Conflitos do Coração

  • Finalizada
  • Vampqueen
  • Capitulos 1
  • Gêneros Drama

Tempo estimado de leitura: 23 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo Único

    Heterossexualidade, Spoiler

    Naruto é uma obra de Masashi Kishimoto. Os personagens de Naruto não me pertencem. Todos os nomes e locais, quer de facto existam ou imaginários, são utilizados para os fins de entretenimento apenas. Eu estou em nenhuma maneira associada com os proprietários, criadores ou produtores de Naruto. Fanfiction com o intuito de apenas ser um trabalho de fã para fã sem nenhum fim lucrativo. Todos os direitos reservados.

    Conflitos do Coração

    Capítulo Único

    [?] Ela é a rosa. Ele o espinho. ?Ambos não necessitam um do outro.? Era o que ela pensava. Até que um dia, colheram-na. Afastaram-na totalmente do espinho. Mesmo assim a primeira coisa que pensou foi: Onde estaria o espinho? Onde estaria seu sustento? E o mais importante, onde estaria sua proteção? Foi neste momento que a rosa descobriu. Ela fingia odiá-lo. Fingia não suportá-lo. Porém, quando ele se afastou, a rosa murchou. [?]

    Chovia. A vila de Konoha estava forrada com uma camada de água e lama. Os céus não estavam sendo delicados com naquela tarde. Embaixo do temporal, um ninja hiperativo e cabeça oca andava sem um destino certo, pouco se importando se ficaria doente ou não. Literalmente ?cabeça oca? não era só um dizer.

    Seus olhos azuis pareciam estar focados no nada, mas eles estavam atentos em cada gota que caía de seus cabelos e aterrizava no chão em alguma poça qualquer formada pela lama, cada gota que tocava nos telhados e fazia sons ocos, cada gosta que deslizava pelas paredes. Eram sons suaves e calmantes. Os cabelos loiros, desalinhados de propósito lhe conferiam uma beleza natural e livre. As mulheres gostavam, mas aquela da qual ele desesperadamente tentava ganhar atenção, ainda não havia caído em sua doce armadilha.

    Já ganhara muitas confissões, mas nenhuma delas era à que tanto ansiava ouvir. Pensava que por mais que se esforçasse não conseguiria sequer as primeiras duas palavras. Estava crescido, não era um garoto, muito menos uma criança. Era um homem. Um Jounnin com somente vinte anos ainda perseguindo o sonho de ser Hokage. Assim como sua pequena bara.

    Andava pelo terreno lamacento ora suspirando, ora bocejando.

    ?? Sakura-chan... ? Seus pés traçavam um caminho de ordens involuntárias mandadas pelo cérebro. ?? 'Um pé atrás do outro....um pé atrás do outro....' ? Debatia-se internamente por ter tanta coragem em se jogar para a morte para salvar pessoas e não poder ter tanta sobrando para declarar-se de novo. Talvez usa-se coragem demais em situações extremas, teria de repensar no assunto. Já havia dito uma vez para Sakura que a amava. Ela nunca deu uma resposta concreta.

    Suspiro.

    ?? O que poderia fazer para ela me contar o que realmente sente? ? Fala colocando as mãos nos bolsos da calça e franzindo o cenho. ?? 'Ainda mais agora com o que a Hinata falou há uma semana. Que me... ama.' - Diz para si próprio tentando discernir as palavras da ocasião ainda fresca em sua memória ? reflete. Não soube nem como responder sua companheira, como iria fazê-la entender que amava outra, mas ficava feliz em saber que era amado? ?? Como minha vida pode ser tão absurda!? ? Esbraveja chutando uma pedra. A pedrinha rola e para á um par de pés a sua frente. ?? Uh-mm? ? Resmunga levantando a cabeça.

    ?? A maior parte do conhecimento de como tornamo-nos pessoas e vivermos a vida vem como se ninguém soubesse. ? Disse o homem a sua frente bem devagar. ?? Em minha visão, não somos pessoas antes de deixarmos algumas frustrações passarem e algumas lágrimas caírem. ? Kakashi que estava parado à frente de Naruto, guardando a última versão lançada do maldito Icha Icha Paradise em seu bolso.

