Dia da minha morte?

-Boa noite pessoal! –Disse Luna animada.

-Boa noite princesa! –Disse Lúpus e ele bateu em mim para eu dizer o mesmo.

-Boa noite... –E recebi novamente um soco na barriga, isso foi um sinal para eu colocar um nome carinhoso. –Ai... Boa noite... Rainha matadora. –Falei e Luna riu e foi dormir.

Estava com medo de dormir e não acordar mais... Não queria dormir nunca mais... Na minha mente só rodava a conversa do Shiro com a tia dele dizendo em me matar... Passei horas e horas sem sono, quando finalmente comecei a ficar com sono, ouvi alguém me chamando. Mas dessa vez foi real, até belisquei minha bochecha pra ter certeza. Sai da cama e fui até a porta, a pessoa que me chamava estava na porta me chamando. Fiquei com medo, mas a vontade de ver quem era me venceu, a Luna e Lupus estavam dormindo tranquilamente.

-O-Olá? –Falei suando de medo. Ninguém respondeu. No chão havia cordas, com certeza a pessoa que estava me chamando pretendia me amarrar com essas cordas quando eu saísse do quarto pra ver o que era.

-Não vou cair nessa armadilha! Aparece! –Falei olhando para o chão onde havia cordas. Quando de repente, as cordas no chão sumiram, alguém me chutou por trás e cai nos braços de alguém, e recebi uma carga de choque e desmaiei.

De repente colocaram uma lanterna com a luz extremamente forte na minha cara e acordei quase ficando cego.

-Aii! Tirem essa luz da minha cara! –Falei colocando as mãos no rosto.

-É apenas uma luz, garoto! Não irá te fazer nenhum mal! –Disse o rapaz que segurava a lanterna.

-Deixa ele no escuro então, Zero. –Disse outra voz masculina.

E tudo ficou escuro. Quando de repente, senti uma respiração perto da minha cara, tentei dar um soco, mas, minhas mãos estavam amarradas.

-So... Socorro... –Falei em meio a choros, sem enxergar o que estava acontecendo.

Dessa vez acenderam uma vela. Estava deitado numa mesa e num quarto onde estava o Shiro e dois amigos dele, no fundo pude ver a Yuno amarrada numa cadeira com lenço na boca e chorando.

-Então Ryu... Preparado pra dizer adeus para o seu corpo? –Disse Zero segurando um serrote toda suja de sangue.

-Que pena que você não vai poder dizer nem um “adeus” para a sua namorada e o seu amigo Lúpus. –Disse Shiro rindo maléfico. –Rydu, me traga a cadeira e a pipoca, esse filme não terá replay.

-Claro, aqui está! –Disse Rydu trazendo duas cadeiras e um pote cheio de pipoca.

-Pode começar Zero. –Disse Shiro comendo a sua pipoca. –Adeus Ryuzinho, sua companhia aqui foi ótima. –Disse sorrindo.

Zero ligou o serrote, mas em um minuto, desligou o serrote. Pegou uma faca e foi em direção da Yuno.

-Desculpe linda jovem, mas preciso um pouco do seu sangue. –Disse Zero enfiando a faca na coxa da Yuno.  –Agora sim... É hora da morte!

-Como quer a sua morte jovem Ryu? Quer que comece cortando onde? Barriga, mão, braço, cabeça... Escolha! Kuhuhuhu. –Disse Zero rindo.

Fiquei sem dizer uma palavra com medo da cara que o Zero fazia... Parecia um daqueles psicopatas dos filmes...

-Não vai responder mesmo? Então vou enfiar a faca na sua barriga e fazer você ter hemorragia e sofrer até seu sangue acabar e morrer... Será maravilhoso kuhuhuhuhu! –Disse Zero rindo novamente.

Ele deixou a faca do meu lado e levantou a minha camisa, pegou uma caneta e marcou um “X”.

-Vai ser aqui kuhuhu... –Ele pegou novamente a faca e enfiou a faca na barriga com a maior força possível.

-Guh... Cof... Cof... Ai... Não... Consigo me... Mexer... –Falei e senti minha temperatura aumentar novamente. Não... Não quero desmaiar como sempre... Não quero morrer simplesmente... Mas minha barriga doía muito, a facada foi profunda demais. A única coisa que eu pude fazer foi:

-Gu... WAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! –Gritar o mais alto possível. Espero que alguém tenha ouvido esse grito estrondoso.

-Se-Seu idiota! Não grite alto! –Disse Zero desesperado.

Em minutos, dava pra ouvir os passos de pessoas correndo no corredor.

-Ferrou Zero! Largue ele aí! Vamos fugir! Pela janela! Correm! –Disse Shiro desesperado e os três pularam pela janela.

-Quem está ai? –Disse Sebastian e quando ouvi a voz dele me tranquilizei e acabei desmaiando.