Samurai Eternamente

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 17

    Chamas pelos esgotos

    Álcool, Drogas, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Capítulo 17: Chamas pelos esgotos

    - Te achei... O desgraçado que me cegou...! – aquelas palavras chegaram violentamente aos ouvidos de Hellt, ele olha para a lateral e vê Fléreo sacando sua espada em chamas, ferindo civis e até seus companheiros e partindo violentamente pra cima de Antony. Sua reação foi instintiva de proteger seu discípulo, o mestre saca sua espada e defende o menino da estocada.

    - Tem muita coragem para erguer sua espada contra meu aluno, Alex Ribeiro Vasconcelos, ou devo dizer Fléreo! – Hellt fala enquanto sua espada é forçada para baixo.

    - Eu detesto esse nome! Me chame apenas de Fléreo mestre traidor!

    - Fléreo?! – Antony fala assustado.

    - Merda! Merda! O que você fez Fléreo seu desgraçado?! – o discípulo de Gilbert fala com a mão em seu ombro. Ele chorava de dor, pois seu braço havia sido cortado pelo movimento do ruivo.

    - Eu sempre te detestei moleque! Eu sempre pedi sua expulsão do dojo devido a sua crueldade e falta de caráter, você armou pro Jun, você queimou a orelha do Antony e ainda tem coragem de aparecer na minha frente! – Hellt estava visivelmente alterado

    - Fazer o que se eu existo para isso? – fala de maneira sarcástica, nesse instante as chamas consomem as lâminas de ambos e sobem aos céus.

    - Se esconde Antony. – Hellt fala e quebra o golpe de Fléreo o arremessando. O ruivo apoia seus pés na parede de um prédio e com um impulso ataca ferozmente o mestre com uma estocada segurando a espada apenas com sua mão direita. Hellt se defende, as chamas se espalham a todas as direções possíveis.

    “Merda! Desse jeito muita gente inocente vai se ferir! Tenho que levar essa batalha para outro lugar!” o mestre pensa.

    “Não é justo, em público o Hellt nunca vai usar nem metade de sua força! Se eu não fizer nada ele pode morrer...!” o pensamento do garotinho é interrompido pela presença de dois samurais o golpeando, o samurai de Eliéser pela frente, o de Rosana por trás.

    - Sumam daqui! – ele fala e seus olhos piscam, o suficiente pra arremessar os dois samurais para longe, é como se algo os segurasse e os arremessasse com muita força. – Hellt eu posso... – a fala do garoto é interrompida.

    - Nem pense em fazer nada, seu corpo ainda não se recuperou, eu dou um jeito nesse desgraçado! – Hellt fala desfazendo novamente o golpe de Fléreo, ambos começam a desferir cortes um no outro. As espadas se encontram, a intensidade das chamas só aumenta.

    Hellt abre a defesa do ruivo e desfere uma estocada em seu peito, o golpe parecia certeiro, entretanto o garoto cego de um olho some e aparece as costas de Célio desferindo um corte descendo, o sangue jorra e o mais jovem sorri. Com um movimento rápido ele aparece à frente do mestre com sua espada na garganta dele.

    - Você se tornou mais que patético mestre traidor! – Fléreo fala em tom de deboche, de súbito chamas sobem do corpo de Célio e afastam o ruivo que o ameaçava, ele pensa: “foi muito de repente, pensei que ele estava em minha mira e quase que ele me...” antes de concluir seu pensamento Hellt aparece a sua frente.

    - ESTOCADA FLAMEJANTE! – o mais alto desfere seus vários golpes com muita fúria, o ruivo se defende como pode, mas é difícil evitar todos aqueles golpes. A última estocada o arremessa na parede de um prédio, de repente ele olha para Célio e vê a lâmina coberta de chamas.

    - LÂMINA DO DRAGÃO VERMELHO! – Célio desfere seu golpe certeiro, o movimento de sua espada arremessa aquelas chamas até o adversário. Fléreo cria suas asas de fogo e as usa para defender o golpe do mestre, após a defesa do golpe ele observa, mas não consegue enxergar Hellt e nem Antony. De repente ele escuta o barulho de algo caindo, ele observa uma tampa de esgoto fora do lugar e deduz que seus adversários fugiram pelo subsolo. Ele desce até os esgotos seguindo seus adversários.

    - Eu defendi facilmente seu melhor golpe Hellt! Está fugindo porque percebeu que não pode me vencer não é? – palavras quase gritadas acompanhadas de uma gargalhada insana. Barulhos de passos chamam a atenção de Fléreo, ele segue o som galerias adentro, até que o barulho cessa numa galeria enorme, uma espécie de caminho único no centro do local, várias quedas de água de esgoto nas laterais, entre essas quedas e o caminho único um espaço enorme.

