Aragon

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 16

    Alliance Moon

    Álcool, Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Aqui está o capitulo.

    Boa leitura.

    O velhinho sorridente finalmente saiu de trás da árvore, ele estava um pouco diferente, envelheceu alguns anos, mas exceto por isso e pela falta de seu casaco de mago santo ele estava como eu me lembrava.

    –É bom te ver minha filha.

    –Mestre.

    Cri – Cri ~Silêncio constrangedor~

    Acho que quatro anos sem nos ver, nos deixou sem palavras, mas algo me intrigava, eu camuflei o meu poder mágico desde que eu saí de Tenebra, então como ele sabia que era eu?

    –Mestre. – eu digo interrompendo seus pensamentos – Como você me achou?

    Isso pareceu lembra-lo de algo, pois verificou os lados e agarrou a minha mão.

    –Não podemos ficar aqui. – ele diz enquanto tentava me arrastar – Vamos.

    –Para onde? – eu pergunto agarrando a bolsa.

    –Alliance Moon. – ele diz, e eu paro. – Imagino que esteja indo para lá.

    Como ele sabia?

    –Vamos, eu te levo até lá. – ele diz sorrindo.

    Sorrio em resposta, e então vamos correndo em direção a uma nova cidade.

    ~£~

    Depois de correr pelo que pareceu uma eternidade, finalmente chegamos á estrada para chegar à nova cidade, não era bem uma estrada, na verdade era uma trilha na floresta, quem diria que essa cidade seria inacessível se você estivesse na Magnólia. Tínhamos que atravessar toda a floresta, que bem era enorme.

    –Então mestre por que nós estamos fugindo? – eu pergunto olhando para trás.

    As luzes da Magnólia desapareciam ao longe, então era isso, eu mais uma vez estava deixando tudo para trás.

    –Ah sim, não queremos que ninguém te encontre. – ele diz.

    –Mas quem poderia me encontrar? – eu pergunto curiosa.

    O mestre abaixa a cabeça, ele estava escondendo algo, ou talvez ele não queira dar as más noticias.

    –O quanto você sabe Lucy? – ele pergunta sério.

    Abro a boca para responder, mas logo torno a fecha-la, afinal o quanto eu sabia? Toda a informação que eu tinha era o que Wendy me contava nas cartas, mas estas me pareciam meio vagas, o que mais aconteceu? Pela primeira vez em anos a realidade cai sobre mim, eu era absolutamente ignorante sobre tudo, nesses anos que se passaram, eu fiquei tão concentrada em ficar mais forte que não me importei em saber o que estava acontecendo aqui. Afinal eu não era a única que tinha ficado mais forte.

    –O que aconteceu nesses anos Mestre? – eu finalmente pergunto.

    Makarov pareceu entender meu ponto de vista, e fazendo um aceno silencioso ele começa a contar sua história.

    –“Depois que você saiu, as meninas não aguentaram ficar lá, eu devo admitir que eu também não tinha vontade de ficar lá, mas eu era o mestre, tinha que ficar, fugir não é uma opção.

    “Elas saíram em uma missão, nesse tempo em que elas ficaram fora as especulações foram enormes, e temo dizer que não eram agradáveis, sinto muito minha filha. O falatório só parou quando o Team Natsu voltou, eles não gostam que falem sobre... sobre...”.

    –Sobre mim. – eu completo a frase.

    –“É. Seu nome é até hoje um tabu, mas continuando quando as garotas voltaram, elas repudiaram qualquer contato com o resto da guilda, “eles” tentaram várias vezes se aproximar de Wendy, mas digamos que ela era a pessoa que estava com mais raiva de todos, ninguém se aproximava se ela não quisesse. E quando ela bateu na Erza, e todos descobriram que você saiu e como eu não disse onde você estava, eles te procuraram em segredo, sussurravam que era só para garantir.”

    –A Wendy bateu na Erza? – eu pergunto.

    –Sim, ela o fez, mas essa não é a questão!

    –Ela bateu na Erza. – eu repito abismada.

    –Sim. Ela bateu na Erza, xingou a Cana, gritou com o Gildarts, e agora me deixe terminar! Meses depois Gildarts voltou, várias vezes ele me procurou para pedir que eu convencesse as garotas a “voltar para a realidade”, não adiantou. E então “aquele” homem chegou, sempre com grandes ideias, com as palavras certas ele conquistou a guilda e Gildarts, mas eu não gostava dele, uma vez ele veio falar comigo, ele falou uma coisa que me aborreceu muito, ele falou de você minha filha, eu me enfureci e o mandei embora, todos contestaram, mas eu disse que a Fairy Tail não precisava de gente como ele e então ele disse: “Talvez a Fairy Tail precise de um novo mestre.”.

    “Na mesma semana Gildarts exigiu o posto de mestre, disse que eu não estava mais aguentando as pontas da guilda, que a razão havia me abandonado, ele agiu como se eu não me importasse com o que acontecia com a guilda, mas sim com afirmações “distorcidas da realidade”. Gildarts se tornou o novo mestre e aquele homem se tornou seu braço direito”.

