One

Tempo estimado de leitura: 44 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 5

    O cara certo

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Sexo

    boa leitura :3

    O telefone tocava insistentemente, aquele ruído incômodo ressoando pela casa inteira. Sasuke saiu do banho apressado e pegou seu celular em cima da cama, atendendo em seguida.

    -Alô?

    -Sasuke! Escuta, seu idiota! O que acha de nos encontrarmos, tipo, agora?

    -Agora? Naruto, eu acabei de chegar do trabalho, estou exausto!

    -Cara, por favor!

    -Quem vai? –ele perguntou, bufando.

    -Eu, Hinata, Sakura e Sasori.

    -Imbecil! Você acha mesmo que eu vou sair com dois casais sem ter companhia? Não, obrigado!

    -Espera! Chame alguém também.

    -Certo! –Sasuke deu-se por vencido, sabendo que nunca seria capaz de negar qualquer coisa à Naruto –Vou ligar para uma colega do trabalho e ver se ela quer ir.

    -Colega de trabalho? Não me diga que você conseguiu esquecer a Sakura e já está em outra?

    Sasuke não respondeu. Apenas desligou o telefone, sabendo que Naruto estava gargalhando onde quer que estivesse. Mandou uma mensagem para Karin perguntando se ela gostaria de ir com ele àquele encontro, mas ela negou, fazendo Sasuke praguejar. Agora ele teria de ir sozinho.

    Vestiu um jeans de lavagem clara, uma camisa branca e um paletó marrom por cima.  Recebeu uma mensagem de Naruto avisando onde seria o “encontro” e pegou as chaves de seu carro em cima do sofá, trancando o apartamento assim que saiu.

    *

    No final, a experiência estava sendo tão ruim quanto Sasuke havia idealizado. No caminho para o restaurante onde marcara com Naruto, ele estava rezando para Sakura já estar lá quando chegasse, julgando que seria mais fácil para ele. Mas para seu azar, ela chegou mais ou menos uns quinze minutos depois dele, com Sasori.

    Ela chegara com um sorriso singelo nos lábios vermelhos devido ao batom. Os cabelos estavam soltos e ela trajava uma roupa elegante, que valorizava seu corpo. Sasuke prendeu a respiração ao vê-la, na esperança de não deixar transparecer o efeito que ela ainda tinha sobre ele. Como se todos os seus sentidos estivessem atiçados na presença dela.

    -Boa noite –Sasori disse, com um sorriso amigável no rosto, passando o braço pela cintura de Sakura, num gesto quase que involuntário.

    -Boa noite –Naruto e Hinata falaram, retribuindo o sorriso.

    -Boa noite –Sasuke resmungou, enciumado. Ainda era estranho ver Sakura tão próxima de outro homem.

    Sasori e Sakura se sentaram lado a lado e Sasuke sentiu ânsias de vomito ao perceber como o ruivo encarava a Haruno. Ele não podia ao menos fingir que não desejava Sakura? Especialmente na frente do ex-namorado dela?

    Naruto pareceu perceber o que se passava com Sasuke, porque o chutou por baixo da mesa, lançando-lhe um olhar que dizia: Se controle, seu idiota! E o Uzumaki estava certo. Se continuasse daquela forma, Sakura também perceberia o que se passava e isso era a última coisa que Sasuke queria.

    O garçom se aproximou e eles fizeram os pedidos, que chegaram cerca de vinte minutos depois.

    -E então? Qual é o motivo desse encontro? –Sasuke perguntou, bebendo um pouco do vinho de sua taça.

    -Nada em especial. É só que Naruto nos ligou hoje mais cedo, marcando esse jantar para falarmos sobre o casamento –o ruivo disse, com sua voz grave –A propósito, não nos conhecemos, certo? –Graças a Deus, não!

    -Não, não nos conhecemos –o Uchiha respondeu, encarando os olhos castanhos de Sasori.

    -Meu nome é Sasori no Akasuna. Sou o noivo da Sakura –Como se eu não soubesse disso!

    -Sou Sasuke Uchiha. Ex-namorado dela –Sasuke olhou diretamente para Sakura.

    Apesar da provocação, Sasori não pareceu se abalar e deu um se seus sorrisos o que Sasuke achava irritante, mas que encantava a maioria das mulheres que cruzavam o caminho do Akasuna. O Uchiha lamentava que Sakura fosse uma dessas mulheres.

    Sakura estava corada e encarava a comida em seu prato, a comida praticamente intocada. Naruto encarava Sasuke, com vontade de xingar o amigo, enquanto Hinata já começava a se lamentar por ter dado a ideia de chamar o Uchiha. Aquilo visivelmente não acabaria bem se continuasse como estava.

    -Sasori, certo? –Sasuke indagou, com um sorriso cínico.

    -Sim?

    -Como foi que você se apaixonou pela Sakura?

    -A rosada engasgou com aquela pergunta e bebeu um pouco de seu vinho, tentando se recompor. Sasori a olhou, passando tranquilidade e em seguida, voltou seu olhar para Sasuke, respondendo a pergunta calmamente:

    -Não lembro exatamente, mas acho que foi quando uma amigo meu, Deidara, quase atropelou ela num dia em que ele foi me buscar na faculdade para irmos na casa de um outro amigo nosso, que estava fazendo uma festa de noivado. Eu salvei ela e fiquei meio hipnotizado com os olhos dela, porque pareciam com os de uma outra pessoa que eu conheci na minha infância. Mas eu meio que ficava negando para mim mesmo, porque sou quatro anos e alguns meses mais velho do que ela. Mas acabamos ficando amigos e, quando percebi, já estávamos namorando.

    -E acha que a conhece o suficiente para saber que a ama de verdade?

    Sasori soltou um risinho e respondeu:

    -Sim, eu acho.

    -Então sabe de tudo sobre a Sakura. Sabe que ela é alérgica a camarão, que ama pudim, que detesta bandas de rock, que não suporta que fumem do lado dela porque o pai dela morreu de câncer no pulmão justamente por causa do cigarro? Sabe todas as manias dela? Sabe que ela odeia que xinguem perto dela? Sabe que ela prefere o clima quente do que o frio?

    -Sim.

    -E você sabe o por que de ela detestar o frio? –Sasori balançou a cabeça negativamente –Então vou lhe dizer. Ela não gosta do frio, porque foi no dia mais frio do ano, em que eu fui embora. E prefere o calor, porque foi no dia mais quente do ano em que eu disse que a amava pela primeira vez. Mas é claro, você não pode saber de tudo isso.

    Observando a situação tensa que criara, Sasuke terminou de beber seu vinho e se levantou, deixando sua comida intacta.

    -Porque o cara certo para ela sou eu, não você! –ele disse, se dirigindo à saída do restaurante.


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