Em Boston:
Uma mansão branca, com um jardim colorido na frente e no meio uma fonte com dois anjos com um vaso em mãos despejando água, mais a frente um portão com grades brancas que se abriram automaticamente e uma limusine entrou parando na frente dos degraus da porta de entrada.
Um homem branco de olhos ônix e cabelos negros bagunçados abriu a porta da limusine, estava trajando um paletó preto e ficou parado a fitar a imensa porta de madeira a sua frente.
Um homem de meia idade abriu a porta da mansão assim que o homem de olhos ônix parou em frente à mesma. O homem de meia idade estava vestido com roupas de mordomo e saindo da frente, esperou que seu senhor entrasse para assim fechar a porta.
-cadê minha esposa? –Perguntou sério, retirando o paletó e desatando o nó da gravata azul.
O mordomo pegou o paletó que o homem lhe estendia e ajeitando o mesmo no braço direito, respondeu.
-está lhe esperando no jardim senhor.
O homem nada esperou, seguiu rumo ao jardim de trás da mansão. Passando ao lado da escada que levava ao segundo andar da casa, uma menina de cabelos róseos e olhos pretos, veio correndo em sua direção. Ela estava usando um vestido rodado rosa bebê com uma fita na cintura, seus cabelos eram repletos de cachos e em sua mão segurava um ursinho marrom.
-PAPAI. –Ela gritou pulando em seus braços e o abraçando fortemente.
-minha princesa. Como você está? –O semblante sério do homem mudou, assim que sentiu a filha em seus braços. Alargou um sorriso e olhou para ela com olhos de amor paterno.
-estou bem papai. Onde o senhor estava? Eu estava com saudades. –Ela olhou para o pai com o olhar mais carinhoso possível, o que fez o homem que até aquele momento mudar seu semblante sério para carinhoso, beijar-lhe a testa.
-estava ocupado, querida. –Colocando-a no chão ele ajeita o vestido dela que estava amassado e beijando a pequena mão de sua princesa, pergunta. –cadê seus irmãos Bessie?
Ela subiu um degrau e antes de continuar a subir, respondeu.
-o Dustin foi ao Fenway Park e o Ebert está dormindo ainda.
-já são quase meio dia e ele ainda está dormindo, acorde-o para mim, meu amor. –Após dá a ordem se virou de costas assim que viu sua pequena Bessie subir os degraus correndo.
Ele voltou a caminhar em direção ao jardim, chegou diante a uma porta de vidro blindado e a abriu. Caminhou por um tempo em direção a um labirinto de arbustos até chegar ao centro, onde avistou em uma mesa redonda branca com duas cadeiras brancas uma mulher branca, trajando um vestido longo vermelho com um decote quadrado e segurando uma xícara de porcelana cheia de chá. Seus cabelos eram róseos como os de Bessie, única diferença entre ambos os cabelos eram que o da Bessie era mais claro que o da mulher a frente do homem nesse instante.
Ele se aproximou lentamente até a mesa, colocando a mão sobre a costa da cadeira livre, pôs a fitar o rosto da mulher que lhe olhava com ternura e amor, seus olhos cor de jade mantinham um brilho nítido, e o fitava com chamas de amor.
Ela se levantou e se aproximou do mesmo, passou sua delicada mão no rosto pálido do marido e o fitando por um tempo, o beijou lentamente, um beijo carinhoso e sincero. Se separando do beijo o homem pôs a olhá-la e passou o polegar da mão direita sobre os lábios dela, que estavam meio borrados do batom vermelho, a rosada fazendo o mesmo voltou a se sentar assim que ouviu o pedido do marido.
-poderia me dizer o motivo de está tão cedo em casa senhor Sasuke? –Perguntou sua esposa sorrindo, logo depois de colocar chá na xícara vazia.
Ele sorriu, bebericou um pouco do chá servido e olhou novamente para a esposa, e pôs a tomar a palavra.
-claro! Senhorita... Eu entraria de férias agora, e eu disse que passaria com você e nossos filhos, mais...
Sakura lhe lançou um olhar triste, que o fez silenciar no momento em que percebeu o olhar da esposa.
-escute primeiro, querida.
