A Bela Adormecida

  • Finalizada
  • Kagura May
  • Capitulos 5
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 44 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 5

    Ova ? A historia ?A Bela Adormecida?

    Bom, como percebi que a historia ficou um pouco confusa resolvi fazer um ova; nunca tinha feito uma fanfic antiga então espero que vocês gostem ^-^

    Para quem não sabe, refiz a fanfic e, em minha opnião, está muito melhor que antes kkkk

    Bom vamos parar de enrolar. Boa leitura e obrigada a todos que acompanharam esses poucos capítulos :3

    Até a próxima

    – Vossa majestade o reino inimigo está planejando atacar-nos – avisou-lhes, o rapaz de armadura.

    – E agora? – perguntou para si mesma a jovem garota sentada em seu trono real - Se meu pai estivesse aqui saberia como resolver isso – lamentou-se.

    – Não se preocupe vossa majestade, encontrará a solução para esse problema.

    O jovem cavalheiro tentou consola-la mas não funcionaria, acabou só pirando o nervosismo da princesa fazendo-a se sentir incapaz de resolver o que lhes foi encarregado.

    – Já pedi, me chame de Princesa Isabela e não de vossa majestade – ordenou, o rapaz apenas concordou-lhes aceitando o pedido da garota, ela se sentia incomodada com tudo o que lhes foi deixado por seus pais, não se sentia capacitada para governar um reino, que nunca tinha sequer aprendido com os pais seus afazeres básicos; impossível uma garota com tal aprendizado saber como liderar algo tão importante.

    – Não se preocupe, Princesa Isabela. Irá conseguir achar uma solução.

    Talvez para os rapazes que a acompanhavam parecia simples mas para Isabela parecia tão complicado que sua mente não conseguia buscar uma resposta obvia.

    – Tenho apenas 15 anos, não sei fazer isso.

    Pela sua idade, estava certa em crer que não sabia sobre nada, os rapazes apenas usou a formalidade sendo sempre obrigados a ficarem curvados enquanto falava com a amiga; aquilo é tão desconfortante quando nem mesmo seus amigos pudessem ajuda-la a resolver pois sua classe social não permitia que ambos ajudassem-na dando palpites. Isabela se perdia em sua mente até se cansar e sentar-se no trono com estresse.

    – Miranda, traga-me um pouco de agua – ordenou a uma jovem moça que estava ao seu lado; não demorou muito para voltar com o pedido – Depois resolvo isso.

    Para os rapazes, estava claro que ela não conseguiria achar uma resposta tão cedo, e muito menos pensaria no assunto mas o que eles poderiam fazer sendo apenas súditos? Nem mesmo poderiam ordena-la a achar uma resposta e, eles sabiam como ninguém que se não fizessem algo, o reino estaria perdido só que se desobedecessem as ordens de Isabela seriam expulsos do reino pelas regras que foram criadas pelos ancestrais.

    Os dias foram se passando e Isabela apenas aproveitava sua vida como de uma princesa, se divertindo a todo o momento com tudo que pudesse em seu castelo até mesmo com os afazeres anteriores que são os que estava acostumada, deixando de lado tudo aquilo que incomodava lhes mesmo com seus súditos sempre a avisando sobre o perigo que poderia ocorrer se o reino não estivessem prontos para o ataque.

    – Hoje está um lindo dia, não é Daniel? – perguntou a Princesa Isabela sendo acompanhada de um dos cavalheiros.

    – Claro, Princesa Isabela – ele concordou dando-lhes um sorriso.

    A jovem pegou uma das flores que possuía no jardim, seu sorriso estava lindo como a luz do Sol que batia em seu rosto tornando aquele momento ótimo e agradável mas algo o estragou; gritos, cavalos e fogo, ou seja, o ataque.

    – Fuja Princesa! – ordenou Daniel.

    – Mas... E vocês?

    Seus olhos estavam cheios de lagrimas, mas mesmo pela ordem do rapaz, ela foi obrigada a deixar o reino, conseguindo observar o ataque que cada vez mais estaria fazendo escanda-lo em sua terra natal. Ela conseguia ver tudo sendo acabado em questão de segundos, a fumaça que permanecia em varias residências de seu povo. Um enorme sentimento de culpa começou a consumi-la junto com as lagrimas que caiam sem parar por aqueles que sempre viveram por ela e que mesmo não tendo tomado atitude, a protegeu em todos os momentos possíveis. Agora estava tudo destruído e nada mais restava para a Princesa Isabela.

    – Eu... Perdi tudo... – sua voz saiu tão fraca e falhada que nem mesmo tinha escutado suas próprias palavras, ela não conseguia se concentrar em nada pois só queria chorar ali mesmo.

    – Está tudo bem? Donzela – perguntou o Príncipe Makoto.

    – Eu... Perdi tudo... – sussurrou a Princesa com seus olhos marejados.

    Podia perceber seu desespero após o abraço com inocência que a mesma deu no rapaz, ela queria consolo e ele percebeu isso dando-lhes o que desejava. Princesa Isabela deixou suas lagrimas tomarem conta de seu rosto e o seu desespero do seu raciocínio, ela não estava acostumada a conversar com pessoas que não fossem seu povo mas mesmo assim não estranhou-o.

