Sentimentos que Renascem

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 29

    Capítulo 28

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Gostaria de agradecer a zathy e a nagato157 por favoritarem a fic *u*

    Uma semana depois.

    Pov’s Gaara.

    O corpo que estava próximo ao meu se afastou lentamente. Sabia que Ino devia estar indo para o hospital, mas eu estava verdadeiramente cansado. A noite de ontem foi desgastante, Ino consegue acabar com minhas forças. Virei para o lado oposto – o da parede – a pouca luz estava incomodando meus olhos. E eu ainda queria dormir. Ao longe escutava os movimentos de Ino, ela não demorou muito.

    Quinze minutos foi o tempo exato em que ela ficou se arrumando, senti a mesma se aproximar da cama e me dar um leve selinho – acho que temendo me acordar –, passou a mão levemente pelo meu cabelo e depois o peso extra na cama se foi, o quarto ficou escuro novamente e o som da porta do quarto se fechando foi à última coisa que ouvi antes de voltar a dormir novamente.

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    Abri os olhos lentamente olhando para o teto. Tão estranho acordar sem Ino por perto... Ela sempre tão alegre, tão radiante... Às vezes me pergunto o que eu fiz para ter alguém como ela? O que ela viu em mim que valesse a pena? Afinal, ela melhor do que ninguém sabe do meu passado obscuro e mesmo assim me aceita como se eu fosse a melhor pessoa do mundo inteiro... Como seu eu nunca tivesse sido um monstro na minha vida.

    O pequeno balançar da cortina chamou minha atenção. Ino a tinha deixado entreaberta. Acabei dando um sorriso pequeno, foi assim que Ino chegou a minha vida, como uma leve brisa que entra por uma fresta qualquer de uma janela qualquer. Sentei-me na cama, a coberta cobrindo minha nudez. Nossas roupas ainda estavam espalhadas pelo chão e para Ino não tê-las recolhido – como sempre -, já estava atrasada.

    Tudo bem que pelo horário que fomos dormir ontem, mais precisamente às duas da manhã, é natural ela acordar atrasada, dei um suspiro. Acho que estou atrapalhando a Ino... Como de costume, desde que estou em Konoha – há exatamente uma semana – tenho dormido mais que o normal e eu já descobri por que... Ino me faz ter a segurança que eu nem sabia que necessitava.

    Levantei-me e segui para o banheiro. Tomei meu banho e fiz minha higiene durante o banho mesmo, não entendo porque Ino tem que escovar os dentes antes de tomar banho, ou fazer xixi antes também... Porque não escova os dentes e faz xixi durante o banho mesmo? Nunca entendi isso das mulheres... Saí do banheiro só de cueca, afinal Ino mora sozinha... Não é como se o Inoichi-san fosse aparece aqui do nada. Recolhi nossas roupas do chão e arrumei o quarto.

    Desci para a cozinha e fiz meu café, claro que antes eu me certifiquei se a porta estava realmente trancada, vai que alguém entra e me vê só de cueca? Ainda sou o Kazekage e só Ino pode me ver nesses trajes, ou sem eles. Lavei o que eu sujei e subi somente para colocar uma bermuda, depois desci e fiquei na sala. Vinha fazendo muito isso ultimamente, menos quando Ino estava de folga, porque literalmente não saímos do quarto.

    Mas também nas folgas dela ficamos com os outros. Sasuke e eu estamos tendo uma convivência melhor, apesar de que ainda não confio nele completamente, mas confio em Sakura e em Naruto, então decidi dar uma chance ao Uchiha. Dou uma olhada a minha volta e dou um sorriso, me lembrando no dia em que encontrei uma espécie de diário da Ino.

    Nele tinha muitas coisas do passado dela, e fazia muito tempo que ela não escrevia nele, mais precisamente cinco anos, claro que li tudo e ela não sabe, mas a última coisa escrita foi há quase um ano e foi a nossa primeira vez. No final terminava assim “Acho que só escreverei aqui novamente quando mais alguma coisa muito importante acontecer comigo...”. Vamos ver o que será. Espero que eu ainda esteja nesse meio...

    Olhei no relógio, marcava um pouco mais das três da tarde, parece que novamente fiquei aqui “vegetando” no sofá, mas não tem nada que eu possa fazer em Konoha a não ser treinar. Mas eu não estou a fim hoje... Deitei-me no sofá mesmo e resolvi tirar um cochilo até dar o horário de buscar Ino, eu vou fazer uma surpresa pra ela hoje.

