O Retorno das Kunoichis

  • Mari Ane
  • Capitulos 6
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 48 minutos

    10
    Capítulos:

    Capítulo 2

    A Nova Matsuri

    Linguagem Imprópria

    A Nova Matsuri

    Enquanto nossos queridos ninjas da folha (e uma da areia) se direcionavam aos seus destinos de batalha, Gaara se encontrava na sua sala a espera dos ninjas que pela cara do Kazekage estavam atrasados.

    A porta se abre lentamente e Gaara apenas levanta os olhos, vendo a imagem de seu irmão Sabaku no Kankuro, o mais novo ninja da areia Kimiko e sua antiga aluna Matsuri que também havia saído da aldeia para treinar, pois se achava muito inútil nas horas da batalhas.

    Gaara olha Matsuri de baixo em cima tentando reconhecê-la, pois não foi informado da chegada da jovem e pela expressão em seu rosto ela havia chegado nessa manhã.

    -Gaara não sei se você lembra mais essa é a Matsuri...

    Informou-lhe Kankuro sorridente. Realmente ela havia mudado muito dês da aparência ao comportamento. Seus cabelos agora já não eram tão curtos mais sim passavam dos ombros, a única coisa que mostrava ser ela realmente eram seus enormes olhos que sempre mantinham um brilho especial.

    -chegou essa manhã Matsuri?

    -hai Kazekage-Sama.

    Como mudará.

    -você pediu para mim reunir duas pessoas para essa missão que você vai nos dá, então escolhi o Kimiko por suas habilidades e quando eu ia chamar a Sari eu soube que a Matsuri chegaria a essa manhã, por isso nos atrasamos, estávamos esperando ela chegar.

    Gaara apenas escutava o que o irmão mais velho lhe informava, atento a cada palavra mais não mudando sua expressão séria.

    -e não prefere descansar Matsuri?

    -iie (não) Gaara-Sama, estou muito bem.

    Disse sorrindo docemente.

    Com certeza mudou, pois quem negaria um dia de descanso oferecido pelo grande Kazekage.

    -então tudo bem, a missão de vocês começara no país da cachoeira o país oculto da cachoeira. Vocês terão que ser discretos e descobri pistas a respeito do ninja líder dos outros ninjas assassinos.

    -hai Kazekage-Sama.

    Pronuncia-se Matsuri.

    -podem parti agora mesmo.

    -hai.

    Todos se pronunciam ao mesmo tempo. Estavam todos a caminho do país da cachoeira, e Matsuri nada disse até que Kankuro resolveu iniciar uma conversa.

    -Matsuri você viu a cara do Gaara quando ele te viu?

    Perguntou sorrindo.

    -vi, ele continua com a mesma expressão de sempre.

    -você que pensa, ele mudou muito dês da sua ida ao treino em outro país.

    -está insinuando que ele mudou só por causa que eu sai da vila?

    -não, somente que ele mudou muito dês da sua ida.

    -entendo.

    -ei casalzinho apaixonado será que dá pra vocês acelerarem o passo?

    -Kimiko eu que dou as ordens por aqui, e não somos um casalzinho de apaixonados.

    -não é o que parece.

    Matsuri já não gostando onde aquele assunto estava chegando preferiu sair na frente.

    -parabéns Kimiko.

    Disse Kankuro indo logo atrás de Matsuri. Kimiko dá um suspiro pesado e tenta acompanhá-los.

    ***

    Já estava quase anoitecendo quando Kankuro decide pedi para todos pararem e descansarem.

    -tem certeza Kankuro-Kun?

    -hai Matsuri, temos que esta bem dispostos para que amanhã possamos juntar pistas a respeito desse ninja.

    -tem razão.

    Pronuncia-se Matsuri indo para uma árvore mais distante deles, e antes de adormece admirou bem o céu estrelado onde pareciam existir mais estrelas do que o próprio céu, até que não demorando muito ela adormece.

    Antes mesmo do sol surgi Matsuri, Kimiko e Kankuro já estavam a caminho do país da Cachoeira, todos permaneciam em silêncio até que se ouve um murmúrio.

    -do que tanto reclama Kimiko?

    -estou com fome e não tem nenhuma cidade próxima.

    Kankuro alarga um sorriso mais não diz nada, quando Matsuri se aproxima deles dizendo.

