Aragon

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 17

    Os 7 espiões

    Álcool, Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Dormir naquela noite foi realmente dificil, principalmente quando você está na casa da Mestra. Ela me emprestou o quarto de hospédes, era pequeno, porém confortável.

    Me remexi na cama durante um tempo, até que finalmente caí no sono.

    ~§~

    Estava escuro, e eu estava sozinha, algo ruim estava se aproximando, mas eu já sabia o que fazer.

    Olho para o nada e espero.

    A pequena luz branca surge diante de meus olhos e começa a se expandir, não fecho os olhos nem fujo, eu já estava acostumada com isso. Aos poucos a silhueta de um homem foi se formando, e quando ficou completa, se revelou sendo o homem brilhante.

    –Boa noite. - eu o comprimento.

    Como sempre ele não respondeu, na verdade eu sempre falava com ele, mas nesses quatro anos nunca obtive uma resposta. Como em todas as noites ele não olhou para os lados e nem para trás, seguiu em frente, seguiu para um caminho bem conhecido por nós dois.

    –Vamos para o mesmo lugar Iluminado? - eu pergunto.

    Iluminado era o nome que eu dei para ele, não achei justo o deixar sem um nome, afinal ele era a minha companhia de todas as noites, iluminava essa caverna escura, sem falar que chama-lo de lâmpada seria indelicado.

    –Fez algo legal hoje Iluminado? - eu tento novamente.

    Nada. Muitas vezes eu pensei que isso era uma armadilha da minha mente, uma materialização de algo que eu sabia que precisava. Afinal era tudo sempre igual, o mesmo caminho, a mesma sensação de perigo, ele nunca falava nada, mas então eu percebi que algo estava mudando, ele mudava, com o tempo ele ficava mais forte, seu cabelo estava diferente, e a luz que ele emitia ficava mais pura e confortável. Essa era a prova que aquilo era real, ele era real.

    Percebo que estávamos chegando ao final da nossa jornada, era sempre assim, acabava rápido demais, bem mais rápido do que eu gostaria.

    –Acho que está na hora de nos despedirmos. - eu falo.

    Viramos no último corredor e lá estava o cenário final, um beco sem saída. Como sempre ele coloca a mão na parede, e começa a de desfazer em luz.

    –Até amanhã Iluminado.

    E então a luz me puxa e eu acordo.

    ~¢~

    Abro os olhos me sentindo confusa, tanto pelo sonho como pelo teto branco desconhecido, aonde eu estava? Demoro alguns minutos para me lembrar, eu estava na casa da Mestra.

    Olho para o relógio em cima do criado mudo, eram 9h00 da manhã, levanto rapidamente, eu dormi demais. Geralmente eu acordava bem cedo, assistia ao nascer do Sol e se eu não tiver nada para fazer eu dormia por mais algumas horas. Mas hoje eu não acordei para ver o nascer do Sol, bem que eu notei que o sonho estava mais longo. Não que eu esteja reclamando disso. (Autora-sama: Hehe' é claro você estava com o seu boy magia (*^*).).

    Vou até o pequeno banheiro, coloco a mão na parede concentrando a magia no local, alguns segundos depois um pequeno portal se abre.

    Essa magia era bem parecida com a da Erza, e com a magia estelar, eu posso guardar coisas em uma outra dimensão, e pegar quando eu quisesse, bastava eu abrir esse portal em qualquer objeto sólido e pronto. É bem útil se você não tem uma casa.

    E no caso o que eu precisava era do kit de sobrevivência de Aiya, nessa necessaire havia todos os itens que uma mulher pode precisar, agora como Aiya conseguiu absorventes em Tenebra eu não faço ideia. Eu não sabia nem que ela precisava deles, mas se ela não usa por que os tem? Ou pior aonde ela os arranja?

    Tiro essa roupa grudenta (ontem eu nem tive tempo de troca-las, eu desmaiei assim que entrei no quarto), ligo o chuveiro a água estava fria, mas quem ligava?

    Laxus tinha razão eu estava cheirando a sakuras, parecia que eu tinha ficado de molho nelas, e esse cheiro nem o poderoso sabonete de rosas de Aiya poderia tirar.

    Desligo o chuveiro, me enrolo em uma toalha, fecho o portal e volto para o quarto. Abro um novo portal e pego a mala que May me entregou e começo a cavocar, eu tinha realmente um gosto bem diferente do atual, decotes enormes, saias que não cobriam a minha bunda, mas o mais perturbador eram as calcinhas, isso parecia mais um lencinho, como eu tinha corajem de usar essas coisas?

    Guardo tudo na bolsa e a devolvo ao portal. Pego a mala que Aiya preparou e começo a cavocar, havia muitas roupas, blusas de seda, calças de couro, um casaco de plumas (aonde ela pensa que eu vou usar isso?). Minha atenção é tomada quando meus dedos se enrolam em algo, levanto a mão e analiso "aquilo".