    ?? Kakashi-sensei! ? Exclamou o loiro animado descansando as duas mãos atrás de sua cabeça. ?? Obrigado pelo conselho, ?mesmo não sabendo muito bem o que fazer com ele?. ? Pensou, mostrando um belo sorriso guardando para si próprio o comentário. Kakashi não comentou, mas podia-se ver um pequeno indício de sorriso por baixo de sua máscara. Talvez ele pudesse ler mentes? Quem sabe.

    ?? Não foi nada. ? Alegou rapidamente fazendo uma pausa antes de continuar. ?? Preciso ir andando pois a Godaime quer que eu assine alguns papéis para as próximas equipes de Genins. ? Um até logo rápido, desapareceu em uma nuvem de fumaça fazendo um sinal com a mão.

    ?? Kakashi-sensei, você nunca vai mudar. ? Naruto pensa consigo, rindo.

    De forma inesperada as nuvens começaram a se movimentar e a cuva que já caía engrossou. O som alto e claro do trovão o fez dar meia volta para ir em direção a sua casa quando de repente, vê logo adiante uma garota conhecida.

    Seus olhos acompanhavam-na sorrateiramente já que ela ainda não havia se dado de sua presença. Usava um jaleco branco que ia até metade das coxas fazendo com que suas pernas longas ficassem à mostra. Estava apoiada com as duas mãos na dobra dos joelhos, molhada e resfolegando de uma recente corrida para escapar da chuva. Protegia-se embaixo de um beiral de uma loja qualquer.

    A visão deixou o Uzumaki paralisado embaixo da chuva por alguns segundos. A beleza que ele via o deixava extasiado. Sakura se tornara médica chefe do grupo de Jounnin ao qual o mesmo pertencia, mas também atendia ao hospital de principal de Konoha em certos dias. E ali estava ela. Pegando um belo de um resfriado. ? Pensou.

    ?? Sakura-chan! O que está fazendo aqui?! Deveria estar em casa com essa chuva. ? Convicto, Naruto gritou fazendo-se mais alto que o som da chuva. Já caminhando para debaixo do beiral da loja abrigando-se com a Jounnin.

    ?? Naruto! ? Com a voz embargada de surpresa, Sakura lançando-lhe um sorriso autêntico e feliz por sua aparição repentina. Gostava da companhia de Naruto. Mesmo já com tantos anos de convivência, o loiro nunca mudaria seu jeito nem um pouco casual e carinhoso de tratá-la. O que a fazia ficar feliz só de sua presença constante ao lado da dela. Formavam uma equipe desde de seus 12 anos, apesar de alguns anos separados por treinamentos, sempre formavam uma equipe perfeita.

    ?? Sakura-chan, você está ensopada. ? Murmurou Naruto, rindo discretamente. Aproximou-se dela e como se quebrasse o êxtase de felicidade que a acometia a fez voltar para a realidade. ?? Vamos para minha casa que é mais perto que a sua e daí você pode se secar. Não quero que fique doente. ? Falou com aquele sorriso bobo que sem perceber fez com que Sakura corasse levemente. Era um sorriso e preocupação sinceros.

    ?? Não sei bem Naruto. Eu já estava indo para minha casa. Não quero em absoluto incomodar. ? Sussurrou em um tom baixo olhando para os próprios pés, mas mesmo assim o loiro ouviu.

    ?? Vem? ? Ele estendeu a mão para ela ignorando toda a frase que acabara de falar. Ele não perguntaria duas vez então não adiantaria dizer não. Sakura pegou a mão de bom grado. Era quente e fazia o formato de uma concha na mão dela.

    ?? Está bem. ? Aquiesceu em um sinal positivo.

    ?? Nossa, Sakura-chan, como você está gelada. ? Anunciou Naruto arrepiando-se. ?? Toma. ? Falou já retirando o próprio casaco.

    ?? Naruto eu não posso aceitar. ? Relutante, Sakura exclamava, mas em contrapartida estava esfregando as mãos em seus braços numa tentativa vã de afastar o frio.

    ?? Vai sim. ? Disse Naruto já colocando nela.

    ?? Está bem. ? Falou, fazendo cara de emburrada. Não queria que Naruto pegasse alguma coisa por causa dela.

    ?? Vamos? ? Pergunta animado.

    ?? Hum. ? Ela acenou com a cabeça em sinal positivo.