    -Há uma cidadezinha aqui perto, se formos andando chegaremos em duas horas mais se formos pelas árvores chegaremos lá em menos de meia hora.

    -então vamos pelas árvores.

    Pronunciou-se Kimiko. Kankuro concorda e eles vão pelas árvores.

    Como Matsuri havia dito em menos de meia hora chegaram à pequena cidade onde só havia 70 habitantes em geral. Era tudo bem humilde mais não perdendo a beleza com que as pessoas cuidavam da cidade.

    -vamos apenas comer alguma, coisa e depois seguimos ao país da Cachoeira.

    Disse Kankuro observando bem o lugar.

    Entraram em um restaurante simples mais bem higiênico e bem decorado e logo uma bela jovem de olhos azuis gritantes e cabelos pretos ondulados veio atendê-los.

    -o que desejam?

    Sua voz a entregava mostrando o quão frágil era a jovem. Matsuri a observava discretamente sentiu que a jovem não estava bem.

    Kimiko nem olhava para a jovem, apenas procurava o que comer no cardápio, enquanto Kankuro fitava a mesa – estava pensativo.

    -então já decidiram o que vão comer?

    Kimiko larga o cardápio sorrindo e olhando para ela, diz.

    -hai, quero o lamen.

    -eles têm lamen aqui?

    Pergunta Kankuro surpreso.

    -hai, nós temos.

    -então me traga um também.

    - e a senhorita?

    Matsuri já não olhava para a jovem, estava distraída em seus pensamentos.

    -Matsuri a jovem está falando com você.

    -gomennasai (desculpe-me), quero o mesmo que eles, por favor.

    -hai, o pedido já vai sair.

    A jovem se direciona a cozinha e Matsuri olha seriamente para Kankuro que percebeu o olhar da jovem.

    -o que foi Matsuri?

    -tem alguma coisa errada com essa garota.

    -talvez tenha sido apenas impressão sua Matsuri.

    Disse Kimiko nem ligando para o que a jovem disse.

    -lie (não), tenho certeza que isso não foi apenas impressão.

    Quando Matsuri termina a frase ouve um barulho vindo da cozinha e depois a jovem atendente voando da cozinha atravessando a porta e indo de encontro à parede do restaurante, enquanto os clientes assustados saem correndo.

    -MAIS QUE PORRA É ESSA?

    Gritou Kankuro se levantando assustado juntamente de Matsuri e Kimiko.

    Matsuri corre até a jovem desmaiada. Enquanto Kankuro e Kimiko correm até a cozinha mais ao chegar à cozinha não havia ninguém nem mesmo os próprios cozinheiros se encontravam ali.

    -moça você está bem?

    Pergunta Matsuri ao ver a jovem abrindo os olhos lentamente.

    -eles... Levaram o... Meu filho.

    E desmaia novamente. Kankuro e Kimiko se aproximam delas e Kankuro diz.

    -não havia ninguém na cozinha.

    -isso é estranho.

    Pronunciou-se Kimiko.

    Quando ouvem alguém entrar no restaurante, um homem com aparência de vinte a vinte cinco anos de idade de cabelos negros arrepiados e olhos azuis bem clarinhos, ele ao vê a jovem jogada no chão corre em sua direção.

    -o que houve com a minha esposa? O que vocês fizeram? Cadê meu filho?

    O homem abraça sua esposa e pode-se vê grossas lágrimas descerem de seus olhos.

    -não fizemos nada, ouvimos um barulho na cozinha e quando vimos sua esposa estava desmaiada e não havia ninguém na cozinha.

    -e ela disse que levaram o seu filho.

    Disse Matsuri olhando para o desespero do marido da jovem, mas sem demonstrar emoção alguma.

    -meu filho não.

    Ele pega sua esposa no colo e sai andando e antes de sai do restaurante diz.

    -por favor, me acompanhem.

    Sem dizerem nada eles seguem o homem até uma casa simples, pequena mais bem conservada.

    O marido da jovem a deita na cama e a cobre e molhando um pano coloca em sua testa, logo em seguida se senta na cadeira e Matsuri, Kankuro e Kimiko em volta de uma mesa que ficava no quarto do casal.

    -poderia nos conta o que está acontecendo?

