Aragon

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 13

    A Descoberta

    Álcool, Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Aqui está o novo cap, espero que gostem.

    ~Na Fairy Tail~

    - Hey Gajeel! – grita à recém-chegada Lissana – Você sabe se a Lucy foi à missão com a Mira – nee?

    O Dragon Slayer do Ferro franzi o cenho, ele não tinha nada contra a albina menor, mas o comportamento da guilda em relação a ela se tornou obsessiva, e o modo que eles trataram à loira, isso ele não podia perdoar. No entanto a garota não havia feito nada, pelo contrário, ela parecia ser a pessoa que mais estava sendo usada daquele lugar.

    -Eu não sei. Saí em missão com o Lily antes de tudo. – Gajeel responde – Mas eu não acho que a Bunny Girl foi junto com elas.

    -Por que acha isso? – ela pergunta a voz saindo em um sussurro.

    - Lissana. – Grita Elfman se aproximando. – Vamos a uma missão de homem?

    -Depois Elf-nee-chan. Quando a Mira-nee voltar.

    -Então vamos ali conversar com a Cana. – ele insiste, pegando no pulso da irmã e a puxando para longe do Dragon Slayer.

    -Chotto Elf-nee-chan, eu estou falando com o Gajeel. – ela diz, tentando se soltar. – É sério. Por favor, me deixe ir.

    O filho de Metalicana sabia bem o que estavam tentando fazer, afasta-la de qualquer um que soubesse da loira, e ele não estava disposto a deixa-los vencer.

    No instante seguinte ele estava segurando o outro pulso da albina, os fazendo parar.

    -Não sei se você escutou, mas a garota estava falando comigo. – ele diz – E nós gostaríamos de terminar a conversa.

    - O que? – o albino pergunta com a voz sombria.

    -Eu disse que nós estávamos conversando. – repete Gajeel – E que nós gostaríamos de terminar o que começamos.

    O ar estava pesado, a tensão estava presente entre os dois. Lissana sabia aonde isso iria acabar, então tenta interferir:

    -Tudo bem mina, vamos nos acalmar e...

    -Não vou me acalmar! – exclama Elfman entredentes – Não enquanto ele estiver me dizendo o que devo fazer com a minha família.

    -Não estou dizendo como você deve agir – diz Gajeel – E sim como a garota quer agir.

    -E quem é você para dizer o que ela quer ou não? –Pergunta Elfman em tom de zombaria

    -Alguém que se importa mais do que você. - Responde Gajeel seco.

    O comentário do Dragon Slayer atingiu o albino como uma bomba, pois o mesmo cerrou o punho livre e falou entredentes:

    -Como é que é? Como você ousa? Solte a minha irmã agora ou.....

    Como não houve reação por parte de Gajeel, Elfman puxa Lissana pelo pulso, o que gerou uma reação involuntária por parte do outro mago que puxou a garota para trás, fazendo com que seu pulso escorregasse da mão do albino e um desequilíbrio que resultou em uma albina indo de encontro ao chão.

    -Lissana! – chama o albino.

    -Hey tudo bem? – pergunta Gajeel, estendendo a mão para ajudar a albina menor.

    Pressentindo uma reação, Gajeel vira rapidamente a tempo de pegar o punho do albino que esteja a ponto de atingi-lo, automaticamente seu outro punho se transforma em um pilar de ferro.

    -Não! – grita Lissana quando o ataque estava prestes a atingir seu irmão

    O Dragon Slayer para o ataque, suspirando ele deixa seu punho cair de lado e afrouxa o aperto do punho do outro. Gajeel havia entendido o desespero na voz da albina, ala não queria que ninguém se machucasse por causa dela. Por isso não iria quebrar a cara desse inútil, se fosse em outro caso ele já estaria esfregando a cabeça desse albino no próprio sangue, afinal ele até podia ser forte, mas não tanto quanto o ex Phantom Lord.

