|
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
l |
É pequeno...mas espero que gostem.
Mesmo sobre a fria chuva de inverno... ele continua a ficar sentado ali a espera dela...
Com uma rosa a seu lado... em sua bengala ele se apoia..
Cabeça baixa... olhar vago e calmo...e a chuva permanece.
Seu chapéu ele mantem a cabeça... nem mesmo a aba do chapéu disfarça o olhar vago que ele sobrepõe ao chão...apenas observa os passos de pessoas que se atrevem a andar naquelas tardes chuvosas... mas nenhum daqueles passos o interessava... não era nenhum de quem ele realmente esperava.
Os anos passam... e a cada dia de chuva ele vai para a ponte, onde há o banco que ele se senta e fica a espera dela.
É sempre o mesmo modo.. é sempre a mesma rosa... mesma bengala... mesmo chapéu... mesmo olhar... sempre o mesmo amor por ela.
Toda vez que o sino da igreja ao fundo da ponte, ao fundo daquele banco, toca... toca uma badalada de lembranças no coração dele. Os carinhos dados por ela... os sorrisos dados por ela... o amor vindo dela.
Hávia momentos em que aquelas badaladas se tornavam tristes de mais até mesmo para um velho soldado experiente como ele era...
A cada badalada triste que seu coração sentia... lagrimas se misturavam com a chuva e, se tornavam tardes vazias... tardes silenciosas em seus pensamentos...
Assim que um leve raio de sol tocava seu ombro, naquelas tardes, ele se levantava e ia embora... pois ja sabia que não era aquele dia que ela voltaria... ou ate mesmo que ela ja havia chegado e ja estava na hora de irem embora juntos...
Não.. ele sabia que ela ja tinha chegado e que tocara seu ombro no final de cada tarde chuvosa...
A chuva o foi levando aos poucos... os anos o levaram aos pouco...
O ultimo raio, agora, bate em outra direção... sobre um canteiro improvisado de flores...com um fundo de madeira.. e sobre o centro uma rosa vermelha, que agora iluminada pelo raio de sol, é zelada por ela.
Durante anos ele foi fiel ao amor dela...durante anos ele ficou a espera dela.
Depois de anos ele está, enfim, junto dela.