    Era um minusculo pedaço de renda regra, uma calcinha, mas não uma qualquer, aquele troço era mais hentai do que as minhas antigas, não cobria absolutamente NADA! Dentro da mala havia um cartão que com certeza foi posto com isso, nele dizia:

    "Querida Aurora-chan;

    Eu sei o seu segredinho, e sei que com a sua volta á Eatherland você irá encontrar o seu parceiro. Esse é um modesto presentinho meu para os dois.

    Beijinhos de brigadeiro;

    XOXO Aiya.

    PS: Eu espero que você e o Iluminado se divirtam o usando."

    Sinto meu rosto queimando, guardo o "presentinho", e pego algumas roupas, nada chamativo, apenas uma calça jeans preta e uma regata verde escura, isso combinado com as minhas botas e a capa ficou perfeito.

    Devolvo a mala ao portal no chão. Enquanto o fechava vejo algo jogado debaixo do criado mudo, estico a mão e pego.

    Era um pedaço de papel retangular, uma foto empoeirada, limpo a imagem com os polegares. Retratadas na foto estavam três pessoas, duas mulheres e uma garotinha. Era incrível, até parecia três fazes da vida de uma mesma pessoa, elas eram idênticas, exceto pela diferença de idade.

    A Mestra Yoko estava sorrindo na foto, e estava bem mais jovem, Kin ainda era uma criança, parecia ter uns cinco anos, e exibia um grande sorriso para a mulher que a segurava, esta era muito jovem, e diferente da Kin e Yoko que conheci parecia ser mais extrovertida, ela tinha um braço sobre os ombros de Yoko e tinha o maior sorriso de mãe orgulhosa. Ela era a mãe de Kin.

    Elas pareciam felizes.

    Toc-toc.

    Me levanto rapidamente, cubro o rosto com o capuz, e abro metade da porta (é claro que eu deixo a mão com a foto escondida.). Kin estava lá.

    –Bom dia. - ela diz- A Mestra Yoko foi mais ceda para a guilda e ela pediu que eu a acompanhasse.

    –Certo.- eu digo.

    –O café está lá embaixo. - ela completa.

    Balanço a cabeça positivamente, ela vira pronta para descer, mas antes que ela dê um passo eu a chamo:

    –Kin eu achei isso embaixo do criado mudo.

    Abro o resto da porta e estendo a foto em sua direção, ela pega a foto. Sua reação ao ver a imagem foi perceptível, seus olhos se arregalaram e um sorriso tímido surgiu em seu rosto. A foto lhe trouxe boas lembranças.

    –Ela é muito bonita.- eu observo.

    –Ela era sim.

    Então a mãe dela não está mais entre nós, deve ser difícil para ela falar sobre isso, principalmente com uma desconhecida. Tiro o capuz revelando meu rosto, minha intuição dizia que não tinha porque eu me esconder dela.

    –Entendo. Então é você. - Kin diz - Agora faz sentido.

    Ficamos em silêncio durante alguns minutos, apenas nos encarando, até que eu o quebro:

    –Kin....

    –Eu não vou contar para ninguém. - ela me interrompe. -Não se preocupe.

    –Ah sim, obrigada... hum. - eu digo - Mas eu queria perguntar o nome dela.

    –Como?

    –O nome da sua mãe. Mas se você não quiser falar tudo bem eu...

    –Issa o nome dela é Issa.

    –Issa. Valente e corajosa. - eu observo.

    –Ela foi mesmo. - Kin acrescenta - Mais do que você pode imaginar.

    Ela admirava muito a mãe, isso era visível, mas tinha lago mais, algo antigo, uma frustração enraizada.

    –Sabe Kin eu posso ler as pessoas. - eu olho ao redor do quarto - E sei que você está errada em um ponto.

    –Errada em que ponto? - ela pergunta intrigada.

    –No ponto em que você acha que eu só confio em você porque é neta da Mestra.

    –E não é? - Kin arqueia as sobrancelhas - Afinal você só revelou sua identidade para a Yoko e Makarov, por que mostraria para mim?

    –Por que acho que você é parecida comigo. - eu digo levantando um pouco a blusa. - E também isso é algo que eu não mostrei á Mestra.

    O que eu queria mostrar era a marca da guilda que agora já estava definida, para falar a verdade parecia mais uma tatuagem, a imagem da Lua era prateada, a garota que estava sentada na Lua estava caprichosamente detalhada, seus cabelos eram grandes e negros e ela usava um vestido branco esvoaçante, as estrelas eram azuis, e pareciam estar brilhando. Eu não imaginei que seria assim, eu pensei que seria amarela, azul, laranja ou até as três, a cor correspondente á minha magia, como Yoko disse.

    –Impossível! Não era para a sua marca ser assim! - Kin exclama - Geralmente elas tem até três cores, e elas não tem esses detalhes, ninguém nunca teve. - e completou - Mas você poderia mostrar a marca á Mestra também, isso não é exatamente uma prova de confiança.

    –O que ela diria se eu mostrasse?

    –Bem ela olharia bem a sua marca e diria: "Que legal!"... - ela hesita por alguns instantes, e então continua - E então daria meia volta e iria fazer algo que na opinião dela é mais importante que ficar olhando a sua marca.

