A Luz Das Estrelas

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    Capítulos:

    Capítulo 2

    As estrelas caídas

    Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo

    Era noite e a sacerdotisa Sayuri já havia acabado de recolher as roupas estendidas no varal atrás do templo e tinha se dirigido aos seus aposentos. Estava tarde e ela precisava dormir logo, pois teria que acordar muito cedo amanhã para cuidar do templo como sempre o fazia. Mesmo sendo muito jovem, a sacerdotisa havia assumido as responsabilidades de manter o templo Tsukihime que tinha sido passado de gerações. Este tinha sido de seu irmão mais velho que falecera à quase um mês atrás. A jovem Sayuri era viúva, seu marido estava no mesmo carro que seu irmão e cunhada no dia do acidente. Retornavam de uma viagem familiar que ela não fez por ter ficado muito indisposta. Desde então, o templo abrigava apenas ela e ama de criação.

    Após ter saído do banho e posto um kimono leve, estava penteando os longos cabelos de cor chocolate iguais aos seus olhos, quando ouviu um estouro ensurdecedor vindo do lado de fora de seu quarto. Ela correu para olhar o que havia acontecido e avistou da sacada uma pequena cratera. Intrigada, sem a mínima idéia do que poderia ter feito aquele estrago, e de quem foi a travessura, ela correu para o lado de fora. Chegando perto da pequena cratera, ela viu que era muito profunda, o empacto tinha sido grande. Se esgueirou um pouco mais perto e avistou duas coisas pequenas e muito claras se mexendo ao fundo da cratera. Ela desceu cuidadosamente para não escorregar em nenhuma pedra, e ficou atônita ao avistar dois bebês.

    - Por Kami! São duas crianças!

    Ainda em choque, Sayuri pegou as duas belas criaturas nos braços e escalou a cratera até chegar ao lado de fora do templo.

    - Como isso pode acontecer? Não entendo...

    Naquela noite, Sayuri resolveu ficar com as crianças até que o dia de amanhã chegasse pra levá-las à polícia. Acomodou os bebês em um futon ao lado de sua cama. Ela ficou à observar as duas que dormiam tranquilamente como se nada tivesse acontecido. A sacerdotisa adormeceu horas depois, e teve um sonho muito estranho.

    "- Pequeno lírio, pequeno lírio..." - Uma voz doce e suave repetia o significado de seu nome diversas vezes, mas a voz era distânte. - "Sayuri!" - Agora o seu nome se tornava mais evidente e o som estava mais perto. A sacerdotisa não sabia onde estava, era tão claro e havia tantas luzes ao seu redor, quase cegantes. "Sayuri, eu te escolhi para cuidar de minhas crias. Proteja as Princesas da Lua por mim. Já não tenho mais forças para esta tarefa, e o caos está tornando-se mais forte". - Então os pontos de luz daquele lugar foram sumindo, até restar somente um. Era dele que vinha a voz gentil. Sayuri não entendia do que ela estava falando, e sentiu sua própria voz não sair de sua garganta. Parecia que seu espírito estava ali, e não o seu corpo, e quem quer que seja a luz cálida à sua frente, queria que ela apenas escutasse, sem fazer perguntas desnecessárias. - "Sayuri, há muito tempo atrás, o seu planeta foi envolvido pelas trevas, pois o Sol e a Lua deixaram de brilhar ao entrarem em um sono profundo. Eles deixaram de brilhar pois não poderiam mais se encontrar, e o único vinculo que os unia era o planeta Terra. Quando a crueldade passou à atingir níveis fora do normal, a avareza se alastrou entre os bons de coração, enfraqueceu os poderes da Lua e do Sol. O único objetivo deles de brilharem era o amor que sentiam um pelo outro, além do amor que sentiam pelos humanos que são seus filhos queridos. Serei breve, pois não tenho muitas forças..." - A voz esitou por um momento e finalizou - "Estas duas crianças são as Princesas, as filhas de carne e osso da Deusa da Lua. Elas perderam a memória e somente se lembrarão de seu passado quando a hora certa chegar. Elas são as únicas que poderão trazer a luz da esperança para a Terra. Enquanto isso, eu, a Deusa Selene, continuarei à brilhar nos céus e o Sol também, por muitos anos terrestres, porém poucos anos vistos aos olhos imortais. Cuide delas até esta hora chegar. O nome delas são Asagi e Kayume."

    Sayuri acordou ofegante, como se tivesse passado horas presa fora de seu corpo, e talvez tenha sido mesmo. Ela deu uma leve risada, virou-se na cama e deu um pulo ao ver que as duas crianças dormiam no futon.

    - Não foi um sonho qualquer! Isso tudo aconteceu mesmo! - Levou a mão à sua testa, com um olhar desesperado. A madrugada estava quase ao fim, e a manhã chegará com uma estranha luz vindo do lado de fora do templo. Sayuri se espreguiçou enquanto abria os olhos lentamente. Ela levantou-se indo em direção à sacada, e quando abriu as portas ficou sem reação. O que via era inacreditável, uma luz forte iluminava toda a rua. Seus vizinhos começaram à sair de suas casas confusos com o que estava acontecendo. A maioria sabia o que era o dia iluminado pelo sol, mas nunca tinham visto, apenas em fotografias antigas, descrições detalhadas em livros e na televisão. Naquele momento a mente de Sayuri voltou à funcionar com a razão, o seu sonho foi real, aquelas crianças eram reais e estavam dormindo no quarto dela, então tudo era verdadeiro. O que aquela luz cálida disse era a verdade, o sol voltaria à brilhar. Ela se deu conta que a polícia não entenderia como aqueles bebês foram parar ao lado do templo em uma grande cratera, ninguém acreditaria.

    Sayuri olhou para baixo procurando a cratera e nada avistou. O chão estava como sempre, com algumas folhas do outono e nada mais. Ela voltou sua atenção para as crianças que agora estavam acordando. A sacerdotisa pegou a menina que primeiro acordou em seus braços.

    - Então seu nome será Asagi. E o seu será Kayume.

    Fez uma pausa ao olhar a outra menina que se espreguiçava lentamente, lutando contra seus olhos que não queriam abrir de tanto sono.

    - Asagi e Kayume Tsukihime, que irônico!

    Sayuri sorriu ao pensar que o seu sobrenome de solteira e nome do templo tinham um significado que ia além de seu conhecimento, era o destino.

    ***REVISADO E LIBERADO POR KIKI***


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