    Chegando à casa de Naruto, Sakura sentiu-se um estranha, no caminho ela estava um pouco ofegante e parecia que agora o cansaço a dominava por completo. Estava a dois dias sem dormir. Sem nenhum aviso prévio ela desmaia. Naruto em um movimento ágil a pega a poucos centímetros de bater com a cabeça no chão.

    ?? SAKURA-CHAN! ? Naruto grita, mas os trovões abafaram o som a um barulho surdo. Semp pensar muito ele a carrega para dentro. Subiu as escadas com um pouco de dificuldade pois não queria que Sakura batesse nas paredes do corredor. Devagar a carregar nos braços e a deposita em sua cama.

    As roupas molhadas de Sakura encharcavam seu colchão. Ela estava ensopada mesmo com o casaco que lhe dera a um tempo atrás. Sua situação não era melhor. Se põem mais sério em relação ao que acontecia ao seu redor. Sakura estava em sua cama, uma tentação, mais estava molhada e desmaiada. Quase de imediato ele coloca uma das mãos na testa da companheira, estava gelada, mas antes percebe que se Sakura ficasse daquele jeito em sua cama, não adiantaria esquentá-la.

    Então vai até o banheiro e pega uma toalha voltando em seguida. Cuidadosamente levanta Sakura pelo tronco erguendo-a com um de seus braços, rodeando-a pela cintura. O loiro tira o jaleco que Sakura estava vestindo lentamente jogando-o dentro de um cesto para lavar depois. Logo, ele abre com a outra mão o zíper da jaqueta de Sakura e vai descendo deliciando-se com a vista mais que privilegiada. Seus olhos acompanharam a pele branca à mostra, enquanto delicadamente retirava-a por completo deixando Sakura só de roupas íntimas ? pelo menos na parte de cima.

    O sutiã era simples de um tecido levemente cor-de-rosa. Nada de rendas ou coisas provocantes. Era de se esperar, mas Naruto não pode deixar de dar um risinho tímido, afinal, adoraria vê-la com um sutiã vermelho de renda. O pensamento foi impossível de bloquear.

    Olhou atentamente a sua amiga, companheira e tantas outras coisas que Sakura era para ele. Ali, em seus braços tão próxima e tão longe ao mesmo tempo.

    Envolve Sakura com a toalha e vai secando-a. Cada pequena parte, começando com o pescoço indo apalpando cada curva da garota com uma lerdeza absoluta. Sua paixão não se atinha a só a personalidade de Sakura, mas também a luxúria de seu corpo. Era um conflito constante. Não se atrevia a tirar os shorts de Sakura ? seria um extremo pervertido se o fizesse ? então só secou suas pernas, longas, torneadas e tão deliciosas.

    Terminando de secá-la e parecendo satisfeito com seu trabalho, ele abre seu armário e pega alguns cobertores e cobre Sakura com dois deles. Na verdade era um exagero, mas quem poderia culpá-lo?!

    ?? Sakura... ? Ele chamou a garota num sussurro próximo ao seu ouvido. Um lamento perdido nas lembranças. Como ela não reagiu o loiro saiu de perto da mesma e andou de um lado para o outro do quarto sem saber o que fazer. Mais uma coisa ele tinha certeza, não desgrudaria os olhos dela até que ela acordasse. Sem qualquer compromisso, os orbes azuis se atrairam na direção de Sakura e depois para a bagunça que seu quarto estava.

    ?? Tenho que colocar isso tudo em ordem. ? Pensou. Sakura não esboçava nenhuma reação e uma arrumação rápida para quando ela acordasse não faria mal. Antes de tudo retirou a camisa encharcada e se secou o melhor que pode trocando por uma blusa mais quente. Repetiu o processo com a parte de baixo, só que dessa vez numa velocidade maior. Jogou todas as roupas molhadas no cesto de roupa suja.

    Depois começou a operação. Foi se esgueirando para fora do quarto pegando objetos deixados no chão ? suas roupas da semana passada, calçados, kunais, shurikens, leite, potes de ramem, etc...

    Foi colocando cada um em seu lugar. Lixo, armário, bolsa, lixo.