    Pedi Kankuro interessado na história, quando ouvem o estômago de Kimiko roncar.

    -devem está com fome, vamos até a cozinha prepararei alguma coisa para vocês comerem e contarei tudo a vocês.

    Já na cozinha todos comiam, quando o homem se senta e fitando o copo de água em suas mãos, e então começa a contar.

    -Me chamo Kentaro, sou casado com a Issa e temos um filho o Kiichi, sou dono do restaurante onde vocês estavam e eu sei quem fez isso a minha esposa e quem levou meu filho.

    Matsuri parou de comer naquele momento e perguntou.

    -se você sabia que eles estavam correndo perigo porque não evitou tudo isso?

    -eu soube pela manhã e quando cheguei em casa minha esposa já tinha ido ao restaurante e levado o nosso filho, fui o mais de pressa possível e quando cheguei a encontrei nesse estado. Eu sei que sou culpado por isso sinto raiva de mim mesmo.

    Podia-se vê o desprezo que o homem tinha por si mesmo.

    -mais porque levaram o seu filho?

    -é tudo por causa do meu irmão gêmeo, Takafumi, que se envolveu com esses caras e ficou devendo dinheiro para eles e quando soube ele havia envolvido minha esposa e meu filho dizendo ser casado com ela e ter um filho e que se demorasse para pagá-los entregaria meu filho como garantia.

    -COMO ELE PODE FAZER ISSO?

    Matsuri bateu com a mão na mesa assustando todos a sua volta, e Kankuro olhou no fundo dos seus olhos e viu o ódio no brilho do seu olhar.

    -Matsuri se acalme.

    Disse Kimiko que havia se engasgado com seu lamen.

    -NÃO PEÇA PARA MIM SE ACALMA COISA NENHUMA, NÃO POSSO ACREDITA QUE O BAKA DO SEU IRMÃO FEZ UMA COISA DESSAS.

    Matsuri se direciona até a porta mais antes de sair Kankuro pergunta.

    -Matsuri aonde vai?

    -tomar um ar fresco estou muito alterada pra falar sobre isso.

    E fecha a porta com brutalidade.

    Kankuro suspira e se desculpa com o homem que estava sem reação, enquanto Kimiko apenas ficou observando a porta, largando seu lamen de canto.

    Matsuri estava irritada por tal atitude de um tio com seu sobrinho, como seria capaz de entregar o próprio sobrinho como garantia, será que ele ao menos tinha coração? Ou melhor, ao menos ele era humano pra começo de conversa?

    Matsuri ficou tão distraída em seus pensamentos que nem percebeu que havia entrado na floresta, e não querendo ver ninguém ainda ela se escora num tronco de árvore e vai deslizando até o chão e passa a mão por sua cabeleira castanha. E coloca a cabeça entre as pernas.

    -estou cansada.

    Soltou um suspiro pesado. Matsuri ficou assim por uns segundos até escutar alguns ruídos, ela na hora nem ligou pensando ser algum animal até ouvi sussurros de pessoas, que tentava abafar a voz ao máximo.

    Ela se levanta num salto e fica ainda escondida atrás do grosso tronco de árvore, ela apenas desliza a cabeça para a direita e acabou que vendo dois caras enormes com a bandana do país da cachoeira. Mais o que lhe chamou mais atenção foi vê um menino loiro desmaiado no ombro do ninja maior.

    “-será que esse é o Kiichi”?

    Perguntava-se em pensamento.

    Não querendo perde tempo indo chamar Kimiko e Kankuro, Matsuri resolveu segui-los por conta própria, afinal de contas ela treinou durante muito tempo então daria conta de cuidar deles dois sozinhas.

    Kankuro já estava ficando preocupada com a demora da companheira.

    -acho melhor irmos atrás dela Kankuro.

    Disse Kimiko sério, conhecia bem Matsuri e sabia até onde o temperamento dela poderia levá-la.

    -tem razão vamos. Senhor nos aguarde aqui iremos atrás da nossa companheira e assim que encontramos ela iremos atrás do seu filho. É uma promessa.

    Disse Kankuro dando um sorriso na ultima frase e saindo da casa do senhor que aguardava ansioso a volta do filho.

