Up in fluffy clounds

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    O sentido além da palavra

    E aí pessoal! Eu bem prometi que postaria algo para a fluff week, e aqui está.

    Esse é o sétimo dia, Serendipity, uma palavra que não tem tradução pro português. Eu acho que exagerei um pouco na fofura, então me avisem se estiver muito açucarado ou muito meloso.

    Essa fic também foi postada no Nyah! e no Spirit em português. E no Fanfiction.net e no tumblr (source: anadragneel-chan) em inglês.

    Espero que gostem!

    Serendipity: (substantivo) O fato de algo interessante ou agradável acontecer por acaso.

    — Se-ren-di-pi-ty? Por que você se interessaria por uma palavra tão estranha como essa, Nashi? — Perguntou Gale, levantando os olhos do livro que estava lendo.

    — Não sei. É só curiosidade mesmo. — Respondeu Nashi enquanto apoiava sua cabeça na mesa em que estava sentada com Gale.

    — Tá bom. — Disse Gale ao fechar seu livro e se levantar. — Eu vou perguntar pra minha mãe. — Ele completou enquanto se afastava.

    — Obrigada Gale! — Gritou Nashi quando Gale já estava quase fora de seu campo de visão.

    Porém Nashi Dragneel nunca foi uma pessoa paciente. Por isso, em vez de esperar Gale Redfox voltar, ela decidiu perguntar a alguém, de preferência uma pessoa que soubesse o significado da palavra. Alguém como a sua mãe.

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    Algum tempo depois, na casa dos Dragneel...

    — Mãe, o que quer dizer serendipity?

    Lucy ficou bastante surpresa com a pergunta de sua filha, mas não demorou muito para se recuperar.

    — Serendipity? Bem minha princesa, significa, de uma forma simples, algo bom que acontece por acaso.

    — Não entendi, mãe.

    Lucy parou o que estava fazendo e se sentou no sofá.

    — Venha cá, Nashi. Talvez uma história te ajude a entender melhor.

    Nashi estava curiosa, por isso ela se sentou e começou a ouvir sua mãe atentamente. E quando Lucy disse que contaria a história de como ela e o pai de Nashi se conheceram, Nashi ficou muito empolgada.

    Ao ver que sua filha estava bastante empolgada com a perspectiva da história, Lucy logo se pôs a contá-la.

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    Tudo começou cerca de um ano depois de eu ter fugido de casa. Eu estava em Hargeon andando pela cidade, quando ouvi que o “Salamander” estava por lá. Eu sabia que o “Salamander” era um mago famoso de uma guilda bem conhecida, por isso decidi verificar.

    Mas o “Salamander” era um falsário e ele também era um mago perverso que estava se utilizando de magia proibida nos seus planos. Ele estava usando uma magia chamada Charm, um feitiço que fazia as pessoas se apaixonarem pela pessoa que havia utilizado a magia.

    Infelizmente, o feitiço dele me atingiu antes que eu pudesse fazer qualquer coisa.

    Aí o seu pai apareceu. Ele estava procurando pelo seu avô e tinha ido à Hargeon por causa de um boato sobre o “Salamander”, que ele pensou ser o seu avô.

    Quando o seu pai chegou ao local, o feitiço acabou se quebrando. Mas isso só aconteceu comigo. Todas as outras garotas ainda estavam agindo como cachorrinhos apaixonados pelo “falso Salamander”.

    Agora, acho que o resto da história seu pai e Happy já contaram, não?

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    Nashi não respondeu. Ela já tinha ouvido o resto da história de como o pai dela tinha levado a mãe dela para a Fairy Tail, mas ela continuava sem compreender o que aquela história tinha a ver com serendipity.

    — Mas mãe, como pode essa história ser um exemplo? Eu ainda não entendo!

    — Bem Nashi, uma magia Charm só pode ser quebrada pela alma gêmea da pessoa afetada. E encontrar sua alma gêmea logo após ser vítima de uma magia Charm... Esse é um exemplo de serendipity.

    — Agora eu entendi! Obrigada mãe!

    Nashi voltou correndo para a guilda, pronta para contar a Gale aquilo que tinha aprendido. E quando Natsu viu sua filha correndo na direção da guilda, ele não conseguiu evitar estranhar o comportamento dela. Talvez sua esposa soubesse o que estava acontecendo...

    — O que foi que deu na Nashi, Luce?

    — Ela apenas perguntou o que era serendipity e eu acabei contando a história de como nós nos conhecemos como exemplo.

    — Não teria sido mais fácil simplesmente ter dito a ela para procurar em um dicionário?

    — Acho que seria, mas no fim ela iria aparecer pedindo por uma explicação melhor da palavra.

    — Bem que podemos dizer que nosso primeiro encontro foi, em outras palavras, serendipitous. Ou quem sabe podemos dizer, predestinado. Nós apenas levamos um longo tempo para entender isso. — Natsu disse enquanto abraçava Lucy por trás.

    — É, você está certo. — Ela respondeu enquanto se aconchegava no abraço cálido dele.

    Porque no fim, palavras são bem mais que meras palavras. E seu significado vai muito além daquele que está registrado no dicionário. Damos novos significados a elas a cada dia e todos os dias, e o fazemos toda vez que enxergamos o sentido além da palavra.


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