Samurai Eternamente

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    Capítulos:

    Capítulo 28

    No pôr do sol um novo inimigo

    Álcool, Drogas, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Capítulo 28: No pôr do sol um novo inimigo

    Hellt, Tay e Antony comiam numa lanchonete, haviam andado bastante desde aquele dia do reencontro na rodoviária, estavam na cidade Santa Lívia, naquele instante Hellt se levanta e vai ao banheiro enquanto Tay e Antony continuam comendo.

    - Cara eu custo a acreditar nessa loucura toda de Olho das Eras, é estranho demais, parece que as pessoas se esqueceram dos ideais de um samurai. – o loiro fala.

    - O homem em si já tem uma natureza corrupta e por isso que é tão difícil seguir os ideais de um samurai. – foram as palavras do menor que surpreenderam o maior.

    - Você tem mesmo só seis anos? Tipo você é bem mais esperto sabia?

    - É por causa dos meus poderes psíquicos, eles fazem com que minha mente se desenvolva rápido, se o Hellt não tivesse me ensinado a controlar meus poderes eles teriam me matado há muito tempo... – o garotinho responde.

    - Você deve ser bem forte mesmo, você venceu o Lian, sabia que ele é um aluno conceituado? – o maior pergunta novamente.

    - Na verdade eu senti que os poderes dele poderiam ser os mais problemáticos contra o Hellt é uma das minhas capacidades. – o menino fala sorrindo. – Você, o Hellt e o tal do Elias se conheciam há muito tempo né? Eu lembro deles falando alguma coisa sobre você...

    - Sim, a gente aprontava muita coisa no dojo quando a gente era mais novo, já saímos em missões juntos... É uma pena que ele só percebeu tarde demais que o Hellt não era o criminoso, ele vai fazer muita falta. – o maior fala com pesar.

    - Falando de mim? – o jovem mestre fala em tom de brincadeira chegando de surpresa.

    - Mais ou menos... – o garotinho responde.

    - Terminem seus lanches e vamos, temos um caminho longo até Telves. – Hellt fala se sentando perto deles e voltando a comer.

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    Num centro de polícia na cidade de Santa Lívia alguns policiais comentam observando fotos e vendo fichas.

    - Onde ele estará? Depois dessa cidade não houve nenhuma manifestação de uma batalha... – um dos policiais fala mostrando uma cidade num mapa, falavam de Hellt.

    - É difícil localizá-lo, ele é furtivo e quando um samurai ou policial o reconhece ele o desmaia e some, se pelo menos soubéssemos aonde ele quer ir. – o outro constata.

    - Ele pode estar até aqui em Santa Lívia, vai saber... – o outro fala olhando fotos dos discípulos de Célio.

    Subitamente a porta se abre e aquele ser adentra o local caminhando em sentido aqueles três policias, as feições eram de surpresa, nenhum dos ali presentes havia visto alguém de cargo tão alto pessoalmente apesar de conhecerem aquele homem de fotos.

    - É o executor Charles Grojan... – eram os comentários gerais ali.

    - Boa tarde senhores. – o executor cumprimenta. – Fiquei sabendo que vocês são a inteligência dessa cidade estou correto? – era interessante a forma como Charles falava como se fosse um policial de cargo baixo.

    - É uma honra ter o senhor aqui Sr Grojan! Sim nós somos a inteligência daqui, não imaginava que haviam mandado os executores para caçarem Célio Ômega.

    - Era para ter chegado aqui mais cedo só que fui enganado por uma pista falsa, segui um caminho errado, mas mostrem-me o que tem sobre o irmão Ômega mais novo. – Charles fala.

    Os policias pegam todas as fotos e mapas, assim como anotações diversas e mostram para o executor.

    - Então... Não houve pista dele depois dessa cidade correto? Aquele assassino já pode estar a quilômetros daqui...

    - Estávamos discutindo isso Sr Grojan, se pelo menos soubéssemos pra onde eles estão indo... Talvez só estejam fugindo e nada mais. – o policial opina.

    - Eu fico pensando nas motivações de um assassino, por que Célio Ômega mataria o pai? E por que usou os alunos nesse assassinato? Não consigo ver um motivo entendem? – opina o executor.

    - Talvez tenha havido um desentendimento de família, não dá pra saber os motivos sempre, temos que nos apegar aos fatos, Célio Ômega matou o pai e, possivelmente, matou civis e outros samurais num caminho que se perde nessa cidade, é isso que temos e somente sobre isso que temos que trabalhar! – o policial fala mostrando no mapa a cidade onde o rastro de Hellt foi perdido.

    - Você tem razão, nada pode apagar o mal que ele fez, toda dor que ele causou. – Charles fala observando as fotos, de repente ele se vira e caminha em sentido a saída. – Vou caminhar pelas ruas, quem sabe não descubro algo... Não gosto de ficar parado esperando.

    - Esse cara me assusta! – um dos policiais fala.

    - Ele transpassa calma, será que as histórias sobre a fúria dele são verdadeiras? – o outro comenta.