    Mas o desejo da albina não foi compreendido pelo irmão, pois não ligou, na verdade nem se quer ouviu a irmã, quando ativou seu Take Over e atingiu Gajeel que acabará que baixar sua guarda, o fazendo voar até atingir o balcão.

    Um grito saiu dos lábios da albina, e o resto da guilda foi acudi-la, mas só acabaram piorando a situação, deixando a garota mais nervosa por meio das frases que falavam como, por exemplo: “Ele mereceu.”, “Deixe Elfman cuidar disso.”.

    No balcão Elfman já estava sobre Gajeel com uma expressão assassina, e voltando a atingir o mago, dessa vez no rosto.

    -Isso é o que você ganha por falar o que não deve. – sibila Elfman

    -O que está acontecendo aqui? – grita uma voz no segundo andar.

    A guilda toda ficou silenciosa e todos olharam para a figura acima, que por acaso não estava com uma cara muito amigável. Uma figura que quase não dava as caras fazia três meses. O mestre havia chegado e exigia uma explicação.

    -Mestre. – murmurou Elfman, vendo uma oportunidade – Ele machucou Lissana.

    Makarov franzi o cenho, ele não acreditava que o Dragon Slayer havia feito mal e albina, pelo menos não propositalmente, mas quando não houve protesto por parte da albina, o mestre desanimado suspirou e disse:

    -Não toleramos quem faz mal aos seus nakamas!

    O comentário faz com que um sorrisinho vitorioso brotasse no rosto do albino, o que não foi visto pelo mestre, pois este acabará de virar de costas, e caminhava novamente para a sala dele. Tudo teria dado certo se Lissana não tivesse interferido.

    -Foi tudo culpa minha!

    Imediatamente a guilda começa a protestar, mas já era tarde demais o mestre já tinha ouvido.

    -Não! Nada disso aconteceu! Ele não me atacou. – ela prosseguiu – Foi um mal entendido, nós estávamos conversando - ela pausou tomando fôlego- e foi tudo culpa minha mestre, por favor...

    O mestre havia parado a meio passo, agora ele havia entendido, eles não queriam que Lissana soubesse sobre Lucy, então ela fora falar com Gajeel sobre a loira, e então eles armaram uma confusão para impedir que a informação chegue, e para que a culpa de tudo caia sobre Gajeel.

    -Se você acha que foi sua culpa... – começa o mestre.

    -Não foi... – interrompe Elfman, se calando quando recebe um olhar mortal do ancião.

    -Se você acha que foi sua culpa. – recomeça Makarov – Então não vai se importar de ajuda-lo com os ferimentos, vai?

    -Sim não me importaria. – respondeu a albina ficando no lugar.

    Alguns segundos se passam até que a albina perceba que aquilo fora uma pergunta, e um mestre com as sobrancelhas franzidas a faz entender:

    -Então o ajude.

    A garota vai em direção ao mago, mas Elfman se põem na frente.

    -Não lissana.

    -Eu vou Elf-nee-chan.

    -Não! Você não vai. Eu não...

    Um estrondo fez toda a guilda tremer. Todos voltaram a atenção para cima, o mestre havia acabado de socar uma parede com seu punho gigante.

    -Já chega dessa palhaçada Elfman. – ele ruge – Lissana já é bem grandinha para decidir o que fazer, assim como Mirajane, ela é uma maga e acima de tudo uma maga da Fairy Tail. Ela não é um bebê que não sabe o que é melhor para si, nenhum de vocês é. – ele encolhe o braço. – Agora a deixem em paz e voltem a fazer o que estavam fazendo.

    Ele se senta no balcão cruzando os braços a sua frente, todos estavam com os olhos arregalados, o mestre nunca havia falado com eles daquele jeito, ele nunca pareceu tão bravo. Mas quando percebeu que ninguém havia se movido ficou mais bravo ainda e berrou: - AGORA!