    “Laxus foi o primeiro a sair, ele disse que não aguentava mais tanta hipocrisia, que não voltou para a Fairy Tail para ver ela se tornar um lixão, é claro que o Raijinshuu o seguiu, Gildarts quase teve um ataque, quando Freed disse que eles não seguiriam um falso mestre.”

    Freed tem meu respeito. Ele merece uma estátua em sua homenagem.

    –Um mês depois teve uma briga, Wendy e Cana destruíram metade da guilda. Gildarts ficou possesso, principalmente porque Cana ficou ferida. Ele convocou uma reunião e perguntou as garotas o que elas escolhiam: pedir desculpas á todos e ficar na guilda ou continuar com raiva e sair.

    –Ele as expulsou? Wendy não disse nada disso, ela me disse todas tinham saído por que queriam. – eu digo abismada. – O que aconteceu depois?

    Como Gildarts pode?

    –Elas brigaram com ele é claro, gritaram muitas coisas para todos, mas não adiantou nada, eles disseram coisas muito cruéis, coisas que eu não tenho coragem de dizer. No final elas desistiram, não aguentavam mais aquilo, Wendy assim como Laxus apagou a marca da guilda com a sua própria magia, todas seguiram o exemplo dela, e então elas foram para Alliance Moon.

    –Como elas encontraram essa guilda?

    –Acho que Laxus deu uma ajudinha.

    É tudo pior do que eu imaginei, apagar a marca da guilda com a própria magia? O que mais a Fairy Tail tinha feito para obrigar as garotas a fazerem esse tipo de coisa? Era demais imaginar a Levy-chan fazendo algo como isso.

    –O que mais aconteceu?

    –No mesmo dia Gajeel e Lily também saíram, na semana seguinte Juvia também se foi. Depois disso a Fairy Tail continuou sendo a guilda mais forte de Fiore, a mais requisitada em missões, eles continuam festejando todo o dia. Para eles é como se tudo o que aconteceu não valesse nem uma lágrima, é como se tudo o que vivemos não passasse de um conto.

    Relembrar tudo isso deixou o mestre triste, ele estava abatido. Eu nunca poderia entender o que ele estava guardando dentro de si, ver a guilda pela qual ele deu seu sangue mudar tanto, ver os laços que ele manteve sua vida inteira se romperem desse jeito, observar as pessoas que um dia ele teve orgulho de chamar de filhos machucarem uns aos outros desse jeito, e não poder fazer nada enquanto vê o que restou da sua família indo embora, isso era muito doloroso, eu nunca poderia entender, pois eu fui a primeira a sair por aquela porta.

    –Como você está Mestre?

    –Eu estou bem.

    Ele respondeu rápido demais, e era obvio que ele não estava nada bem, ele estava cansado, e eu não precisava ser uma maga santa para afirmar que seu podre mágico diminuiu ao decorrer dos anos. Ele me pegou o analisando, ele devia saber que não poderia continuar a mentir para si mesmo, e tampouco poderia mentir para mim.

    –Se você quer saber como eu me senti vendo Wendy, Charlie, Levy, Juvia, Gajeel, Lily, Laxus, Freed, Evergreen, e Bickslow irem embora, e observar que a minha guilda virou um sanatório, saiba que eu me senti um lixo, e isso me matou, ainda me mata para falar a verdade.

    –Espere um instante! E Mira? Ela não saiu junto com os outros?

    –Não. Ela ficou na Fairy Tail, ela não quis deixar Lissana sozinha com eles, a pobrezinha não sabe de nada, ainda tenta juntar todos, ainda não desistiu. – o Mestre diz pesaroso - Mira é muito forte, ela aguentou mais do que todos nós.

    Fairy Tail...Esses malditos fizeram as minhas amigas chorarem, fizeram o Mestre se sentir inútil, mentiram para Lissana durante todos esses anos, e de repente o que eles fizeram para mim não importava, a raiva que eu senti era insignificante, pois pela primeira vez eu estava sentindo ódio, eu os odiava, queria espancar cada um deles. Uma aura negra começou a sair do meu corpo, mas quem ligava? Naquele instante descontei a minha fúria na única coisa que eu podia.

    Uma árvore. Era uma árvore, pelo menos antes do meu soco ela era.

    –Lucy o que você tem?

    –Nada Mestre. Só estou cogitando a possibilidade de dar meia volta e explodir aquela guilda.

    Como eles ousaram fazer tudo isso? Viro a cabeça e vejo o mestre se afastar, ele estava arfando, e estava ficando verde. Arregalo os olhos, ele estava assim por minha causa, ele viveu tantos anos exposto nesse tipo de atmosfera que se tornou sensível. Tento controlar o meu humor e sufocar essa aura deprimente.

    Respire fundo e pense em coisas boas. Vamos.

    E funcionou, me aproximo do mestre e coloco a mão em seu ombro, ele ainda estava se sentindo mal.

    –Mestre. – eu digo me ajoelhando – Me dê a sua mão.

    Agora que eu estava na sua altura, olhando em seus olhos e segurando em suas mãos, eu percebi como ele parecia frágil.

    –Deixe tudo ir, Mestre. – eu digo.

