Smoke

World 4 – O mercenário e a sua noiva

E lá estava ele novamente, fazendo aquele trabalho imundo. Longe de gostar de seu trabalho, Natsu o odiava. Mas a vida não lhe deu outras opções com a exceção da de matar pessoas específicas por dinheiro.

Ele era conhecido por várias alcunhas. Besta, Dragão, Demônio de fogo, E.N.D. (que era como a polícia o chamava), e todas elas eram relacionadas com o fato dele sempre fazer seu trabalho com fogo.

Sempre que ele tinha um novo alvo, ele se pegava pensando no que poderia ter sido se a vida não fosse tão injusta. Mas isso não mudava a sua realidade. No fim, ele era apenas mais uma alma mergulhada na escuridão.

Ele chegou ao local e iniciou as chamas. Nada mais importava, apenas as chamas devorando a vista. Natsu odiava seu trabalho, mas ele não conseguia evitar amar as chamas.

Ele estava mergulhado na vista, totalmente cativado por ela. E naquela hora, E.N.D. o pyro não percebeu o que estava acontecendo à sua volta. Para ele, o mundo era apenas aquilo. Apenas o fogo.

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Onde há fumaça, há fogo. Essas eram as palavras comuns e amplamente conhecidas por todos. Mas para Lucy era um pouco diferente. Onde há fumaça, há fogo. E onde há fogo, lá Natsu estará. Exatamente dessa maneira.

Ela sabia que ele estava cercado pela escuridão. Mas ela também sabia que ele não gostava e nunca tinha pedido pelo trabalho que tinha. Ele era uma alma perdida. Nada mais, nada menos.

Mesmo assim, eles estavam noivos. No dia que ele pediu a mão dela, ela prometeu ser a luz dele e nunca deixar que ele caísse totalmente nas trevas.

Natsu estava realmente tentando sair da vida de matador, mas a vida de matador não aprovava a ideia de deixá-lo ir. Mais cedo naquele mesmo dia, quando ele disse a ela que tinha outro trabalho, ela teve um mau pressentimento.

Agora, enquanto Lucy ouvia o jornal e as sirenes da polícia, Lucy sabia que Natsu estava com problemas. Ela se apressou para o local de onde vinha a fumaça. Quando chegou lá, ela viu as chamas e Natsu olhando para elas.

— Natsu?

Ele se virou para ela.

— Desculpe Luce.

As sirenes ficaram cada vez mais altas. Os policiais começaram a se mover.

— Acho que dessa vez eu realmente me coloquei em uma situação sem volta.

Ele foi preso. E tudo o que ele havia tentado construir e mudar sumiu como fumaça, pois não há algo como um final feliz para almas manchadas. Não há final feliz para aqueles que caíram nas trevas. Apenas duas coisas restam para esses. Apenas dor e sofrimento.