    Quando terminou, voltou ao quarto, mas quando viu que Sakura ainda continuava desacordada começou a ficar aflito. Era estranho, ela não estava com febre, talvez fosse cansaço? Sakura trabalhava muito. Os pensamentos pararam quando seus olhos se fixaram em um lugar que lhe parecia muito convidativo.

    A boca de Sakura.

    ?? Não mesmo. Naruto controle-se. Sakura nunca te perdoaria. ? Pensa ele. ? NEM SEU CORPO. Ela vai te bater até sua outra vida. Apear que... Bom. Acho que não faria mal algum me aproximar, só para espiar não é? ? Não conseguia mais manter-se tão longe dela. Mesmo que tentasse negar. Os lábios fartos e rosados eram convidativos demais pra que ele resistisse. Ao se aproximar dela Naruto se sente cada vez mais atraído pela boca da garota.

    Diminuindo a distância até chegar a milímetros da mesma. Não resistindo. Pelo menos queria saber o porquê de sua boca ser tão convidativa. Logo, ele uni seus lábios aos dela, e Sakura tem a primeira reação desde o desmaio.

    Ela o corresponde.

    Naruto sente uma confusão de sentimentos dentro de si, mas não parou. Até que Sakura para se distanciando e se contorcendo na cama com os nós de seus dedos a segurar fortemente o lençol falando coisas sem nexo. Ela estava delirando e começou a falar coisas cada vez mais sem sentido. Bom, sentido havia. Mas só se fosse como ele, um amigo próximo para reconhecer e juntar as frases sem nexo em uma única ideia complexa.

    ?? Não... Sasuke, por favor, não vá. Naruto você faz parte... Minha vida... Sasuke não vá. Naruto obrigado... Naruto... Não me deixem. Não posso ficar... sozinha. Sem vocês. ? Então o loiro ficou em choque pois viu que depois de tantos anos ela ainda não havia superado a ida de Sasuke. Apesar de que ela o cita igualmente, mas como sempre: nada concreto.

    Naruto a olha desolado e coloca a mão sobre a testa da mesma novamente. Agora ela estava mais quente, quase uma febre. Delirando? Não devia ter pegado aquela chuva, ou qualquer coisa que tivesse acontecido antes. Naruto recriminou-se por não a ter encontrado antes.

    O loiro passou a noite inteira velando o sono de Sakura ? ou pelo menos achou isso ?. Cada vez mais ela se contorcia na cama e sussurrava pelo nome de ambos. Ele e Sasuke. Até que se deu por satisfeito quando Sakura começou a relaxar e dormir com um pouco mais de tranquilidade. Se aconchegou melhor na cama e adormeceu ao lado dela. Alguns diriam que abraçado com ela, mas o que ele não desconfiava é que ela acordaria antes do amanhecer.

    Sakura acorda com a cabeça doendo e latejando. Sentia como se o seu corpo todo tivesse sido surrado até a morte, mas o que mais lhe doía, era o coração. Parecia que parte dele lhe estava faltando, mais um dos pesadelos? Não sabia. Ela tenta se mexer na cama, mas não pode.

    Logo abre os olhos e percebe que não está em seu quarto. Era um quarto conhecido, mas não se lembrava de onde o conhecia. Foi então que tentou juntar os acontecimentos anteriores em uma linha de tempo coerente.

    Estava com Naruto na chuva quando começou a não se sentir bem. Estava cansada e a chuva havia baixado sua pressão. Lembrou de que ele estava ao seu lado quando desmaiara. Foi então que reconheceu o quarto do companheiro de equipe.

    Ela se mexe na cama e sente algo atrás de si. Era quente e aconchegante e a envolvia pela cintura. Sentiu vontade de abraçá-lo e logo a dor que estava a incomodar deu espaço a um alívio e alegria. O som da respiração suave que daquela figura se ouvia e invadia a garota com uma serena paz e tranquilidade... E não demorou muito pra que ela desejasse virar pra saber quem era aquele que tanto a trazia a paz. Não era difícil de imaginar, afinal já reconhecera o quarto.

