As Crônicas Ocultas de Konoha

  • Hiryuu
  • Capitulos 30
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 12

    Decisão

    Violência

    Já era noite quando voltaram a Konoha. Naruto perguntou se Kakashi podia liberá-lo do relatório da missão:

    - Tem algo que preciso fazer, Kakashi-sensei. ? diz ele, sério.

    - Decidiu-se então?

    - Sim. Obrigado, sensei. ? Naruto sorri para o Copy Ninja.

    - Certo, certo... ? responde Kakashi como sempre ? Boa sorte.

    - Até amanhã.

    - Do que se trata, Kakashi? ? pergunta Yamato quando Naruto sai.

    - Amanhã ficaremos sabendo, certo? ? e Kakashi sorri por baixo da máscara.

    Logo depois:

    - Hinata, há alguém na porta.

    - Estou indo, otou-san.

    - Quem poderia ser a essa hora?

    - Já saberemos, Neji.

    - N-Naruto-kun!?

    - Olá Hinata. Posso entrar? ? pergunta Naruto sorrindo.

    - C-Claro. Entre.

    - Boa noite, Hiashi-san, Neji, Hanabi. Espero não estar incomodando.

    - De maneira alguma, jovem Uzumaki. Sente-se, por favor.

    - Obrigado.

    - Missão fácil pelo jeito hein?

    - Até que foi, Neji. Apenas uns nukenins querendo inundar uma vila para forçar os moradores a vender as terras.

    - Que horrível.

    - Há muitas pessoas que fazem qualquer coisa por dinheiro ou poder, Hanabi. Uma de nossas missões como ninjas é impedir que tenham sucesso. Mas diga-me, Naruto, o que o traz à nossa casa a essa hora? Acredito que não veio para estudar.

    - Durante essa missão Kakashi-sensei me deu um conselho valioso. Então percebi o caminho que deveria tomar. Vim lhe dar minha resposta, Hiashi-san. ? responde Naruto sorrindo.

    - E qual é ela, Uzumaki?

    - Sim.

    - Entendo. ? e agora é a vez do patriarca Hyuuga sorrir.

    - Do que estão falando, oji-sama?

    - Lembram-se quando o jovem Uzumaki veio pedir a ajuda de Hinata?

    - Claro.

    - O-O que isso tem a ver, otou-san?

    - Naquele dia, Hinata...

    - Sente-se, Uzumaki.

    - Obrigado, Hiashi-san.

    - O que gostaria de tratar comigo?

    - É-É sobre a Hinata. A - Acredito que o senhor saiba que ela gosta de mim.

    - De fato, ela quase morreu por você.

    - Há muito tenho pensado, e talvez tenha pensado demais, sobre isso. Eu gosto dela, mas como amigo. Nunca a havia visto como mais que isso.

    - Mas, ultimamente, ? continua Naruto, enquanto Hiashi apenas o escuta enquanto toma o chá ? percebi que ninguém esteve tão próximo de mim, nem me entendeu tão bem, quanto sua filha. E que, na verdade, quase não a conheço. Mas eu quero conhecê-la.

    - O que está me propondo, Uzumaki?

    - Duas coisas, Hiashi-san. Uma, com o casamento do Kazekage e o convite para ser padrinho dele, preciso de alguém que me ensine o que fazer, já que todos sabem que nunca fui muito de seguir as regras.

    - De fato.

    - Como vocês são uma das mais tradicionais famílias de Konoha, peço sua autorização para que Hinata seja minha tutora e me ensine o que for preciso para que Gaara e Konoha se orgulhem de mim.

    - Não vejo por que não. Aliás, não creio que necessitasse minha autorização para isso.

    - Aí entra meu segundo pedido. Quero conhecer melhor a Hinata durante esse tempo, e entender o que sinto por ela. E, se acabar sendo mútuo, quero desde já pedir sua filha em namoro, Hiashi-san.

    - Um pedido um pouco estranho, jovem Uzumaki. ? fala Hiashi um pouco surpreso ? Mas vejo que, além de ser um grande ninja, está se tornando um verdadeiro homem. Só espero que não magoe minha filha.

    - É a última coisa que desejo, Hiashi-san.

    - Então aceito, e irei aguardar sua decisão de seguir em frente com este pedido de namoro.

    - Obrigado, Hiashi-san.

    - Vamos voltar para a sala então, Uzumaki.

    -... E foi o que aconteceu. Por isso lhe disse aquele dia que o seu amigo era uma pessoa um pouco estranha.

    - Q-Quer di-dizer... ? gagueja Hinata envergonhada...

    - Sim, Hinata-chan. Assim sendo, Hiashi-san, qual é sua resposta?

    - Como lhe disse aquele dia, você tornou-se um grande ninja, e tem se mostrado um grande homem também. E, desde que não magoe minha filha, não tenho porque negar seu pedido, jovem Uzumaki.

    - O-Otou-san...

    - E v-você, Hinata-chan? Aceita namorar comigo? ? pergunta Naruto segurando as mãos da kunoichi.

    - N-Naruto-kun... E-eu... É claro q-que eu aceito... ? responde a jovem com lágrimas nos olhos e o coração acelerado.

    - Obrigado, Hinata-chan. ? agradece Naruto enquanto abraça Hinata ? Espero poder te fazer feliz.

    - Você já me faz, Naruto-kun.

    - Bem vindo à família, amigo.

    - Obrigado, Neji.

    - Só cuide bem da minha irmã, Naruto.

    - Pode deixar, Hanabi.

    - Agora acredito que gostariam de conversar a sós, não?

    - Se permitir, gostaríamos de dar uma caminhada.

    - Sintam-se à vontade, meus filhos.

    Saem e caminham pelas ruas desertas, de mãos dadas. Chegam então a um parque, e sentam em um banco, abraçados.

    - A - Ainda não consigo acreditar, N-Naruto-kun... P-Parece um sonho...

    - Se for um sonho, não me acorde, Hinata. Estou muito feliz que tudo tenha terminado assim.

    - M-Muitas vezes e-eu ficava te observando ? começa a Hyuuga, aconchegada no peito do loiro, com um sorriso nos lábios ? e imaginando como seria estar, assim, abraçada com você...

    - Desculpe, Hinata-chan, não ter percebido antes...

    - Tudo bem, Naruto, tudo bem...

    - Então... É como você imaginava? ? pergunta Naruto sorrindo enquanto faz carinho nos negros cabelos da jovem.

    - Não. É muito, m-muito melhor. M-Meu coração parece querer explodir de felicidade...

    - Assim como o meu...

    - Q-Queria ficar assim para sempre, - diz Hinata se levantando - m-mas acho melhor voltarmos. J-Já está ficando tarde...

    - Tem razão. E eu cheguei da missão e fui direto falar com vocês. Estou precisando descansar. Embora estar com você seja tudo que quero agora.

    - Mas não esqueça que o casamento está chegando, e você ainda tem muito que aprender.

    - Com você me ensinando, tenho certeza que ficarei bem.

    Seguem, hora de mãos dadas, hora abraçados, de volta à casa de Hinata.

    - A-Até de manhã então, N-Naruto-kun...

    - Até de manhã, Hinata-chan...

    Ficam somente olhando um nos olhos do outro, sentindo sua felicidade refletida, sentindo como se suas vidas seriam diferentes, e melhores, a partir desse dia.

    Aproximam-se, sentindo a respiração um do outro, sentindo o calor do corpo um do outro na noite fria, até que seus lábios se tocam, se tocam num beijo envergonhado, mas um beijo sincero, de felicidade e cumplicidade. Um beijo há muito aguardado.


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