    Matsuri seguia os homens que a levaram até uma montanha, e ficou a pensar o que eles fariam ali. Será que é ali que eles estavam escondidos? E se caso seja com certeza o tio de Kiichi se encontra lá também, e essa era a chance de Matsuri acabar com a vida de um miserável que não fará falta ao mundo ninja.

    Escalando a montanha com facilidade e agilidade Matsuri chega ao topo antes dos ninjas.

    “-Se vocês pensam que deixarei isso barato, estão muito enganados. Eu ficarei com a criança e vocês conhecerão a morte de perto”. Pensou Matsuri, seu olhar era irreconhecível, nunca que tal maldade se encontrava na jovem de Suna. Podia se vê a vontade de derramar sangue quando se olhava no mais profundo dos seus olhos.

    A sede de sangue se podia ver até na forma em que formou seu sorriso. Com toda paciência do mundo Matsuri esperou que os dois ninjas terminassem de escalar a montanha, e quando estava a ponto de esgotar sua paciência ouviu passos de pessoas chegando ao topo da montanha.

    Os dois ninjas conversavam animadamente, mas logo mudaram seu semblante quando viu a jovem de Suna parada com os braços cruzados de olhos fechados de cabeça baixa a sua frente.

    -quem é você?

    Perguntou o ninja que carregava Kiichi no ombro. Era alto e magro, usava uma faixa cobrindo a boca e a bandana da aldeia da cachoeira no braço direito.

    Enquanto o ninja ao seu lado apenas observava a jovem ninja a sua frente. Era mais baixo que o companheiro possuía cabelos bagunçados brancos e tinha uma espada em suas costas que era maior que ele mesmo.

    -quero a criança.

    Disse Matsuri os olhando séria.

    “-A voz dela é como se a entregasse como se mostrasse a vontade de derramar o nosso sangue”. Pensou o ninja com a enorme espada nas costas.

    -não vou falar de novo. Apenas me entreguem à criança e somem daqui e não voltem mais.

    Matsuri estava mais séria do que nunca.

    O ninja que estava com Kiichi no ombro o deita sobre uma pedra e invoca duas espadas de samurai e quando ia partir para cima de Matsuri o ninja menor coloca sua espada na frente de seu companheiro o empatando de dá mais um passo a frente.

    -o que pensa está fazendo Noriko?

    Noriko levanta a cabeça fitando seriamente Matsuri como se a analisasse.

    -não subestime essa garota. Ela que derramar o nosso sangue de uma forma cruel.

    Noriko retira a espada da frente de seu companheiro e guarda novamente nas costas. Enquanto Matsuri ainda fitava os dois a sua frente.

    -me entreguem a criança.

    Repetiu mais uma vez fazendo com que uma kunai deslizasse de seu kimono e aparecendo em sua mão.

    -então o que faremos Noriko?

    Noriko analisa rapidamente o semblante de Matsuri e suspirando fala:

    -Osamu entregue o menino a ela.

    -mais Noriko, o nosso...

    Noriko lança um olhar mortal para Osamu que engole em seco. Se aproximando do menino o pega nos braços e dando alguns passos a frente coloca o menino na frente de Matsuri que não tirava os olhos de Noriko.

    -ai está ele.

    Por fim disse Noriko que juntando as mãos fez um jutsu fazendo com que o lugar enchesse de neblina e quando a neblina desaparece Noriko e Osamu haviam desaparecidos.

    Matsuri observa o lugar e suspirando guardando sua kunai novamente e se aproximando do menino que na certa estava desmaiado. Pegando ele no colo desce da montanha rapidamente e entrando na floresta diminui a velocidade dos passos, quando viu Kankuro e Kimiko se aproximando.

    -Matsuri... Quem é esse menino?

    Perguntou Kimiko se aproximando preocupado até vê o menino em seus braços.

    -acredito esse ser Kiichi.

    Disse ela sorrindo e o entregando a Kimiko que a acompanhou até a casa de Kentaro. Kankuro observou Matsuri se distanciar com Kimiko e o menino nos braços, e de longe observou Matsuri.

    “-não tem um vestígio em sua roupa de que ela encontrou em combate, como ela encontrou esse garoto? Ficarei de olho nela daqui pra frente”.

    Ao termina seus pensamentos Kankuro se pôs a andar tentando acompanhar seus companheiros de equipe.


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