    –Como é?

    –Deixe tudo ir embora, toda essa dor, vergonha, tudo o que você trancou em seu coração, tudo que você não pode compartilhar. Deixe tudo fluir.

    Ele fez como eu disse, deixou as lembranças fluírem, no começo as imagens vieram tímidas, mas o velhinho tomou confiança e as imagens começaram a inundar a minha mente. Lembranças de quando ele entrou na Fairy Tail, suas missões, seus companheiros, quanto ele se tornou mestre, o nascimento de Ivan e Laxus, o rosto de cada novo membro, todas as confusões em que nos metemos, o dia em que tudo começou a mudar, cada sorriso que se pagou na guilda, cada pessoa que saiu às novas que entraram tudo o que mudou, e então o nada, tudo ficou escuro.

    Quando acabou ficamos lá durante alguns minutos absorvendo tudo o que aconteceu, até que ele quebra o silêncio.

    –Sua mão está machucada.

    Ele tem razão, a mão que eu soquei a árvore estava cortada, e havia estilhaços de árvore nos machucados, eu fiz um ótimo trabalho, destruí a pobre árvore.

    –Não se preocupe Mestre. – eu o tranquilizo – Como você está se sentindo?

    A pergunta o fez se lembrar de si mesmo, pois logo começou a analisar suas próprias mãos, ele já estava com uma cara melhor e sua magia estava se recuperando.

    –Na verdade eu estou muito bem. – ele responde – O que você fez?

    –Eu purifiquei sua magia. Suas emoções eram fortes demais, todo esse conflito estava bloqueando a sua magia. Digamos que eu desbloqueei o seu potencial.

    Ele riu uma risada pura e amigável.

    –Desbloqueou o meu potencial? – ele pergunta – Eu nunca ouvi falar disso! E purificar a magia? Isso não é possível.

    –Talvez você nunca tenha ouvido falar disso, porque magos normais não possam fazer isso, mas eu não sou uma maga normal.

    –É tem razão. – ele afirma olhando para a árvore estilhaçada. – Lucy o que foi aquilo de mais cedo?

    Em “aquilo” ele quis dizer a minha pequena explosão, e a minha drástica mudança de humor, mas como eu vou explicar isso?

    –Mestre como você vê o céu? Eu digo como ele se parece para você?

    Ele olha para o céu, pensa um pouco e responde a pergunta sem questionar.

    –É difícil de responder, ele pode estar claro, escuro ou nublado, ele muda de aparência conforme o tempo passa ou as condições mudam.

    –Diferentes faces de uma mesma existência, é assim que eu e minha espada somos, alegres e convidativas como o dia, misteriosas e perigosas como a noite, eu mudo conforme as coisas mudam, e nesse caso fizeram as pessoas com quem eu me importo sofrerem, isso é motivo suficiente para despertar um furacão. É mestre acho que é a hora de eu lhe contar a minha história.

    Ele ficou quieto enquanto eu falava, e conforme atravessávamos a floresta eu lhe contei sobre a missão, os Lobos, e quando eu cheguei à parte de Maya e os Dragões o pequeno até o ar.

    A cada novo detalhe que eu contava, a cada nova história o brilho em seu olhar aumentava, não deixei nada de lado, ele merecia saber de tudo. No final nos vimos gargalhando de todas as histórias.

    –Igneel fez isso mesmo? – o mestre perguntou entre risos – Ele disse mesmo que beijou a sua mãe?

    –Disse sim! – eu afirmo – Você não faz ideia do que aquele Dragão tarado é capaz de fazer.

    Rimos durante mais alguns minutos, então paramos quando avistamos a cidade de Gurē. Isso queria dizer que nossa jornada estava chegando ao fim, fico desanimada com isso, eu não queria deixar o Mestre.

    –Sabe que não pode contar isso a ninguém, não sabe?

    –Do que você está falando Mestre?

    –Se você contar para alguém sobre o que me disse, pelo menos nesse período, vai acabar com todas as suas chances. – ele diz – Ninguém nem pode saber o seu nome, pelo menos durante algum tempo.

    –Mas mestre me esconder nesse momento não é uma opção, não posso fazer isso. – eu digo – Eu tenho que ajudar vocês, eu não posso ficar fora do jogo agora, principalmente depois do que você me contou.

    –Mas... – ele tenta argumentar, mas eu o corto.

    –Sem “mas” Mestre. Eu vou acabar com isso o mais rápido que eu puder.

    Saio andando na frente, como ela podia sugerir isso? Eu não posso esperar mais, a cada dia que se passa, eles se fortalecem, e Lissana e Mira ainda estão lá.

    –Eu esperava mais de você, mas você é igual a eles. Você e o Natsu são um casal perfeito, um par de idiotas irracionais! Os dois se merecem!!!

    Meu corpo congela nas últimas frases, o que foi que ele disse? Me viro lentamente, o Mestre continuava parado no mesmo lugar, e em seu rosto estava a expressão mais sacana de todos os tempos. Ele sabia que eu estava ouvindo, na minha nova condição mesmo sussurrando eu poderia ouvir, ele estava jogando comigo.