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    Acordei por volta das 16h47min. Quase perdi a hora de buscar a Ino! Subi rapidamente e escovei os dentes, depois fui vestir uma camiseta porque não rola de ficar mostrando meu corpo por aí. Quando desci as escadas já eram cinco em ponto, mas eu não ia correr para buscar Ino, só de encontrá-la no caminho já estava muito bom.

    Eu andava pelas ruas de Konoha e como em Suna as pessoas me cumprimentavam quando eu passava por elas e como em Suna eu só respondia com um aceno de cabeça. Também chamava muita atenção por onde eu passava, as garotas pareciam me despir com os olhos e eu não gosto dessa sensação. Fui caminhando tranquilamente e já avistava o hospital em meu campo de visão. Estranho era que Ino ainda não tinha aparecido e esse é o caminho que ela toma para casa.

    Mais a frente eu comecei a enxergá-la, mas não estava gostando muito do que eu via. Um rapaz conversava com ela e eu podia ver daqui as bochechas coradas de Ino, aquilo me irritou. O rapaz era mais alto que eu um pouco, ele era moreno e seu cabelo era laranja, ele estava tentando pegar na mão da Ino de tempo em tempo e eu a via recuando a mão todas às vezes, pelo menos isso.

    Fui caminhando tranquilamente na direção deles, Ino tinha mudado de posição ficando de costas para mim e eu claro já tinha encoberto meu chakra, só pra ver onde aquilo ia dar. Cheguei perto o suficiente de ouvir o teor da conversa, eles nem me notaram.

    — Por favor, Ino-san!!! — ele exclamava em tom de suplica e eu ainda não sabia o porquê daquilo — Só uma vez, eu prometo!

    — Eu já disse que não — Ino disse séria — Por favor, não insista...

    — Mas só uma vez Ino-san, prometo que serei legal com você! — ele disse tentando novamente tocá-la e eu já estava fazendo uma força sobre humana me segurando parado em pé onde eu estava — Só te peço uma chance!

    — Já disse não — Ino disse um pouco irritada — Eu já tenho namorado, não posso sair com outros caras...

    Então era isso?! Esse cabeça de cenoura está chamando a minha Ino para sair? Como ele ousa! Ino é minha, caramba que dificuldade tem de entender isso?! Eu estou muito irritado e quero só ver onde isso vai dar... As palavras dele me tiraram de meu devaneio.

    — Como? Você tem namorado? — ele perguntou dando um sorriso de canto e presunçoso — Não precisa mentir Ino-san, eu sei que é uma desculpa...

    — Eu tenho sim um namorado! — Ino disse mais irritada que antes — Como você pode vir me falar essas coisas? Eu não preciso mentir pra dizer não para alguém e eu já disse que não quero!

    — Se é assim qual o nome do ilustre namorado? — ele perguntou presunçoso e a olhando em desafio. Eu já estava cansado de tudo aquilo, como pode outro homem dar em cima da minha mulher assim na cara dura e não acreditar nas palavras dela? Antes que Ino pudesse responder eu falei, claro que foi por impulso e por que eu estava irritado.

    — Sabaku no Gaara — ambos me olharam, Ino mais surpresa ainda. Ele olhava para mim e para ela sem entender, então resolvi explicar melhor para o babaca — Ino é minha namorada e futura esposa, por isso gostaria que parasse de tentar se aproximar dela. — ele nada disse só olhava para mim e para ela e depois deu um suspiro vencido. — Ino, nos vemos em casa...

    Eu estava com raiva e com muito ciúme, nem sabia que podia ser tão ciumento assim. Então assim que terminei de falar dei as costas para os dois e passei a andar sem uma direção certa, Ino ainda me chamou, mas eu ignorei... Não quero descontar nela uma coisa que ela não tem culpa. Quando dei por mim estava naquele parque que ficava com Ino antes.

    Sentei-me em um dos banquinhos e fiquei pensando no que tinha acontecido. Apesar de estar me achando um infantil agora, claro que eu sabia que Ino tinha seus admiradores, mas para mim é difícil... Eu assumo com todas as letras, sou inseguro em relação à Ino. Eu tenho sim medo dela arranjar alguém que possa compreendê-la melhor do que eu, eu tenho medo de ela perceber que perdeu o interesse em mim, tenho medo dela perceber que eu não sou tudo aquilo que ela queria que eu fosse. Mas não consigo dizer isso para ela... Eu sou inseguro, simplesmente por não compreender muito bem um relacionamento...

