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Capítulo 4: Fléreo
- Como você vai dominar o mundo sem isso Alaster? – Célio pergunta em tom de piada, a fúria do irmão mais velho transborda na forma de uma aura preta e branca, Daniel e Evellin tomam a frente de seu mestre.
- PAREDE DE GELO! – o gordinho acerta uma estocada no chão e um grande muro de gelo denso se ergue protegendo os três.
- CORTE DAS SOMBRAS! – a moça desfere seu golpe contra a parede de gelo a cortando em incontáveis pedaços que são arremessados contra Alaster que tentava se defender.
- Vamos embora daqui agora! – depois dessas palavras do loiro os três saem correndo do lugar.
- Desgraçados! Como ousam?! – o irmão mais velho dizia ao perceber que seus adversários fugiram junto com o Olho das Eras.
- O que ouve aqui? Alaster nosso pai...? – um homem fala ao entrar no recinto, ele como todos no castelo perceberam a movimentação estranha no local e este dos irmãos foi o primeiro a chegar ao local.
- Foi Célio, ele matou nosso pai e está tentando fugir! Alerte a todos Gilbert, Célio é um traidor que matou nosso pai! – o susto de Gilbert foi imenso, ele não podia acreditar que seu irmão mais novo fosse capaz de tal atrocidade.
- Tem certeza, você pode ter se enganado... – foi o que Gilbert falou e foi repreendido por Alaster que disse que havia visto toda a cena, o mais velho soa um alarme e comunica via um celular a seus irmãos sobre o que supostamente Hellt havia feito.
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- O alarme soou, já descobriram que o mestre Adamastor morreu. – Evellin falou.
- Parem aí mesmo! – três alunos do dojo gritam.
- Alunos?! O que vocês querem com a gente? – a moça pergunta.
- Vocês não vão escapar! Como tiveram coragem de matar o mestre Adamastor? – um dos alunos fala.
- O quê? – Daniel se surpreende. – Nós não matamos o mestre Adamastor, foi o Alaster que fez isso!
- Morram desgraçados! – eles partem pra cima dos jovens mas rapidamente são nocauteados por Hellt.
- Escutem, é óbvio que Alaster espalhou que nós matamos meu pai, eu só peço que tentem não machucar os mais fracos pois estão sendo manipulados pelo desgraçado do meu irmão mais velho.
- Ta a gente tenta mas as vezes não dá! – Evellin afirma e os jovens continuam a correr para baixo.
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No andar mais inferior Jun e Antony conversam sobre o estrondo que escutaram há pouco.
- Achei meu cordão Jun olha. – o gordinho fala mostrando seu acessório.
- Beleza garoto, hei e esse estrondo de agora a pouco o que será que foi? – o de cabelos lisos pergunta.
- Deve ser um dos mestres mostrando sua força, não deve ser nada pra se preocupar Jun. – Antony fala colocando seu cordão, de repente a porta da sala se abre e uma figura aparece, Jun comia batatas fritas despreocupadamente mas sua feição muda.
- Fléreo?! O que você quer aqui? – Éder fala com desprezo com as batatas na boca, é fato que o garoto não gosta desse Fléreo por uma rixa antiga.
- Oi Fléreo como vai? – Antony fala, de repente o individuo que abriu a porta some e aparece a frente do garotinho com sua espada pegando fogo, o garoto percebe a intenção e tenta se desviar até consegue sair do corte desferido da esquerda para direita mas a chama da espada queima a orelha do garotinho que se abaixa chorando de dor.
- Morra inútil! – o inimigo desfere uma estocada que acertaria as costas do menino entretanto Jun aparece defendendo a espada de Fléreo.
- O que você ta fazendo seu filho da puta?! – Éder pergunta furioso.
- Só executando minhas ordens. – um sorriso maligno se desenha no rosto do adversário.
Flereo é de estatura média, cabelos arrepiados, vermelhos tingidos, costeletas médias também vermelhas, tem olhos azuis, ele é um dos alunos de Rosana percebe-se isso graças a suas roupas, camisa roxa e calça branca, tem 18 anos e é um dos melhores alunos do dojo em questão de capacidade de luta, sua espada assim como as dos discípulos de Rosana não possui protetor para as mãos.
- Que ordens seu desgraçado?! Do que você ta falando? – o de pele morena pergunta novamente.
- Não se façam de idiotas, seu mestre e seus amiguinhos mataram o mestre Adamastor. – o ruivo disse com um sorriso maligno na face, Jun e Antony não conseguem disfarçar a sua surpresa.
- O Hellt nunca faria isso! Vocês são doidos de falarem uma coisa dessas! – Éder fala inconformado.
- O próprio mestre Alaster que falou, ele viu tudo, agora nossas ordens são capturar vocês vivos ou mortos, eu prefiro mortos! – o ruivo fala com face de psicótico lambendo seu lábio superior.
- Tu é muito gay cara! – Jun fala e afasta seu adversário. – Eu sempre quis quebrar essa sua cara esnobe de merda! – depois dessas palavras o menor parte pra cima de seu adversário desferindo um corte subindo com suas duas mãos segurando sua katana, Fléreo contra-ataca com um corte descendo também segurando sua katana com as duas mãos, as faíscas saem iluminando o local, Jun quebra a defesa de seu adversário e desfere um corte descendo diagonalmente seguido de um corte da esquerda para direita que arremessa o ruivo, o sangue jorra.