    Automaticamente todos voltaram ás suas mesas e foram cuidar de suas vidas (sqn, eles não são tão legais assim, mas tem medo do mestre), Elfman relutantemente sai do caminho e senta-se à mesa mais próxima, a albina corre na direção de Gajeel que já havia se levantado novamente.

    -Você está bem? – ela pergunta receosa. – Me desculpe.

    -Não foi culpa sua. – ele diz se sentando um banquinho do balcão – E sim eu estou bem.

    A garota seguiu o exemplo, puxou um banquinho e se sentou ao lado do mago, se virando para que ficassem cara a cara, ela se inclina na direção do mago, e limpa com um guardanapo um pequeno corte que ele tinha na bochecha.

    Ele segura o pulso dela, o pulso que ele havia segurado minutos atrás, o local estava um pouco roxo, ele suspira e diz:

    -Me desculpe por isso.

    Lissana sorri e diz:

    -Não foi nada. Mas você se machucou e foi minha culpa e eu quero que me desculpe de coração.

    Um baque assustou os dois, Lissana vira o rosto para ver de onde veio o barulho, a fonte foi Elfman, ele estava com os punhos cerrados e acabará de quebrar uma parte da mesa com eles.

    Lissana enrubesceu quando percebeu o porquê dele estar com raiva, ela havia se aproximado de Gajeel e ele ainda estava segurando sua mão, qualquer um que visse pensaria que era outra coisa, ela retira a mão da dele e se afasta um pouco.

    Gajeel havia entendido sem nem olhar, eles pareciam um casal, é claro que ele não tinha interesses românticos na albina, ela veio se aproximando sem segundas intenções, até o idiota do irmão dela não devia ser tão estupido á ponto de pensar que ele estava se aproveitando.

    -Então o que você sabe? – ela pergunta sussurrando.

    -Sei o que?

    -Sobre Lucy. – ela responde.

    -Lucy? – fala Gajeel um pouco alto demais.

    -Psiu. – Lissana o repreende – É sobre ela.

    -Não muita coisa na verdade. – ele suspira.

    Gajeel percebeu a movimentação quando disse o nome da loira, eles não queriam que a garota soubesse de Lucy, e para se esquivar deu essa resposta. A albina decepcionada murmurou algo e ia se levantando quando Gajeel a impediu discretamente.

    -Eu não sei muita coisa, mas a Bunny-girl não foi com a sua irmã.

    -Por que acha isso? – ela pergunta.

    -Eu saí um pouco antes da sua irmã, eu e Lily íamos para uma missão, eu vi quando todos entraram na sala do mestre. Era para termos saído naquela hora, mas Lily perdeu o Kiwi e eu tive que ajudar a procura-lo, enfim eu vi quando a Bunny-girl saiu e pegou um monte de missões, e depois saiu da guilda sozinha, por isso eu sei que ela não foi com sua irmã, e sim em missões sozinha.

    -E por que ela iria sozinha? – pergunta Lissana receosa.

    -Essa é a pergunta que eu me faço todo o dia.

    Eram tantas as perguntas, e havia tão poucas respostas, que levavam a uma única direção.

    Naquele instante Lissana pensava no que havia acontecido com a loira, e se perguntava o que havia de errado com a guilda;

    O mestre se perguntava por quanto tempo aquilo iria continuar;

    A guilda se perguntava por quanto tempo mestre iria agir daquela forma;

    Elfman se perguntava o que o Dragon Slayer do Fogo iria fazer quando soubesse sobre tudo;

    Gajeel se perguntava se toda aquela idiotice era reciproca e se ele iria se contaminar com ela;

    A autora-sama está se perguntando se vocês sentiram falta dela;

    E Lily ainda está procurando o seu Kiwi.

    ~Um mês Depois~

    A guilda estava barulhenta como sempre, o time mais forte estava disposto em uma mesa sorridente, exceto por uma albina que estava cabisbaixa. O rosado pegou na mão da albina, a fazendo olhar para ele.

    Ele abre um sorriso e promete:

    – Vai tudo voltar a ser como era antes.

