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Capítulo 10: Discípulos localizados
A luz forte invade a caverna tentando acordar os três jovens que insistiam em não abrir os olhos, de repente o celular de Daniel toca, o loiro não dá importância, até que ele pensa que pode ser seu mestre ligando, ele arregala os olhos e se levanta apressado, cai no chão duas vezes tropeçando, xinga uns palavrões e atende ao aparelho atônito.
- Alô?
- Alô? Daniel?! Seguinte a gente ta bem, eu e seu irmão estamos numa encosta e...
- Por que vocês demoraram dois dias para ligar? A gente pensou que vocês tinham sido capturados... – Daniel fala, Evellin e Jun se levantam.
- Dois dias?! Isso é sério? Quer dizer que eu e o Antony estamos dormindo há dois dias? Que loucura! Bom como eu ia dizendo: a gente não pode se encontrar agora, por segurança não vamos deixar junto às duas metades do Olho das Eras pelo menos não agora, vamos nos encontrar na cidade de Telves, quando chegarmos lá ligamos pra marcar o melhor lugar pra nos encontrarmos certo?
- Por que você não quer nos encontrar agora? – Daniel estava curioso, não havia entendido direito o motivo de não se encontrarem.
- Fugir em cinco chama muito atenção e aposto que a polícia e o Alaster estão nos procurando em um grupo de cinco e não dois grupos um de dois e um de três.
- Ta certo então, a gente se vê em Telves, tchau. – o loiro entende o raciocínio de seu mestre e se despede.
- Tchau irmão. – Hellt desliga o celular, Daniel olha pra seus companheiros e fala que o mestre e Antony estavam bem e sobre o plano.
- O plano é esperto, viajar em grupos vai ser mais difícil pra sermos localizados. – a moça fala.
- Vamos sair logo daqui! Temos que chegar em Telves... – Jun fala se vestindo, logo em seguida eles saem.
- A gente tem que passar na lanchonete e comer alguma coisa antes! – Daniel exclama.
- Sua barriga deve ta gritando daquele jeito sinistro não é? – a moça fala e o gordinho responde positivamente.
- A gente teve sorte que você tem dinheiro Eve senão a gente não podia nem comer. – o baixinho fala.
- O nosso auxílio deve estar no banco já, o problema é entrar no banco na nossa situação de procurados... – a garota fala pensativa, ela fez referência a uma bolsa que o governo sede a alunos das artes samurais bolsistas.
Os garotos vão até a cidade para comer e depois seguir para Telves, entram em duas lanchonetes que estavam cheias de samurais e saem pra não arrumar confusão, o número de samurais nas ruas aumentou consideravelmente devido ao fato de Hellt e seus discípulos serem procurados, numa terceira lanchonete entram e se sentam porque só avistaram cinco samurais de presença fraca.
- Olha esse sanduíche de vocês?! – Evellin fala olhando o tamanho do sanduíche que Daniel e Jun estavam comendo que, diga-se de passagem, era assustador.
- Não se preocupa Eve é natural! – o baixinho fala.
- É Eve ele ta certo e depois eu só vou comer esse... – as palavras do loiro assustaram seus companheiros.
- Você ta querendo dizer que você aquenta comer outro desses?! – a garota pergunta surpresa.
- Claro! É que sinto muita fome entende? – o loiro responde.
- Eu ainda não consigo entender como sua mãe consegue alimentar você e o Antony! – Jun fala em meio há alguns palavrões, de repente a porta do local se abre e uns jovens estranhos entram no local, são baderneiros que começam a perturbar uns meninos que estavam comendo.
- Olá garotinhos como estão? – um dos três que entraram fala pegando as batatas fritas dos meninos.
- O que você quer? Já não é o suficiente o quanto você me bate na escola? – o menino fala com voz trêmula.
- Que merda! Um bando de valentões filhos da puta! – Jun fala serrando os punhos.
- Garoto você vai aprender a me respeitar! – o baderneiro fala batendo na face do garotinho, Éder não se segura, ele sai de sua mesa correndo pra cima deles e desfere um golpe com a parte não cortante de sua katana derrubando os baderneiros.