    Ver Naruto dormindo era uma sensação diferente. Não como um menino como sempre costumava vê-lo quando ia acordá-lo para as missões. Mas como um homem. Sua boca não estava aberta ou escorrendo baba como das outras vezes, mas sim delineada e entreaberta. Era o melhor rosto para ver após acordar, seu loiro bagunceiro e desastrado. Olhou pela janela rapidamente e viu um Ainda chovia, mas era menos que antes. As gotas espaçadas entre os vãos da janela e nos próprios vidros batiam com violência exagerada. As gotas formavam formas engraçadas e a luz da lua fazia com que alcançassem uma parte dos cobertores da cama e fizessem desenhos desconexos. Era cedo. Virou seu rosto para a cômoda de Naruto e de relance viu que passavam das duas horas da madrugada. Voltou a olhar Naruto, e pensou em como seria ter os lábios dele unido aos dela.

    ?? O que estou pensando? ? Recriminou-se baixinho. ?? É o Naruto. Ele não é mais o menino que me protegia por amor platônico, ele cresceu e provavelmente esqueceu do que sentia por mim. ? Pensou silenciosa. O cenho formara um vinco no meio dos olhos. Que sensação era aquela. Dor? Perda? Aperto? Um beco sem saída. Era bom saber ser amado, mas quando tiram essa sensação de você... o que sobra?

    Tentou afastar aqueles pensamentos por anos, mas nunca conseguiu com sucesso e agora eles voltavam de novo.

    ?? Sakura! ? Ela ouviu-o chamar sonolento pelo seu nome e assustou-se. Tentou manter distância para que não cometesse a loucura que seu coração pedia e caiu da cama fazendo um enorme barulho ecoar pelo quarto.

    ?? SAKURA-CHAN!? Sakura-chan! Você está bem? ? Um Naruto meio grogue esfrega os olhos com os punhos cerrados e quando termina seu serviço ela vê aqueles olhos azuis a olhando preocupados. Seu coração pareceu pular de tanta emoção.

    ?? Estou bem Naruto. Não se preocupe. ? Respondeu o mais calmamente possível abaixando a cabeça numa tentativa de esconder o rubor da face. Claro que era quase impossível depois da tortura alucinante que era estar em braços tão cálidos a abraçando carinhosamente minutos atrás. Sua voz pareceu mais rouca do que previra. Naruto não se convenceu, mas antes que ele pudesse contra-argumentar Sakura olha para si na ausência do calor e ficando estática soltando um grito em seguida.

    ?? KIIIIAAAAAHHHH!! ? A pequena falta de roupas em seu corpo a faz gritar. A primeira ação foi colocar os braços na frente de seu tórax do melhor jeito que pode. ?? NARUTO?! Onde estão minhas roupas ero-Uzumaki? ? Diz Sakura brava e envergonhada ao mesmo tempo.

    ?? Eu tive que tirar de você porque estavam molhadas. ? Disse Naruto resmungando. ?? Você iria congelar e ficar doente. Só me preocupei com você. ? Fala fazendo bico e virando a cabeça como uma criança, naturalmente.

    ?? Tudo bem Naruto. ? Afirma Sakura levantando-se. ?? Não pretendo ficar. Já abusei demais de você por uma noite. ? Rapidamente sem que Sakura perceba Naruto já estava de pé a pegando no colo.

    Ela cora bruscamente.

    ?? BAKA! ? Ela bate no rosto dele. ?? O que está fazendo? ? Sem se importar muito com as reclamações o loiro coloca-a delicadamente na cama.

    ?? Desculpe-me Sakura-chan. Você estava com um pouco de febre... ? Ele olha para o relógio na cômoda e raciocina um pouco e continua ?? ...ontem que fiquei com medo dela voltar. E por enquanto ainda não estou satisfeito de sua cura repentina. E essa doeu. ? O loiro massageou o lugar em que Sakura o havia acertado. ?? Não, não está abusando de mim. E sim. Você vai ficar aqui por enquanto até eu terminar meu interrogatório. Primeiro. Como se sente? ? Ele fica de frente para Sakura em cima dos próprios joelhos falando rápido e atropelado.

    ?? Poderia facilmente me acostumar a ficar pra sempre do seu lado Naruto. ? Pensa a garota sorrindo. E nisso sem perceber encara-o profundamente em seus olhos ainda envolta por seus pensamentos. Uma de suas mãos se levanta saindo da posição protetora de seu peito e vai até o rosto dele acariciando o lugar que havia ficado vermelho por ter batido nele. Ele cora levemente, surpreso pela ação da garota.

