom demais, por isso fiz duas, uma é só para mim, eu estou morrendo de fome, jejum não é comigo. Essa regra se aplica a eles também, pois assim que peerceberam a minha empolgação, começaram a atacar a comida com tudo, até não sobrar nada.

    –Eu não lembrava que cozinhava tão bem Lu-chan. - Elogia Levy - Você superou a Mira, estou totalmente cheia.

    –Eu espero que não, afinal ainda temos a sobremessa. Torta de limão, de maçã, de pêssego, e para você Lily, temos a inédita Torta de Kiwii.

    –Para onde vai tanta torta? - pergunta Charlie.

    –Vai para a barriga de vocês, ou vai para a minha. - eu digo com a boca cheia de torta - Escolham.

    Tem coisa melhor que lasanha seguida por torta de limão? Um pedaço de cada e eu fico feliz, meus parceiros parecem pensar a mesma coisa, eles parecem bem felizes agora.

    –Certo Bunny girl, vai nos contar sua história, ou vai nos entupir mais. Com sorvete, talvez?

    Uma garota não pode terminar sua torta?

    –Se não quer meu sorvete é só falar. - eu suspiro - Depois que eu saí da guilda, eu fui em uma missão, eu....

    E então eu comecei a contar, falei sobre May, Maya, Dragões, as conversas com Igneel, meu encontro com o Mestre, minha entrada para a guilda, os espiões, e no final do relato eu tinha seis rostos abismados.

    –Dragões. - diz Juvia.

    –Dragon Slayer, você...? - pergunta Gajeel.

    –Sim, e Gajeel... eu sei que não é uma boa hora, mas eu sei sobre a caixa de areia, e sinto muito pelo que aconteceu...

    –Caixa de areia? - ele pergunta com o rosto pálido - Mas só quem sabe disso sou eu e...

    –Metalicana, e agora eu. - eu completo.

    –Droga. - ele xinga - É mesmo verdade.

    –Isso explica o seu apetite. - Levy observa. - E o fato de conseguir carregar aquele baú que pesa uns 100 kilos...

    –Dragon Slayer feliz é Dragon Slayer alimentado. Não nascemos para fazer dieta. - eu falo - Olha eu sei que não era isso que esperavam, sei que é informação demais...

    –Não era isso. Definitivamente não. - Wendy me interrompe - Mas eu estou aliviada.

    Aliviada?

    –Eu nunca encontrei uma DS mulher, e saber que temos mais isso em comum me deixa feliz. Eu fico triste pelos espíritos, mas estou feliz por ter ganhado uma irmã. - ela desabafa - E o fato de você não ser uma psicopata me alegra muito.

    –Então admitem que estavam assustados? - eu pergunto.

    –É claro, nós estavamos esperando a mulher escandalosa, solteirona, com as calcinhas indecentes, não esperavamos pela mãe Diná. - diz Charlie.

    –Eu não uso mais aquilo. - eu coro.

    –Está tão diferente. - diz Levy - Está mais ameaçadora Lu-chan, fiquei com um pouco de receio no começo, mas é tão bom te ver, você encontrou seu caminho.

    –Sabem quem não vai gostar nada disso, não sabem? - pergunta Gajeel - Se o Salamander souber disso, se souber sobre você,se descobrir da sua ligação com o pai dele, ele vai te caçar até o inferno, e aonde ele vai, eles vão.

    –Eu sei, mas não vou me preocupar com isso agora, esperei quatro anos para chutar a bunda dele, não me importo de esperar mais alguns meses. Além do mais só vocês sabem sobre isso, e o Mestre, esse segredo não vai a lugar algum, sardinhas pode sofrer sozinho, não dou a mínima. Agora deixando isso de lado, já que sabem o que aconteceu, me digam o que houve com vocês.

    –Vou tomar um ar. - diz Gajeel deixando o cômodo de supetão.

    –Que tal aquele sorvete? - pergunta Wendy. - Poderíamos fazer a festa do sorvete...

    –Wendy. - eu chamo. - Tudo bem, você pode confiar em mim, eu passei quatro anos me preparando, eu preciso saber o que eles fizeram, preciso saber acima de tudo o que estou enfrentando. - eu pego suas mãos - Acabem com as mágoas, antes que elas acabem com você, lembra? Eu vou protegê-las do que for.

    Todas ficaram caladas, a tensão abaixou a temperatura do lugar, más notícias vinham por aí, e ninguém queria ser aquele que as transmitiria.

