Samurai Eternamente

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 8

    Descanse em paz

    Álcool, Drogas, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Capítulo 8: Descanse em paz

    - Eu sinto muito velho amigo. – Elias fala vendo o corpo de Hellt no chão e limpando suas lágrimas ele se vira lembrando de todas as coisas que ele o mais alto fizeram quando mais jovens, as peças que pregaram nos valentões e no Alaster, enquanto se lembrava caminhava em sentido ao garotinho com a mochila.

    - Aonde vai velho amigo? – a voz de Hellt corta o ar e chega aos ouvidos de Elias.

    - Como pode estar de pé? – o menor não consegue esconder o susto.

    - Seu golpe tem uma desvantagem: quando a gente ta bêbado a gente não sente nada, nem a dor.

    - Espera, pelo corte que fiz você deveria estar morto!

    - Eu não posso morrer ainda, só quando meus irmãos estiverem em segurança. – ele fala se referindo aos seus discípulos.

    - Cara eu te imploro, se rende! Você não está mais em condições de lutar.

    - Você já tentou me matar agora pouco, pode tentar de novo não é?

    - Não fale como se tivesse sido fácil! – o de kimono negro fala furioso.

    - Não liga pra mim, é palavra de bêbado, você sabe que bêbado só fala merda. – o rosto de Célio está muito vermelho e seu corpo treme pela sensação de bêbado e pela perda de sangue.

    - Que seja, este será o último e definitivo ataque! – Elias se põe em posição de luta e parte pra cima de Célio, a velocidade do de kimono negro é incrível, um grito é escutado e uma estocada é desferida, o sangue jorra e a chuva começa a cair com força, um leve sorriso se desenha na face de Elias.

    - Você se tornou um samurai formidável Hellt. – Elias fala e os dois cantos de sua boca começam a sangrar, ele tosse sangrando mais, a espada dele esta atravessada no braço esquerdo de Célio e a espada do mais alto está atravessada no coração do menor.

    - Eu disse que bêbado não sente dor não disse? – Célio colocou seu braço esquerdo na frente o golpe de seu amigo de infância e desviou o golpe abrindo completamente a guarda de seu adversário e desferindo uma estocada certeira em seu coração, as lágrimas descem dos olhos do mais alto. – Só bêbado eu conseguiria te matar meu irmão.

    - Só me diga Hellt, antes de minha morte me responda se foi mesmo você quem matou o mestre Adamastor. – o menor fala com dificuldade.

    - Eu já falei, mas você não acreditou. – a tristeza de Hellt é visível em suas palavras.

    - Eu deveria ter acreditado em meu irmão não é? – fala com um leve sorriso e com dificuldade. – Dóra-Dóra, saiba que foi uma honra lutar ao seu lado... – ele fala a seu espírito guardião.

    - Mestre, foi uma honra beber ao seu lado! – o espírito fala. – Venha meu senhor eu te acompanharei até o outro mundo. – nesse instante Elias para de respirar, agora está morto, Hellt retira sua espada do corpo dele e retira à espada dele de seu corpo, a chuva continua a cair com muita força e Hellt apenas olha sentado o corpo de seu amigo de infância, depois de um tempo se levanta e leva o corpo de seu companheiro até a floresta onde estava e assim que a chuva pára ele enterra o corpo de seu amigo, Antony o acompanha e pergunta:

    - O que acontece com a gente quando morre Hellt? – apesar de ter a cabeça bem desenvolvida Antony não deixa de ser uma criança muito nova.

    - Nossos espíritos guardiães nos levam até o mundo dos espíritos, entretanto ninguém sabe como é esse mundo. – a tristeza ainda era visível no mais alto.

    - Espero que seu amigo encontre a paz, ele não era ruim só foi enganado. – o garotinho fala.

    - Eu espero também irmãozinho. – Hellt fala com sua mão esquerda na cabeça de seu aluno.

    - E o seu machucado está melhor? – Antony pergunta.

    - Eu senti Dóra-Dóra correr meu corpo, acho que curou meus danos mais graves.

    - Isso é possível? – a curiosidade do garoto é notável.

    - Não sei, só falei o que senti. – o mestre fala e ambos se viram e saem. – Descanse em paz meu amigo. – Célio olha para trás e fala tais palavras olhando para o túmulo improvisado de Elias, a Katana dele e uma garrafa de bebida que estava em seu bolso estavam perto de uma cruz de madeira improvisada.

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    No castelo da família Ômega Alaster se reunia com seus outros seis irmãos.

    - Vamos repassar a situação, Célio matou nosso pai e fugiu, isso é o que vocês sabem, o que vocês não se dão conta é que o Olho das Eras era vigiado por nosso pai e nosso irmão mais novo o roubou, foi por isso que ele matou nosso pai. – as últimas palavras de Alaster causaram um pequeno alvoroço entre os irmãos.

    - Como isso é possível? O Olho das Eras aqui? – Idília pergunta assustada.

    - Fascinante! Por isso Célio matou o pai, para ter o poder do Olho, o irmãozinho me surpreendeu agora... – Eliéser se manifesta rindo com ar psicótico.

    - Você me assusta Eliéser, entendam que uma coisa não se encaixa, o pai era mais forte que Célio, como ele... – Gilbert também opina.