    –Você também acha que eu sou um velho inútil, incapaz de fazer algo!

    Essa foi à gota d’água, como ele podia dizer essas coisas? Volto para onde ele está, cruzo os braços e pergunto:

    –Qual é o seu plano?

    –Não vou dizer! – ele responde emburrado – Você só está perguntando para fazer com que eu me sinta melhor.

    Céus, ele fazia mais drama que uma grávida.

    –Meu caro Makarov, eu agi como uma tola e gostaria que o senhor me perdoasse, eu o estimo muito e ficaria honrada se o senhor me contasse o que tem em mente. – eu imploro para ele – Papi poderoso.

    Nota 1: Agradecer á Aiya por me ensinar a bajular.

    –Como você pediu com jeitinho não tem como eu negar. – ele diz convencido – Digamos que você faça o que tem em mente. Atacar frontalmente a guilda mais poderosa de Fiore, com mais membros e o maior número de alianças com outras guildas. Mavis falou enquanto dormia e pelos cálculos dela para ter uma chance você teria que derrotar todos os membros da Fairy, todos sem exceção, teria que acabar com todas as guildas aliadas, e sumir com os espiões dentro da Alliance Moon, que por acaso te seguiriam e repostariam seus passos 24h por dias e teria que fazer isso enquanto protege seus amigos, você seria o alvo de toda a Fiore, pois todos veem a Fairy Tail como uma inspiração, em outras palavras você seria a vilã da história. Não é um final bom, na verdade é exatamente o que eles querem que você faça.

    Então Mavis pensou em tudo isso e contou ao mestre, sabendo que ele iria me dizer, ela queria que isso chegasse até mim, assim eu poderia pensar em um plano que favorecesse á todos. Mavis safada, ela certamente tem razão.

    –Vamos supor que eu faça diferente, eu oculto a minha identidade e entro na Alliance, lá dentro eu atuo no papel de uma maga mediana, e assim eu ganho tempo ficaria mais forte e ganharia mais experiência de batalha e é claro juntaria informações sobre eles. Eu protegeria todos em silêncio, até que chegasse a hora e eu desse um jeito nos espiões. E então eu usaria essa chance para mostrar o meu potencial, ganharia a aprovação do público, assumiria o pódio e só assim eu revelaria a todos quem eu sou. – eu canto cada passo com uma imensa calma, e pela sua expressão acho que estou indo bem – Acha que essa seria uma boa história para contar á Mavis enquanto você dorme?

    –Acho que sim. Eu falo muito durante o sono, sabe. – o Mestre responde.

    Esse plano chegaria aos ouvidos de Mavis, o Mestre vai se encarregar disso. Mas pelo que eu pude perceber, ele é bem parecido com o que Mavis bolou “enquanto dormia”, e “acidentalmente” contou ao Mestre.

    –Coloque o capuz minha filha. – ele me aconselha – A partir de agora você é uma maga comum, com um magnifico acompanhante que a ajudou a chegar à guilda.

    –Mestre. – eu o chamo – Qual é o nome desse mago que mudou a Fairy Tail?

    – Hirako. – ele responde – Kotaro Hirako.

    ~₢~

    A cidade de Gurē fazia jus ao seu nome, era totalmente cinzenta, uma neblina densa cobria o céu nos impedindo de ver a Lua.

    As casas eram modestas, mas conforme nós adentrávamos na cidade sua quantidade foi diminuindo, havia poucas árvores, e essas poucas que havia estavam secas, quase mortas.

    Que cidade encantadora. Agora eu entendo o porquê da Fairy Tail não ter vindo pessoalmente vigiar as coisas, o ego deles era grande demais para botar os pés nessa cidade.

    –Essa cidade tem uma grande história. – o mestre sussurra – Assim como a guilda.

    Histórias que eu vou pesquisar, desenterrarei cada história, iria saber de cada detalhe, a vantagem nem sempre é de quem conhece melhor o território, mas sim de quem conhece a verdade.

    Paramos em frente á um portão, ele era todo de ferro negro, e nele estava entalhado o desenho de uma Lua crescente, sentada nessa Lua estava a sinueta de uma garotinha com as mãos erguidas para o céu, e delas saiam pequenas estrelas que se dispersavam.

    –Chegamos. – o Mestre diz. – Não subestime a Mestra da guilda, ela pode ser terrivelmente perspicaz. E agora você sabe o que fazer.

    Makarov colocou a mão sobre o portão e ele se abriu, entramos rapidamente, e só de dentro pude ver como esse lugar era incrível, o pátio era enorme, no seu centro estava uma fonte prateada, mas não estava funcionando, por toda a extensão do território uma grande do mesmo ferro negro circundava a guilda. Mas o mais impressionante era o prédio da guilda, era lindo, ele tinha três andares, mas não parecia ser feito com um matéria comum parecia ter sido construído com algum tipo de pedra branca e preta, estava desbotado agora, mas antigamente aquele lugar devia brilhar.

    Mas não era apenas isso que me intrigava, aquele lugar era magico, uma magia antiga e poderosa ocorreu nesse lugar.

