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A claridade começava a bater em meus olhos castanhos, fazendo-me acordar. Eu me levantei e fui ao banheiro, depois me troquei e comecei meu trabalho naquela casa na esperança de ir ao baile da princesa daquele castelo, quem sabe a vida não estava reservando algo de bom naquele baile.
Meu sempre dizia que se tivermos fé e o pensamento em coisas boas elas virão.
Eu arrumei tudo e não vi quando o tempo passou. Quando eu vi já estava quase na hora do baile, com tudo arrumado na casa, eu fui para o meu quarto, tomei um banho e vesti a minha fantasia que dei o nome de Robin Hood, apesar de estar bem longe de ser mesmo. Fui para sala e dei de cara com a minha madrasta, Robert e Ruan.
- Onde você pensa que vai com esses trapos._ Cindy disse sarcasticamente me humilhando.
- Eu vou ao baile e essa é a minha fantasia. Você disse que se...
- Pode parar, com esses trapos você não vai a lugar algum._ disse Cindy me interrompendo.
- Mais...
- Além disso, você não arrumou a casa direito._ Disse Robert e joga um vaso no chão fazendo se quebrar e prossegue. - Você esqueceu esse vaso quebrado._ disse ele maldosamente.
- Ariel você também não lavou o banheiro do nosso quarto._ Disse Ruan.
- È melhor começar seu trabalho Ariel, e assim que terminar e arrumar uns trapos melhores você paga um taxi para te levar a Tão Lindopolis._ disse ela rindo maldosamente e saindo junto com aqueles filhos da...
?Mais ela prometeu que se eu arrumasse a casa e a fantasia ela me levaria ao baile. Isso não é justo.? Eu pensava com lagrimas nos olhos e indo para o jardim.
Senhor Jones me viu e se aproximou de mim e disse:
- Eu lamento filho, mas eu não sei como te ajudar._ Ele disse colocando a mão no meu ombro.
- Senhor Jones me deixe sozinho, por favor._ Eu disse segurando o choro.
Ele acenou com a cabeça que sim e saiu do jardim indo para o seu quarto.
Eu me ajoelhei naquele chão gramado e olhei para o céu escuro e estrelado e disse:
- O que eu fiz, me diz, o que eu fiz que eu não posso fazer nada com a minha vida._ Eu disse apoiando meus braços no chão , tampando meu rosto e chorando feito uma criança.
- Pai, o que eu fiz?_ Eu perguntava ainda de joelhos e escondendo meu rosto naquele chão verde pela gama.
- Que vergonha, um rapaz desse tamanho chorando desse jeito._ uma voz soou.
Levantei meu rosto, mas não vi ninguém.
- Até que você é bonito meu querido, mas nesse estado acho que não vai mesmo a lugar algum._ Mais uma fez a voz soou, mas eu olhava e não via ninguém.
- Quem está ai?_ perguntei receoso.
- Não tenha medo, eu apenas quero te ajudar. _ disse a voz masculina, ou melhor, quase masculina.
- Onde você está?Apareça._ Eu disse olhando por todo o jardim.
- Calma meu querido, eu estou aqui._ A figura disse em minha frente.
Ele tinha aparência de um homem, mas com orelhas pontudas, asas transparentes e brilhantes e deveria medir uns quarenta centímetros, seus olhos eram cinza e usava uma roupa bem colada meio esverdeada.
- O que é você?_ Eu disse sem acreditar que aquela criatura existia.
- Há meu querido, não seja cismado, eu quero te ajudar._ disse ele meio afeminado.
Eu não estava acreditando no que eu estava vendo, era uma criatura minúscula, estranha e meio gay. Eu não sabia o que era aquela criatura estranha e não sabia o que ela queria, quando de repente ele ficou do meu tamanho do nada. Fiquei assustado e me afastei um pouco assustado e disse:
- O que é você?
- Ora jovem, eu sou sem padrinho mágico e vim para te levar ao baile.