    –Isso que você está enfrentando, é uma guilda sem coração, calculista, sem nenhum pingo de misericórdia. - Charlie diz. - Eles desonraram o próprio mestre, o chamaram de louco, desequilibrado, graças a isso ele perdeu o posto de mago santo, estabeleceram um novo método de seleção, entra o mais forte, o mais esperto, é como estar no coliseu, um verdadeiro massacre, as pessoas pagam para assistir isso, e elas gostam.

    "Todos dizem que são apenas "Competições amistosas entre magos", assunto de guilda, o conselho não pode interferir, ou não quer, tem medo do Hirako, os jogos mágicos viraram um tipo de Grande Batalha entre guildas, não é amistoso, é militar. E sabe a melhor parte? As pessoas, elas os amam, eles são quase Deuses, tem lendas, brincadeiras sobre eles, as crianças dizem "eu quero ser que nem a Titânia", mal sabem que serão massacradas tentando. Se alguma guilda se poêm no caminho, acaba como a nossa, apenas as mais fortes batem de frente. Se você acha que existia rivalidade entre Tigres e Fadas, sabia que agora é como Allien vs Predador. Então Lucy isso que você está enfrentando não é uma guilda, é um exército, são terroristas."

    –Então quer dizer que eles não só ferraram com as nossas vidas, mas também ferraram com toda a comunidade mágica? - eu pergunto.

    –Sim. Muitos magos sofrem retaliação graças a eles. - suspira Charlie - Mas ninguém faz nada contra eles, ninguém ousa. Eles não fazem nada diretamente, são cautelosos, tem seus lacaios para o trabalho sujo.

    –Como Isabelle e os outros. Quer dizer que eu não posso simplesmente aparecer declarar guerra e explodir a guilda?

    –É...não, não pode. - Charlie responde com uma gota na cabeça.

    –Cretinos.- eu xingo.

    –Quando nós saimos de lá, não tinhamos para onde ir. - começa Wendy - Nós sabiamos que teríamos que entrar em uma guilda o mais rápido possivel, tentamos algumas guildas, mas elas não nos aceitaram, cortesia das fadas, pelos Deuses tentamos até a Saber, mas o loiro aguado não nos aceitou, disse que não poderia fazer isso com o Natsu-san, que não pegaria bem, depois ele descobriu quem era o Natsu-san dele. E então Laxus nos trouxe até aqui.

    "O começo foi silêncioso, as pessoas não gostavam de nós, mas ficavam quietas, então os espiões foram entrando, exceto por Yamato que já estava aqui, bem conforme os boatos... não, conforme as verdades foram se espalhando as pessoas ficaram com medo da gente, apenas Chia, Luna e Kin se aproximavam. Até que em uma missão perto da Magnolia, nós fomos apedrejados, os moradores nos chamaram de traidores, disseram que nós tinhamos traído os salvadores de Fiore, eu não pude fazer nada, me enoja saber que essa gente esta á solta. Eu estava com raiva..."

    –Todos nós estavamos. - interrompe Juvia.

    –Sim, mas eu fui a única que ficou cega, eu deixei que a raiva e que o ódio assumissem o controle, eu mudei, virei uma arrogante, achei que era a dona do mundo, a maga mais forte do universo, eu achei que poderia destruir as Fadas, eu me enganei. Um dia Isabelle sugeriu em frente de toda á guilda que nós participassemos dos GJM, eu achei que era a minha chance, pensei que eu iria me vingar, pensei que iria humilha-los na frente de toda a Fiore, mas agora vejo que tudo foi planejado. Eu sempre os atacava, mas eles sempre ganhavam, eu nunca me machuquei sério até aquela prova, não vou entrar em detalhes, mas eu lutei com a Titânia e ela venceu, a última coisa que eu me lembro é da voz dela dizendo: Vocês são apenas uns insetos nojentos e patéticos, aprendam quem é que manda, e diga para a Vadia Loira que o que é dela tá guardado. Eu acordei um mês depois, e descobri que todos tinham sido nocautedos, nossa equipe foi desclassificada por incapacidade e nós não chegamos na final, isso saiu até no jornal, como a derrota mais humilhante de toda a história dos Jogos Mágicos."

    –Quantos pontos fizeram? - eu pergunto.

    Wendy vacila durante alguns segundos, mas suspira e responde: - Cinco pontos. Não é a toa que todos nos odiavam.

    –Diabos que vadia! - eu grito.

    Lembrete: Colocar na lista de tarefas: Deixar a Erza em coma por meses, e quando ela acordar, espanca-la de novo, assim como manda a etiqueta.

    –Foi o que eu disse para ela, antes dela atravessar aquela espada na minha perna. - Wendy diz.

    Não é a toa que ela está mais agressiva, essas emoções transformam alguém.