    Um sorriso brota no rosto de Lissana, o único verdadeiro desde a missão de sua irmã. Era assim nos últimos tempos, Natsu era a única coisa que a impedia de desmoronar, no seu olhar terno ela encontrou refugio, e seu sorriso era a única coisa verdadeira que ela notava nos últimos tempos.

    Há duas semanas Mira havia voltado da missão, e desde então começou a agir estranho, com a irmã Mira continuava a mesma de sempre, mas havia uma certa melancolia, uma certa raiva em relação ao resto da guilda, até com Elfman. Ela quase não sorria mais, nem ria com as piadas, e havia uma ira muito forte em relação aos seus colegas de time, como se quisesse mata-los com o olhar, e ver isso dava um aperto no coração da albina menor.

    Ver sua irmã olhando desse jeito para o homem de que ela amava doía muito.

    Sim, ela o amava e tinha certeza que ele era o homem de sua vida.

    E não era apenas Mira, Levy havia desmanchado o sue time semana passada após uma discussão com Jet e Droy, e tratava com frieza todo o resto da guilda.

    Juvia não falava com ninguém exceto com o time da última missão e o fato de não estar se jogando em cima de seu Gray-sama provava que algo estava muito errado.

    Mas o pior era Wendy, ela estava agressiva, rebatia qualquer coisa que os outros diziam, e rejeitava qualquer tentativa de aproximação até de Natsu.

    E Charlie estava sendo apenas Charlie, só que um pouco mais ranzinza.

    Todos estavam aflitos, mas diziam que era apenas uma faze, que logo passaria, todos torciam para estarem certos.

    A porta se abriu e todos ficaram silenciosos quando Levy entrou na guilda, com os braços cheios de livros, ela não falou com ninguém, os olhos passearam por todos os rostos ansiosos, nunca se demorando em nenhum, até de olhou para frente seguindo em direção a uma mesa afastada de todos, perto do balcão.

    -Ohayou Mira-chan.

    -Ohayou Levy – chan. – cumprimenta a albina. –Conseguiu decifrar o pergaminho?

    -Não Mira. – suspira a azulada – A língua é incompleta, eu diria que foi esquecida. – outro suspiro. – Mas não é só isso, parece que o pergaminho está incompleto, não faz sentido.

    -Você vai conseguir. – diz Mira saindo de trás do balcão, repousando um copo na mesa da azulada. – Eu sei que vai, agora tome isso você precisa de energia.

    Os olhos da albina menor se encheram de lágrimas, ela não estava triste, só que ver a sua irmã sorrindo novamente, tão docemente era melhor para ela e ver Levy sendo Levy, traduzindo coisas, desvendando enigmas.

    Levy passava todo o tempo traduzindo algo, foi o que Jet e Droy disseram que não fazia nada além daquilo, esse foi um dos motivos que a fez desmanchar o time, mas havia algo mais, algo mais importante que a língua antiga, algo que todos sabiam menos ela.

    A única coisa que impediu ás lágrimas de rolarem, foi a mão do rosado sobre a sua, ele sempre estaria ali para ela, isso era a única certeza que Lissana tinha no momento.

    A porta da guilda se abriu novamente, e outra azulada entrou apressadamente, ela estava com pressa, mas quando seus olhos encontraram os de Gray, a mesma parou.

    Os olhos da azulada brilhavam em adoração, e quando Juvia deu um passo em direção á mesa do time mais forte Gray prendeu a respiração. Tão rapidamente quanto surgiu o brilho desapareceu de seu olhar dando lugar a outra coisa: a compreensão.

    Uma enxurrada de sentimentos passou pelo seu rosto, até que houve uma vencedora: a raiva, a azulada cerrou os punhos e foi em direção a mesa na qual estava Levy, sentando por lá, fazendo com que Gray soltasse o ar em um suspiro audível.

    -Ohayou Juvia. – cumprimenta Mira.

    -Ohayou Mira. – responde Juvia – Ohayou Levy.