- Sumam daqui desgraçados! Se eu vir vocês perturbando esses meninos de novo eu arranco a cabeça de vocês! – o de boné fala furioso e os baderneiros saem correndo chorando e gritando.
- Jun... – o gordinho chama.
- Já sei, você vai dizer que eu não deveria ter feito isso pra não chamar atenção, mas eu não consegui me segurar com esses merdas maltratando os meninos!
- Se você não tivesse feito eu faria Jun! Provavelmente é o que Hellt faria também... – o loiro fala apoiando seu colega.
- Gente ta todo mundo nos olhando...! O Hellt sabe ser mais discreto coisa que não fomos, agora vamos sair né? – a moça falou empurrando seus colegas pra fora do estabelecimento, quando saiam Evellin cruza olhares com dois samurais que entravam no lugar, samurais que usavam o uniforme do dojo Ômega, ela passa reto com seus colegas e segue a rua.
- Yuri, você viu o que vi? – um dos samurais fala.
- Sim Jorg, são nossos alvos! Vamos segui-los que eles nos levarão ao mestre Célio! – o outro fala com um sorriso maligno.
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- Isso é mal! Vocês viram quem estava entrando na lanchonete quando a gente saía? – a moça pergunta seguindo ruas a frente do restaurante.
- Sim, são aqueles gêmeos estranhos Yuri e Jorg da divisão de Eliéser, aquele demônio! – Daniel fala.
Yuri e Jorg eram exatamente iguais fisicamente, eram de estatura média, de cabelos cacheados a altura da nuca castanhos com uma franja que cobria parte da parte esquerda da face, tinham olhos azuis e presas pontudas, o que os diferenciava era uma mecha de cabelo colorido que tinham na franja, a de Jorg era vermelha, a de Yuri azul.
- O pior é que essa divisão é de rastreadores, se eles nos viram não conseguiremos escapar, só se os matarmos! Porra! Por que tinham que ser da tropa de Eliéser? – o de boné fala nervoso.
- E se o demônio estiver monitorando eles? Merda! O Hellt falou pra gente nunca se envolver com ele porque ele é doente, sádico e psicótico, se ele vier nos enfrentar não acredito que possamos vencer...
- Podendo vencer ou não eu não vou deixar eles pegarem o Olho das Eras, eu vou protegê-lo com minha vida! – Jun fala colocando sua mochila com a arma lendária para frente.
Nas sombras Yuri e Jorg os seguiam pelas ruas e vielas, os gêmeos sorriam maleficamente, eles tinham certeza que os seguindo achariam Hellt e o Olho das Eras.
- Vamos ser condecorados pelo mestre Eliéser. – Yuri fala.
- E pensar que os achamos por acidente, só queríamos tomar algo naquela lanchonete e de repente nossos alvos estavam lá, a sorte está ao nosso lado! – Jorg fala feliz, de repente os perseguidos viram em um beco e adentram um galpão, os gêmeos os observam da janela superior.
- Será que o mestre Hellt está aqui dentro? – os gêmeos falam ao mesmo tempo observando seus alvos.
- Samurais de Eliéser apareçam! – o gordinho de bandana fala quase gritando.
- Eles nos viram Yuri... Vamos ligar para o mestre e...
- Não seja idiota! Hellt não está aqui senão eles não nos trariam pra cá! – o gêmeo fala percebendo que foram atraídos praquele lugar propositalmente. – Se só os discípulos estão aqui podemos dar conta sozinhos e impressionar o mestre Eliéser.
- Tem razão Yuri! Vamos acabar com esses caras! – com um movimento rápido os gêmeos aparecem à frente dos discípulos de Célio.
- Até que vocês são espertos, perceberam que nós estávamos os seguindo... – Jorg fala.
- Duas figurinhas repetidas pra gente dar um jeito. – Jun provoca.
- Vou arrancar essa sua língua podre baixinho! – Yuri retruca o que deixa o de boné furioso.
- Estejam preparados garotos, preparados para lutar até a morte! – a moça fala referindo-se ao fato de que de agora para frente nenhuma batalha será um treino ou um divertimento, agora as batalhas serão de vida ou morte e eles precisam estar preparados para isso.