    –Wendy... tudo bem, você não teve culpa, você só quis descontar a raiva, seu único erro foi tentar carregar todo o peso sozinha. - eu digo para a pequena - Nós estamos aqui para te ajudar a carregar esse fardo.

    A pequena sorri para mim, e limpa os cantos dos olhos que estavam molhados. ela vai ficar bem, tenho certeza que vai. Mas eu sei de algumas pessoas que não vão ficar bem, tirar a inocência de uma garotinha desse jeito, transforma-la desse jeito? Imperdoável!

    –Nossas vidas não foram tão divertidas Lu-chan. - diz Levy - Eu gostaria de ter enfrentado uma princesa sociopata, isso acabaria com os pesadelos.

    –Levy-chan...

    –Acho que é a minha vez. - ela suspira - Olhem eu sei o que vocês vão me dizer, eu sei que eu deveria ter contado, ter desabafado sobre isso, mas eu fiquei com vergonha. Vocês se lembram de Clover, da missão dos pergaminhos? Eu menti quando disse que bandidos me atacaram, outra coisa me atacou. - ela vacila durante alguns segundos - Eu estava na biblioteca da cidade, já tinha terminado a missão e lá tinha alguns livros raros, estava lendo e senti uma pancada na cabeça, eu desmaiei e acordei em um galpão, e lá estavam.... Jet e Droy.... e-eles souberam onde eu estava e me sequestraram, disseram que sentiam minha falta, que eu não iria para longe novamente, que não podiam viver sem mim. Estavam loucos, totalmente insanos, eu disse que nada do que fizessem iria me obrigar a ama-los, eles tentaram me dar uma poção do amor, eu joguei com eles, enganei eles, e os coloquei em um feitiço do sono e fugi, eu só não eperava encontra-los lá fora.

    "Natsu, Erza e Gray, eles estavam em uma missão por perto, com Lissana, mas ela não estava com eles, não sei como, mas eles sabiam que Jet e Droy estavam lá, e me encontraram, no começo eles não fizeram nada, apenas me encararam, sondaram a minha marca, até que Natsu me perguntou da Wendy, e sobre você Lu-chan, queria saber onde você estava de todo o jeito, eu disse a verdade que não sabias, mas Erza começou a surtar, ela colocou uma espada no meu pescoço, então Natsu disse que acreditava em mim, e era exatamente por isso que iria me entregar para Jet e Droy, porque se eles fizessem o que queriam, Gajeel iria sofrer e iria te forçar a aparecer. Eles me levaram de volta para o galpão, me amarraram, acordaram Jet e Droy e me deixaram sozinha com ele.

    Eles ficaram do lado de fora enquanto eu era espancada, ouvindo eles me chamarem de vadia e perguntarem quanto eu cobrava pela hora "Se você trepa com o nojento de ferro, porque não trepa conosco? O que ele tem que nós não temos?", Droy perguntou, pareciam demônios, eles pararam de me bater e tudo mudou, a atmosfera mudou totalmente, eles disseram que eu ia ser deles por bem ou por mal, que eu pertencia a eles, eu pensei que estava perdida, eu queria morrer logo, mas foi então que ele apareceu..."

    –Quem apareceu Levy? Quem? - eu me desespero.

    –Rogue. Ele me salvou. - ela fala - Ele e Sting estavam na cidade e perceberam algo estranho, Sting distraiu Natsu e os outros e Rogue me salvou, os dois me levaram a um médico, eles me salvaram, se não fosse por isso eu teria... eu teria...

    –Shiu. - eu a interrompo - Tudo bem Levy-chan, não precisa dizer mais nada.

    –Levy isso é... - Wendy diz - Não dá para perdoar! Eu vou...

    –Já passou, não há motivo para tanto alarde, eles não conseguiram afinal. - ela responde.

    –Wendy tem razão Levy, não dá para esquecer, não dá para ficar parada. - eu digo - Eles quase, quase...

    Eles quase te estupraram!!! Imperdoável. Imperdoável. Imperdoável.

    –Nós vamos matá-los. - replica Wendy - Definitivamente vamos!!

    –Antes vêm a tortura Wendy, isso é essêncial. - eu digo.

    Sniff. Sniff. Sniff.

    –Juvia!? O que foi? - Levy pergunta - Eu sei que foi horrível, mas não precisa alagar a cozinha...Eu já superei...

    –Buáaaa.

    –Juvia. Nós vamos espanca-los, Lu-chan e Wendy-chan vão me ajudar! Não vão?

    –Hai. - dizemos em únissio.

    –Juvia está com vergonha.