    Caminhamos silenciosamente pelo estreito caminho de pedras, parando em frente á grande porta da guilda. O Mestre me lança um último olhar, aceno positivamente o encorajando.

    Agora é a hora.

    O mestre ergue a mão para a porta, mas antes que ele possa toca-la, ela se abre.

    Do outro lado da porta estava uma garota, ela tinha longos cabelos negros e cacheados, sua pele era branca quase translúcida, seus olhos eram azul escuro, como a noite, e tinham pequenos pontos luminosos, suas roupas eram pretas e largas. Ela não parecia surpresa em ver o Mestre, mas quando seus olhos pousaram em mim, assumiram um tom curioso.

    –Como vai Kin? – o Mestre pergunta.

    –Makarov.- ela diz, sua voz era suave e baixa, como uma nuvem antes de uma tempestade – Vou bem, e o senhor?

    –Estou bem melhor. A Mestra Yoko está?

    Ela abriu mais a porta, e acenou para que nós entrássemos, o salão da guilda era enorme, o chão era todo negro e as paredes brancas, mesas estavam distribuídas pelos dois lados, e havia um grande balcão perto da escada que levava para o andar seguinte. Esse lugar era enorme. Mas estava vazio.

    –Ela está em sua sala. – a garota responde – Acredito que o senhor possa subir. Ela está ciente da sua chegada.

    –Acredito que sim. – o Mestre diz rindo. –Embora não ache que ela saiba da minha surpresa.

    Senti os olhos dos dois sobre mim, mas eu não estava prestando a atenção, só havia quatro pessoas na guilda, eu o Mestre e a garota que estávamos no salão, e outra pessoa (que deve ser a Mestre) que estava no andar de cima, mas eu sentia algo mais uma presença. Varro o salão com os olhos, não havia nada á vista.

    Algo me chamou á atenção em um canto da guilda, aquele lugar era totalmente coberto pelas sombras, e havia uma presença ali, algo diferente e sufocante, como um Dragão, aquele canto cheirava a tempestade, era como se uma tempestade de relâmpagos fosse varrer todos nós.

    –Ah me desculpe. – diz Kin – Há alguém que quer falar com o senhor.

    –Você demorou Velhote. – uma voz diz nas sombras.

    Arregalo os olhos, essa voz.... Não pode ser!!

    Laxus estava lá. Ele está realmente aqui!

    Ele dá alguns passos á frente, saindo das sombras, ele tinha mudado estava mais alto, mais musculoso, que a Mira me perdoe, mas ele estava muito mais bonito (:3). Seu poder magico era incrível, assim como sua aura.

    –Laxus. – o Mestre diz nervoso – Como você sabia que eu vinha para cá?

    –Eu senti o seu poder se aproximando. O seu poder e algo a mais. – Laxus responde me encarando.

    –Hum, bem. Eu vou dar uma palavrinha com a Mestra Yoko, eu já desço para falar com você. – o Mestre diz. – Kin.

    –Eu te acompanho senhor. – ela diz

    –Não precisa se incomodar Kin.

    O Mestre sobe as escadas, desaparecendo de vista, me deixando sozinha com a garota fantasma e o loiro elétrico me encarando, em pé, toda molhada e com uma mala na mão. Isso poderia não poderia ficar pior!

    MAS É CLARO QUE PODERIA! Laxus suspira e se senta em uma mesa, faz aquela cara de “Isso não vale o meu tempo.”, e então ele arqueia as sobrancelhas, PARA MIM! Só ai que eu percebo que eu estava o encarando desde que ele apareceu.

    Ficar plantada no meio da guilda não ia adiantar nada, vou até a mesa mais próxima e me sento lá sozinha. Ficar parada me deixava impaciente, eu preferia estar correndo com os Lobos.

    Será que Laxus desconfiava de algo? Eu sentia seu olhar nas minhas costas, e assim eu não consigo me acalmar. Respiro fundo e fecho os olhos. E me concentro em algo que precisa de atenção: Caso eu não consiga entrar na guilda, o que eu faço?

    Isso é algo que não sai da minha cabeça, mas não adianta, não consigo pensar não com o Homem elétrico me encarando.

    Fico encarando a parede até que ouço passos na escada. Era o Mestre. Finalmente, isso foi demorado. Ele estava suando, as coisas não devem estar boas.

    –Minha filha. – ele me diz – A Mestra está te esperando. Kin você pode guia-la?

    –É claro senhor.

    Me levanto rapidamente a seguindo, dou um joinha para o Mestre quando passo por ele, não quero que ele fique preocupado. Subimos rapidamente as escadas, Kin me guia através de um grande corredor, e para em frente a uma grande porta de Mogno, e sem dizer uma palavra a abre, e sem olhar para trás eu entro.

    O cômodo estava escuro e depois que a porta se fechou se tornou silencioso, não parecia ter ninguém ali, mas eu sentia uma grande pressão ali dentro. Abaixo o capuz, acredito que ele não vai ser necessário nessa sala.

    –Eu fiquei me perguntado qual seria o motivo para Makarov vir até aqui há essa hora. – diz uma voz – Mas eu sabia que não era coisa boa. Só não imaginava que era isso.