    - Não tem possibilidade... – o terceiro policial fala olhando o mapa, parecia não ter ouvido seus colegas. -... Ele não pode estar em Santa Lívia, somente se algo o atrasou, mas se algo o tivesse o atrasado nós saberíamos, afinal nenhuma batalha nos passaria despercebido... – foi a conclusão chegada por ele, o que não pensou foi a possibilidade do Hellt se atrasar por esperar alguém, no caso Tay.

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    - Hamian o que você acha sobre Célio Ômega? Por que matou o próprio pai e pra onde está indo? – Charles perguntava a seu espírito.

    - Não faço ideia, você deveria parar de pensar nisso, você sempre quer entender os motivos dos assassinos pra ver se entende a motivação daquele homem, algumas vezes não existe motivo... – a voz feminina responde.

    - Não existe porra de motivo nenhum! Ele só matou e pronto, aceite isso seu idiota! – a voz masculina opina.

    - Sempre existe um motivo Hamian, o problema é que às vezes os assassinos morrem e levam seus motivos como aconteceu com aquele homem. – andava distraído pela rua, tão distraído que trombou com um jovem errante.

    - Desculpa moço, eu não te vi aí. – o jovem errante fala com um sorriso sem graça.

    - Sem problemas loirinho, eu que estava distraído. – ele responde.

    - Até mais então senhor, vou te deixar trabalhar... – o garoto fala seguindo seu caminho.

    - Esse garoto me parece familiar. – fala tentando se lembrar de algum conhecido, não tem resultado positivo, então começa a andar até que um estalo em sua mente o faz arregalar os olhos.

    “Jonas Cornelius Tayson, discípulo de Gilbert Ômega, primeiro bolsista oficial do dojo Ômega já vi sua ficha antes, o que ele ta fazendo aqui e sem uniforme dos Ômega? Espera, ele tem que ter alguma ligação com Célio Ômega, afinal as bolsas de estudos só começaram a ser distribuídas por causa do mais novo dos herdeiros Ômega!” Eram muitos pensamentos de uma vez em sua cabeça, formulava a possibilidade de Tay estar viajando com Hellt.

    O loiro segue seu caminho pelas ruas e vielas, o que ele não desconfiava é que aquele policial ao qual havia trombado o seguia pelas sombras. O gordinho chega até uma esquina, quase na fronteira da cidade, e pára olhando para os lados, parecia procurar alguém, espera ali por quase uma hora.

    “Acho que me enganei, ele ta ali faz um tempo e ninguém chegou, talvez ele só estivesse em um trabalho de espionagem pro dojo Ômega, foi apenas paranoia minha...” Era o que o executor pensava observando o loiro até que uma voz chega a seus ouvidos.

    - Hei Tay, faz tempo que você chegou? – uma voz grave que chama a atenção de Charles, sua feição muda para surpresa, ha poucos metros a sua frente Célio Ômega caminhava com um de seus discípulos em sentido ao loiro.

    - Si, mas vocês demoraram hein? Eram muitos samurais, eu sabia que eu devia ter ido com vocês! – o loiro fala.

    - Não se preocupa, eles não haviam te visto e eu te falei pra você vir pra cá nos esperar, você agiu certo Tay, é bom que adiemos que eles saibam que você está com a gente.

    - Uma hora vão descobrir, porém evitar é sempre bom. – Antony opina, de repente o som de passos chama a atenção de ambos, os três olham apreensivos.

    - Como o destino é curioso, quem diria que só de caminhar na rua iria chegar até vocês? – Charles fala saindo de seu esconderijo.

    - Merda! Eu trombei com esse policial na rua, devia ter prestado mais atenção se ele tava me seguindo! – Jonas fala nervoso consigo mesmo.

    - Esse cara deve ser bom pra te seguir até aqui... – Antony afirma, nesse instante eles reparam nos tremores no corpo de Hellt.

    - Esse cara é um dos executores da polícia, ele é Charles Grojan o indivíduo que quase matou Eliéser! – o jovem mestre fala engolindo seco e suando bastante, ele olha para seus colegas pensando: “Eu sabia que isso iria acontecer, uma hora ou outra os executores entrariam nessa batalha!”

    - Me responda Célio Ômega quantas pessoas você já matou até aqui? – sua feição era séria e calma embora suas palavras carregassem um tom de raiva.

    - Eu sei o que você quer Grojan, eu posso te enfrentar, mas não aqui, só que você tem que deixar esses garotos em paz! – Antony e Tay não entendem a postura de Hellt.

    - Eu sempre imaginei que você fosse o cabeça de todo esse esquema, sem você seus colegas serão presos facilmente, além disso, não me agrada lutar contra crianças... Aonde quer lutar Célio Ômega?

    - No alto daquela encosta. – Célio fala apontando para uma serra depois da fronteira da cidade.

    A caminhada até o local da batalha foi tranquila, nenhum deles quis usar a super velocidade pra chegar até o local, agora os inimigos estão em lados opostos se olhando, ambos sacam suas espadas enquanto o sol se punha, Célio está prestes a enfrentar um inimigo com mais poder do que ele pode imaginar, não existe escolha é vencer para sobreviver.


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