    –Vergonha? - perguntamos confusas.

    –Levy-san passou por tudo isso e eu não fiz nada, Juvia achou não poderia acontecer nada pior do que o que aconteceu com ela.

    –Tenho certeza que... - eu começo.

    –Juvia namorou com Gray-sama. - ela me interrompe.

    Nani?

    –Ann, por um instante eu pensei ter ouvido que.... - Wendy começa.

    –Juvia disse que namorou com Gray-sama.

    –Eu pensei que não gostasse mais dele. - Levy diz.

    –Juvia não gosta. Mas isso foi depois do que aconteceu. Um pouco depois daquela de voltarmos da missão, Gray-sama veio falar com Juvia, ele disse que não queria fazer aquilo com Lucy-san, que foi obrigado, disse que gostava da Juvia de verdade, eu não acreditei, mas ele beijou a Juvia, e foi mágico. - ela suspira - Depois ele não falou com Juvia por um tempo, até que ele me defendeu dos outros, e depois pediu Juvia em namoro, e vocês sabem... e esse foi um dos motivos que eu não saí junto com vocês, estava namorando o Gray-sama escondido.

    –Escondido? - pergunta Wendy.

    –Ele disse que ninguém poderia saber, senão eu estaria em perigo, mas que ele não podia mais ficar longe, que não suportaria, nós nos viamos escondido a noite ás vezes, mas então vocês saíram da guilda, e Gray-sama começou a procurar mais a Juvia, alegando que não podia perder Juvia também, e perguntava sobre vocês, Juvia nunca contou nada, até aquela noite em que a Juvia... a Juvia dormiu com Gray-sama.

    Meu rosto fica quente e vermelho, assim como o de Levy e Wendy.

    –Vo-vo-cê do-dor-miu... - gagueja Wendy se perdendo nas palavras.

    –Sim, e ai ele começou a evitar Juvia, eu achei que era por causa de Natsu, mas não, uma noite Juvia foi á casa dele para uma visita, a porta estava aberta, e quando Juvia subiu, Juvia pegou Gray-sama na cama com... com Erza. - ela começa a chorar. - Gray-sama mandou Juvia embora, disse que Juvia não tinha mais utilidade, que conseguiu o que queria, e que era tudo mentira, que nunca gostou de Juvia, que era tudo um plano para conseguir informações e a Juvia caiu, Juvia não queria acreditar, mas era verdade, depois Erza enxotou Juvia de lá, e no dia seguinte Juvia saiu da guilda. Desculpem a Juvia, por causa dela, Isabelle-san e os outros vieram, e vocês sofreram.

    Nós a encaramos sem reação, com a boca escancarada, Gray e Erza, isso é....

    –Canalha. - Charlie diz e nós concordamos.

    –Gray e Erza? Eu sempre achei que ela ficaria com Jellal... - eu comento.

    –Jellal não aparece mais, não desde que ela tentou entrega-lo para o conselho, nem Mavis aparece mais. - Juvia completa. - Juvia e o Mestre foram os últimos a vê-la.

    –Mas eles? Tipo Ecaa. - diz Wendy.

    Eu vou castra-lo. Definitivamente.

    –A culpa foi de Juvia. Desculpe.

    –A culpa não é sua Juvia, a culpa é desse canalha manipulador de corações, esse panaca abusou da sua generosidade da sua pureza. Imperdoável. - eu digo com uma aura negra.

    –Imperdoável! - todas dizem.

    –Da próxima vez Juvia vai dar um chute no saco da princesa do gelo. Ela vai, agora Juvia vê que ele não é tão legal, Yamato-san é bem mais legal que ele.

    –Yamato, sim ele é legal...

    Ficamos conversando por horas, agora que já falamos das desgraças que aquele lugar nos trouxe ficava mais fácil sorrir e sonhar, eu sentia isso, elas também, elas sabiam que agora estavam seguras eu não deixaria ninguém machuca-las nem elas próprias.

    –Lucy-san esse foi o melhor dia da minha vida. Obrigada. - Wendy diz pegando no sono.

    –Vamos ter muitos outros. - eu sussurro.

    –Assim espero...

    –Oyasumi. - eu digo cobrindo minhas amigas, minhas irmãs.

    Estava tudo tão calmo, tão claro, o primeiro arco-irís após a tempestade, mas isso não iria durar muito tempo, podemos evitar a tempetade, mas não podemos evitar o furacão, todos seremos pegos por ele. Não acabou ainda, há mais uma tempestade para enfrentar, uma que estava na superficíe agora.

