One

Tempo estimado de leitura: 44 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Seguir Em Frente

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Sexo

    boa leitura :3

    Os dias foram passando e cada vez mais, Sasuke começava a se adaptar à sua nova rotina. Ele acordava cedo todas as manhãs, tomava café ia para o Hospital Uchiha, onde ele trabalhava na parte administrativa, como um “auxílio extra” para Itachi, que era quem tomava conta de tudo ali.

    Vez ou outra, ele via Ino andando apressada pelos corredoras, já que ela ainda não tinha ido viajar ainda e trabalhava no hospital. Mas as coisas começaram a tomar um novo rumo, exatos seis dias após ele ter retornado à Konoha.

    Sasuke estava se dirigindo à sala de Itachi, pois ia pedir ao irmão para ir para casa mais cedo naquele dia, mas teve seu caminho barrado por um vulto vermelho e um monte de papéis, que saíram voando pelos ares. A bela mulher que vestia um vestido formal preto e branco o encarou, os olhos vermelhos faiscando de raiva. Ela ajeitou seus óculos de haste vermelha e ralhou:

    -Idiota! Por que não olha por onde anda?

    -Desculpe –Sasuke resmungou, se apressando em ajuda-la a pegar os papéis do chão.

    -Você é o irmão do chefe, não é? –ela perguntou, sem mover um músculo para ajudar Sasuke a pegar os documentos.

    -Sim. Meu nome é Sasuke, e o seu?

    -Karin –Sasuke entregou os documentos e lançou uma piscadela para Karin, virando-se para ir embora.

    -Sasuke? –ali, à sua frente, estava a última pessoa que ele queria ver naquele momento.

    Ela estava diferente, era verdade. Estava um pouco mais alta e mais esbelta, os traços não tão infantis. Os cabelos cor-de-rosa estavam curtos, na altura dos ombros, corte que ele tinha certeza de que ela jamais usaria há sete ano atrás. Os olhos esmeraldinos estavam ligeiramente arregalados, denunciando o quão surpresa ela estava por vê-lo ali. De fato, Sakura tinha mudado bastante.

    Quase que instintivamente, Sasuke reparou nas vestimentas dela. Por cima de uma calça clara e uma blusa num tom parecido, ela trajava um jaleco branco, com um bolso pequeno na altura do busto, onde se lia: Dr. Haruno. Então Sakura também trabalhava ali. Mais do que isso, ela tinha conseguido realizar seu desejo de se tornar médica. Céus, como Sasuke desejava ter estado ali para ver aquele sonho se realizar.

    -Sakura –ele pronunciou seu nome, quase que num suspiro.

    -Eu já vou, tenho que entregar isso ao Sr. Uchiha –Karin se pronunciou, indo embora dali o mais rápido que conseguiu.

    -O que faz aqui? –a rosada perguntou, assim que os passos de Karin não eram mais audíveis.

    -Cumprindo minha promessa. É uma pena que nem todos cumpram as promessas que fazem –ele falou, se virando para ir embora.

    -Você já soube do Sasori, não é?

    -Sim.

    -Droga! Eu pretendia e contar quando você voltasse! Foi o idiota do Naruto, não foi?

    -Sim, foi o Naruto.

    -Sasuke... nós precisamos conversar.

    *

    A lanchonete do hospital de repente se tornou um lugar com a atmosfera tensa, pelo menos naquela mesa mais isolada, onde os dois estavam sentados, cada um com um copo cheio de suco de maracujá à sua frente.

    -Não vai falar nada? –Sasuke indagou, incomodado com o silêncio –Foi você quem disse que queria conversar comigo.

    -É que... eu não sei bem por onde começar...

    -Comece do começo. Para começo de conversa, eu preciso que me responda uma coisa.

    -O que é?

    -Por que?

    -Você não faz nem ideia do que aconteceu comigo depois que você foi embora. Eu me fechei completamente. Hoje em dia, nem eu mesma consigo entender a confusão que a minha cabeça se tornou naquela época. E então, eu resolvi que tinha que pensar no meu futuro, porque, quando você voltasse, não ia gostar nada de saber que eu estava relaxando e minhas notas, caindo –ela abaixou a cabeça, parecendo constrangida.

    -Prossiga.

    -Eu me tornei uma máquina de estudar e terminei o Ensino Médio. Logo em seguida, eu iniciei a faculdade de medicina.

    -E foi aí que você conheceu o tal de Sasori.

    -Não pense que eu me joguei nos braços do primeiro cara mais velho que apareceu. Sasori estava no último ano da faculdade eu tinha acabado de começar.E... embora eu odeia admitir... você estava na minha cabeça quase que vinte e quatro horas por dia, todos os dias da semana. Mas... os anos foram passando e eu fui começando a gostar do Sasori...

    -Gostar? –Sasuke repetiu, com deboche –Sakura, ninguém deve se casar com alguém só porque “gosta” da pessoa!

    -E o que você esperava? Que eu te esperasse pelo resto da minha vida, sem ter notícias ou qualquer certeza de que você ia voltar? Eu tinha que seguir em frente, Sasuke! –não foram as palavras que ela disse que atingiram-no como um punhal. Foi o tom frio com o qual aquelas palavras duras foram proferidas.

    Houve um silêncio entre eles, que pareciam ter se esquecido das pessoas que passavam ao seu redor, parando para olhar o que se passava entre o Uchiha e a Dra. Haruno.

    -Eu só preciso saber de mais uma coisa, Sakura.

    -O que é?

    -Você ama esse Sasori... da mesma forma como você me amava?

    Sakura abriu a boca diversas vezes, mas nenhuma palavra foi dita. Não que ela não soubesse a resposta para aquela pergunta! Pelo, contrário, ela sabia bem a resposta. E era exatamente por isso que ela tinha medo de responder.

    -Bem... exatamente como eu imaginava –Sasuke falou, se levantando –Você não o ama –ele se virou, caminhando para fora da lanchonete, deixando uma Sakura frustrada para trás.

    No primeiro corredor em que ele virou, ele avistou Karin, como um sorriso torto nos lábios. Ela estava encostada na parede casualmente, mas o fitava como se estivesse o esperando há muitos minutos.

    -Que horas você sai hoje? –ela indagou, sorrindo, maliciosa.

    -Às sete. Te espero no estacionamento dez minutos depois do fim do seu expediente.

    -Certo –ela continuou ali, parada, enquanto Sasuke ia embora, na direção de seu escritório.

    Alguns minutos depois, como que por obra do destino, o Dr. Hozuki passou em frente à ela, bebendo água numa garrafinha descartável. Ele a fitou com os olhos arroxeados e sorriu, com os dentes ligeiramente pontudos, tão brancos quanto o seu cabelo.

    -Karin –ele a cumprimentou, com um breve aceno com a cabeça e seguiu seu caminho.

    Karin suspirou, lamentando-se por ter quase todos os homens do mundo ao seu pé, menos o que realmente queria. Lembrando-se de que ainda tinha que organizar a agenda de Itachi, ela se moveu, ansiosa para que seu expediente chegasse ao fim logo.


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