Estou muito confusa em relação ao Mizuki, não entendo o porquê dele ter me dado aquele tapa na cabeça...
Quando acordei do desmaio, vi que estava num quarto da Academia Yoshida, parecia a enfermaria... Realmente, o Mizuki me deixa confusa: cansado:
- Acordou Senhorita Saito? - Disse a enfermeira se aproximando de mim.
- Sim... Hm... O que aconteceu? Como eu vim parar aqui? - Lhe perguntei à enfermeira, que estava um pouquinho fora do peso normal.
- Bom... O Tanaka entrou aqui te carregando no colo, perguntei o que aconteceu e ele me disse que você tinha tropeçado e caído. Como você é desastrada, Saito! - Ela disse com as mãos na cintura, mas logo eu me levantei e indaguei:
- Mas eu não caí! Eu só... - Antes que eu pudesse me defender, ela me parou com a mão.
- Já chega de discussão, Saito! Se você acha que a Senhorita está bem, pode ir embora da enfermaria. Fácil!
- Obrigada. - Ao dizer isso eu saí da enfermaria direto a um único local: o dormitório do Mizuki.
Ao chegar lá, bati a porta e ele a abriu.
- Harumi? O que você faz aqui?
- Vim te pedir explicações, Mizuki. Posso entrar?
- Claro. - Dito isso eu entrei e me sentei no sofá do seu dormitório, o que Mizuki fez também.
- Mizuki posso saber por que você me bateu na cabeça e ainda disse para a enfermeira que eu tropecei?? - Eu disse de braços e pernas cruzadas. Eu estava sinceramente brava com Mizuki, apesar de amá-lo.
- Porque você me obrigou a fazer isso. - Ele disse, na maior calma do mundo.
- Eu o quê?!
- Isso mesmo Harumi. VOCÊ me obrigou a fazer isso. - Disse, virando a cara.
- Como assim eu te obriguei a fazer isso, Mizuki? Vamos, me explique! E não adianta virar a cara, você não pode me deixar sem saber! - Falei isso determinada, e por isso, virei a cara dele e o obriguei a me olhar. - Vamos, Mizuki! Diga-me a-go-ra!
- Esta bem... - Suspirou e começou - Quando vi que você estava na divisão do colégio, tentei te tirar dali pra você não correr o risco de ganhar uma advertência ou ser mordida por um vampiro.
- E por que você fez isso? - Lhe perguntei.
- Porque eu não quero que você seja mordida por um. Eu me importo com você, Harumi. - Ao Mizuki dizer isso, meu coração bateu rápido. O nunca imaginaria que o Mizuki se importava comigo! Não pude economizar nenhuma palavra para lhe agradecer.
- Muito obrigada, Mizuki. Eu também me importo muito com você... Mas por que você se importa tanto comigo?
- Porque você é importante pra mim. - Meu coração começou a bater muito rápido... Será que o que eu ouvi era real? O Mizuki... Eu... Eu era importante para o Mizuki!
- E você também é importante pra mim, Mizuki... Mas nenhum vampiro irá me morder, porque eu tenho você no meu coração! - Eu falei isso um pouco corada, mas era a mais pura verdade que estava trancada no meu coração... Ele precisava saber.
- Mas mesmo assim, Harumi. Mesmo que você... Espera... O que você disse? - O Mizuki pareceu ter se tocado do que eu disse... E eu tive que repetir.
- Eu disse que você... Que eu tenho você no meu coração... Essa é minha proteção, Mizuki... Você. - Eu sempre esperei que ELE se declarasse para mim, mas aquele momento era minha oportunidade.
- Ainda bem que você disse isso...
- Hã? C-Como assim Mizuki?
- Porque eu... Eu simplesmente me importo com você, por isso você também tem um lugar no meu... No meu coração. - Depois dele falar isso ele se levantou do sofá e foi para a janela, e ficou olhando o céu escuro, então quando eu ia me levantar, sem querer furei minha mão num metal que o sofá tinha.
Então o Mizuki de repente me olhou, mas não a mim: olhou minha mão.
Eu fiquei com medo e escondi-a, mas o Mizuki pegou minha mão e olhou a ferida, que tinha um pouco se sangue.
- Como você se machucou Harumi?
- Não foi nada... Eu só...
- Foi com o sofá, não é?
- Bem, sim... M-Mas...
- Melhor colocar um curativo, se não você pode despertar meu instinto vampiro, Harumi.
- Como... Como disse Mizuki? Seu ''instinto'' vampiro? Do que voc... - Não pude terminar de falar, o Mizuki mordeu minha mão e eu fiquei paralisada. Depois de alguns segundos, ele viu o que fez e soltou minha mão e ficou parado. Ele nunca sorriu, e agora... Ele fez uma expressão com a mistura de espanto e medo.
- Me desculpe Harumi... Não queria ter feito isso. - Se desculpou sinceramente.
- Está tudo bem, Mizuki... - Então me levantei e fui ao meu dormitório, mas antes de sair do seu, eu lhe avisei:
- Mizuki, lembre que mais tarde você vai jantar comigo e meu pai, ok?
- Claro, Harumi. Vou estar lá.
- Ótimo! E se você não for eu mesma vou te trazer! - Nisso ele sorriu, e eu também sorri.
Então saí do dormitório do Mizuki e fiquei caminhando pela Academia Yoshida, pensando por que o Mizuki ter me mordido...
Por isso cheguei a uma conclusão que parecia ser a única: O Mizuki era...
Um Vampiro.