    Decidi voltar para casa, afinal Ino deve estar me esperando... Não se passaram nem quinze minutos então passei em algum lugar e comprei coisas para levar para casa... Engraçado é eu me referir a casa de Ino como minha casa. Antes de entrar dei um suspiro e voltei a minha indiferença de sempre, assim que abri a porta Ino levantou o olhar e deu um suspiro. Ela estava sentada na sala.

    — Você me assustou Gaa-kun — ela disse dando um sorriso — Pensei que tinha ficado com raiva de mim...

    — Não — eu disse seco e indiferente, mas acontece que eu ainda estava irritado. Não com ela claro... — Eu só passei na vendinha, vi que em casa estavam faltando algumas coisas... — e fui para a cozinha.

    Entrei e coloquei as sacolas em cima da mesa e Ino começou a fazer o jantar, me sentei no sofá e fiquei tentando me acalmar... Ino já tinha o rejeitado então porque eu ainda estava assim? Passei as mãos pelo rosto e comecei a pensar em qualquer coisa que não fosse aquela cena de mais cedo e graças a Kami tinha conseguido me acalmar. Ino disse que o jantar estava pronto e comemos. Ela foi tomar banho e eu fiquei arrumando a cozinha, quando terminei confirmei se tudo estava fechado na parte de baixo e apaguei as luzes subindo para o quarto.

    Ino ainda tomava banho, eu somente retirei a minha roupa e entrei no banho também, para minha infelicidade ela já estava saindo. Tomei meu banho e logo já estava saindo do banheiro, somente de cueca. Ino estava sentada na cama me olhando.

    — Gaara, sobre aquilo mais cedo... — ela começou, mas não terminou porque eu estava por cima dela, com ela deitada na cama.

    — Não precisa... — eu disse dando um beijo em seu pescoço e roçando o nariz levemente na pele dali, Ino se arrepiou no mesmo instante — Você só precisa saber que é minha e de mais ninguém — eu dei um leve chupão no lóbulo da orelha dela — O resto, é resto... — e a beijei. Um beijo que passava todo o meu amor por ela, todo o meu desejo por ela e também todo o meu medo de perdê-la.

    E claro que como sempre Ino me correspondia a altura, eu sentia o amor dela por mim e sentia o tanto que ela me desejava. Cada beijo que ela me dava, as carícias que ela fazia, como agora em meus cabelos e nas minhas costas, sempre leve e carinhosa. Eu acariciava a lateral do corpo de Ino descendo até seu bumbum dando um leve aperto, ela gemeu em meus lábios. Ela estava de camisola e eu estava achando ruim a falta de contato das nossas peles – em vista que eu estou só de cueca.

    Nos separamos quando o ar faltou. Ino me forçou a deitar na cama com ela ficando por cima de mim, me olhando com desejo e luxuria, dando um sorriso de canto em seguida. Amo quando Ino fica assim, ela passou as unhas levemente pelo meu peito e pelo meu abdômen, eu fechei os olhos para receber essa carícia. Claro que ela é a única que causa esse efeito em mim. Eu sou somente de Ino e de nenhuma outra e quero que seja assim para sempre se possível.

    Ino me deu um beijo na testa e foi descendo, passando por meus olhos, nariz, boca e parou no meu pescoço. Eu sentia a respiração dela contra minha pele e isso estava começando a mexer com meus sentidos. Ino passou a distribuir beijos e lambidas por ali e eu fechei os olhos recebendo esse carinho. Ela estava em cima de meu membro e causava uma pequena fricção entre nossas intimidades, só isso já estava me deixando animado.

    Minhas mãos passeavam pelas suas costas e cabelo, Ino tem o corpo prefeito para mim, não conseguia ver falhas nele simplesmente achava que ela tinha as medidas certas para mim. Ino me acariciava no peito e foi descendo em direção a minha cueca, ainda ficava um pouco envergonhado, mas não deixava Ino perceber. Ela se aproximou de minha cueca e a retirou, como sempre a peça foi parar no chão.

    — Alguém está bem alegrinho Gaa-kun — Ino murmurou dando um sorriso malicioso. Ela pegou meu membro já em avançado nível de excitação fazendo um leve movimento no mesmo, só de tocá-lo Ino me enlouquecia. Ela começou com o movimento de sobe e desce me masturbando, eu fechei os olhos devido o prazer que eu sentia. Quando menos espero sinto algo quente o envolvendo, Ino me envolvia com sua boca, aquilo estava me deixando mais louco ainda!