    - Desistiu de correr mestre traidor? – o ruivo fala pulando e caindo a frente de Hellt numa distância média. – Vou te dar uma escolha, se você me entregar o pirralho eu só vou matar ele, senão vou ter que matar os dois! – fala em tom debochado.

    - Você é muito parecido com Eliéser, o jeito doentio de agir, o menosprezo pelos outros, a capacidade de falar merda! – Hellt afirma se pondo em posição de luta. – Deixa eu te informar, eu não fugi de você, eu só vim até aqui para poder usar meu poder sem machucar nenhum inocente!

    - Conver... – antes que pudesse terminar sua frase debochada o mestre já estava a sua frente desferindo um corte sentido horário, o ruivo se defende, mas é arremessado. Assustado ele olha pra frente e não enxerga Hellt, apenas percebe um leve escurecimento e olha para o alto, vê o mestre próximo dele desferindo um corte descendo, o golpe acerta o solo liberando chamas gigantescas e quebrando aquela parte do caminho. Fléreo consegue evitar a intensidade máxima do golpe, mas sai com um corte feio no peito.

    - Desgraçado! Vou te mostrar o que é poder seu fraco! – o mais jovem fala furioso. –OLIVE! – chamas começam a emanar do jovem, elas vão tomando forma de um cavalo negro as costas do ruivo. Têm olhos vazios, dentes serrilhados, possuía asas que eram feitas de chamas, assim como sua crina e cauda. – CHAMAS ETERNAS! – asas de fogo crescem nas costas do garoto, o espírito se ergue e ambos fazem um movimento fechando as asas. O golpe é certeiro, Hellt nem se movimenta tentando se proteger, apenas espera o golpe com uma feição séria.

    - Hellt...! – Antony olha a cena no fim do caminho, sua face era de preocupação.

    - Adeus mestre traidor! – Fléreo sorria em meio a suas chamas.

    - Você chama isso de poder? Parece que você não tem noção nenhuma de com quem está lidando... – a voz de Hellt pôde ser escutada seguida de um grito. Com um movimento de sua espada ele desfaz o golpe do mais novo, as chamas começam a encobrir todo o corpo do mestre. – Farfinir! – ele fala calmamente e a silhueta do dragão vermelho se forma entre as chamas, não demora para que o espírito seja perfeitamente formado. – LÂMINA DO DRAGÃO VERMELHO! – um grito, o dragão puxa o ar e o segura em seu peito, um sopro e impressionantes chamas são lançadas ao mesmo tempo em que Hellt movimenta sua espada num corte subindo diagonalmente.

    As chamas tomam conta de toda a galeria, se espalham pelos corredores dos esgotos, estouram bueiros pela cidade erguendo grandes torres de fogo. Elas passam por Antony, mas não o ferem, o caminho agora está completamente destruído, no fim dele Hellt segura Fléreo pelo pescoço com sua mão esquerda, o mais jovem tem várias e grandes queimaduras por todo corpo.

    - Que Deus tenha pena de você porque eu não tenho! – Célio fala erguendo sua espada para desferir uma estocada no pescoço de seu adversário. O golpe é desferido, porém é parado por um gesto, Antony abraça seu mestre forte.

    - Hellt não faz isso por favor! Você não é um assassino, você é um mestre engraçado e gentil, não deixe que um cara como Fléreo te transforme em um monstro! – o garotinho chorava. A feição de preocupação que tivera agora pouco era por temer que seu mestre matasse seu inimigo.

    - Parece que Deus intercedeu por você seu merda! Já que você é uma bosta de ser humano vá pra junto do esgoto onde é seu lugar! – Hellt fala soltando Fléreo nas águas do esgoto que passavam bem abaixo do lugar onde estava, é possível ver o ruivo tocando a água.

     - Você tem toda razão Antony, vem garoto vamos embora daqui. – Hellt fez referência às palavras de seu discípulo. Retribuiu o garotinho com seu sorriso peculiar o que fez o garoto ficar mais feliz. Ambos saíram dos esgotos e seguiram seu caminho, haviam chamado muita atenção naquela cidade e por tal motivo precisavam sair rápido dali.

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    Na rua de agora a pouco o samurai de Eliéser acorda muito dolorido, pega um celular e disca um número.

    - Alô?

    - Du, é você? – o samurai de Eliéser pergunta.

    - Sim, quem é? – Du responde do outro lado da linha.

    - Eu achei o mestre Célio, em Adélia, seja rápido... – depois de tais palavras o samurai desmaia novamente, agora de cansaço.

    - Caras, um colega de tropa achou o mestre Célio em Adélia... – Du fala guardando seu celular, estava em um quarto de hotel com Tay, Lian e Latifa.

    - Vamos pra lá o mais rápido possível então! – Lian fala.

    - Vamos capturar o mestre Célio! – os dizeres de Latifa.

    - Hellt... – Tay mal consegue formular algo para falar, apenas se levanta e pega sua espada. – Vamos logo, não temos tempo a perder!


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