    Olho para ela com a maior cara de "eu sabia", e segundos depois ela relaxa, ela finalmente entendeu.

    –Me desculpe... é que as pessoas se aproximam de mim porque eu sou a neta da Mestra, e a possível próxima Mestra da guilda. - ela desabafa - As vezes eu não sei quem eu sou, a Kin filha da Issa, neta da Yoko, ou a Kin que eu acho que sou. Isso é frustrante.

    –Sei como é, as vezes eu não sei quem eu sou de verdade, a Lucy Heartfilia, a maga bondosa ou Lucy Alethea Aurora, a Dragon Slayer poderosa. As vezes eu queria ser só a Lucy. - eu digo - As pessoas esperam coisas de mim, coisas que eu não sei se posso fazer.

    –Essa é a pior parte, eles esperam que eu seja igual a minha mãe, que faça coisas tão grandiosas como ela , mas eu não sei o que fazer, cada um espera algo diferente, isso me deixa confusa. Isso tudo é uma...

    –...verdadeira merda. - eu completo a frase.

    –Exatamente. - Kin diz.

    Era bem como eu imaginei, Kin sofria das mesmas dúvidas que eu, talvez sua situação seja ainda pior, desde pequena ela vivia nas sombras de sua mãe, e então ela se foi e todas as atenções se voltaram para Kin, exigindo cada vez mais dela.

    –Apenas uma coisa Lucy. - Kin diz - Não mostre sua marca para ninguém, nem para Yoko.

    Sua expressão me fez ter certeza de que esse conselho eu iria seguir.

    ~£~

    Depois da conversa que tive com Kin, nós descemos para tomar café o que foi um desastre, aparentemente a Mestra Yoko era viciada em presunto e em ameixas o que rendeu a gloriosa cena estrelada por mim vomitando no carpete (nunca coloque presunto perto de mim, aquela cena de anos atrás de rendeu essa fraqueza, e cuidado com as ameixas, para qualquer DS fêmea ter ameixas por perto não vai ser algo agradável).

    Depois de uma lenta meia hora me recuperando, três litros de água consumidos, e meio quilo de chocolate ingerido, nós finalmente fomos para a guilda.

    O tempo estava fechado, ou parecia estar pelo menos, tudo estava cinza, o céu, as casas, até parecia o cenário de um filme de terror.

    –Kin em que estação estamos?

    –Era para ser outono. - ela responde - Mas na cidade de Gurē as estações não tem importância, a cidade é sempre cinzenta.

    As casas eram todas desbotadas, e haviam poucas pessoas na rua e eu tinha a impressão de que elas fazia parte das poucas pessoas que moram na cidade.

    –Não temos os melhores moradores. - Kin sussurra.

    Em pouco tempo alcançamos o portão negro da guilda, não havia nenhum mago do lado de fora da guilda, nem no pátio, o sentimento de que alguma magia aconteceu nesse lugar diminuiu, mas ainda estava lá. Ouço o som de vozes vindo de dentro da guilda, pelo que Kin me disse quase todos já estavam lá dentro.

    Todos menos quem eu queria ver.

    Kin abre as portas da guilda e juntas nós entramos, todas as atenções se viram para nós, para mim especificamente, me senti desconfortável, afinal todas as conversas cessaram, e ter toda uma guilda te olhando não foi uma coisa legal.

    Principalmente por que Fadas estavam lá, eu conseguia sentir o cheiro delas.

    Kin me deixou em uma mesa mais afastada de todos, e subiu para dizer a Mestra que tinhamos chegado, haviam 44 pessoas no total na guilda, era uma guilda pequena como eu imaginei, quando Wendy me mandou o panfleto eu já tinha deduzido isso.

    Uma mulher loira senta na cadeira à minha frente, ela era muito bronzeada, seu cabelo liso batia em sua cintura, usava um tomara-que-caia rosa grudado ao corpo, seu decote conseguia ser maior do que os meus antigos, sua calça de couro grudava nas suas pernas, ela usava uma bota com um salto agulha que ia até os joelhos, e ela literalmente tomou banho de perfume, mas nem um vidro inteiro de perfume pode driblar o nariz de um Dragon Slayer, ela tinha um leve cheiro de bebida e cheirava a outra pessoa, não precisava ser um gênio para saber que ela ficou com um homem.

    –Então qual é o seu nome? - ela pergunta.

    Ela tinha traços bonitos, olhos azuis, nariz bonitinho, uma boca grande pintada de vermelho, e exibia um grande sorriso simpático no rosto.

    –Aurora. - eu respondo.

    –Aurora é um belo nome, o nome de uma princesa. - ela diz - Prazer meu nome é Isabelle.

    –Prazer Isabelle. - eu a comprimento.

    –Então Aurora-chan como é a sua marca? De que cor? Aonde é? - me interroga Isabelle.

    Droga ela tinha que me perguntar bem isso? "Então a Isabelle já começou." eu ouço ao longe, então era ela a dona das boas vindas da guilda. O sorriso de vitrine. Ela não percebeu que eu não respondi as perguntas, logo começou outro interrogatório.