    Ela continuou me estimulando mais um pouco, mas eu não queria gozar antes dela, queria junto com ela. Gentilmente a retirei de minha ereção, ela me olhava confusa. Troquei as posições ficando por cima dela, fui distribuindo beijos pelo rosto dela, enquanto minhas mãos acariciavam seu corpo. Aquela camisola extremamente sexy que ela usava estava me incomodando, afinal ela atrapalhava meu contato pele com pele, então a retirei a jogando no chão. Agora Ino estava somente de calcinha, dei um sorriso de canto.

    A beijei novamente e claro Ino correspondia à altura. Minhas mãos passeavam pelo seu corpo, nos lugares que eu sabia que Ino gostava de ser tocada, me separei de seus lábios e desci pelo seu pescoço até chegar ao seio direito. Comecei a estimular Ino com a boca e minha mão foi descendo em direção a sua intimidade, Ino suspirava pesadamente e deixava alguns gemidos baixos escaparem. Introduzi um dedo em sua intimidade e eu mesmo dei um gemido baixo, tão molhada!

    Não fiquei muito tempo estimulando Ino, afinal não aguentava me segurar, eu a queria e muito! Sentei-me sobre os calcanhares e retirei a peça restante que me atrapalhava, Ino me olhava com as pupilas dilatadas de desejo, as bochechas coradas e levemente ofegante. Como eu amo o efeito que causo nela. Eu sorri de canto e me posicionei sobre ela, Ino me puxou pelos cabelos com força e me beijou. Ela me surpreendeu quando mudou de posição, ficando por cima.

    — Hoje, você é meu Gaara — ela disse de forma sensual e fiquei mais excitado e em expectativa. Somente assenti com a cabeça, Ino se posicionou sobre meu membro e desceu lentamente, eu fechei os olhos suspirando baixinho. Suas mãos estavam apoiadas sobre meu peito e ela começou a se movimentar. Ino sempre me levava à loucura Kami! Eu segurei em suas mãos a ajudando com o apoio, nossos dedos entrelaçados.

    Não ficamos nessa posição muito tempo, logo mudamos e eu estava por cima dela novamente. Ino gemia baixinho, assim como eu dava suspiros pesados. Suas mãos estavam nas minhas costas e as minhas seguravam sua cintura de forma possessiva. Eu sabia que estava próximo o meu clímax, assim como o dela. Aumentei um pouco mais a velocidade, e com mais algumas estocadas chegamos juntos ao clímax. Ino me puxou deitando minha cabeça em seu peito, claro que me ajeitei da melhor forma para não machucá-la.

    — Sabe Gaa-kun, se todas as vezes que você ficar com ciúmes e fizer as pazes assim — ela acariciava meu cabelo enquanto falava — eu não vou me importar nem um pouco... — a senti dando um sorriso — Às vezes é bom deixar esse lado falar mais alto, sabia?

    — Hm — foi à única coisa que murmurei. Levantei-me, apaguei a luz e depois me aconcheguei a ela novamente, lhe dando um leve beijo na testa antes de apagar, certamente esse ciúme tinha me esgotado.

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    Pov’s Sakura.

    Uchiha Sasuke às vezes é tão idiota!!! Aí que ódio! Tem uma semana que ele não fala direito comigo tudo porque o Ryu demonstrou interesse em mim na frente dele e ele disse que eu não fiz nada para dar um basta... Sasuke é muito possessivo e muito ciumento, claro que fiquei feliz com esse lado dele e tudo mais, mas eu não tenho culpa do que aconteceu! Só que aquele cabeça dura me escuta? Não!!! Ele vem praticamente todos os dias me buscar a noite pra me levar pra casa e só.

    Não quer me ver direito, parece que só vai me levar pra desencargo de consciência. Então já faz três dias que eu não o vejo, por simplesmente também ser orgulhosa. Ele vem até a entrada do hospital e eu peço a Aya para avisar que eu ia ficar, ele veio dois dias, ontem já não veio. Fiquei preocupada, ouvi boatos de que ele tinha saído em missão... Ele não o faria né? Se ele o fez, se ele der essa mancada comigo já sabe... Eu estou muito cansada e por ter ficado três dias diretos aqui, meu chakra estava nos últimos, então decidi ir para casa.