    O som de duas palmas corta o ar, e as luzes se acendem, com as mãos apoiadas em uma escrivaninha, estava uma mulher, ela aparentava ter uns quarenta anos e era exatamente igual á Kin.

    –Você deve ter conhecido a minha neta Kin. – ela diz. – Eu sou Yoko, a Mestra da Alliance Moon.

    –Eu sou L.....

    –Lucy Heartfilia. Eu sei Makarov me contou tudo. – ela me interrompe – A maga estelar que virou Dragon Slayer, meio difícil de acreditar.

    Fico calada, é claro que ela iria duvidar, se anos atrás alguém chegasse para mim e falasse: Ah olá, depois que os meus amigos endoidaram eu fugi, encontrei o mundo dos Dragões, descobri que eles tem uma família real, tirei uma espada mágica e me tornei uma Dragon Slayer, posso entrar na sua guilda? Eu com certeza teria minhas dúvidas.

    –De fato é. – eu simplesmente digo.

    –Sente-se. – Yoko diz acenando para uma cadeira na escrivaninha.

    Faço o que ela diz, me sento na sua frente e a encaro, a semelhança entre as duas era incrível, me pergunto se a mãe de Kin também era assim.

    –Então vamos direto ao assunto, não tem medo que a Fairy Tail venha atrás de você?

    –Não.

    –E se eles vierem?

    –Eu mando eles de volta para Magnólia.- e acrescento - Embora eu saiba que eles não vão fazer isso.

    – E por que acha isso? Eles vão saber pelo seu nome.

    –Eles conhecem a Lucy, mas não conhecem uma Aurora que tenha saído de lá.

    –Aurora vai ser seu nome? Você vai mentir seu nome e ficar longe das suas amigas para que eles não suspeitem?

    –Não vou mentir, meu nome é Lucy Alethea Aurora Heartfilia, e acredito que ficar longe das garotas por um tempo não vai trazer nenhum dano para ninguém.

    –Agora chegamos à parte importante, pretende trazer os conflitos de outra guilda para cá?

    –Não. Eu não quero saber da Fairy Tail, nem nada relacionado a seus membros.

    –Isso é bom. Então vamos ao teste. – ela diz colocando uma caixa na minha frente. –Abra.

    A caixa tinha um tamanho médio, era toda vermelha e tinha pequenas inscrições em dourado, não havia cadeado tinha que ser aberta com magia, pego a caixa e coloco a mão em sua tampa. Respiro fundo e devolvo a caixa á mesa.

    –Acho que isso não seria bom.

    –É uma pena. – a Mestra diz com um alivio escondido – Mas só entra na guilda quem consegue abrir a caixa. Foi bom conhece-la, tchau.

    Continuo parada onde estou o que intriga a mestra Yoko. Eu queria entrar nessa guilda, e eu vou entrar.

    –Eu não disse que não conseguia abri-la, só que não seria bom. – eu digo. –Eu já abri uma dessas, e não foi muito.... bom.

    –Abriu, é? – Yoko pergunta com escárnio. – Como você já abriu uma caixa dessas, se está é a única caixa que sobrou nesse mundo?

    –Nesse mundo. Um dos Dragões que me treinaram gostava dessas coisas, ele me fez abrir uma caixa roxa. – eu digo.

    –Ah sim, eu quase me esqueci. O mundo dos Dragões.

    –Tenebra. – eu a corrijo.

    –Isso. E o que aconteceu quando você abriu a caixa?

    –Nós voamos.

    –Vocês voaram, que bonitinho, por que você não me leva para um passeio no céu Aurora-chan?

    –Em voar eu quis dizer que eu explodi a oficina, nós literalmente voamos, junto com os destroços da casa.

    Essa afirmação à fez considerar o risco de abrir a caixa, e logo tratou de guarda-la.

    –Já que eu não posso conferir quais são as suas habilidades com a caixa Sakkaku (*Ilusão), vou precisar de uma pequena prova. – Yoko diz séria – Me desculpe por dizer essas palavras Aurora, mas é preciso, eu não quero que a guerra de outra guilda acabe com a minha, mas e se você for uma espiã das Fadas tentando entrar na guilda para fazer algo?

    –Eu iria compreender a sua suspeita. – eu digo tirando a prova do meu cinto – E diria que é impossível.

    Nessa última frase eu coloco minhas chaves na sua frente, uma pessoa pode até me copiar, inventar uma história, mas não poderia falsificar as chaves.

    –Eu posso? – ela pergunta.

    Aceno a encorajando, ela pega as chaves douradas e pratas analisando-as minuciosamente.

    –Nunca tinha visto uma chave dourada pessoalmente. – a Mestra diz as devolvendo – Nunca pensei que veria dez delas juntas. Então maga estelar o que mais você tem para mim?

    Tiro a capa e pego a espada ainda na bainha e a coloco na mesa.

    –É essa a espada?

    –Sim, é Aragon.

    –Pode desembainha-la?

    Tiro Aragon da bainha e a exibo a mestra de observa minuciosamente cada detalhe, até como a luz refletia na lâmina.

    –É realmente uma espada diferente. – ela observa – Posso pega-la por um instante?