    –Qual é a sua magia? De onde você veio? Foi de outra guilda? Quantos anos você tem? Você já nasceu maga ou aprendeu magia? Como você conheceu a Alliance? Por que você usa esse capuz? E principalmente aonde você comprou essas botas?

    –Não assuste a novata Isabelle. - diz uma voz masculina.

    Uma figura alta entra na guilda e se aproxima de nós, ele tinha olhos verdes, cabelos negros e lisos caíam sobre seus ombros, suas roupas eram totalmente negras, e grudavam no seu corpo exibindo seus músculos é o tipo de cara que fazia todas as mulheres caírem aos seus pés, inclusive a tal de Isabelle.

    –Yamato. - diz Isabelle - É muito bom te ver.

    Um garoto se escondia atrás do homem, ele tinha cabelos castanhos desarrumados, e estava extremamente pálido, um tom quase doentio, usava óculos fundo de garrafa, e roupas largas, ele emitia uma aura diferente dos outros, era algo diferente, mas ao mesmo tempo tão igual... Capto seu olhar, ou pelo menos o que eu conseguia ver de seus olhos através dos óculos.

    –Hayato porque você não vau guardar uma mesa para nós? - o homem pergunta.

    O garoto assenti e com os lábios franzidos vai até uma mesa vazia no outro canto da guilda, o sigo com os olhos, observo o modo como se senta, totalmente curvado, ele estava incomodado com algo, e não era só pelas pessoas que o observavam.

    –Yamato-kun. - cantarola Isabelle - Venha se sentar aqui!

    Ele desfilou em nossa direção, sentou-se do meu lado afastando a franja dos olhos incrivelmente verdes, apoia o rosto com uma mão e fica lá me encarando.

    –Como você está Yamato-kun? - Isabelle pergunta.

    –Bem. - ele simplesmente diz.

    –Sabe eu estava morrendo de saudades de você.- a loira tenta de novo.

    –Nós nos vimos ontem Isabelle. - ele diz suspirando.

    Isabelle revirou os olhos, ela queria muito a atenção do tal de Yamato, tanto que impulsionou o corpo para frente de modo que seus seios quase pularam.

    –Eu sei, mas eu só te vi de manhã, você passou a tarde toda fora. E você não aceitou o meu convite para jantar.

    –Eu estava ocupado.

    "Você sempre está." ela murmura, mas ele não a ouve, só fica me olhando com os olhos incrivelmente verdes...

    Plaft... Algo cai no chão.

    Pisco os olhos várias vezes, parecia que eu tinha saído de um sonho.

    –Pirralho patético! alguém sussurra, o homem que falou isso era um albino alto, com os cabelos na cintura e tinha a expressão mais cruel de todos os tempos no rosto.

    O barulho veio do garoto que veio com Yamato, Hayato era o seu nome, ele deixou uns pequenos objetos de metal caírem no chão, dados. E isso me fez despertar de algo, aqueles olhos não eram normais, se eu olhasse por mais tempo quem sabe o que poderia acontecer? Ode aos dados.

    –Então moça do capuz. - Yamato diz - Por que você não se torna a moça sem capuz?

    –Creio que isso não seja agradável. - eu respondo.

    –Que tal tentar? - eu nego com a cabeça.

    –Assim você vai assustar a novata Fujioka. - gritou uma mulher de cabelo roxo.

    –Sem drama Kamikaze. - grita Yamato - Eu só estou perguntando a uma dama o seu nome.

    –Aurora. - eu digo depois de alguns instantes.

    –E o sobrenome que o seu incrível pai aviador e a sua magnânima mãe te deram?- ele pergunta.

    –Só Aurora. - eu digo.

    –Entendo, foi um prazer te conhecer Só Aurora. - Yamato diz se levantando. - Meu nome é Yamato Fujioka, guarde esse nome, pois tenho certeza que vamos nos encontrar em breve.

    Ele sopra um beijo e vai até o garoto, "muito em breve" eu ouço ele murmurar, que cara estranho. Na verdade todos são muito estranhos, todos sem exceção, inclusive Isabelle.

    Seu coração batia mais rápido, ela estava com raiva, raiva de Yamato que a rejeitava faz tempo e raiva de mim, por ter atraído a atenção dele. Eu não gostei nem um pouco de ficar no meio do flerte dos dois, e ela com certeza não gostou de me ter por perto.

    –Keita-kunnnn. - ela grita do nada.

    Ela se levanta e vai correndo em direção a um garoto baixinho, loiro e de olhos azul céu, ele acabará de sair de uma mesa com três pessoas, ele com certeza estava aqui a muito tempo, então por que gritar agora? Isso com certeza devia ser um dos mistérios que eu nunca iria entender, assim como eu nunca iria entender como ela conseguia correr de salto agulha, e rebolar daquele jeito sem cair.

    –Eu sei como está se sentindo. - diz Kin se sentando no lugar que antes estava Isabelle.

    Eu tinha visto ela descer, mas não pensei que viria até mim.

    –Como eu deveria me sentir? - eu pergunto curiosa, observo mais uma vez Isabelle que agora abraçava o garoto, o apertando entre seus seios.