-escutar o que? Mais uma vez você estará ocupado com os assuntos da empresa, é sempre a mesma coisa Sasuke. Não sei se você percebeu, mais faz muito tempo que não nos reunimos todos e fazemos algo em família. O Dustin mal passa os dias em casa, quando chega da escola vai correndo pro Fenway Park, não me escuta quando peço para sentar-se comigo e os irmãos dele na mesa para o jantar, tudo porque ele se espelhou em você, que nunca para em casa e vive para o trabalho. E o Ebert, é a mesma coisa, vive trancado naquele quarto e quando sai é apenas para visitar o Museu de Belas Artes de Boston e não sei se ainda percebeu mais a Bessie também está crescendo, e para dizer a verdade é a única que passa mais tempo comigo, porque ainda é criança porque depois fará a mesma coisa que você e os meninos fazem...
Antes que terminasse de falar os olhos jades de Sakura estavam pingando lágrimas, lágrimas de tristeza e solidão. Desde que Sasuke a conhece, Sakura sempre foi muito família, e prometeu para a mesma que sempre se reuniriam para colocar o papo em dia, que participaria do crescimento dos filhos e compartilharia os dias ao lado de sua querida Sakura. Mais quando a empresa começou a crescer e seu irmão mais velho antes de falecer, passar a empresa para seu nome, quase nunca tinha tempo para a família, e Sakura sempre o cobrava, mais precisava trabalhar ao máximo, para deixar uma vida digna para os filhos e a esposa se um dia ele viesse a faltar.
Sasuke ficou um tempo em silêncio, esperando Sakura se acalmar, notando que ela estava enxugando as lágrimas voltou a falar.
-eu sei o mal que estou fazendo a vocês por nunca está em casa Sakura, mas você entende o motivo disso tudo...
-eu entendo Sasuke, você é meu marido, tudo o que faz tento entender ao máximo possível, só queria que você fosse mais presente na minha vida e na das crianças.
-eu entendo. Mais me permita explicar-lhe a situação?
Sakura nada disse, e o dono dos olhos ônix que a fitava naquele momento, sábia muitíssimo bem o significado de seu silêncio.
-irei fazer negócios com mais quatro empresas, de cidades totalmente diferentes, e se fecharmos esses negócios podemos fazer muito sucesso no mercado. Nossas cinco empresas unidas podem nos trazer até mais tranqüilidade em nossos lares, pois haverá um revezamento de trabalho e assim terei mais tempo para você e as crianças. Mais tenho que fecha o contrato, na Holanda.
Sakura ficou pensativa por um tempo, e viu a pasta com documentações sobre a mesa, pediu ao marido para conferir alguns papeis, ele empurrou a pasta em sua direção e ficou em silêncio enquanto ela terminava de folhear alguns documentos.
-e isso é certeza?
-é sim. Ficarei apenas três dias na Holanda e logo retornarei já totalmente de férias.
Sakura sorriu contente com a novidade, se levantou e sentou em seu colo o abraçando, beijou seus lábios suavemente e sussurrou um “tudo bem” em seu ouvido. Logo foram interrompidos pela voz de Bessie que parecia enojada com o comportamento dos pais, Sakura se levantou sorrindo e a pegou no colo, cobrindo-a de beijos, mais atrás estava Ebert, com os cabelos negros todo bagunçado e coçando os olhos negros ônix. Usava ainda seu pijama listrado e caminhou até o pai com suas meias brancas, que estavam ficando sujas.
Sasuke sorriu para ele e o pegou sentando-o no colo, ajeitou o cabelo dele de lado e ficou a fitá-lo, cochilando novamente em seu colo. Sasuke observava os traços do caçula de homem, e notava que cada dia ele se parecia mais com seu irmão, até os riscos que seu irmão tinha perto dos olhos ele também tinha. Quando Ebert nasceu, Itachi ainda chegou a vê-lo e disse que aquele ser pequenino ainda daria muito trabalho, e foi dito e feito, à medida que ele foi crescendo ficou cada dia mais teimoso e agitado. Quando Ebert completou um ano, Itachi faleceu mais Sasuke havia homenageado o irmão assim que seu filho nasceu o chamando de Ebert Itachi. E proferiu palavras de que seu filho seria cultuo igual ao irmão, o pequeno Ebert tem a personalidade do pai e do Itachi tudo junto, o que deixa a vida de Sasuke mais engraçada e feliz.
Em Angers:
-HARRISON ACORDA GAROTO. –Gritou um loiro de pele morena e olhos azuis, enquanto, batia freneticamente na porta, esperando que o filho mais velho abrisse.