    ?? Me perdoe Naruto. ? Sakura fala o fitando profundamente. ?? E não digo somente por bater em você agora a pouco. Sou inconsequente, mandona e completamente cínica. Posso encarar meus maiores medos, só não posso encarar os seus. Me sinto tão culpada por você acreditar que... acreditar que ainda me sinto ligada de alguma forma a... Sasuke. Ele foi muito importante para mim. Não quero abandoná-lo, mas não posso tratá-lo da mesma maneira como antes. Eu me recrimino até por tê-lo tratado daquele jeito antes, afinal... eu não sabia me comportar. ? Diz determinada a contar. ?? Não sou mais uma garotinha apaixonada Naruto. Sou uma mulher. Se sinto falta dele? Sim. ? O rosto de Naruto cai um pouco. ?? Mas não o de agora. Eu sinto falta do antigo Sasuke, mas sei que ele nunca vai voltar. Ele é um assassino agora. E por mais que tente ele não vai voltar Naruto. ?? Disse segura. ? O único que me preocupa é você. ? E faz uma pausa retomando o fôlego. ?? Mais ninguém. ? Ela sussurrou incerta se Naruto à ouvira.

    ?? Sa... Sakura-chan! ? O loiro se apressa a dizer numa mostra de estar sem palavras. Ela acorda de seus pensamentos. ?? Mas, o Sasuke, ele sempre foi, meu melhor amigo, e meu melhor inimigo... como posso conviver sabendo que você desistiu dele?

    ?? Não confunda minhas palavras. Não desisti de Sasuke. SOMOS O TIME SETE SHANNARO!! Mas entenda Naruto, não se atenha a promessa que fez a mim, se quiser salvar o Sasuke... livre-o dessa vida de vingança. Lhe dê paz. ? Um momento de silêncio. Como não ouve resposta Sakura levantou. ?? É melhor eu ir. Não posso ficar aqui ocupando seu tempo. ? Sakura levanta da cama, mas Naruto a segura pelo pulso prendendo-a em sua posição e fazendo-a olhar para trás e encará-lo.

    ?? Você nunca vai ocupar meu tempo. ? Ela cora novamente, vendo o quão sério seu olhar pairava sobre ela, sentindo seu corpo esquentar com um formigamento que percorria sua pele.

    ?? Na-Naruto... ? Fala entrecortada.

    ?? Fica aqui comigo?

    ?? Mas... e-eu... ? Para sendo cortada novamente pelo loiro sem chance de dizer nada.

    ?? Nem mais nem menos. ? Ele a segura mais firme. ? Não aceito não como resposta.

    ?? Tu...Do...Bem... ? À mesma altura dos olhos de Sakura, Naruto fitava-a. Queria testar a verdade nas palavras de Sakura e viu que não eram mentira. Sakura fica surpresa. Aqueles olhos azuis a fitavam e tentavam sugar seu conteúdo. Mostravam a alma de seu companheiro. Inocente, confiante, pura, preocupada, amargurada, mas, ainda assim, apaixonada pela vida.

    O olhar de Sakura logo demonstra exatamente o que o loiro quer. Uma porta para se aproximar e saber que tem chances de algum dia poder aconchegá-la em seus braços e poder chamá-la de minha.

    ?? Ficará então bem aqui. ? Disse indicando com o dedo a cama. ?? Deite-se. Farei algo para você comer e se esquentar. ? Se encaminha até seu armário e joga para Sakura um casaco seu. ?? Acho que prefere usá-lo não? ?? Pronuncia com um sorriso travesso brotando em seus lábios

    ?? Aaaa... Sim... ? Sussurra uma Sakura sem jeito. Ele sai. Primeiro teve a chance de beijá-la. Agora teve a chance de chegar ao seu coração. ?? Farei de tudo, Sakura. Serei aquele que te merece e que estará sempre ao teu lado. Juro que vou conseguir dessa vez chegar ao seu coração e Sasuke também vai estar presente no meu julgamento. ? Reflete para si mesmo encaminhando-se à cozinha.

    Após um tempo de espera, Sakura que ficara no quarto levantou e colocou os pés para fora da cama. Pensativa, não conseguira dormir e ainda segurava a jaqueta que lhe foi jogada a mão. Levando rapidamente a jaqueta de Naruto ao nariz pode sentir a fragrância viril que o loiro tinha. Não era perfume e sim o cheiro de Naruto impregnado em suas roupas. Era delicioso.