    Ino já tinha saído há muito tempo, eu estou saindo agora às nove e meia, e como pensei nenhum Uchiha me esperando, suspirei. Ele não veio por quê? Isso não pode continuar assim, se for pra ser assim é melhor nem termos um relacionamento. Andei rápido até minha casa, quem sabe ele não está me esperando lá. Parei em frente a minha casa recuperando o fôlego e abri a porta, assim que avistei a sala dei um sorriso. Estava escuro, mas eu sabia que ele estava lá, afinal eu via sua silhueta sentada no sofá da sala, entrei e fechei a porta me encaminhando até onde Sasuke estava. Eu sabia que ele não sairia em missão!

    — Sasuk... — minha voz parou assim que eu liguei a luz da sala. Era ele! Aquele cara encapuzado que estava em minha sala, seu manto negro lhe cobrindo o corpo como sempre — O que você quer? — Ele se levantou, e com o restante de chakra que eu tinha tentei ler o dele, claro que estava oculto. Eu estava em maus lençóis afinal estava quase sem chakra nenhum!

    — Ora amorzinho, eu disse que voltaria — ele se virou, mas eu não conseguia ver seu rosto. Capa idiota! — E imagina minha surpresa... Você está quase sem chakra — ele deu um sorriso maldoso – sua boca era a única coisa visível – e deu um passo — Amo aquele hospital sabia? A propósito, tenho que te mandar novas flores não?

    — Então era você o meu suposto anônimo apaixonado? — eu perguntei incrédula. Ele somente assentiu e deu um sorriso enorme.

    Não tem jeito, não vou me dar por vencida sem lutar! Ainda tinha chakra suficiente para alguns socos... O problema era acertá-lo. Eu esperei ele se aproximar, e quando ele parou na minha frente, dei um soco nele rapidamente o acertando em cheio. Ele caiu sobre meu sofá o quebrando, droga! A mesa de centro também foi quebrada, não suportando a força do soco e do corpo dele. Quando fui pensar em sair dali, o senti atrás de mim. Ele me pegou pelos cabelos e bateu minha cabeça na parede.

    Fiquei zonza, mas não desmaiei. Fui tentar acertar um soco nele, mas ele desviou e eu acertei a parede da sala, próxima a entrada pra cozinha. Ficou marcado com uma pequena deformação. Ótimo terei que arrumar isso também. Fui surpreendida por um soco relativamente forte - mas nada comprado aos de Tsunade – em meu rosto e voei literalmente sobre a mesa da cozinha.

    — Ai, ai amorzinho... — ele disse balançando a cabeça para os lados em sinal de negação — Não pode revidar, vamos Sakura, seja boazinha e vamos comigo pacificamente — ele se aproximou e eu estava tentando me levantar. O cansaço estava batendo — Prometo te tratar melhor do que o Uchiha, hã?

    — Piada — eu disse assim que me levantei, aproveitei a distração dele e com o pé chutei a mesa sobre ele — Não me subestime! — corri pra cima dele o acertando mais um soco e ele bateu com as costas na parede sala, caindo sobre parte da estante, mas não foi tão forte o soco, afinal meu chakra estava quase acabado.

    — Assim você não me dá escolha — ele disse vindo pra cima de mim e senti novamente um soco, bati com as costas na escada e gemi de dor — Tentei ser bonzinho e você não ajuda! — ele disse sério, todo o divertimento de antes sumiu. Novamente o senti segurando pelo meu cabelo e acertou minha cabeça uma, duas, três vezes na parede. Não eram tão fortes as pancadas, sabia que ele queria me desmaiar — Vamos, durma! — ele dizia enquanto batia minha cabeça na parede. E eu sentia que estava ficando inconsciente.

    Ele me virou de frente para ele, usando a parede como apoio. Meu corpo estava mole, as pálpebras pesando, minha mente nublando. Mas eu consegui ver seu rosto, com o pouco de força que me restava puxei o capuz e o encarei desacreditada — Você? — eu murmurei fraca e a última coisa que senti foi minha cabeça ser batida na parede mais uma vez, antes de tudo ficar escuro.

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    Pov’s Autora.

    O encapuzado pegou Sakura no colo, ele não queria tê-la machucado, mas ela não cooperou e ele teve que agir. Mesmo que tendo que machucá-la para levá-la. Ele a aninhou da melhor maneira possível que conseguiu, teria que sair dali rapidamente. Sua flor precisava de cuidados que não poderiam ser feitos ali. Ele caminhou na direção da porta e olhou ao redor na rua, vazia. Ele seguiu em direção à floresta para assim levar Sakura ao seu mestre. E tinha que agir rápido, alguém poderia vê-lo antes de atingir seu destino. E não podia haver mais contratempos.

