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12 - Atração
O tempo foi passando enquanto Bulma e Goku se habituavam mais e mais à rotina de Empolo.
Tinham se acostumado a dormir durante o dia e a viajar pelas inúmeras dimensões da programação televisiva. À noite, treinavam as habilidades especiais que os nativos os ensinavam. Goku melhorara bastante o seu teletransporte e estava aprendendo a mudar a mudar sua forma física enquanto Bulma adquiriu poder de invisibilidade (ela teve que aprender a detectar e a esconder o ki primeiro). A cientista também começou a treinar rigorosamente sua mente para deixá-la apta a ler pensamentos alheios, pois existia uma dimensão especial naquele planeta onde a mente das pessoas era isolada do restante do corpo e absorvia todos os cinco sentidos, podendo então compreender perfeitamente as outras pessoas e saber que emoções elas sentiam em determinadas situações, como debates e interrogatórios. Os habitantes nunca mentiam uns para os outros.
Na Terra...
Chichi levava, com muito custo, sua vida da forma mais natural possível após a partida do marido. O que mais a abalava não era o fato dele ter fugido em si, mas sim saber que não era a amada de Goku em todos esses anos. Doía-lhe também ele e Bulma terem usado as esferas do dragão para recuperar a juventude e poderem viver seu caso com força total, pois agora era ela, uma senhora, contra uma rival mais jovem e bonita, coisa que ela mesma reconhecia, a contragosto. Ocorreu-lhe que o excessivo cuidado com os filhos havia mesmo terminado por fazê-la deixar o marido de lado, e que raras vezes ela fora carinhosa com ele. Então se era assim, por que ele nunca cogitou traí-la com Bulma? Medo de Vegeta? Impossível, pois ele era mais forte. Respeito aos filhos? Talvez. Ou será que era por medo dela rejeitá-lo, pois sempre demonstrara gostar do príncipe sayajin, mesmo com ele sendo cheio de defeitos.
Já o marido abandonado, por sua vez, havia decidido ir atrás dos dois amantes e trazer sua esposa de volta. Apesar de Trunks e Bra sentirem falta da presença da mãe, achavam que ela ficava melhor longe do pai deles; a viram sofrer tanto do lado dele, que consideraram um milagre ela tê-lo suportado durante tanto tempo.
- Então vão ficar do lado dela e deixar a mãe de vocês viver como uma louca inconseqüente pelo espaço na companhia do verme do Kakarotto? Que tipo de filhos são vocês que não dão a mínima para o bem-estar de sua mãe?
- Do tipo que a apóia em qualquer decisão tomada por ela que a faça feliz ? Bra respondeu.
- E ela tinha que ser feliz do justamente do lado dele?!
- Você está preocupado com ela ou isso tudo é despeito? ? questionou Trunks.
- Querem saber? Não dou a mínima para a opinião de vocês dois. Eu vou buscá-la e ponto! Bulma é somente minha esposa e de mais ninguém! Ela vai voltar nem que seja à força! ? disse antes de pegar a nave de gravidade e decolar a toda velocidade.
Os dois irmãos suspiraram e desejaram em seu íntimo que tal encontro nunca acontecesse.
Em Empolo...
- Consegui!!! Finalmente consegui!!! ? comemorava Bulma toda feliz ao ver que seu treinamento finalmente rendeu frutos. Ela conseguira entrar na mente de Nitre e descobrir qual prato surpresa ela estava preparando para o dia de São Patrício, uma festividade daquele planeta, e também havia descoberto onde Zaac escondia os doces dos irmãos mais velhos.
- Maravilha! Nossa estadia aqui está sendo realmente muito rentável. Assim que você terminar seus estudos sobre a tecnologia daqui, podemos ir embora ? comunicou Goku envolvendo os braços em sua cintura e lhe deu um beijo terno.
- Tem certeza de que quer ir embora daqui? Este é um bom planeta, temos amigos e tudo.
- Eu sei, mas nossa jornada não pode ficar limitada a este lugar. O universo é imenso, ainda falta muita coisa para nós dois conhecermos.
- Bem, então me dedicarei a conhecer a tecnologia daqui e partiremos.
- Eu te amo.
- E eu estou ficando mais apaixonada por você a cada dia que passa, Son.
Eles sorriram um para o outro, mas quando iam se beijar Bulma sentiu um forte cansaço nas pernas e seguiu para tomar banho, enquanto Goku foi devastar a geladeira da casa.