    –Frustada, deslocada, confusa, desarrumada, estranha, inferior, horrível, pisada, indesejada, com a auto estima lá embaixo. - Kin diz - Fique calma isso é só o começo do efeito Isabelle, com o tempo você se acostuma. - ela olha para uma garota com cara de boneca que está na mesa que o Keita estava, ela estava visivelmente sentindo tudo o que ela disse, e acrescenta - Ou talvez não.

    Devo admitir que no começo eu me senti desse jeito, é claro que uma garota de capuz não atrairia a mesma atenção que uma garota como Isabelle atrairia, mas na verdade eu não estava atrás desse tipo de atenção, seria uma desvantagem.

    –Para falar a verdade. - eu murmuro - Eu não gostaria de ser como ela.

    –É a primeira vez que eu ouço alguém dizer isso. - Kin afirma surpresa.

    Imaginei que seria assim. Eu penso olhando para a garota com cara de boneca. Parecia que ela iria chorar, só não sabia se era de tristeza ou raiva.

    A beleza atrai a felicidade, mas também a inveja, e nos casos mais extremos atrai também a obsessão. O maior erro das pessoas é deixar que essa condição te envenene, te deixe pensar que você é inferior, ou deixar que te destrua.

    O maior erro das pessoas é querer ser como a outra, desprezar a própria imagem só porque "aquela pessoa" disse que ser você mesma não é bonito. Você é você, e se parecer com você é a melhor coisa do mundo (altas brisas, u.u não me julguem, (9_9) são 00:23 e eu estou morrendo de sono, mas quem liga?). E isso a garota com cara de boneca, parecia não entender.

    Kin me apresentou todos na guilda, a garota com cara de boneca se chamava Satomi Maki, seus dois companheiros eram Adachi Shouta e Naoya Motoki, e garoto com cara de anjo era Hideki Nakao, a garota com o cabelo roxo era conhecida como Kamikaze, ninguém sabia seu nome real, os outros eram Akemi, Kaori, Yuku, Oni, Akira, Shirokawa, Abe, Masami, Yahiro Imoto, Minako, Tasuko, Enmi, Tasaki, Honda, Maruoka, Luna, Nami, Toyoda, Kaori, Ono, Shingo, Ishii, e havia duas garotas que não estavam na guilda elas eram, Chiemi Hiroko e Chia Miyazaki. Ninguém veio se apresentar pessoalmente, nesse dia não recebi nenhum "Oi" a não ser de Kin, Isabelle, Yoko e Yamato.

    Sinto cheiros estranhos se aproximando da guilda, algo como ferro, pergaminhos, Kiwii, oceano, chá, nuvens e grama. Meu corpo ficou tenso, elas estão vindo, minhas amigas estão aqui!

    A porta se abre revelando sete silhuetas, minha garganta ficou seca, elas eram exatamente como eu me lembrava, só que mais velhas, Levy estava com o cabelo grande, batendo nas costas, seus óculos preto estava escorregando pelo seu nariz, e carregava três livros gigantes na mão.

    Juvia usava roupas largas bem diferentes de antes, ela não mudou muito exceto pela pele que estava mais clara, o sorriso que ela exibia quatro anos atrás se apagou, mas o mais preocupante eram seus olhos, opacos e sem vida, minha saída não fez isso com ela, disso eu tinha certeza, havia algo mais escondido, algo que ela guardava dentro de sí, faz anos.

    Gajeel tinha a maior cara de desinteressado de todas, ele obviamente não estava gostando de algo, ele estava com uma blusa de frio com gola alta, eu nunca vi ele usar algo assim, mas o que me chamou a atenção foi o seu cheiro, eu pensei que seria igual ao de Metalicana, mas ele cheirava a Ferro queimado, um cheiro muito perturbador para falar a verdade, era perturbador.

    Lily continuava sendo o mesmo Lily, só que diferente dos outros estava feliz com o seu Kiwii.

    Charlie continuava com a mesma cara ranzinza, nariz empinado, só o que mudou foi o seu vestido que agora era azul.

    E Wendy... Wendy havia crescido, estava mais alta, mais esbelta, mas não era só seu corpo que mudou, ela parecia mais madura, mais confiante, agressiva e adulta... e isso se refletia no modo em que se vestia, vestidinhos de garotinha? Isso era passado, Wendy agora usava uma calça jeans apertada, all star de cano alto e uma blusa que mostrava o umbigo. Fiquei surpresa ao constatar que sua marca ficava no mesmo lugar que a minha.

    O mais surpreendente de tudo eram as roupas elas usavam as mesmas cores que eu camisa verde escura e calça jeans preta, até Gajeel usava essas cores, isso era totalmente bizarro, eu realmente não acreditava em destino, mas talvez algo estivesse conspirando para que nos encontrássemos logo.

    Havia uma garota com elas, ela devia ter a mesma idade de Wendy, tinhas cabelos e olhos verdes e usava um vestido amarelo, era de longe a mais feliz do grupo.

