Sutilmente

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Furacão

    Heterossexualidade

    o casal principal é NaruHina, mas vai ter um pouquinho de SasuSaku também!

    Espero que alguém goste :)

    Hinata

    As ruas estavam cobertas pela neve branquinha que dava um charme à paisagem. Caminhei a passos lentos em direção à escola, apertando meu livro contra meu peito com força. Estava nervosa. Naquele dia, eu iria começar o meu último ano do Ensino Médio.

    Eu sabia que não seria fácil. Mas eu tinha certeza de que eu conseguiria. Tinha que conseguir. Meu nome é Hinata Hyuuga e tenho 17 anos. Sou um ano adiantada nos estudos, mas não é por eu ser inteligente ou algo assim. É simplesmente porque meu pai resolveu que eu deveria pular uma série. Minha pele é muito clara e meus olhos são perolados, o que são características de todos os que nascem na família Hyuuga.

    -Ei, Hinata! -Sakura Haruno me chamou, vindo em minha direção, apressada.

    Sakura era minha melhor amiga.  Ela tinha a pele quase tão clara quanto a minha e pintava o cabelo de rosa. Mas caía bem nela. Na minha opinião, isso destacava os olhos esmeraldinos dela. Como sempre, Sakura estava muito bem vestida. Ela vinha vestindo uma calça preta e um sobretudo vermelho e botas marrons, carregando sua mochila preta nas costas. Os cabelos estavam mais curtos, o que a deixou mais madura.

    -Bom dia, Saky -falei, sorrindo.

    -Preparada, Hina? Para seu último ano do Ensino Médio?

    -Acho que sim.

    -Só acha?

    -É. Não estou muito segura quanto a isso. Mas acordei com um bom pressentimento hoje. Acho que alguma coisa boa vai acontecer comigo em breve.

    -Coisa boa, é? Acho que eu estou precisando de alguma coisa boa.

    -O que houve? Sasuke de novo? -ela assentiu -O que ele fez dessa vez?

    -Quem fez foi a vizinha dele. Karin. Semana passada ela me enviou uma mensagem se passando por ele, dizendo que eu fosse até a casa dela. Eu fui. Mas preferiria não ter ido.

    -O que aconteceu?

    -Ele estava transando com a Karin. Foi terrível, Hina. Aquela imagem grotesca, selvagem! E os gemidos altos... Foi o pior dia da minha vida.

    -Eu sinto muito, Saky -tentei consolar minha amiga.

    A verdade é que Sakura é completamente apaixonada por Sasuke desde a sétima série, quando ele entrou na escola. Na oitava série ela se confessou a ele e ele disse que o sentimento era recíproco. Honestamente, eu não duvido que isso seja verdade. Mas Sasuke vinha traindo Sakura há dois meses com sua vizinha de porta, Karin. Quase todo mundo do colégio sabia, mas descobrir daquela forma devia ser  bem difícil para Sakura. O que Karin tinha feito foi cruel.

    -Está tudo bem agora. Nós terminamos e me sinto melhor agora. Mas para falar a verdade, eu não quero vê-lo tão cedo... -e então ela congelou, olhando para a porta da nossa sala de aula.

    Ali, parado, estava Sasuke Uchiha. Mas ele estava muito diferente do que eu me lembrava. Parecia mais magro e tinha olheiras sob os olhos, que pareciam sem vida. Sua expressão era neutra e ele estava consideravelmente mais pálido do que seria o normal. Imagino que Sakura não era a única que estava sofrendo.

    Assim que a viu, Sasuke lançou um olhar arrependido, mas Sakura simplesmente passou direto por ele, me deixando para trás. Dei um sorriso sem jeito para Sasuke, como se dissesse que sinto muito e ele assentiu, entendendo o recado.

    Então, me dirigi ao meu lugar, na frente de Sakura. Abriu sua mochila e pegou seu material, depositando-o sobre a mesa, bem na hora em que o professor chegou.

    -Olá, turma. Eu sou a Professora Anko, de Biologia. Peguem seus cadernos e vamos começar.

    Quando o sinal soou, sinalizando o fim das aulas,  guardei meus pertences e comecei a me dirigir à saída, quando a voz da professora Kurenai, de Literatura, me chamou.

    -Hinata?

    -Sim? -indaguei, indo em sua direção.

    -Posso te pedir um favor? -ela perguntou, com um olhar preocupado.

    -Claro! Do que se trata? -dei um sorriso gentil.

    -Preciso que vá à casa de um aluno e passe a matéria a ele.

    -Por que?

    -Ele é... um pouco instável e por alguma razão, não vem mais à escola. Será que você podia ir até a casa dele e passar a matéria que foi dada?

    -Tudo bem. É só me dar o endereço. Posso ir agora mesmo.

    -Obrigada, Hinata.

    E ali estava eu, em frente àquele prédio de não sei quantos andares. Cheguei à portaria e chamei a atenção do porteiro, um homem alto de cabelos prateados, que usava uma máscara. Ele lia um livro de capa laranja, que nem tentei ler o título.

    -Com licença? -chamei, atraindo sua atenção para mim.

    -Pois não?

    -Pode telefonar para o apartamento de um garoto chamado... -li o nome no papel -... Naruto Uzumaki?

    -Ah, o Naruto! Você é da escola dele?

    -Estou na mesma classe que ele, mas não o conheço muito. Só vim porque a professora pediu que eu passasse a matéria para ele, já que ele nunca vai ao colégio.

    -Entendo... -ele pegou o telefone e ligou para o tal Naruto -Naruto?... Aqui é o Kakashi. Tem uma garota aqui em baixo, ela disse que é da mesma classe que você... -Kakashi colocou o telefone de volta para onde pegara e disse, num tom derrotado: -Ele disse para você ir embora.

    -Ah... eu entendo.

    Me despedi de Kakashi e fui embora, apertando meu caderno contra meu peito. Quem esse Naruto pensava que era? Podia ao menos dizer que não queria visitas pessoalmente!

    Passei por um beco e subitamente fui puxada por alguém, caindo sobre um garoto. Ele tinha cabelos loiros bem bagunçados e olhos extremamente azuis. Sua pele era clara, mas não como a minha. Ele tinha uma aparência saudável e tinha umas marquinhas na bochecha, como uma raposa. Ele tinha a mão contra minha boca, me impedindo de gritar.

    -Quem te mandou atrás de mim? -ele perguntou.

    -A professora Kurenai. Ela estava preocupada e me mandou.

    -Não volte mais aqui. E diga a ela que eu não vou voltar para a escola, não importa quem ela mande atrás de mim.

    Dito isso, ele se levantou e saiu correndo, para longe dali, me deixando atônita. Então aquele era Naruto Uzumaki? Eu não o conhecia, tampouco lembrava dele no colégio. Mas enquanto ia para casa, eu me sentia como se tivesse passado um furacão em minha cabeça


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