Pouco tempo depois ele chegou ao quarto e a encontrou sentada imóvel na banheira.
- Tão cansada que não tem forças nem para se esfregar?
Ela apenas ergueu o olhar exausto para o sayajin.
- Bem, então deixa eu te dar uma ajudinha ? disse indo até pia e pegando o sabonete líquido. A cientista observou aquilo incrédula. Lembrou-se de que quando eles se conheceram ele não sabia sequer o que era aquilo e que fora ela quem o apresentara ao hábito. Agora, depois de tanto tempo, era interessante ver os papéis invertidos.
- Vai somente me dar banho ou vai se aproveitar também?
- Eu me aproveitar de você? Nunca que eu faria uma coisa dessas.
- É, eu sei ? disse ela lentamente se inclinando para frente ao ver que ele ia ensaboar suas costas.
O sayajin derramou a loção por seus ombros e em seguida começou a espalhar a grande porção que escorria pela extensão das costas dela, massageando os músculos rijos. A cientista soltava um gemido de dor cada vez que ele fazia isso, pois sua mão era muito dura, mas se acalmava quando sentia os músculos relaxarem.
Ele terminou com as costas e subiu pelo pescoço, depois desceu mais uma vez e começou a ensaboar os braços, mais uma vez derramando o sabonete líquido em excesso para espalhar o monte que transbordava pela extensão dos braços, massageando o cotovelo e puxando os nós dos dedos doloridos até estalarem. Gradualmente, a sensação de cansaço dela indo embora, dando lugar a um passageiro bem-estar, e depois era substituído por um formigamento em suas entranhas, que a fez corar quando ela percebeu que aquilo era prazer.
Por sua vez, o sayajin aproveitava prazerosamente a oportunidade de tocar aquela pele acetinada e macia que tanto o atraía. De olhos fechados, ele a ensaboava e esfregava cada parte do corpo dela, enquanto sentia-a relaxar e se arrepiar com o seu toque. Também percebeu o estado em que ela se encontrava, e ficou igualmente rubro quando aquilo fez certa parte do seu corpo ficar tensa...
Sentiu um repentino pânico. Um desejo incontrolável de possuí-la começou a requeimá-lo por dentro, e o engolia como se fosse um tsunami devastando uma ilha. Sua visão de repente ficou turva, as pernas bambas davam a impressão de que ele iria desmaiar.Fazia-se silêncio no banheiro. Para passar para as pernas, esperou que a excitação de ambos diminuísse e só então se virou para o outro lado para ensaboá-las. Contudo ela continuou como estava, deixando-o mais perturbado. Nunca tinha se assustado ao sentir desejo por alguém. Bulma estava sucumbindo ao desejo, e não parava de imaginar até que ponto ele iria com aquela lavagem. Goku espalhou o sabonete pela extensão de suas pernas com as mãos tremendo. Então lhe ocorreu que aquele silêncio só piorava a situação dos dois. Para se acalmar, interrompeu seu trabalho e, usando a desculpa de que uma música cairia bem para aquele banho, afastou-se dela.
Tudo que a cientista fez foi suspirar e concordar que realmente ouvir algo era uma boa idéia.
O guerreiro ligou o som que estava em cima da pia e voltou para onde ela estava. Ele sintonizou numa estação de rádio que estava realizando um especial de uma banda chamada U2, conjunto bastante popular entre os habitantes de Empolo. Jingo e Nitre, por exemplo, eram bastantes fãs deles e haviam se conhecido durante um show daquele grupo, portanto, consideravam as músicas do grupo como trilha de seu relacionamento. A música que tocava na rádio chamava-se ?Vertigo? e era bem rock n? roll, o que tranqüilizou Goku, pois ele temia escutar uma performance romântica que o fizesse ficar ainda mais atraído por ela. A cientista batucava os dedos na borda da banheira acompanhando a melodia. Então a música acabou e Goku terminou de ensaboar as pernas, indo para as coxas. O locutor disse que em alguns minutos retomariam a programação e anunciou o intervalo.
Menos excitada, Bulma começou a se sentir sonolenta com aquele banho. Bocejou e direcionou o olhar para as mãos do guerreiro.
- Você está mais habilidoso agora, hein?
Ele sorriu para ela. Ambos estavam contentes por seus corpos terem se acalmado.
- E você parece mais relaxada ? terminou ali e subiu para o ventre. As sensações perturbadoras voltaram a assolá-los, com menos força.