    Certa ruiva estava vindo da direção da floresta, afinal tinha lugar melhor para uma transa com um qualquer? Sasuke não a procurava mais desde que a Haruno voltou a falar com ele, ela não conseguia mais se aproximar dele por causa dela. Maldita hora que voltamos a Konoha! Era isso o que pensava. Ela sentiu alguém correndo, mesmo o chakra estando encoberto, ela ainda era uma ninja rastreadora. Escondeu-se e ficou esperando para ver quem era.

    Foi quando viu e deu um sorriso diabólico e vingativo. Sakura estava sendo carregada por um estranho e melhor, para fora da vila! Enfim teve a vingança que esperava, sem precisar fazer nada e não poderia estar mais feliz, afinal o caminho está livre para alcançar o Sasuke-kun. O amor de infância estava saindo de seu caminho e apostava que Sasuke não se importava com ela, afinal ele a amava e estavam somente passando por uma fase ruim. Saiu de seu esconderijo feliz da vida, seguindo novamente para sua casa e na manhã seguinte procuraria Sasuke, ou melhor, ele a procuraria...

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    Pov’s Sasuke.

    Desde aquele dia no Ichiraku, eu estava irritado. Sakura é muito ingênua e não quer aceitar os fatos! Como ela não enxerga que aquele Ryu está interessado nela? Porque não o cortou assim que dirigiu a palavra a ela? Ciúmes? Não, nem um pouco! Só estou tentando provar pra minha namorada que ela é irritante quando quer!!! Porque ela tem que ficar fazendo isso? Não consigo entender... Bufei mais uma vez naquela noite. Olhei o relógio, nove e meia. Hoje eu vou arrastar a Sakura daquele hospital, ou não me chamo Uchiha Sasuke!

    Já tem quase uma semana que não ficamos juntos, tudo porque somos dois orgulhosos de bosta! Não custa ela dar o braço a torcer e me pedir desculpas? Mas não, ela diz que eu que estou errado de cobrar algo que ela não tem culpa... Bom realmente ela não tem culpa por ter aqueles olhos verdes penetrantes, não tem culpa de ter o corpo perfeito e não tem culpa por ter aquele lindo sorriso. Mas parece que ela não entende que eu quero isso só pra mim!

    Egoísta? Nem um pouco! Sakura é minha e só eu tenho o direito de ver esse lado amável dela, esse lado lindo que é a alma dela, mas não! Ela decidiu mostrar pra Kami e Konoha inteira! Será que é difícil ela entender que eu quero exclusividade? Ciumento e possessivo? Imagina, você está entendendo errado... Tá bom, talvez eu esteja com ciúmes de Sakura, mas qual namorado não tem?

    Aquela irritante é minha, MINHA! E não vou entregá-la de bandeja a qualquer um... Por isso hoje vou fazer as pazes com ela, antes que ela desista de nós. Porque se tem algo que Sakura se tornou nesses anos foi orgulhosa. Olhei no relógio novamente e me espantei, dez e quinze!

    Levantei-me de minha cama a uma velocidade incrível e fui até o banheiro, mas depois parei. Pra que a pressa? Tomei meu banho rápido e vesti uma roupa qualquer, uma calça jeans preta e uma polo vermelha. Saí do meu quarto pela janela, é meu mesmo! Fui andando tranquilamente em direção ao hospital, como sempre as meninas me olhavam com desejo e eu só as ignorava. As mais ousadas tentavam puxar assunto...

    Deixa a doutora Haruno descobrir... Cheguei à recepção e aquela moça, a Aya ainda estava lá. O hospital de Konoha tem que pagar hora extra para essa garota!

    — A doutora Haruno, por favor — eu disse sério e indiferente.

    — Ah, Uchiha-san — ela disse um pouco nervosa e eu ergui minha sobrancelha direita — A Sakura-san saiu as nove e meia hoje...

    A Irritante já estava em casa? Dei de ombros e saí de lá, como sempre sem agradecer. Olhei meu relógio, já tinha uma hora que ela tinha saído, em vista que já são dez e meia. Será que ela está me esperando? Um sorriso malicioso brotou em meus pensamentos, claro que minha expressão continuava indiferente ao caminho da casa de Sakura. Mas enquanto eu me encaminhava para a casa dela, eu me sentia agitado e angustiado. Mas nada aconteceu não é? A casa dela já entrava em meu campo de visão e franzi a testa em confusão, estava tudo escuro.