    Elas se sentaram em uma mesa vazia perto de onde eu estava, simplesmente se sentaram lá, não trocaram uma palavra um com o outro, Levy começou a ler um de seus livros, Lily continuou com seu Kiwii, Charlie afiava as garras na mesa, e os outros não faziam nada, ficavam olhando para o nada, e desviavam o olhar caso cruzassem com um dos outros.

    Isso não estava certo.

    A garota de cabelo verde tentava puxar conversa com Wendy, mas esta simplesmente respondia com um "hum", "que legal", "hãn...", estava obviamente em outro mundo.

    Eles até pareciam desconhecidos.

    Isso definitivamente não estava certo.

    Eu não aguento mais olhar para isso!

    Isso vai acabar...

    AGORA!

    Levanto em um rompante disposta a abraça-las, dizer que estava tudo bem, fazer um olhar para os olhos um do outro e se reconciliarem, nem que saja na base da porrada. Meus planos são impedidos por duas mãos que agarram nos meus ombros, exercendo uma enorme pressão fazendo com que eu me sentasse novamente.

    Kin me olhava com uma expressão vazia, ele estava em pé e se inclinava sobre a mesa, ela tira as mãos dos meus ombros e diz:

    –Tinha um Spyding nos seus ombros.

    Spyding?

    Olho ao redor, todos da guilda estavam olhando para nós, todos com a mesma expressão de curiosidade e espanto.

    –Então essas coisas voltaram. - diz Nami - Pensei que tivéssemos nos livrado dessas pragas.

    Aos poucos todos voltaram para suas conversas, menos Isabelle, o albino de cabelo grande e Wendy. Essa me olhava com uma expressão selvagem, seus olhos pareciam estar botando fogo em mim. Desvio o olhar, eu entendi o recado de Kin, não havia nenhum Spyding no meu ombro, foi um recado para não fazer nada desnecessário, nada que acabasse com tudo.

    –Obrigada- eu agradeço a Kin, que dá um aceno com a cabeça e começa a olhar para as próprias mãos.

    Sabe aquela sensação se frustração? Era isso que eu estava sentindo. Aquela pressão no estômago, as borboletas, mais do que borboletas parece que tem chumbo dentro de você, seu coração parece um martelo, batendo furiosamente e dolorosamente sobre uma ferida o que torna difícil respirar, cada partícula de ar se faz presente, se proclama parecendo uma faca. Um bolo se forma na sua garganta e seus olhos se enchem de lágrimas, mas você não chora, não consegue e não pode.

    Wendy não desviou o olhar, ela continuava olhando para cá. Por favor, pare de olhar para cá. Wendy por favor não me olhe com essa cara de mistério.

    Nesse momento eu estava desesperada por qualquer coisa que me distraísse, já tentou distrair um Dragon Slayer? Acredite não é fácil, mas eu precisava de algo que me impedisse de olhar para Wendy.

    Minhas preces foram atendidas pela Mestra que resolveu descer.

    –Aurora venha comigo. - ela ordena e eu obedeço indo em sua direção com passos largos.

    –Atenção crianças. - ela chama a atenção de todos - Essa é a Aurora, a nova membra da guilda , ela entrou ontem então não pirem caso ela se confunda e não tentem nada contra ela. - ela coloca a mão sobre meu ombro me guiando - E tirem o cavalinho da chuva, pois ela não não mostrar as escamas para ninguém.

    Ouço exclamações de surpresa por parte de todos, mas antes que eu possa dizer algo nós já estávamos na sala de Yoko. Ela me oferece uma cadeira, que eu aceito sem dizer nada, não sabia que reencontros doíam desse jeito.

    –Com o tempo você se acostuma. - a Mestra diz - O tempo torna a dor suportável.

    Porém, eu não quero que o tempo passe, eu quero ter as minhas amigas agora!

    –Agora não é a hora para sofrer. - ela diz lendo meus pensamentos - Eu tenho um trabalho para você.

    –Trabalho? - eu pergunto curiosa.

    –Sim, na verdade são trabalhos. - ela afirma - Missões que as Fadas recusaram e foram parar aqui, missões que nenhum membro da Alliance aceitou, e acabou por fazer pilha. - ela gesticula para uma pilha de papel em cima da mesa - Eu não quero me envolver em algo que já passou pelas Fadas, e nem quero que meus membros fiquem com os restos negados por eles....

    –Então você precisa de um mago com ligação com a Fairy Tail e com a Alliance, disposto a limpar a sujeira das Fadas. - eu a interrompo.

    –Pensando desse jeito... sim. - ela diz me oferecendo uma pasta - Aceita?

    Não pego a pasta, ainda faltava algo, vontade de fazer isso, assim como Yoko eu não queria os restos das Fadas.

    –No que isso me ajudaria? Eles poderiam simplesmente mandar para outra guilda.

    –Não podem, nós somos a última opção, não só os restos das Fadas vem para cá, mas o de todas as guildas grandes. - ela suspira - Eu não gosto disso, minhas ancestrais não criaram e lutaram pela guilda para que nós fiquemos com os restos, o mundo nos considera fracos e incapazes, e por isso eles pisam em nós, nesse caso nós temos que provar o nosso valor, e isso inclui: concluir essas missões, o conselho não vai mandar mais missões de nível maior, até que essas sejam concluídas.

