O Coração da Alma

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    Capítulo 2

    Uma Pessoa Importante - Uma Descoberta

    Estou muito confusa em relação ao Mizuki, não entendo o porquê dele ter me dado aquele tapa na cabeça...

    Quando acordei do desmaio, vi que estava num quarto da Academia Yoshida, parecia a enfermaria... Realmente, o Mizuki me deixa confusa: cansado:

    - Acordou Senhorita Saito? - Disse a enfermeira se aproximando de mim.

    - Sim... Hm... O que aconteceu? Como eu vim parar aqui? - Lhe perguntei à enfermeira, que estava um pouquinho fora do peso normal.

    - Bom... O Tanaka entrou aqui te carregando no colo, perguntei o que aconteceu e ele me disse que você tinha tropeçado e caído. Como você é desastrada, Saito! - Ela disse com as mãos na cintura, mas logo eu me levantei e indaguei:

    - Mas eu não caí! Eu só... - Antes que eu pudesse me defender, ela me parou com a mão.

    - Já chega de discussão, Saito! Se você acha que a Senhorita está bem, pode ir embora da enfermaria. Fácil!

    - Obrigada. - Ao dizer isso eu saí da enfermaria direto a um único local: o dormitório do Mizuki.

    Ao chegar lá, bati a porta e ele a abriu.

    - Harumi? O que você faz aqui?

    - Vim te pedir explicações, Mizuki. Posso entrar?

    - Claro. - Dito isso eu entrei e me sentei no sofá do seu dormitório, o que Mizuki fez também.

    - Mizuki posso saber por que você me bateu na cabeça e ainda disse para a enfermeira que eu tropecei?? - Eu disse de braços e pernas cruzadas. Eu estava sinceramente brava com Mizuki, apesar de amá-lo.

    - Porque você me obrigou a fazer isso. - Ele disse, na maior calma do mundo.

    - Eu o quê?!

    - Isso mesmo Harumi. VOCÊ me obrigou a fazer isso. - Disse, virando a cara.

    - Como assim eu te obriguei a fazer isso, Mizuki? Vamos, me explique! E não adianta virar a cara, você não pode me deixar sem saber! - Falei isso determinada, e por isso, virei a cara dele e o obriguei a me olhar. - Vamos, Mizuki! Diga-me a-go-ra!

    - Esta bem... - Suspirou e começou - Quando vi que você estava na divisão do colégio, tentei te tirar dali pra você não correr o risco de ganhar uma advertência ou ser mordida por um vampiro.

    - E por que você fez isso? - Lhe perguntei.

    - Porque eu não quero que você seja mordida por um. Eu me importo com você, Harumi. - Ao Mizuki dizer isso, meu coração bateu rápido. O nunca imaginaria que o Mizuki se importava comigo! Não pude economizar nenhuma palavra para lhe agradecer.

    - Muito obrigada, Mizuki. Eu também me importo muito com você... Mas por que você se importa tanto comigo?

    - Porque você é importante pra mim. - Meu coração começou a bater muito rápido... Será que o que eu ouvi era real? O Mizuki... Eu... Eu era importante para o Mizuki!

    - E você também é importante pra mim, Mizuki... Mas nenhum vampiro irá me morder, porque eu tenho você no meu coração! - Eu falei isso um pouco corada, mas era a mais pura verdade que estava trancada no meu coração... Ele precisava saber.

    - Mas mesmo assim, Harumi. Mesmo que você... Espera... O que você disse? - O Mizuki pareceu ter se tocado do que eu disse... E eu tive que repetir.

    - Eu disse que você... Que eu tenho você no meu coração... Essa é minha proteção, Mizuki... Você. - Eu sempre esperei que ELE se declarasse para mim, mas aquele momento era minha oportunidade.

    - Ainda bem que você disse isso...

    - Hã? C-Como assim Mizuki?

    - Porque eu... Eu simplesmente me importo com você, por isso você também tem um lugar no meu... No meu coração. - Depois dele falar isso ele se levantou do sofá e foi para a janela, e ficou olhando o céu escuro, então quando eu ia me levantar, sem querer furei minha mão num metal que o sofá tinha.

    Então o Mizuki de repente me olhou, mas não a mim: olhou minha mão.

    Eu fiquei com medo e escondi-a, mas o Mizuki pegou minha mão e olhou a ferida, que tinha um pouco se sangue.

    - Como você se machucou Harumi?

    - Não foi nada... Eu só...

    - Foi com o sofá, não é?

    - Bem, sim... M-Mas...

    - Melhor colocar um curativo, se não você pode despertar meu instinto vampiro, Harumi.

    - Como... Como disse Mizuki? Seu ''instinto'' vampiro? Do que voc... - Não pude terminar de falar, o Mizuki mordeu minha mão e eu fiquei paralisada. Depois de alguns segundos, ele viu o que fez e soltou minha mão e ficou parado. Ele nunca sorriu, e agora... Ele fez uma expressão com a mistura de espanto e medo.

    - Me desculpe Harumi... Não queria ter feito isso. - Se desculpou sinceramente.

    - Está tudo bem, Mizuki... - Então me levantei e fui ao meu dormitório, mas antes de sair do seu, eu lhe avisei:

    - Mizuki, lembre que mais tarde você vai jantar comigo e meu pai, ok?

    - Claro, Harumi. Vou estar lá.

    - Ótimo! E se você não for eu mesma vou te trazer! - Nisso ele sorriu, e eu também sorri.

    Então saí do dormitório do Mizuki e fiquei caminhando pela Academia Yoshida, pensando por que o Mizuki ter me mordido...

    Por isso cheguei a uma conclusão que parecia ser a única: O Mizuki era...

    Um Vampiro.


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