    – O que aconteceu? – perguntou o Príncipe percebendo que a rapariga em seus braços tinha se acalmado um pouco.

    – Meu reino... Foi destruído...

    Ela começa a explicar com poucas palavras o que havia ocorrido, como se culpava tanto por aquilo e como tudo aquilo que perdeu e que, não deu certo valor, foi importante para ela e ser destruído em sua frente sem poder a menos proteger; é uma dor horrível.

    – Se quiser, pode ficar no meu reino – ofereceu-lhes. Ela se sentiu incomodada pois ele seria apenas um desconhecido que ajudou-a, não sabia se poderia confiar nele.

    – Mas nem ao menos sei seu nome...

    – Sou o Príncipe Makoto do reino Baviera – apresentou-se estendendo a mão para a Princesa; ela aceitou seu cumprimento que foi retribuído por um beijo em uma de suas mãos.

    – Sou a Princesa Isabela do reino Fussen.

    O Príncipe se impressionou com o que tinha acabado de escutar, deu um pequeno sorriso maligno mas logo voltou a sua postura normal tentando agrada-la e não faze-la sentir-se incomodada com sua presença; talvez conhecia o reino da garota tão bem quanto poderiam imaginar.

    – Não me respondeu, vossa alteza, gostaria de ficar em meu reino? – ele perguntou novamente.

    – E-eu... Aceito.

    Ela parecia não aceitar muito o que estava acontecendo mas sabia que não teria outra escolha a não ser ir para um reino onde nem ao menos conhecia já que os reinos aliados ao falecido Rei Luís não era muito conhecido pelos seus súditos que agora não teriam nem como contar mesmo se tivessem.

    O Príncipe Makoto levou-a junto consigo em sua carruagem, tentando ajuda-la no que podia. Deu-lhe um lar e súditos que estariam ensinando-a tudo o que deveria com o seguinte plano em sua mente, uma jovem que reinaria consigo o Reino de Baviera; a Rainha de Baviera que para ele, seria nada mais nada menos que a Princesa do reino inimigo ao qual ninguém sabia e tratavam-na normalmente.

    Aos poucos, Princesa Isabela foi conseguindo se habituar a sua nova maneira de viver, até mesmo com as novas pessoas que estavam ao seu redor para lhes servir. Ela começou a aproveitar tudo que podia sem nem ao menos pensar no porque de estar em um lugar que ninguém a conhecia e muito menos tinham ouvido falar dela ou talvez se faziam de desentendidos.

    – Se fosse antes, jurava que não pensaria em querer olhar novamente para um jardim como esse – ela comentava tendo as lembranças em sua mente; imaginava-se como seria sua vida se não tivesse encontrado o bondoso Príncipe Makoto, como teria acabado se nada disso tivesse acontecido.

    – Sim, a vossa majestade sempre ajuda quem pode – mentiu-lhes, ela parecia desconfortável em estar fazendo aquilo com a Princesa mas sabia que não teria outra escolha a não ser obedecer o que foi ordenado, mas vontade não faltava.

    A Princesa tinha recolhido umas flores como pensamento para dar-lhes ao Príncipe Makoto como agradecimento, mesmo sendo pouca coisa, ela pensava de uma maneira que ela mesma pudesse fazer e não trocar ou comprar; é muito fácil procurar um presente e dar para alguém. Ela queria algo que fosse realmente especial e porque não as flores de seu jardim? Mostrar-lhes como é bonito seu reino com os cuidados daqueles que vos serviam.

    – Parece que ouve sobreviventes no Reino Fussen – comentou um dos cavalheiros ajoelhado a frente do “Príncipe” Makoto.

    – Matem-nos o mais rápido possível – ordenou.

    A Princesa tinha escutado aquilo, alguém estaria vivo de seu reino e o tão adorável Príncipe de seus sonhos queria mata-los mesmo sabendo de seu passado. O Príncipe Makoto levantou de seu trono e aproximou-se do cavalheiro.

    – Não quero que haja sobreviventes, ficou claro? A ultima vez perdoei-vos por não tê-los matado mas se falharem, vos punirei!

    A Princesa não aguentou as palavras que foram ditas, se sentia iludida e com raiva, ódio, rancor; tudo isso começou a consumi-la como nunca tivesse acontecido antes, o Príncipe que tinha a salvado foi o mesmo que tentou destruir seu lar. Como poderia perdoar esse ato? Talvez não precisasse pensar mais nisso, ou não queria se estava tão clara a brincadeira sem graça que estavam fazendo com a mesma, só que ela não conseguia compreender, e claro não tinha como, por que a iludiram? Porque a salvaram? Seria tão mais simples mata-la ali mesmo enquanto se cumprimentavam ou quando estava chorando nos braços do Príncipe, mas não.

    Sem pensar duas vezes, Princesa Isabela deixa cair às flores e sai correndo sem rumo mas com uma intenção, salvar aqueles que podia ainda mesmo não sabendo onde estavam. Pela primeira vez, ela teve certeza de uma coisa, o caminho que deveria seguir e dessa vez não iria fugir de seu destino; proteger aqueles que ama.