    "Sem falar que eu odeio as pessoas, elas ficam gratas com os restos que são dados a elas, e pensam que nós temos que ser gratos por receber restos, mas não é assim, elas não fazem ideia de como é ser reconhecido, realmente reconhecido e premiado por isso, nós estamos aqui para mostrar isso, para mostrar o quanto é gratificante conquistar algo, e ser tratado como humano por isso."

    –Está dizendo que as pessoas são manipuladas e tratadas como lixo? - eu pergunto.

    –Você entendeu rápido! Sabe eu estou te mostrando um caminho, um caminho para acabar com o mal que as Fadas causaram, cabe a você aceita-lo ou não. - Seus olhos estavam sérios, tão sérios como ontem.

    Pego a pasta, afinal eu precisava começa por algum lugar, e isso seria uma distração.

    –Conto com você. - a Mestra diz - Pode sair quando estiver pronta.

    "Estiver pronta" quer dizer quando você se sentir controlada o bastante para não pular no pescoço das suas amigas. Me despeço da Mestra e saio, não tinha porque m esconder, quanto mais rápido eu começar, mais rápido eu termino, tecnicamente era para ser assim.

    Os olhos de todos grudam em mim, comentários como "ela estava mostrando as escamas para Yoko?" foram ditos e prontamente ignorados. Aquela pressão no peito ainda estava lá, mas eu tentei não ligar para isso, levantei a pastas acenando com ela, Kin parecia saber o que havia dentro.

    Ainda acenando eu caminho para fora da guilda, eu não queria, mas eu sabia que ás vezes era necessário deixar algo para trás. Pelo menos por enquanto.

    ~1 mês depois~

    O tempo passa rápido, mais rápido do que nós gostaríamos, esse mês que se passou foi um borrão, um cinzento e doloroso borrão, onde eu via as minhas amigas e não podia me aproximar, nem falar com elas. Aliás falar era algo que eu fazia pouco aqui, Isabelle não era alguém com quem se podia falar seriamente, Kin era calada e os outros só sabia encarar, e isso é muito irritante.

    As missões que me foram dadas eram muito fáceis, eram coisas como limpar pastos, reconstruir muros e casas, ás vezes eu encontrava surpresas no meio dos papéis, como desarmar armadilhas, derrotar Monstros e decifrar enigmas. Nada muito difícil, mas eu não tinha do que reclamar afinal eu consegui muito dinheiro com elas, em apenas um mês eu havia cumprido mais de 100 missões.

    –Aurora. - chama a Mestra - Soube que comprou uma casa.

    –Sim. - eu respondo - Ela fica no lado norte da floresta perto da trilha.

    Yoko crispa os lábios, e franze as sobrancelhas, ela abriu a maior caranca, com direito a rugas e saída dramática silenciosa. O que eu disse?

    –Então você está atrás do tesouro? - pergunta Isabelle -Eu não perderia eu tempo se fosse você.

    A loira brotava do chão até quando a guilda estava aparentemente vazia, ela surge para entrar na conversa e se senta na sua mesa com a maior naturalidade do mundo, mesmo quando não era convidada.

    –Que tesouro? - eu pergunto.

    –O tesouro da lenda. Dizem que aquela casa pertencia a primeira Mestra e que ela escondeu um tesoura lá. Muitos magos poderosos procuraram por ele, mas ninguém nunca foi capaz de achar.

    "Ou seja se os melhores não conseguiram, uma fracassada como você não tem chance.", se era isso que ela queria dizer eu devo admitir que ser discreta não é o seu forte. Mas essa era uma ótima oportunidade, afinal qual é o melhor modo de conseguir informações?

    –E o que seria esse tesouro? - eu jogo a minha carta.

    –Tsc, ninguém sabe, talvez seja algum objeto antigo que tenha sido importante antes do surgimento da guilda, ou talvez seja algo sobre o coração da guilda. - após dizer essa última parte seus olhos se arregalaram e ela morde os lábios, então o coração da guilda era algo secreto?

    –Então ninguém faz ideia do que seja? - eu pergunto disfarçando -Vários magos procuraram por algo que eles não sabem se realmente existe?

    Minha série de questionamentos parecem fazê-la esquecer de que ela(provavelmente) revelou algo secreto, então ela rapidamente responde:

    –Bem você sabe a ideia de subir de vida é bem atraente, e encontrar um grande tesouro é um jeito fácil de conseguir fama. Hoje em dia a fama é tudo na vida de um mago. - e então ela manda um indireta (bem direta na verdade) - Algumas pessoas não podem deixar de lado a ideia de conseguir o "poder absoluto".

    Nessa hora eu não aguento e começo a rir, pelo amor do grande, poder absoluto?? Eu não pensei que chegaria a esse ponto.

    –Do que você está rindo? - Isabelle pergunta emburrada - Rir disso é não zombar dos seus objetivos?