    -Ohayou Juvia, como está?

    -Juvia poderia estar melhor. – ela responde olhando de relance para Gray – Mas Juvia poderia estar pior também.

    -Todas nós poderíamos. – murmura Levy.

    O silêncio encheu a mesa, Levy recomeça a escrever, e Juvia começou a brincar com água, a porta de abriu novamente e Wendy e Charlie adentraram no salão. Ambas estavam sérias, não olharam para os lados, os olhos caíram na mesa das azuladas e seguiram para lá com passos rápidos.

    -Ohayou mina. – diz Wendy.

    -Ohayou. – diz Charlie.

    -Ohayou. – cumprimentam as três em uníssimo.

    -Wendy – chan como vai? – pergunta Mira, servindo suco á Wendy e chá a Charlie.

    -Vou bem Mira-san. – responde à pequena. – Como está indo com o pergaminho Levy-san?

    -Falta muito ainda. Consegui decifrar algumas coisas graças a você Wendy. – responde a azulada sorridente.

    -Não foi nada Levy-san, eu ajudei como eu pude, afinal ele me parece familiar, o mínimo que eu posso fazer é isso. – diz Wendy – Eu não deveria me sentir tão bem, aliás, eu meio que estou usando você, afinal eu quero saber o que está escrito no pergaminho.

    -Então eu espero ser usada por você mais vezes. – a azulada diz rindo – Afinal eu consegui traduzir algumas linhas graças a sua ajuda.

    -Estou a seu dispor milady. –brinca Wendy fazendo uma pequena reverência.

    As três garotas caem na risada, deixando de lado o receio, não ligando para os olhares que vinham de todos os lados, aquelas pessoas feriram Lucy e a afastaram, isso não iria acontecer novamente, eles não iriam afasta-las, definitivamente não iriam.

    O time mais forte assistia a cena com melancolia, era para Wendy estar com eles, rindo com eles, indo a missões com eles, e não com elas. Mira era forte, e quando percebesse que era tudo pelo bem de Lissana iria apoia-los, Levy era fraca, mas era boa em decifrar enigmas e textos uma qualidade que poderia lhes ser útil. E Juvia é uma boa maga da água, mas mesmo assim é fraca, e a mania de falar na terceira pessoa era irritante, sem falar em ficar perseguindo o Gray, era patético.

    Mas Wendy é especial, tem uma magia rara e podia ser treinada para ser uma maga excepcional, mas precisava ficar do lado certo.

    Lissana alheia aos pensamentos de seus amigos, apertou a mão do rosado, lhe lançando uma piscadeira, para logo sair em direção á mesa das azuladas.

    -Olá mina. – cumprimenta a albina.

    -Olá. – respondem ás quatro, lançando olhares furtivos para todos os lados, elas não gostavam de ser o centro das atenções.

    -Wendy vamos á uma missão?

    A pergunta pega Wendy de surpresa, eles não deixariam a albina sair á uma missão solo, tinha certeza que não. E ela não iria a nenhuma missão com eles, o que estava acontecendo ali? A pequena se perguntava, ela definitivamente iria descobrir.

    -Ahn, ok. – ela responde

    A albina abre um sorriso, fazendo uma joinha com o dedo nas suas costas, mandando uma mensagem ao time: ela havia conseguido.

    -Certo Wendy-chan, você pode ir escolhendo a missão enquanto eu falo com os outros?

    -Outros? – pergunta Wendy com a sobrancelha arqueada.

    Eles haviam mandado Lissana para convencê-la a ir a uma missão.

    -Sim o nosso time.

    Bingo.

    -Desculpe Lissana, mas não estou indo a missões em grupo. – responde a pequena suspirando.

    -Por quê? – pergunta Lissana com uma expressão triste.

    -Oras por que... – começa a pequena logo sendo interrompida pelo rosado.

    -Vamos Wendy, missões com os nakamas são divertidas.

    As três garotas cerram o punho, como ele se atrevia a falar a palavra nakama na frente delas?

