A Besta da Noite

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    Capítulo 14

    Kuchyosi no Jutsu ? Parte IV

    Álcool, Mutilação

    Kuchyosi no Jutsu – Parte IV

    “Tora se posicionou colocando um pergaminho entre os dentes e em ambas as mãos se encontravam shurikens grandes, arrastou o pé esquerdo para trás levando junto consigo poeira, e inclinou o corpo para a direita, e dando um meio sorriso, desapareceu...”

    Koji procurou por ela ao seu redor, mas nem sinal de Tora, aquela velocidade era desumana e perturbadora, era a mesma velocidade com que Moriko desaparecia durante suas batalhas e a mesma velocidade que usou para derrotar Takeo.

    -cadê você sua peste?! –Por mais que Koji olhasse para todos os cantos, até mesmo usando um certo jutsu olhasse através de rochas e do chão, não conseguiu encontrá-la...Até que de repente Koji sente um vento forte passar por sua pelagem negra. Olhando para cima viu Tora, que lançou as shurikens em sua direção e abriu o pergaminho.

    Koji mexeu a calda que era como aço, em seu socorro, ao se encontrar com as shurikens faíscas surgiram, e as shurikens foram jogadas contra as paredes que cercavam o local.

    Tora abriu o pergaminho em pleno ar, e alguns movimentos foram feitos com as mãos, e por último, seus olhos estavam fechados e uma chuva de cristais rosados começaram a cair sobre Koji, que os quebrava com a calda.

    -mais uma prova de que é filha de meu antigo invocador. –Comentou Koji, em meio à chuva de cristais.

    -esse ataque nunca funcionara com Koji, esse jutsu não surte nenhum efeito. –Comentou uma pantera fêmea que estava com um leque em mãos se abanando e sentada na varanda de uma casinha de madeira, na companhia de mais três panteras fêmeas e Chikako, que não estava prestando atenção no que ela dizia e sim ficava atento a cada movimento usado por Tora. Que mais no que nunca provava que ela era uma Jun’Ichi.

    -JÁ CHEGA HUMANA. - Gritou Koji, irritado por ricochetear tantos cristais.

    Koji abriu a boca, lançando uma bola de fogo em sua direção, e durante esse ataque o pergaminho que Tora usava foi destruído e ela caiu dentro do lago cristalino.

    Ao bater as costas na areia que se encontrava no fundo do lago, Tora abriu os olhos e sentiu seu corpo queimar. Posicionou dois dedos de frente aos lábios e chakra na ponta dos cinco dedos da mão esquerda surgiram. Com o dedo de frente aos lábios levantou a blusa preta que usava e com a mão direita posicionou a mão sobre a marca do selo. E então, ele se desfez...

    Tora emergiu com o mesmo manto lilás que cobriu seu corpo da última vez – quando batalhou na floresta contra o membro da organização Ryota – Koji sorriu satisfeito, ao menos não teria que aturar jutsus inúteis como o que ela usará até então.

    Tora olhava para Koji, e sorriu de leve. Saltou e novamente desapareceu – algo que não surpreendeu Koji em nenhum momento – Koji já esperava ela surgir novamente no ar, mas pelo que ocorreu, Tora tinha planos totalmente diferentes. Seus cabelos agora se encontravam enrolados nas quatro patas de Koji, que tentava puxá-las, mas esforço em vão. Quando Koji ia mandar uma bola de fogo, mais algumas mechas dos cabelos longos de Tora, se enrolaram em sua boca, fechando a mesma.

    Tora surgiu do chão, seus cabelos esticados, prendendo Koji, que não conseguia de nenhuma forma soltar-se.  Tora sorriu ao ver o resultado da técnica mais comum, uma das primeiras que aprendeu e levantou a palma da mão direita, apontado para o meio do rosto de Koji.

    Koji se debatia tentando se soltar, mas foi algo em vão, pois os cabelos negros de Tora estavam envolto por uma manta de chakra.

    -hora de assinar meu contrato, pois você perdeu feio para mim, Koji.

    Aquelas palavras fora a gota d’água para Koji, que com certa fúria uma manta de chakra negra cobriu seu corpo, fazendo o chakra lilás mudar para preto, pois estava sendo dominado pela força de Koji. Tora deu um passo de evasiva e seus cabelos foram soltos do corpo de Koji, que olhava para Tora de um modo tão sombrio e mortal, que Tora se estremeceu e abraçou a si própria.

    -nunca me subestime humana inútil. Minhas habilidades são melhores do que as suas, não me importo se você é ou não a portadora das bestas.

    Tora deixou de se abraçar, abaixou os braços e semicerrou os punhos, Koji estranhou o comportamento de Tora, mais em nenhum instante abaixou a guarda.

    -vocês sempre fazem isso... Me vêem apenas como  a portadora das bestas... ACHAM QUE NÃO TENHO UM NOME? SINTO EM INFORMÁ-LOS MAIS EU TENHO UM NOME, ME CHAMO MIZUKI TORA, FILHA DE JUN’ICHI HARUO E MIZUKI MORIKO.

    Koji estava realmente surpreso, sempre achou que a filha de seu antigo parceiro não havia sobrevivido ao selamento das duas bestas, sendo ela a única que conseguiu suportar duas bestas seladas em si.

    Então com um sorriso amigável, Koji se sentou e só então pode se pronunciar – assim que Tora se acalmou.

    -muito bem Tora, fecharei o contrato com você. –Disse forçando um sorriso amigável, afinal de contas, Koji não é a Pantera mais sorridente do reino.

    -nani? –Tora tentou entender o que exatamente estava acontecendo ali, piscou freneticamente e olhou em volta, recebendo o sorriso das panteras presentes.

    -eu disse que irei fechar o contrato com você. –Repetiu Koji pacientemente.

    -mais por quê? –Perguntou sem mudar a expressão de surpresa.

    -você tem provado ser filha de Haruo, dês da hora em que chegou aqui. Além de ser a cara de Moriko. –Completou dando uma risada fraca.

    Tora que até então tentava entender o motivo daquilo, deu um sorriso passivo.

    -Chikako, leve-a ao monte dos escolhidos. Antes ela precisara ver as histórias passadas. –Ordenou Koji se levantando e indo em direção as montanhas.

    -que histórias? –Perguntou Tora.

    Chikako pôs a andar e seu semblante era sério.

    -venha comigo Tora, sem perguntas. Esse é o último teste que precisa passar. –Respondeu Chikako saindo de vista de Tora, que se desesperou e correu atrás da pantera velha.

    Tudo estava acontecendo conforme os anciões previram, logo Tora dominara o poder maior, e se tornara uma ninja melhor do que suas ancestrais.


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