    –Sinceramente?

    –Por favor.

    –Não pode!

    –Instinto de possessão Dragonês. – Yoko solta com um risinho – Seu amigo de ferro vive demonstrando isso na guilda.

    –Gajeel. – eu a corrijo.

    –Sim...Gajeel. E então tem algo mais para me mostrar?

    Para falar a verdade eu não pretendia mostrar mais nada, mas pelo que percebi ela era mesmo boa, perceberia se eu escondesse algo, omitir não era uma opção.

    –Na verdade eu tenho. – eu digo começando a tirar a blusa.

    –O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

    –Te mostrando algo.

    –Não precisa me mostrar isso! – ela exclama corando - Se arrume e SAIA.

    Fazer a Mestra corar não era a minha intenção, eu não vou sair assim.

    –Você não confia em mim. – eu digo o obvio.

    –Eu confio nos meus olhos e nesse instante eles estão vendo alguém que estava tirando a roupa na minha frente! É claro que eu não confio.

    Então era isso, se ela tem a mente poluída não era culpa minha!

    –O caso é: você não quer confiar em mim.

    –É obvio que não, eu conheço esses olhos, olhos que não podem esquecer o passado, olhos com sede de vingança! Você vai trazer os brutamontes até aqui!

    Algo aconteceu no passado dessa mulher, algo que ela não pode esquecer nunca! Mas só porque ela acha que eu sou uma louca, não quer dizer que eu vá trazer as Fadas para cá! Pelo menos por enquanto não era conveniente.

    –O problema não sou eu, É VOCÊ! Só por que você foi incapaz de esquecer a vingança não quer dizer que os outros não possam.

    –Você não sabe de nada.

    –Tem razão, eu não sei! Mas sei o que está acontecendo aqui. Eu não peço que você acredite em mim agora, só quero que você confie em mim como eu estou confiando em você. Confie em mim e eu te faço acreditar.

    Yoko prendeu a respiração, estava na cara que ela já passou por uma situação dessas, ou por algo muito parecido.

    –Tudo bem me convença.

    Eu sorri, agora sim começamos a nos entender.

    ~Laxus PVO~

    (Autora trol u.u), (Laletes GRITEMMMMMM)

    –Aonde encontrou essa velhote?

    Estranha. Foi isso que eu pensei quando vi essa garota pela primeira vez, e não era só pela capa. O cheiro dela era familiar, mas ao mesmo tempo não era, era difícil de dizer, sem falar que eu sou muito bom em me esconder (Autora-sama: anos e anos correndo e se escondendo de fãs doidas renderam essa habilidade.), e ela percebeu rapidamente a minha localização, sem contar que ela estava me comendo com os olhos, fazer o que? Eu tenho esse efeito sobre as mulheres.

    Eu estava dormindo, quando senti que o poder mágico do velhote estava se aproximando, mas não era só isso, algo mais vinha junto, algo mais poderoso e perigoso, eu nunca tinha sentido algo assim, e de repente havia sumido, mas o velhote com certeza saberia o que aconteceu, então eu vim para a guilda espera-lo, e ele chegou com ela.

    –Por ai. – ele simplesmente disse.

    Que velhote irritante, por que ele não dizia logo?

    –Por ai quer dizer na Magnólia? Vocês vieram pela trilha que vem de lá!

    –Se você sabia então por que perguntou?

    Esse velhote ainda vai me tirar do sério. Mas se ela veio da Magnólia como ele espera que a Mestra a admita da guilda? Ela pode até não admitir, mas ela também não gosta das Fadas.

    –Ela tentou entrar na Fairy Tail? Não conseguiu e você a trouxe para cá? Ou você não a deixou fazer o teste porque sabia que ela não ia passar? Eles são uns idiotas desumanos.

    –Não repita isso! Neto cabeçudo. – o velho responde carrancudo.

    – Você sabe que ela vai descobrir, e Yoko não aceita ninguém que já fez o “teste”.

    –Ela não tentou entrar na Fairy Tail, está bem?! – ele finalmente desembucha – Eu a encontrei na Magnólia, e como estava vindo para cá eu a acompanhei! Não se deve deixar uma dama andar sozinha de noite na floresta.

    –Principalmente quando o maior risco é você velhote. – eu sussurro.

    –O QUE? – ele grita – Neto ingrato! Mas que seja, apenas não fale perto dela isso sobre ela entrar para a Fairy Tail, se não você pode acabar sem os dentes.

    –Você vai me bater velhote? – eu pergunto em desafio.

    –Não, ela vai.

    –Então quer dizer que ela tem capacidade de me bater. Conte-me mais.

    O velhote abriu a boca para responder, mas foi interrompido pelo som de passos nas escadas, a garota sinistra está descendo.

    –E então minha filha? – o Mestre pergunta rapidamente.

    Velhote apressado, a garota nem terminou de descer as escadas.

    –Bem... – começa a sinistra.

    –Ela conseguiu a marca, se é isso que está perguntando Makarov. – diz uma voz no segundo andar.

