O Pantera, o Protetor e Eu

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Episódio 4: Felino Branco

    Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Spoiler, Violência

    Episódio 4:

    Felino Branco

    Ruka estava bufando de raiva. Também pudera; Ichigo a rejeitou da pior forma que um rapaz podia fazer!

    Sentir vergonha de olhar para uma garota? De todas que já ouviu, essa foi a pior. Mas ainda assim, ela deu risada, pois ver seu amigo queridinho, vizinho e possível namorado ficando vermelho só de ouvir a palavra ?peito? era impagável e sem precedentes.

    E mais uma noite com a casa vazia? Ruka suspirou, olhando tristemente para cada aposento, cuja única presença era do vácuo.

    Ruka tomou um banho, estudou e comeu uma tigela de ramen vendo televisão. Como estava uma noite agradável e de brisa fresca, ela resolveu ir varrer o quintal, já que não tem feito faxina nos últimos dias; muitas provas lhe consumindo. Vestindo uma blusa de alças finas, chinelos e shorts curtos, Ruka saiu cantarolando e começou a varrer o chão cheio de pó e folhas. Mas um barulho seco e profundo lhe assustou, e vinha de uma árvore no canto esquerdo de seu quintal.

    Mesmo tremendo de medo, Ruka foi em posição de ataque até o local, temendo que fosse um ladrão. Mas ao retirar com o cabo da vassoura os galhos e folhas de onde se ouviu o tombo, deparou-se com um gato branco e de olhos azuis ferido.

    - Ai, mas que bonitinho!!! ? ela exclamou, largando a vassoura na mesma hora. ? é um gatinho!!! E ele tá machucado? Será que ele caiu da árvore? Seria muita falta de coordenação da parte dele ou já estava ferido quando subiu? Que seja, vou cuidar dele!

    Ruka correu para a despensa e pegou um cobertor velho para pegar o gato; nunca se sabia se ele a arranharia pra se defender, caso estivesse assustado. Ela o enrolou com todo cuidado e o trouxe para dentro, colocando-o sobre o sofá para examinar o quão ruim estava a ferida. Ele tinha um corte horroroso no pescoço, e pelo estado em que estava, morreria a qualquer momento. ?Preciso levá-lo num veterinário, mas quem estará aberto a esta hora? Só se? Ai, será?!?? pensou Ruka quando olhou pra janela, de onde dava para ver o muro da casa dos Kurosaki. Sem pestanejar demais, ela pegou o gato novamente e saiu em disparada até a clínica do seu vizinho, mesmo sabendo que se depararia com Ichigo. Ela apertou duas vezes a campainha, na pressa de que alguém viesse. Por sorte, foi o pai de Ichigo, o senhor Isshin, quem atendeu.

    - Boa noite! Qual é a emergência, mocinha?

    - O gato que adotei está ferido! E não sei de nenhuma veterinária aberta a esta hora, senhor Kurosaki! Por favor, pode tratar dele?

    - Oh! Mas é claro! Entre, rápido!

    Ruka colocou o gato cuidadosamente sobre o leito da clínica, e desenrolou o cobertor. O gato mal respirava, e miava fracamente de dor. O sangramento havia parado, mas estava a olhos vistos de que ele estava morrendo.

    Isshin foi rápido, e começou a suturar a enorme ferida no lombo do pobre animal. Assim que terminou, deu-lhe sedativos e preparou uma punção arterial, para que ele recebesse transfusão e remédios, já que estava anêmico pela perda de sangue.

    Duas horas depois, o gato já estava milagrosamente estável. Ruka suspirou de alívio, e logo amparou o bichano de volta para casa. Ela agradeceu o senhor Isshin pela ajuda e prometeu ser voluntária para dar assistência em caso de reforços em enfermagem. Ele agradeceu e brincou dizendo se ela não aceitaria ser enfermeira em meio período. Agora Ruka não estava mais sozinha; tinha um novo companheiro. Mesmo sendo um animal, era alguém com quem podia contar, que podia esperá-la chegar, e recebê-la com carinho? Um sorriso de felicidade incontida surgiu no rosto de Ruka, que acomodou o gato no sofá novamente, enquanto procurava algo para o bichano comer. Na geladeira encontrou leite e carne? Provavelmente já era mais do que suficiente. Também procurou por alguma tigela onde conseguisse preparar a comida, e para que ele pudesse alimentar-se. Abriu o laptop e procurou no Google como preparar comida de gato de forma improvisada, e assim conseguiu cuidar do felino, que ainda estava tonto devido aos sedativos.

    Já eram mais de onze da noite; e ela precisava acordar cedo para ir ao colégio? Ruka levou o gato para sua cama, trocou de roupa e dormiu com ele ao seu lado, lhe fazendo companhia.

    ?De agora em diante, vou te chamar de Jaguar? Eu não sei por que, mas você tem o jeitinho de alguém que conheço?? pensou ela, enquanto pegava no sono.


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