    Sigo o portal para fora da casa, e ando através da noite que acabara de chegar, (eu realmente perdi a noção do tempo lá embaixo), e encontro a última peça, sentada na grama.

    –Gajeel? - eu sussurro, eu sei que ele me ouviu, mas não respondeu, nem esboçou reação. - Vejo que Lily já dormiu.

    Mais silêncio, ele continuou imóvel, observando a Aurora que brilhava no céu, ao lado do parceiro adormecido que sussurrava sobre Kiwiis.

    –Vejo que a conversa acabou. - ele finalmente diz.

    –Acabou. Elas estão melhores agora. - eu respondo.

    –Isso é bom, ainda bem que você voltou, elas precisam de você.

    E mais silêncio, nós dois sabiamos o que vinha pela frente, mas ninguém queria ser o primeiro a falar.

    –Gajeel, o que aconteceu com você? - eu finalmente pergunto.

    –Muita coisa aconteceu. - ele replica.

    –Você sabe o que eu quero saber.

    –Você quer que eu fale sobre como o Salamander me encurralou, e fez uma magia Dracõnica de imposição? De como eu acordo todo o dia e sinto a magia dele queimando metade do meu poder mágico?- ele satiriza - Se não se importa eu não prefiro não contar os detalhes.

    –Uma imposição? Como essa ameba rosa conseguiu fazer um feitiço ancestral?

    –Sei lá.

    Uma imposição é um feitiço antigo, registrado nos livros mais antigos dos Dragões, usado por eles para marcar seus inimigos, é como um GPS mágico, uma grande quantidade de mágia é injetada através de uma marca e selada com fogo, essa magia infecta seu poder mágico, é algo tão forte, tão poderoso, que até o cheiro da pessoa muda, no caso de Gajeel para ferro queimado, é algo cruel, no entanto quase não há registros de seu uso com humanos, não é usado é centenas de anos, até agora.

    –Por que ele fez isso?

    –Por causa de uma briga com Elfman, Lissana caiu no chão e ficou com um roxo, digamos que ele leva isso de proteção á parceira ao extremo.

    –Então ela é mesmo a parceira dele.

    –Sim, decepcionada?

    –Sabe que não.

    –Ótimo, acho que você não iria gostar de ser prisioneira. - Gajeel sussurra, e ergue a manga da camisa exibindo a horrível marca queimada no ombro. Eu conhecia aquela marca, era a marca da honra.

    –Vamos dar um jeito. Você pode...

    –Não posso, eu vi o que eles fizeram com Wendy, eu sei sobre Juvia e Gray, e por Deus eu sei o que fizeram com Levy, aquilo foi um recado para mim e era "Você não pode fazer nada.", foi minha culpa, eu não posso salvar ninguém, nem a minha própria pele.

    –Aquilo foi para mim também.

    –Os olhos dela depois daquilo, eu vi o sofrimento dela, de todas, eu estava aqui, você não.

    –Eu queria estar. - eu sussurro, mas a minha voz se perde.

    –Me desculpe. -ele lamenta, eu aceno com a cabeça e observo a marca em seu ombro, deve ser horrível.

    –Eu vi você guardando a foto dela. - eu revelo sorrindo.

    –Ela merece mais, está melhor longe de mim.

    –Tem certeza? Eu acho que não prestou bastante atenção nos olhos dela.

    –Por que tem tanta fé em mim Lucy? - O Dragon Slayer finalmente pergunta.

    –Digamos que estou torcendo por você. - eu tiro uma caixinha do bolso e o conteúdo brilha sob a luz da Aurora.

    –Isso é do Metalicana. - ele pergunta abismado olhando para a escama.

    –Hai! Eu tenho a missão de te entregar, é claro só se você merecer.

    –Eu não apostaria minhas fichas se fosse você.

    –Você consegue, só precisa se livrar desse masoquismo, eu estou aqui para ajudar. - eu sorrio - Eu sou exigente, mas não se preocupe, se alguém vai ter problemas não é você nem Wendy.

    Demora um pouco até que ele encontra a mensagem por trás de minhas palavras, e quando ele entende começa a rir.

    –Ele? Gehe acho que é impossível.

    –Talvez sim, talvez não, eu descubro assim que bater nele.

    Começamos a rir novamente, tenho certeza que isso virará um habito, rir e conversar sob o céu brilhante, eu nunca tive esse tipo de conversa com Gajeel antes, azar o meu.

    –As coisas vão mudar, não vão? A tempestade se aproxima? - ele corta o silêncio.

    –Sim, vem coisa por aí, e quem não se segurar será levado pelos ventos.

    E ela chegará antes do que imaginamos, e virá mais forte do que podemos suportar.


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