- Não é suficiente pra me machucar Juninho. – o ruivo fala a última palavra com muita ênfase, é um apelido de criança de Jun que, diga-se de passagem, ele odeia, a fúria sobe a cabeça do mais baixo que ataca novamente seu adversário com um leve pulo e um golpe que seria desferido descendo, no entanto a uma velocidade assustadora Fléreo some e aparece abaixo de Éder surpreendendo o de pele morena, o ruivo sorri maleficamente enquanto desfere um corte sentido horário no tórax do menor que nada pode fazer para se defender, Jun é arremessado na parede com força a ponto de quebrá-la, é fato que as paredes do primeiro andar não são tão fortes quanto às do último.
- JUN!!! – Antony grita ainda chorando.
- Que foi? – a resposta é ouvida em meio aos escombros assustando Fléreo que achava que seu adversário já estava vencido, Jun se levanta com um pouco de sangue na lateral direita do tórax e com sangue escorrendo do canto esquerdo de sua boca.
- Vejo que você está um pouco melhor não é? – o ruivo fala.
- Você nem imagina sua bicha! ADREMELECH! MALDIÇÃO DAS SEIS LÂMINAS! – uma aura de cor esverdeada sai do corpo de Jun e depois vai a sua katana, ele a gira em sentido horário e se vê cinco espadas se formando dessa aura esverdeada, armas essas que seguem o rastro da katana original. – Morra desgraçado! – Jun apenas deixou seu corpo ereto com sua espada na mão direita e seu braço esquerdo a frente do corpo, de súbito ele some e aparece a frente do adversário desferindo um corte descendo, o ruivo tenta se desviar pulando para trás aparentemente consegue mas um corte profundo abre em seu peito.
- Seu desgraçado esse golpe eu não conhecia! – Fléreo fala nervoso.
- Você é um bosta Fléreo! Eu vou acabar com a tua raça, primeiro porque você me irrita e segundo por acusar meu mestre de assassinato! – Éder fala furioso e parte pra cima de seu adversário com o mesmo corte descendo, dessa vez Fléreo se defende, no entanto o ruivo defende apenas o corte da espada principal, as espadas criadas pela aura verde atravessam a defesa e abrem um corte brutal em seu ombro e peito.
- Seu desgraçado agora você morre! – depois dessas palavras do ruivo ele se levanta, seu sangue que jorrava sem parar se transforma em chamas que dominam seu corpo e cicatrizam seus ferimentos. – OLIVE! CHAMAS ETERNAS! – Grandes asas de fogo se formam nas costas de Fléreo que desfere um golpe fechando as tais asas, Jun assustado com o golpe tenta se defender porém é inútil o golpe acerta em cheio quebrando o seu golpe da maldição das seis lâminas e o deixando ao chão.
- Morra Juninho! – o inimigo fala sorrindo e dá um salto desferindo um estocada que acertaria a garganta de Jun, entretanto o ruivo para no ar e começa a se contorcer como se algo o amarrasse. – O que está acontecendo?
- Você tenta me matar, tenta matar o Jun e acusa meu irmão e meu mestre de assassinato! – Antony fala com sua mão direita protegendo sua orelha e com a mão esquerda espalmada apontando para o inimigo. – NEFERTALIS! ESMAGAR! – o garotinho ergue sua mão e o inimigo ergue junto, o garotinho fecha sua mão e o inimigo é arremessado com muita força ao solo, Antony o bate no chão cinco vezes seguidas com muita força. – Você não passa de lixo! – o gordinho faz um movimento com sua mão para trás e o ruivo é lançado na parede traseira com muita força, a parede se quebra e cai por cima dele que está agora desacordado.
- Valeu filhote.
- De nada... – de repente o menininho se ajoelha e vomita.
- Que merda! Você usou poder demais, o Hellt falou que você não aguenta ainda alta intensidade...
- Eu tinha que fazer alguma coisa Jun.
- Deus do céu! Sua orelha...! – Éder fala assustado ao ver a orelha direita do menino queimada, a parte superior dela não existe mais. – Aquele desgraçado do Fléreo!
- Não se preocupe Jun, não ta doendo tanto e aquele cara já teve o que merece. – Antony fala. – A gente tem que procurar o Hellt, o Daniel e a Evellin eles podem estar em perigo! – o de pele morena ajuda seu colega a se levantar e ambos correm pelos corredores para encontrar seus colegas.
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No segundo andar Hellt, Evellin e Daniel enfrentam vários guardas e alunos mais fracos em sua descida.
- Quanto aluno! Quem foi que disse que a gente não podia ficar depois do horário hein? – Evellin fala zombando das palavras de seu mestre dissera há algum tempo.
- Eu não faço as regras, eu só as informo e quebro algumas de vez em quando. – Hellt fala carregando o Olho das Eras.
- Estamos quase chegando na rua, espera, tem alguém saindo dali. – Daniel fala e aponta pra uma silhueta que sai de dentro de uma sala.
- Ro-Rosana?! – o mais alto fala assustado ao ver sua irmã empunhando sua katana, a mulher estava preparada para a batalha enquanto Hellt ainda estava cansado por sua luta com Alaster, em sua mente ele reza para ter forças para mais uma batalha.