    -Não, obrigada. – murmura à pequena entredentes.

    -Se não gostar mais da nossa companhia diga Wendy. – diz Gray.

    As garotas olharam incrédulas para o mago do gelo, ele jogava baixo, queria que a albina começasse perguntar, de modo que a garota não pudesse dizer não a eles.

    -Wendy você...? – começa a albina com uma expressão de dor.

    -Eu não... – começa a sacerdotisa com os olhos arregalados.

    -O que Wendy quer dizer. – interrompe Charlie. – É que ela não está indo em missões em grupo, pois quer ficar mais forte, missões solo são ótimas para ver até onde você é capaz. Por isso ela não vai com vocês.

    A garota lançou um olhar de agradecimento para Charlie, e esta apenas deu mais um golinho um seu chá indiferente.

    -Se queria ficar mais forte Wendy, nós poderíamos te treinar. – diz a recém-chegada Erza. – De outro modo você faz parte do nosso time, e você não quer deixar o time na mão quer Wendy?

    Era uma boa jogada da Titânia, ela sabia que Wendy estava sendo orgulhosa e atacar seu orgulho era uma ótima jogada, se ela fosse a missão eles poderiam fazer o resto com o tempo.

    -Sim, tem razão. – diz a pequena baixando a cabeça.

    Gray e Natsu lançam olhares divertidos para Erza, bom modo de convencê-la.

    -Então você vai conosco? – pergunta a animada Lissana.

    -Não! – responde a garota, bebericando seu suco.

    -Não!?

    -É um fato que eu não quero deixar ninguém na mão, então eu estou siando do time.

    -Saindo do time? – perguntam os quatro assustados.

    -É.

    -Você não pode sair do time! – diz Erza.

    -Sim eu posso, tanto que saí!

    -E com quem você vai as missões! Eu não vou te deixar ir sozinha é perigoso. – diz Natsu.

    -Hum. – diz a garota pensativa. – Juvia, Levy querem fazer um time?

    Silêncio total.

    -Hum, Juvia aceita. – diz a garota confusa.

    -Eu também! – exclama Levy.

    -Ótimo resolvido. – diz Wendy – Você pode ir conosco quando quiser Mira-san.

    - Vou aceitar a oferta. – responde a albina maior.

    -Wendy. – começa a Titânia perplexa. – Você não pode sair do nosso time assim!

    -Não posso? Querem me expulsar também? – pergunta Wendy ironicamente – Oras não façam essas caras, vocês arranjam um substituto rapidinho, vocês são bons nisso.

    A ficha caiu sobre os três, ela sabia.

    Aquela maldita loira. Pensaram os três.

    -Wendy o que quer dizer com substituto? – pergunta Natsu. – Não podemos substituir você.

    - Sério? Pensei que para vocês todos são substituíveis.

    -Wendy o que há com você? – pergunta Erza.

    -Tem certeza que não sabe Titânia? – pergunta irônica

    -O que está acontecendo? – pergunta Lissana – Sobre o que estão falando? Saber o que?

    -Nada. – diz Natsu rapidamente.

    -Eles não te contaram? – pergunta Wendy docemente.

    -Contar o que? Natsu?

    Wendy olha para o mestre que assistia a cena do segundo andar. Ele assentiu, ela podia contar, mas não faria, iria fazer com que a albina adivinhasse.

    -Olhe bem Lissana. – diz Wendy gesticulando para a guilda – O que está faltando?

    -Wendy... - adverte Erza.

    -É uma pergunta simples Erza-san. – brinca Charlie. – O que está faltando?

    Ela não fazia ideia sobre o que estava faltando, se fosse sobre a loira, esta havia ido a uma maratona de missões, foi o que lhe informaram, mas o que estava faltando?

    -O mestre. – diz a titânia.

    -O mestre está lá em cima. – diz Mira, secando os copos.

    -Um peixe? – pergunta Happy.

    -A Lucy. – sussurra Lissana.