    E no instante seguinte a mestra Yoko estava sentada no bar, outra mulher sinistra, até hoje ninguém sabe quais são seus verdadeiros poderes, sem falar que a tal de Kin é idêntica a ela, eu nunca vi a mãe da garota e ninguém nunca fala sobre isso nunca, fico imaginando se ela também tinha essa aparência.

    –Isso é bom. – o Velhote diz – Mas o que te fez mudar de ideia?

    –Ela me mostrou as escamas. – responde Yoko.

    Escamas? Essa era minha chance.

    –Por que você não mostra as suas escamas para nós também, novata-san? – eu pergunto com a voz mais inocente que eu tenho.

    Ela virou a cabeça e esfregou as duas mãos, ficou constrangida. O velhote bate as mãos na mesa e esbraveja:

    –Não fale essas coisas para uma dama.

    Esse velho! Ele era o mais pervertido aqui! E lá foi ele para perto dela, ele pensa que me engana? Eu sei que ele está olhando para os peitos dela. Vou até o bar e pego o copo de whisky que Kin me entregou, tomo tudo em um gole e vou até eles.

    –Você tem cheiro de sakuras. – eu digo cheirando o pescoço dela.

    Ela dá um pulo quando percebe que estou atrás dela, ela ainda estava de capuz então por que tanto stress?

    –Não faça isso com a minha nova membra Pirralho elétrico. – diz Yoko. – Aurora não é como as outras.

    Aurora? Então esse é o nome, mas...

    –Outras – eu pergunto. – Que outras?

    –As outras membras da guilda. – ela afirma – Você tem esse jeito irritante, arrogante e convencido, fica o tempo todo com essa cara de “Se mexer comigo vai virar torrada” (me torre O/), e sem falar na sua mania de exibir os seus músculos! Por que você não pode colocar o seu casaco? Você o deixa sobre os ombros, cruza os braços, estufa o peito e fecha os olhos e depois você sai com essa mesma cara de “don’t touch me”, sabe como é irritante ficar ouvindo suspiros e comentários de “O Laxus-sama é tão perfeito”, “Por que ele não entra na guilda logo?”.

    –Você está dizendo que eu seduzo as suas membras? – Eu pergunto atônito.

    –É claro que eu estou! E não só as garotas, os garotos também!!!

    Engasgo com essa afirmação, eu não tenho culpa se sou gostoso, mas homens? Se eu souber quem é o Galo que fica me secando, bem é melhor correr. Mas eles não eram os únicos.

    Ouço o risinho abafado da garota sinistra, ou Aurora, na verdade tanto faz. Esse riso me era familiar. O Velhote e essa garota estavam escondendo algo.

    E eu vou definitivamente descobrir.

    ~Lucy/Aurora PVO~

    Mostrar as minhas costas para a Mestra foi algo estranho, mas devo dizer que ela ficou realmente fascinada quando viu o Dragão e o fato de eu ter escamas ajudou a conseguir a marca da guilda.

    –Você não precisa escolher a cor da marca. – a Mestra diz – A marca é mágica. Ela vai se incorporar a sua magia e assim irá aparecer a cor ideal.

    E agora eu estava com a marca na parte esquerda da barriga (perto da cintura), e estou me sentindo muito bem, embora o Laxus tenha pedido para ver as minhas escamas. A Mira que se cuide, pois parece que Laxus tem muitas admiradoras e admiradores.

    –Eu já combinei com a Aurora-chan, ela vai ficar essa noite na minha casa e amanhã ela vai procurar uma casa. – a Mestra diz ao Mestre.

    –Isso é bom. Diz Makarov – Bem nesse caso nós já vamos. Até mais Kin, Yoko, e se cuide Aurora.

    Então era isso, eu estava novamente me despedindo dele, mas dessa vez era eu que o veria sair por aquela porta sem saber quando o veria novamente.

    –Mestre. – eu falo o fazendo parar.

    –Então ela fala. – murmura Laxus.

    Mas eu não ligo, vou até o Mestre e digo:

    –Se você quiser... hum... se você precisar de algo me chame.

    Não era bem isso que eu queria dizer, mas era isso que tinha para hoje.

    –Esquece, ele não vai fazer isso. – diz Laxus – Ele é teimoso igual a uma rocha! Nem se a vida dele estiver por um fio ele chama alguém.

    –Calado neto ingrato. – o Mestre o repreende – Aurora-chan está preocupada comigo. Ela quer me ajudar caso eu precise.

    –Uma das minhas mãos ainda está intacta, então...

    –Sim, é claro. – o Mestre me interrompe e pega a minha mão (a que não está machucada) – Agora sua mão está ocupada.

    Ele sorri, larga a minha mão e caminha até a porta, ele estava indo, olho para a mão fechada em punho, sim ela nunca estaria vazia.

    –Aurora. – o Mestre chama – Fique longe das árvores.

    E então ele se foi, assim como Laxus. Sorrio com o comentário. Fique tranquilo Mestre não vou pulverizar as árvores, e sim outra coisa. Abro a mão e lá estava o presente do Mestre.

    Um pingente de Fada.

    Velhote eu entendi tudo.

    Suas mãos nunca mais estarão vazias.

    Que a caça as Fadas comece.


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