Enquanto ensaboava a barriga dela, Goku se perdia em pensamentos opacos, úmidos, mornos, inebriantes. Por sua vez, Bulma havia voltado a estar excitada e a umidade em suas pernas causava-lhe contrações. O sayajin deu um pulo para trás quando ela se contraiu.
- Está tudo bem, Bulma?
- Sim, não é nada. Continue.
Nesse momento a programação da rádio voltou e recomeçou a tocar U2. A canção da vez era uma balada chamada ?Electrical Storm?.
?O mar ondula como uma dor de cabeça e a noite faz doer
Dois amantes deitam sem lençol na cama
E o dia está acabando?
Os olhos de ambos se encontraram. A música havia os atraído.
Sem pensar, Goku subiu as mãos para os seios de Bulma. Começou a acariciá-los com o polegar. Ela fechou os olhos, deliciada com o toque dele, e mordeu os lábios. Morria de vontade de pedir que ele aprofundasse seu toque.
?Você está na minha mente o tempo todo
Eu sei que isso não é o bastante
Se o céu pode rachar deve haver algum jeito de voltar
Para amar e só amar?
Então, num impulso, o beijou puxando-o para si. O sayajin a envolveu com um dos braços enquanto descia a mão com o sabonete para sua feminilidade, fazendo-a delirar.
?Tempestade Elétrica
Querida, não chore?
Goku afastou-se dela para se despir e então voltou para o que estavam fazendo. A música havia despertado uma paixão fulminante dentro deles, tal qual uma tempestade elétrica. (N/A: é o título da canção)
?O alarme do carro não deixará você voltar a dormir
Você é mantida acordada sonhando o sonho de outras pessoas
O café está frio mas isso te distrairá
Compromisso, isso não é nada novo pra você
Vamos ver cores que nunca tinham sido vistas
Vamos a lugares onde ninguém esteve?
Em meio a beijos e carícias, ele a puxou em seu colo e penetrou-a. E assim ficaram até cansarem.
?Você está na minha mente o tempo todo
Eu sei que isso não é o bastante
Se o céu pode rachar deve haver algum jeito de voltar
Para amar e só amar
Tempestade Elétrica
Querida, não chore?
Bulma e Goku se encontravam abraçados na banheira após terem terminado.
- Sabe, Goku, eu estive pensando... Será que ninguém lá na Terra vai vir atrás da gente?
- Não se preocupe, eles têm mais o que fazer do que se preocupar conosco. E além do mais , eles sabem que estamos bem.
- É, mas Vegeta jamais suportaria a idéia de ser trocado por você.
- Pelo que eu o conheço, deve ter ido afogar as mágoas em outra companhia feminina...
?Está quente como o inferno, docinho, neste quarto
Esperança certa de que o tempo se fechará logo
O ar está pesado, pesado como um caminhão
Nós precisamos da chuva para lavar a nossa má sorte?
- Quer saber? Chega de falar disso, nós estamos bem melhor assim e continuaremos desse jeito ? disse ela o abraçando mais forte.
- Concordo plenamente ? respondeu o guerreiro correspondendo ao gesto dela.
?Bem, se o céu pode rachar, deve haver um modo de voltar
Pra amar e só amar?
O que os dois não imaginavam era que naquele exato momento Vegeta se encontrava procurando por eles de planeta em planeta.
- Droga, também não estão aqui... Onde diabos eles foram parar?!
Então o príncipe se pôs a pensar.
- Com certeza devem ter ido para um planeta tecnologicamente avançado, pois Bulma é uma cientista, ou devem estar num lugar cheio de pessoas poderosas, já que Kakarotto não desperdiçaria a oportunidade de ficar mais forte do que eu enquanto viaja pelo espaço com a minha mulher.
Então lhe ocorreu que eles estavam mais jovens com as esferas do dragão.
- Humm, agora Bulma deve estar bem mais bonita que a maioria das mulheres... Será uma boa resgatá-la e poder tê-la todas as noites. E Kakarotto deve ter perdido alguns poderes. Não está tão forte assim.
?Tempestade Elétrica
Tempestade Elétrica
Tempestade Elétrica?
- Em breve, Kakarotto, reencontrarei você e Bulma. Derrotá-lo-ei e trarei minha esposa de volta.
?Querida, não chore
Querida, não chore
Querida, não chore
Querida, não chore?