    Será que Sakura está dormindo? Mas quando cheguei mais próximo percebi a porta entreaberta, isso está estranho! Rapidamente corri em direção a casa e abri a porta. Meu coração parou por um segundo, antes de começar a bater descompassado, sentia meus olhos arregalados e minha respiração ofegante. Fechei os olhos e respirei fundo, “Calma Sasuke nada aconteceu, a irritante deve estar no quarto dela dormindo como o anjo que ela é!”. Mas sabia que aquilo era impossível...

    A sala estava parcialmente destruída, o sofá, a mesa de centro e parte da estante estava aos pedaços pelo chão. A marca do soco na parede não estava profunda como deveria, nem destruída como deveria estar, Sakura estava sem chakra então, minhas pernas se negavam a andar, mas eu precisava. Caminhei até a cozinha, a mesa estava quebrada e virada de uma forma estranha, quando me virei para a escada meu coração pareceu parar, marcas de sangue na parede e algo me dizia que era de Sakura.

    Eu caí ajoelhado no chão, não podia estar acontecendo comigo novamente! Eu não podia perder a pessoa mais importante para mim novamente! Primeiro meus pais, depois Itachi – que voltou graças a minha rosada – e agora Sakura, meu coração está sendo esmagado, sentia lágrimas se aproximando, mas eu não podia chorar, eu não podia ficar assim... Eu preciso encontrar Sakura e descobrir quem a pegou e quando eu descobrir, um sorriso psicopata reinou em meus lábios e sentia minhas lágrimas acumuladas em meus olhos, nem Kami salvará essa pessoa!

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    Pov’s Naruto

    Levei mais uma leva de macarrão para dentro da boca. Estava comendo o ramén que minha Hinata tinha preparado para mim. E como eu imaginei, o ramén dela é melhor que o do Ichiraku, meu favorito!

    — Naruto-kun — a voz de Hinata preencheu meus ouvidos e eu levantei o olhar para ela. Hinata estava com uma regata e uma bermuda, afinal estava quente em Konoha — Vou ao mercado, vi que sua despensa está vazia...

    — Quer que eu vá com você? — perguntei quando engoli o que tinha na boca, afinal não era mais um moleque para ter maus modos à mesa, sou futuro Hokage de Konoha.

    — Não precisa — ela disse dando um sorriso — Tem uma panela enorme de ramén pra você comer — ela me deu um beijo na testa — já, já eu volto pra cá — sorriu e me deu as costas, seguindo em direção à porta. Logo escutei o baque leve da porta sendo fechada.

    Dei um sorriso quando me vi sozinho. Como pensei Hinata é uma ótima namorada, adorável e prestativa e de uns tempos pra cá tem me tratado como antigamente, claro que só não cora nem gagueja mais, como antes, mas posso sentir nela minha Hinata, que nunca saiu de lá, tô certo! Hinata está cada vez mais decidida no que quer, ela e Neji logo assumirão o comando do clã sob supervisão de Hiashi. Pelo o que me contou, o pai dela ficou bem surpreso em Hinata propor a união da família, deixando de lado aquela divisão idiota.

    A resposta de Hiashi veio surpreendendo a todos, até a Neji que pensava que o tio não iria aceitar aquilo. Então Hinata ficaria com a parte mais pro lado social do clã, como a burocracia, a administração das terras e blá, blá, blá e o Neji ficaria com o treinamento dos Hyuugas, com a estratégia deles e todo esse negócio chato. E eu já tomei minha decisão. Quando me casar com a Hinata não quero que ela se torne uma Uzumaki Namikaze oficialmente, afinal ela é uma Hyuuga e merece manter esse nome tão digno dela.

    Aí quando tivermos filhos, eles serão Hyuuga Uzumaki, porque Uzumaki Hyuuga fica feio, tô certo! Voltei a comer antes que minha comida esfriasse. Nosso relacionamento parecia ser aceito pelo pai dela, que não tinha feito nenhuma objeção direta até o momento. Hinata não dormia aqui com frequência, apesar de passar muito tempo comigo. Lembro que ela comentou que Sakura se meteu no hospital de novo.

    O teme também estava estranho, acho que desde que aquele Ryu deu em cima dela na frente dele, eles estão estranhos... Sasuke é muito ciumento quando quer, apesar de eu ser uma das poucas pessoas que conhecem esse lado dele. Ele chegou aqui falando que a Sakura está o evitando e ele estava preocupado quanto a isso, eu como bom amigo de ambos, disse para ele ir pedir desculpas, mas ele me ouviu? Não...