    –Por um lado sim. - eu afirmo me levantando - Mas fique tranquila, eu não procuro por algo assim. Para mim poder absoluto é apenas uma piada, uma doce ilusão na qual os tolos acreditam. Bye bye Isabelle-chan...

    Saio da guilda me abrindo para a noite cinzenta e consequentemente deixando uma loira boquiaberta para trás.

    ~§~

    –Talvez eu tenha exagerado um pouco. - eu falo para o nada, pensando na expressão da loira - Mas e daí?

    "Poder absoluto" eu penso sentindo os galhos se quebrando sob os meus pés. "Que babaquice".

    Passo ao lado de uma pequena árvore com exóticas folhas negras e entro em uma clareira, nela não havia nada além de uma grama alta e uma pequena casinha caindo aos pedaços no meio. Atravesso o matagal que era o meu quintal até chegar nos três degraus de madeira que levavam até a porta. A ideia de trancar a porta era um pouco cômica considerando que até uma borboleta poderia quebra-la de tão danificada que estava.

    Danificada era o adjetivo perfeito para aquela casa, ela só tinha 3 pequenos cômodos caindo aos pedaços a cozinha/quarto/ sala, o mini banheiro entupido/lugar que eu juro pela minha vida que nunca entrarei e um quartinho/ guarda roupa/ lugar para onde eu estava indo agora.

    O cômodo era minusculo, havia evidências de que já havia existido uma estante em uma das paredes, com certeza os magos destruíram tudo por causa do tesouro, fora isso estava vazio exceto pelo mofo que cobria o teto, dou um passo até a parede do fundo, localizando a média e quase apagada marca da guilda desenhada, coloco minha mão sobre ela e concentro magia, e então eu atravesso a parede.

    ~¢~

    –Quando eu vi essa casa pela primeira vez fiquei indignada por alguém tentar vende-la, mas depois que eu entrei naquele quartinho senti que havia algo mais, e uma voz sussurrou para que eu a comprasse. - eu sussurro para o nada enquanto desço as escadas.

    –Com certeza ninguém pensou que haveria uma entrada subterrânea secreta.

    Estalo os dedos e a luz da sala se acende, os cômodos estavam vazios, pois não havia sobrado dinheiro para os móveis, o único móvel que tinha era a grande estante de mogno que já estava na biblioteca.

    Vou até o maior cômodo que seria o meu quarto, tiro a capa a colocando sobre o meu saco de dormir e focalizo na outra coisa presente no cômodo.

    Na maior parede do quarto estava a minha teia, a teia com informações dos sete espiões dentro da guilda.

    –Como você disse uma vez Ig-san "A confiança do ingênuo é a é a arma mais útil do mentiroso (frase by: Stephen King)"

    Alguns me trataram bem e foram bem gentis, mas isso não foi o suficiente, em pouco tempo eu comecei a desconfiar de suas verdadeiras intenções. Mantenha seus inimigos por perto, eles não eram os únicos que sabiam jogar desse jeito. Me aproximo da parede olhando para cada um dos sete rostos.

    O primeiro rosto era da loira Isabelle, ela era a primeira a fazer contato com o novato, tentava adquirir sua confiança e descobrir seus segredos, limites e habilidades, era mais fácil para ela quando você era um homem, mas isso não era problema para o grupo. Sua magia era como a de Jenny, só que ela se transformava em uma sereias, ela tinha 3 transformações, uma mais perigosa que a outra.

    O próximo era o moreno de olhos verdes e perigosos, Yamato, sua magia era "Mistic Iliuzija", ele era um ilusionista habilidoso e com magia rara, a única coisa que ele se importava parecia ser o seu filho Hayato, que não parecia saber dos "negócios" do pai.

    Kamikaze a garota com o cabelo roxo, sua magia se baseava em roubar a magia do oponente, e usa-la contra ele. Mas essa magia tinha um ponto fraco não importa se você roubar a magia do oponente, ele com certeza vai vencer por caso da sua experiência, então tem que ser usado em conjunto, no caso de Kamikaze ela fazia dupla com a outra espiã Enmi, a rosada que roubava todo o poder magico do oponente.

    As duas não se desgrudavam e demonstraram ter um grande ódio do sexo masculino.

    Shingo. O albino com o sorriso cruel, esse foi um dos mais óbvios de descobrir, seu sadismo era algo fácil de identificar, ele era um Mestre espadachim, usava sua magia através das duas espadas em suas costas.

    Shirokawa, um loiro de olhos vermelhos com uma grande cicatriz no rosto, era sem dúvidas o mais velho do bando, ele usava magia do elemento raio, e tinha um machado preso nas costas.

    E agora só faltava o sétimo elemento, que estava com uma interrogação, eu estava decididamente perto de descobrir sua identidade. Se eu estiver certa, essa pessoa está muito perto de Wendy e os outros, ela ou ele é o encarregado de passar informações pessoais, e persuasão, eu tinha uma suspeita, mas agir com base em uma hipótese não era sensato.

    Olho mais uma vez para a teia, pego sete objetos do meu bolso e os atiro, em cima de cada imagem estava uma faca, sorrio malignamente, as Fadas já foram descobertas, agora eu posso começar a cortar suas asas.


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