O homem loiro que batia na porta gritava tão alto que não conseguiu evitar em não acordar todos da casa, uma porta se abriu no final do corredor e saindo de lá, surgiu uma menininha de cabelos azulados, lisos e longos, sua franja estava presa para trás em uma presilha de brilhantes. Trajava um vestido rodado branco com alguns laços azuis celestes, calçava uma sapatilha branca e uma meia calça branca. E aparecendo atrás dela uma mulher de cabelos negros azulados, olhos perolados e de pele alva como a neve. Estava com seus lindos cabelos longos desalinhados, e com a cara um pouco amassada, usava uma camisa do marido de quando ele jogava futebol na juventude.
-Naruto, que escândalo é esse? –Perguntou a mulher fechando a porta atrás de si e segurando a filha pela mão.
-o Harrison está atrasado para o colégio, e pediu ontem para que eu o deixasse lá. Mais se continuar demorando deixarei ele ir andando.
A mulher ouvia atentamente tudo o que o marido dizia. E entendia a pressa, pois daqui a duas horas pegará o vôo para Holanda, e antes tem que resolver alguns problemas na empresa. Ela caminhou em direção a porta do quarto do filho, onde havia vários avisos para manter distância. Batendo calmamente, a porta se abre e olhando para dentro do quarto Hinata ver o filho pegando sua mochila.
Ele tinha cabelos negros azulados, e espetados iguais ao do pai, olhos azuis também idênticos aos do Naruto e pele alva como a da mãe. Ele fechou a porta rapidamente e ficou parado diante dos pais e da irmã, que o olhava com os olhos perolados arregalados.
-desculpe a demora. –Ele disse sério, ajeitou a mochila nas costas, e segurou o skate na mão esquerda. Hinata fitou o filho, um pouco preocupada, pelas companhias e o modo que se comportava cada dia mais.
-Harrison, por favor, assim que sair da escola venha direto para casa, nada de ir ao Rio Maine. –Hinata o avisou preocupada, passando a mão carinhosamente na face alva do filho, que mal se importou com o que ela disse.
Já Naruto o olhava sério, não baixava a guarda para o comportamento do filho, sábia que aquilo era uma fase, pois já passou pela mesma. Mais Harrison era muito mais explosivo que ele, e muito de ir pela cabeça dos outros, o que era fácil levá-lo para o caminho errado, já Hinata tinha todo o cuidado possível com as amizades e o comportamento dele. Enquanto ao Naruto, ele não era de avisar, e quando avisava é porque não queria fazer aquilo, mas caso não o escutasse, já é levado pro lado bem pessoal, quando não gerava a surra, vinha o castigo, onde se era tirado tudo que se gostava.
-vamos Harrison. –Disse Naruto, dando um beijo na testa da pequena Heidi. E se aproximando da esposa para lhe dá um rápido selinho.
-tchau querido, tenha uma boa viajem, e tome cuidado Harrison. –Hinata se despediu carinhosamente e ganhou o desprezo do filho, Naruto naquele instante se irou, puxou Harrison pelo braço e o arrastou até a Hinata.
-se despede da sua mãe direito garoto. –Naruto ficou ali parado enquanto Hinata estava assustada, porque sabia como o marido ficava quando Harrison queria dá uma de playboy.
-tchau mãe, e eu tomarei cuidado. Voltarei antes do jantar. –Harrison pronunciou todas essas palavras olhando para o chão, e sentiu o beijo caloroso de sua mãe sobre sua bochecha.
Naruto sorriu contente e deu um tapinha de leve em sua costas, se despediu mais uma vez da filha e antes de sair foi ao quarto do caçula, entrou no quarto com dificuldade devido aos brinquedos espalhados pelo chão. Passou a mão pela cabeleira loira do filho e beijou a mesma, viu o pequeno Harry abri os olhos perolados e voltar a fechá-los, mas com um sorriso nos lábios dessa vez. Saiu do quarto com a mesma dificuldade que entrou e se deparou com a esposa na porta sorrindo.
-cadê o Harrison? –Perguntou Naruto olhando em volta.
-já foi para o carro. Querido, por favor, tenha paciência com ele, isso é uma fase, logo passa. –Pediu Hinata, ajeitando a gravata laranja do marido.
-tentarei, ele gosta de desobedecer minhas ordens e me desafiar, não criei filho para isso. Mais tentarei ao máximo, agora me deixa ir, se não chegarei atrasado na empresa, ainda preciso resolver uns problemas por lá. –Naruto sorriu e beijou os lábios rosados da esposa, que retribuiu o beijo carinhosamente. E após o fim do beijo foi em direção ao carro, deixar Harrison na escola e de lá seguir para a empresa.