    - Ele estava com os discípulos Gilbert, ele provavelmente se aproveitou da bondade excessiva de nosso pai. – Ernesto fala.

    - É estranho porque Célio era meio hiperativo e brincalhão, suas piadas saíam do controle às vezes, mas mal ele nunca foi. – Rosana fala não acreditando na atitude do irmão.

    - O poder meus irmãos, ele é capaz de seduzir até a alma mais pura, não devemos ter clemência de Célio! – Lilith opina.

    - Silêncio por favor, sentem-se e acalmem-se, eu como irmão mais velho da família já tomei as rédeas da situação e coloquei toda a força do país para capturar Célio e seus discípulos, essa reunião é meramente para lhes deixar a par do fato por trás da morte de nosso pai, o Olho das Eras precisa ser recuperado para o bem de todo o planeta e não podemos medir esforços para capturá-lo! – depois dessas palavras de Alaster a reunião termina e todos saem, o último a sair da sala principal no último andar já reconstruída é Gilbert ainda pasmo com o fato de Célio ter matado Adamastor, nesse instante ele vê um rosto conhecido de um aluno seu.

    - Jonas?! Você esteve aí o tempo todo? Escutou nossa reunião? – o mestre pergunta surpreso.

    - Sim meu mestre, como o senhor eu ainda não consegui assimilar o fato de Hellt ter feito o que fez, eu precisava ouvir da boca do mestre Alaster.

    - Entendo, parece que o Célio que conhecemos não existe mais, como ele te chamava? Era Tay não é? – o mestre pergunta.

    - Isso mesmo, é um apelido de infância... Parece que teremos que capturá-lo, Hellt o que você fez?!

    - Não se arrisque sozinho garoto! Não se esqueça que ele é nosso irmão, um mestre da família Ômega, capturá-lo não será tarefa para um aluno que não consegue sincronizar completamente seu espírito guardião! Até pra nós que também somos mestres vencê-lo não será fácil, lembre-se que ele conseguiu escapar de Alaster e Rosana.

    - Sim, o senhor tem razão mestre Gilbert, com sua licença. – Tay que estava sentado se levanta e vai até as escadas para descer, subitamente ao olhar aquelas escadas uma lembrança da infância vem a sua mente.

    “- Trouxeram os sprays de tinta?” – Hellt bem jovem perguntara a Tay e Elias.

    “- Sim, o meu é roxo e o do gordinho é azul, o que vamos pichar nessas paredes?” – essas palavras se tornavam imagens à frente de Tay que olhava o lugar onde as pichações foram feitas.

    “- Ta certo, vamos começar.” – Hellt balançara seu spray de tinta preta e pichara a frase: ‘Alaster faz chapinha!’ As risadas foram gerais mais contidas devido ao local e ao momento.

    “- Olha a minha.” – Elias fala mostrando sua pichação que dizia: ‘Alaster só tem tesão por gordas!’ Novamente a risada foi geral. “- Acho que o gordinho não vai ter coragem...” – Elias fala provocando.

    “- Eu vou te mostrar a coragem!” – Tay fala determinado, de repente ele tira a camisa e joga longe e começa a pichar a frase: ‘Alaster dorme com creme de beleza no rosto!’

    “- Essa frase ficou foda!” – Hellt falara não se aguentando de tanto rir.

    “- Hellt, por que esse moleque tirou a camisa?” – Elias olhava assustado.

    “- Não liga pra isso, é só uma mania que ele tem, mas olha a frase ficou muito show não é?” – o mais alto falara.

    “- Verdade ficou boa mesmo, você tem talento leitãozinho!” – Elias afirmou rindo, Tay também sorria olhando sua frase, nesse momento presente Jonas passava sua mão no sítio onde aquelas pichações foram feitas, um leve sorriso se desenhava em sua face.

    - Tay é você? – uma voz feminina pergunta. – Quando voltou? Nem pra falar nada... – uma garota fala abraçando o gordinho.

    - Eu voltei às pressas Latifa por causa do que aconteceu com o mestre Adamastor.

    - Pois é, punk essa história né? O mestre Alaster mobilizou o dojo inteiro e a polícia para capturar o mestre Célio, eu ouvi dizer que até alguns outros dojos estão querendo entrar no país pra capturar o mestre. – a moça fala.

    - Mestre Célio, ele não ia gostar de ouvir chamar ele assim e você sabe disso. – o garoto fala em tom de piada.

    - Ele é muito assim, não gosta de ser chamado de mestre, gosta de chamar os outros de irmão, foi por causa dele que o dojo começou a treinar mulheres e pessoas acima do peso.

    - Eu sei, não se esqueça que eu fui o primeiro gordo a treinar aqui e oficialmente o primeiro bolsista, não consigo entender os motivos do Hellt, não faz sentido matar o mestre Adamastor... – Tay fala inconformado, o garoto não conhece muito sobre o Olho das Eras citado na reunião e não consegue concluir sobre sua importância no assassinato de Adamastor.

    - Talvez Hellt não fosse tão legal quanto à gente pensava... – a garota fala pensativa e ambos descem junto a escadas conversando, era difícil para todos no dojo acreditar que Hellt seria capaz de uma atrocidade como patricídio, mal sabem eles da ínfima metade.


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