    Na madrugada, na casa de seu amigo que poderia possivelmente a fazer feliz há muito tempo. Seus sentimentos tão confusos imergiam e submergiam rapidamente, mesmo depois de tanto tempo, abalavam-na. Decidiu-se, por fim, que faria com que todo aquele amor fosse compartilhado. Só ficava apreensiva em um ponto.

    Se viu quente e olhou ao redor. A cama contava com dois cobertores. Naruto tinha estado ocupado pensando num meio de esquentar a ambos numa noite fria. Resolveu colocar o casaco de Naruto para cobrir-se já que tirou sua roupa debaixo também jogando-a para um lado no quarto.

    ?? Agora que venha a revelação. ? Falou para si mesma dirigindo-se para a cozinha. Estacou na soleira da porta e olhou para Naruto. O loiro arranjou uma pequena confusão em sua própria cozinha quase explodindo o bule de chá e xingando a si própria palavras ininteligíveis.

    Sakura riu baixinho sem ser notada. Andou devagar até as costas do loiro e agarrou-o por trás encostando seu corpo meio quente ao dele. Uma de suas pernas circundava o Uzumaki que paralisou surpreso pelas ações de Sakura. Sabia que era ela, pois seu perfume a denunciava.

    ?? S-Sakura...

    ?? Shhhhhhh... Eu juro que quero tentar Naruto. Juro que quero ficar com você. Juro que te amo de uma forma imensa e me sinto bem com você, mas tenho meus medos. ? Naruto silenciou-se. Refletiu a frase, e virando-se, aprisionou Sakura em seu abraço fazendo-a fitar seus olhos. Sakura não resistiu e abraçou-o em um gesto cálido. Ambas as faces estavam coradas.

    Ele apoiou sua cabeça nos ombros dela fechou os olhos e sentiu o perfume inebriante que a pele de Sakura exalava. Roçou de leve o nariz no pescoço da mesma para sentir melhor o cheiro tipicamente delicioso que vinha dela. A menina arrepiou-se e fechou os olhos. Sem ao menos pensar no que fazia, ele deslizou seus lábios sobre o pescoço dela e depositou um beijo levemente.

    Numa reação involuntária, ela soltou um gemido baixo, que não passou despercebido por ele. Abraçou-a mais intensamente, diminuindo a distância entre os dois. A proximidade dos corpos provocou reações inesperadas em ambos: ela sentiu sua pele esquentar. Ele, percebeu um volume que discretamente aparecia em suas calças. Pensou quase que instantaneamente que deveria parar de andar com o Ero-senin.

    ? Quais são então? Os seus medos? ? Disse ele ao pé do ouvido de Sakura em uma voz rouca e pura de desejo, mas controlada para que ela se abrisse finalmente para ele.

    ? Tenho medo de que se me entregar para você, e você passe a enjoar de mim e me largue. Tenho medo de te amar incondicionalmente e sair ferida depois. Tenho medo de te amar e te perder. ? Diz, abaixando o rosto e seu semblante tornando-se tristonho, mas o loiro levanta seu queixo para que ela olhe em seus olhos.

    ? Nunca iria fazer isso com você, Sakura-chan. Eu prometo. Me dê uma chance. ? Diz olhando os olhos de Sakura tão profundamente que qualquer um diria que estava na verdade tentando procurar a alma que se escondia atrás daquelas duas janelas verdes.

    O silêncio se instala entre os dois.

    Sakura quase desistiu desviando seu olhar do de Naruto, mas tão rápida e avassaladora jogou-se nos lábios do loiro tanto quanto ele os recebeu. O amor, a paixão e a luxúria eram os três únicos sentimentos presentes naquele jogo de sedução. Um conflito de emoções que se instalava e fazia os corpos se manterem quentes.

    As línguas travavam uma batalha. Uma batalha de sofrimento que há muito foi estancada, uma batalha de reconhecimento, uma batalha para a verdade. Os dois se entregaram. Os dois viveram. E ao acaso de uma simples noite de tormenta, de sentimentos e dúvidas que se consumiam nos conflitos do coração dos amantes.


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