    Espero que eles fiquem bem... Comi mais quatro vezes antes de Hinata voltar do mercado com as mãos cheias de sacolas, como bom namorado a ajudei arrumar tudo e lavei a louça que eu tinha sujado. Já estava começando a anoitecer, Hinata estava cozinhando novamente e eu estava sentado à mesa a observando.

    — O que foi Naruto-kun? — ela perguntou me olhando por cima do ombro voltando a cortar os temperos, ela cortava as cebolas e os pimentões em cubinhos — Sinto que me observa...

    — Não é nada demais — eu murmurei dando um sorriso — Só estava me perguntando como posso ter uma mulher tão linda só pra mim... — sorri novamente quando percebi o constrangimento dela.

    — Ora Naruto, não fale assim — ela disse sem graça. Depois deu um suspiro — E eu não sou sua mulher, sou sua na-mo-ra-da. — ela soletrou as sílabas de namorada, revirei os olhos.

    — Mas será minha esposa em breve senhorita Hyuuga — eu disse dando de ombros — Você será a esposa do Hokage Hinata, se acostume com os fatos...

    Vi que a mesma sorria e isso me alegrou. Voltei a minha função de observá-la enquanto cozinhava. Se tem uma coisa que Hinata sabe fazer, é cozinhar! Kami que comida deliciosa! Sou um homem de sorte! Logo Hinata disse que a comida estava pronta e comemos ali sentados a mesa. Essa cena me causava um conforto tão grande, parecíamos casados e isso era muito bom para mim, sentia que enfim tinha a família que nunca tive. Começamos a conversar assuntos aleatórios e logo estávamos na sala.

    Era sempre assim quando eu estava com Hinata o tempo passava rápido, quando dei por mim já era quase dez e meia, mas eu não ia deixá-la ir embora. Comecei a beijá-la e ela me correspondia. O beijo passou a ficar mais quente e logo Hinata já estava sentada em meu colo, suas mãos passeavam pelos meus cabelos e as minhas estavam a acariciando nas costas por dentro da peça de roupa.

    Nossas intimidades se tocavam, Hinata rebolava lentamente causando um atrito entre elas. Hinata tirou a camiseta que eu usava a jogando no chão, passando a acariciar meu peito com seus dedos leves e gentis. Minhas mãos desceram por suas costas apertando o bumbum dela com força, ela gemeu. Eu já estava ficando bem excitado, até que batidas muito fortes – se diga de passagem – foram ouvidas na minha porta, quase a derrubando. Eu suspirei irritado.

    — Já vai! — eu gritei e a pessoa parou de bater. Hinata saiu de meu colo e se ajeitou rapidamente, claramente envergonhada. Eu me ajeitei também, mas continuei sem camisa, eu estava com uma carranca enorme na cara e muito irritado "Onde já se viu atrapalhar um homem num momento íntimo com sua namorada?", caminhei em direção à porta a passos pesados e a abri — O que você... — fui interrompido porque a pessoa entrou que nem um furacão na minha sala, ainda bem que Hinata estava decente.

    — Dobe... — Sasuke começou visivelmente transtornado, mas parou quando viu Hinata sentada no sofá — Hm, desculpa atrapalhar — Sasuke murmurou aéreo e eu arregalei os olhos, desde quando ele pede desculpas?

    — Não tem problema Sasuke-san — Hinata murmurou do sofá, dando um sorriso. Mas Sasuke estava aéreo demais, agitado demais, irritado demais.

    — Teme, o que foi? — eu perguntei agoniado, afinal eu o conheço muito bem. Sei quando ele está mal e nesse momento ele está péssimo. Sasuke só fica assim quando é o dia do massacre do clã, mas essa data está longe ainda... Então o que pode ser?

    — A Sakura... — ele disse num fio de voz, mas parou. Hinata se levantou e parou do meu lado, olhando para ele como se pedisse para continuar, mas ele nada disse.

    — O que? Ela terminou com você? — eu perguntei assustado, afinal eles só tinham brigado, coisa besta. Mas não para um término. Sasuke me olhou, seus olhos sem brilho, derrotados, preocupados?

    — Aconteceu alguma coisa com a Sakura, Dobe — ele disse por fim. Meus olhos e os de Hinata se arregalaram no mesmo instante, que se foda Sasuke ter me interrompido, mas o que? Aconteceu algo com Sakura? Não consegui absorver essa informação e ele continuou — O apartamento dela estava revirado, as coisas destruídas, sinais claros de luta Dobe — ele passou as mãos nos cabelos os bagunçando cada vez mais, ele estava transtornado — Levaram minha Shitashi Naruto...


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