- O que? Como é que é?_ Eu disse surpreso e assustado, mas logo em seguida me lembrei do livro da Cinderela.
Lembrei-me da parte em que a fada madrinha aparecia pra ela e dava a ela uma roupa e transformava aboboras em carruagem, mas eu não acreditava que aquele ser realmente existisse de verdade.
- Então você é minha fada madrinha, como na história da Cinderela. _ Eu disse ainda surpreso.
- Não meu querido, eu sou seu padrinho mágico, fada madrinhas e só para moças, os rapazes são padrinhos mágicos. A história da Cinderela é real, mas todos os seres humanos acreditam que é um conto de fadas que não aconteceu, mas olha, eu estou aqui, então aquela história aconteceu e também está acontecendo com você.
Eu me levantei e em seguida me sentei em um banco, que havia no jardim, em estado de choque.
- Como, como isso pode ser verdade?_ Eu me perguntava em um tom auditivo e incrédulo.
-Quer uma prova Ariel?_ Ele disse me olhando.
Eu o olhei ainda em choque e não disse nenhuma palavra.
A criatura me olhou e disse:
- Stivem, poderes da varinha de condão transforme a fantasia desse rapaz bem bonitão e deixe como se ele fosse um príncipe gostosão.
Após essas palavras uma luz surgiu e eu olhei para mim mesmo e me vi vestido em uma fantasia de príncipe. Eu não acreditava no que meus olhos estavam vendo. Eu não queria acreditar, mas era real, era muito real.
- Ainda tenho trabalho na casa e não tenho um meio de transporte para ir ao baile._ Enfim eu consegui dizer algo.
- Você está falando da bagunça que aqueles mauricinhos fizeram no banheiro e aqueles vasos quebrados._ disse ele todo fresco.
- Sim.
- O Stivem aqui já limpou para você. _ disse ele sorrindo.
Eu entrei na casa o mais rápido possível e estava um brinco realmente a casa estava limpa que brilhava. Meus olhos não podiam acreditar naquilo.
- Então Ariel, falta o meio de locomoção, deixe me ver... Aqui essa maça e esse abacaxi vão servir. _ Disse ele saindo à porta para fora e disse;
- Maça, que veio da floresta, transforme-se em um carro para levar o rapaz à festa.
Eu ainda olhava incrédulo e espantado, ele havia transformado a maça em um carro de um modelo bem diferente, mas ficou interessante e eu realmente não estava acreditando.
- Abacaxi que saiu daqui, transforme-se em um chofer, leve e não deixe o rapaz a pé._ disse Stivem agitando a varinha dele.
O abacaxi se transformou em uma pessoa com algumas espinhas e uma roupa meio amarelada.
- Abacaxi as suas ordens, senhor._ disse a pessoa que foi um abacaxi.
Eu ainda não acreditava no que eu via então eu disse:
- Stivem, as câmeras de vigilância gravaram tudo, a Cindy vai descobrir tudo._ Eu disse nervosamente.
- Calma meu amor, eu já fiz uma mágica para isso também. Agora é hora de aproveitar o baile.
- Mas não terá regras, horários algo assim?_ perguntei por que na historia da Cinderela a magia se desfazia a meia noite.
- Ah, é mesmo, eu ia me esquecendo de ler o regulamento pra você. Vamos lá._ Disse Stivem abrindo um pequeno rolo de papel. ? Você terá um baile concedido pela sua fada madrinha no caso das moças, ou pelo seu padrinho mágico no caso de rapazes. Você terá até a ultima badalada da meia noite para estar em casa, ou o feitiço te deixara nu na frente de quem quer que seja. Também fica sem condução e condição de voltar pra casa. Não nos responsabilizamos por passar da hora e por nada que aconteça a você após a meia noite. _ Disse ele fechando o papel e prossegue. - Agora vá e divirta-se.
- Stivem?
- Diz gatão.
- Obrigado.
- Boa sorte e divirta-se, só não se esqueça do regulamento.
- Está bem._ eu disse já entrando no carro e saindo para o baile.
Continua...