    -O que? – perguntam todos.

    -Onde está a Lucy? – pergunta mais alto.

    -Essa é a pergunta premiada Lissa-chan. – diz Wendy.

    -Onde ela está? – pergunta novamente.

    -Ela saiu. – responde Wendy.

    -Em missão? – Lissana pergunta tremendo.

    -Não, da guilda. – responde Wendy.

    -Ela saiu da guilda. – reforça Charlie.

    -Não, não pode ser. – murmura a albina chorando.

    -Sim, é verdade. – diz Levy.

    -É minha culpa! Foi por minha culpa. – diz Lissana saindo correndo da guilda.

    -Lissana espere. – grita Natsu, pronto para correr atrás dela, mas sendo impedido por alguém.

    -Nem pense Dragneel. – diz Mira, lhe lançando um olhar assassino, logo saindo correndo atrás da irmã.

    -Como assim a Bunny-girl saiu? – pergunta Gajeel se aproximando da mesa. – Como? Por quê? Para onde?

    -NÃO FINJA QUE SE IMPORTA GAJEEL! – explode Levy começando a chorar. – VOCÊ TAMBÉM A IGNOROU!

    E saiu correndo também, deixando um Gajeel entristecido para trás.

    -Eu não a ignorei. – sussurra o Dragon Slayer do Ferro – Eu não a ignorei, não é mestre?

    O mestre olhava a cena entristecido, seus filhos, seus queridos filhos haviam feito mal a um nakama, seus filhos haviam feito isso.

    -Não ignorou meu filho. Você não o fez. – respondeu o mestre.

    E com o peso no mundo nas costas, saiu da guilda.

    Toda a guilda estava silenciosa, como assim ela havia saído? Ela era fraca, mas tinha dez das doze chaves isso poderia ser útil para eles. Todos estavam em silêncio uns por alegria, outros por pesar (três para ser exato), outros por raiva pela loira ter fugido antes de ter ganhado o que merece, a Fairy Tail ficou em silêncio até que um som explodiu na guilda.

    Palmas.

    Estavam batendo palmas.

    E quem era?

    Se você achou que foi o time Natsu;

    Você está errado.

    Foi Wendy.

    Wendy começou a bater palmas, nenhuma lágrima escorria de seus olhos, ela não estava triste, já havia ficado muito triste, chorado muito, sua expressão era de puro ódio. A cena deixou a guilda perplexa, o que estava acontecendo com ela?

    -Vocês estão de parabéns! – ela diz – Vocês realmente conseguiram.

    -Wendy o que... – começa Natsu – O que ela fez com você?

    Com ela, ele quis dizer Lucy, a pequena franziu o cenho em desaprovação.

    - Ela não fez nada comigo. – rebate Wendy – Muito pelo contrario isso que você está vendo é uma criação sua. – e completa – De todos vocês, esse demônio quem criou foram vocês.

    -Isso é ridículo. – grita Nab.

    -Ela corrompeu você assim como fez com a Levy-chan. – gritou um Droy chorando.

    -Ela é um monstro! – gritou Macao.

    A guilda se encheu de exclamações de ódio contra Lucy, Juvia e Wendy franziram o cenho, e suspiraram.

    -Monstro, a Lucy? – diz Juvia – Os únicos monstros que a Juvia vê são vocês! Atacando alguém que não pode se defender.

    -Cale-se mulher da chuva! – grita Elfman – Você não sabe de nada! É outra enganada.

    -Ela é um lixo ainda bem que foi embora!

    -Espero que não apareça no meu caminho, senão vai ver!

    -Ora, ora finalmente revelaram sua verdadeira face. – diz Wendy desgostosa. – Fico pensando no que Lissana faria se visse isso.

    -Foi pelo bem dela. – gritou Elfman.

    -Hum, será mesmo? – responde a garota com um sorriso debochado.

    O time mais forte continuava calado, eles estavam com raiva, era para a guilda ajuda a trazer Wendy para o lado deles, e não ao contrário.

