Bom dia, boa tarde e boa noite.
Cap.09 - Iniciar...
O que ficou pendente no cap.07... Iniciar!
Boa leitura.
Apoiados na barra de proteção Homura e Tatsuya apreciam o deslizar da água no rio. Depois que Kyouko e Yuma despediram-se, o casal locomoveu até o meio da ponte de madeira.
Silêncio total. O único som que podia ser ouvido era o que a natureza produzia e isso, na verdade, não costumava ser normal em uma tarde de domingo com um clima agradável daquele jeito, onde, geralmente, podia se ver casais de namorados e famílias por toda parte cada um deliciando o merecido dia de descanso.
Move a cabeça para baixo olhando o reflexo na água. Lá era possível ser visto uma mulher de cabelos longos contrastando com os negros fios e a branca pele, no entanto criando uma harmonia perfeita para uma beleza genuína. Não tinha como negar que aquele semblante era de Akemi Homura. Parecia diferente, não na aparência, mas por dentro. A vinda à cidade de Mitakihara fez Homura refletir sobre muitas coisas, aceitando à difícil conclusão de que não tem como Kaname Madoka estar viva além de sua memória. Mesmo que seja difícil, doloroso e insuportável, dentro dela algo fora resolvido. O tempo de ficar se iludindo tinha terminado.
O curso que as calmas águas do rio tomaram fez erguer a cabeça para conferir o distante horizonte e logo em seguida olhar para o rapaz ao lado. O rosto sereno de lado fez Homura aprecia-lo por alguns minutos e a cada segundo que passava aumentava a aceleração do coração. Um sopro de vente refresca os pômulos cálidos produzindo uma sensação agradável pelo corpo todo.
As sedosas madeixas balançam em direção a ele, e acompanhando o fluxo tomado Homura vira-se para o jovem irmão de sua grande amiga. O movimento ao lado induz Tatsuya a desviar a atenção da correnteza para bela mulher bem ao seu alcance. Os enormes olhos arroxados o admiravam como se pedisse por algo e os pequenos lábios rosados eram tão sensuais que criavam impulsos quase incontroláveis para mordê-los, saboreando sua macieza.
Homura segura no braço de Tatsuya apertando firmemente a jaqueta e aproxima sua boca na dele. A resposta do jovem foi fechar os olhos e curvar-se, aproximando o cálido rosto na sedutora mulher de cabelos negros. Sobrepondo os lábios um no outro, Homura desliza as mãos pelo peitoral do rapaz e passa pelo pescoço dele como se estivesse puxando-o para mais perto. Da mesma forma Tatsuya segura na cintura de Homura e atrai o corpo dela para unirem-se com a vestimenta sendo a única barreira que impedia o ato completo.
Parecia que a temperatura de todo o corpo concentrava-se na região dos lábios, que a cada movimento feito, espalhava para as diversas regiões do corpo o ardor intenso produzido somente entre os dois. Afastando-se, pareciam levemente ofegantes, mas até mesmo o ar que saia pela boca proporcionava uma sensação voluptuosa, tendo que segurar o impulso para não voltarem a agarrar um ao outro. Os olhos fixos causavam uma excitação e ao mesmo tempo ternura, atração corporal e sentimentos nunca sentidos por nenhum dos dois.
Antes da vinda para Mitakihara, na sala em seu apartamento, Homura fez para si a seguinte pergunta: Por que preciso da companhia do Tatsuya?
Não fora capaz de responder, nem se quer imaginar algum tipo de resposta para a tal pergunta. No entanto, aquele exato momento parecia ser a resolução. Agora que Madoka tinha se tornado, definitivamente, somete agradáveis lembranças, podia olhar o jovem que a beijou como um homem excitante que a atrai e não como o irmão de sua melhor amiga.
Homura precisará de Tatsuya como um companheiro daqui para frente. Ela se libertou e agora a necessidade de um futuro conformado virá. Reconstruirá o caminho que deve tomar, dessa vez, sem o fantasma do passado, e sim com uma pessoa que poderá apoia-la de verdade no mundo real.
Desviando o olhar Homura afunda a cabeça no peitoral de Tatsuya e fecha os olhos para se concentrar nas fortes batidas do coração que podia ser ouvidas. Pelos dedos da mão direita Tatsuya desliza os longos cabelos de Homura. Um momento que esperara desde sua confissão na cafeteria “Magica”.
Após alguns minutos naquela posição o rapaz pega na mão de Homura e com o olhar mostra a saída do parque. Esboçando um sorriso no rosto ela segue o rapaz até a outra parte do parque, segurando firmemente a mão dele.
Foi quando ela ouviu.
“- Até mais Homura-chan.”
Sem parar olha para traz tentando encontrar o dono da voz que a chamou. Porém na ponte, no banco de madeira, ou em qualquer lugar para onde ela movia os olhos não fora capaz de encontrar ninguém. Voltando a cabeça para frente respira fundo tentando recompor-se e dando uma olhada em Tatsuya sorri tentando fingir que não ouvira a voz de Kaname Madoka chamando por ela.