    Esses estúpidos estão estragando tudo! Pensa Erza, que grita.

    -CALADOS! – todos ficam em silêncio, e então ela se vira para Wendy – Tem razão em achar o que fizemos foi errado, mas ela ia machucar Lissana, não queríamos que ninguém saísse da guilda.

    -Loki. – diz alguém.

    -O que? – pergunta a Titânia não gostando nada de ser interrompida.

    -Loki. – diz Cana – O que aconteceu com ele?

    -Ele foi com Lucy, é claro. – reponde Charlie.

    -Ela o enganou. – Cana rugiu - Deve ter feito algo para ele aceitar ir contra a sua vontade.

    -Tem razão Cana, vê Wendy ela foi capaz de fazer algo para Loki, é obvio que ela é capaz de tudo para conseguir o que quer. – diz Natsu. – Eu nunca gostei dela, eu amo Lissana, ela não aceitava isso.

    -Juvia acha que está enganada, ele foi por vontade própria.

    Cana franziu o cenho, e então sibila:

    -Claro que foi. A vadia deve ser muito boa chupando para convencer Loki. - ela sorri – Claro só isso mesmo, nem o pai gostava dela.

    Juvia olha incrédula para Cana, como ela podia ser tão baixa? E Wendy soltou uma gargalhada, fazendo com que todos olhassem abismados para ela.

    -Você está com ciúmes Cana. – diz Wendy ficando de pé – Afinal ela não é uma vadia como você. Loki foi com ela porque quis. Ele te abandonou! Não quis você! Ele já conseguiu o que quis, então para que aguentar alguém tão repulsivo, que nem o pai quer ficar perto? Naõ confunda a Lucy com você, a vadia aqui é vo....

    PLAFT.

    Quem estava passando na frente da guilda foi capaz de ouvir o barulho provocado pelo tapa na cara que Erza deu em Wendy.

    -Eu não admito isso. – diz a Titânia com lágrimas nos olhos – Você pode me xingar do que for, me bater se for preciso. – ela caiu de joelhos – Mas não fale assim com os outros, eles não tem culpa, não vire as costas para a sua família Wendy, você é como uma irmã para todos, principalmente para Natsu, não faça isso conosco, principalmente por Lucy.

    -Não fale sobre ela. - sussurra Wendy

    -Eu tenho que falar Wendy. – chora a Titânia. – Ela fez mal a Lissana, e ia fazer mais mal ainda, não se envenene por ela, por favor.

    -Mentirosa. – rebateu a garota.

    -E ela Wendy? Você já pensou que ela poderia estar mentindo? – diz a Titânia – Que tudo fosse mentira? Que ela tenha feito isso para botar vocês contra nós?

    -Ela não faria isso. – diz Wendy. – Ela não faria.

    -E que provas ela te deu sobre nós? – pergunta Erza – Nos diga quais foram às provas, o que foi de tão ruim que nós fizemos para que ela saísse? O que ela fez?

    -Ela não fez nada, ela saiu porque vocês... – começa Wendy, a voz morrendo no final da frase.

    -Ela fugiu, se não tivesse feito nada não teria nada a temer. Diga-me uma coisa, uma coisa para que eu acredite que ela é inocente, que ela não fez mal a Lissana, porque eu vi aquilo nada. – soluça a Titânia - Apenas diga algo que ela te disse provar que ela não fez mal á Lissana, por favor.

    As lágrimas começaram a escorrer dos olhos de Wendy, tomando isso como uma resposta Erza abraça a garota, chorando em seu ombro, e quando não é repudiada, diz:

    -Desculpe Wendy, mas é a verdade!

    Como não obteve resposta, ou melhor, tomando as lágrimas da garota como a resposta que faltava, Erza sorriu.

    Afinal era a Titânia, convencer uma garotinha era fácil, mesmo que com mentiras.

    Todos da guilda sorriram, aquela batalha estava ganha.


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