    Mesmo as flores sendo leves, o Príncipe percebeu o buque que estava no chão pelo seu eco. Observou o item que tinha ficado no chão perguntando a um de seus súditos sobre o ocorrido.

    – Posso saber o porque essas flores estavam jogadas?

    – A Princesa Isabela disse que iria entrega-las para o Senhor.

    – Como pode ser tão estupida em fazer tal ato sem avisar-me? – sua voz foi alterada de uma calma e compreensiva para uma grossa e arrogante; a sua súdita tinha se assustado com o ato sem pronunciar uma palavra e afastando-se.

    – E-eu... Sinto muito, vossa majestade mas ela estava tão animada para lhes dar isto que nem ao menos consegui impedi-la.

    O Príncipe tentou se acalmar pois agora ela já tinha uma leve noção do que tinha ocorrido em seu reino, mas não esperava isso tão de repente apenas tinha em mente que ela se esqueceria de seu passado e começasse a aceitar e não que descobriria ainda mais por uma ordem que deu-lhes para um dos guerreiros. Tudo se complicaria e ele sabia disso, agora só restava ter calma para que ela pudesse compreender ou deixaria tudo levar, planos não ajudariam em nada nesse momento.

    Depois que a Princesa Isabela fugiu, o Príncipe Makoto tinha ordenado aos guerreiros para que procurassem-na em todos os cantos do reino já que não poderia ter ido muito longe. A Princesa conseguia escapar de todos aqueles que a procuravam até mesmo usando uma capa empoeirada e seu vestido que tinha sido rasgado pela mesma para que conseguisse manter o pouco disfarce que conseguia.

    Demorou alguns dias para que a Princesa Isabela conseguisse encontrar sobreviventes de seu reino, em um bosque que possuía perto do seu antigo Reino. Ela sabia que eles tinham mais experiência que ela em sobrevivência e por isso, não se preocupou muito mas ficou muito feliz em vê-los.

    – Estão tudo bem? – perguntou a Princesa desesperada.

    Todos concordaram ajoelhando-se diante da vossa Alteza que fica sem graça com o ato fazendo-os tratarem normalmente. Eles compartilham a comida que tinham conseguido e conversavam normal contando a Princesa como teria acontecido depois que teria fugido e ela faz o mesmo mas não contou-lhes sobre o seu salvador na verdade ser o inimigo.

    – Fico feliz que tenha vindo nós procurar – comentou Darin, realmente eles estavam muito animados pela volta da presença da Princesa.

    – Mas quem é o jovem que te salvou? – perguntou Kogure, ele sabia que tinha algo de errado com as palavras de sua alteza e não excitou em perguntar mas ela se segurava para não dizer.

    – Esse que vos procura e querem mortos – comentou um cavalheiro do Reino Baviera que segurava uma espada em suas mãos; ele estava acompanhado de outros cavalheiros com o mesmo objetivo.

    Ambos ficaram impressionados mas não excitaram em se manter em guarda, a Princesa tinha desanimado sabendo que a verdade seria dita, ela possuía medo e não tinha como mentir; “será que eles iriam me aceitar?” era o que se perguntava. Suas lagrimas começaram a cair, até perceber uma flecha que tinha sido atirada na direção de Alexandro atingindo a arvore atrás da mesma.

    – Chega! – ordenou.

    Ela tinha se cansado, estava com rancor dentro de si e o desejo de vingança começou a consumi-la; aquela luta que tinha em sua frente já não seria para protege-la, seria ela mesma que iria lutar junto aos outros. A Princesa pegou o arco de Daniel e a flecha que estava na arvore atirando-a em um dos cavalheiros que lutava com o mesmo. Os seus guerreiros ficaram impressionados com seu ato mas sem desviar o foco e a determinação na luta; Isabela pegou as flechas que encontrou jogadas no chão e começou a atirar nos inimigos que começavam a aparecer.

    – Princesa! – chamou a atenção Alexandro.

    Ela abaixou e o cavalheiro atirou no inimigo que estava atrás dela, fazendo com que a mesma se aproximasse do rapaz. Ele deu-lhes o restante das flechas que possuía e pegou sua espada que estava na cintura para atacar assim como os outros. Percebendo a confiança que foi dada a ela, Princesa Isabela começou a atirar todas as flechas que podia e quando menos percebeu o caminho já estava limpo; todos os inimigos caídos no chão.

    – Está na hora da nossa vingança – ela falou com rancor nos olhos, todos tinham confirmado e dessa vez ninguém podia mentir, ela estava certa só que precisavam de mais munição para ela já que todas as flechas foram usadas mas, claro, eles tinham pegado todas que conseguiu no local e sumiram antes que chegassem novamente.

    – Desde quando aprendeu a atirar com arco e flecha? – perguntou Daniel estranhando a sua alteza.

    – Minha mãe pediu para me ensinarem – respondi um pouco orgulhosa de mim mesma.

    Corríamos para longe mas tentávamos disfarçar um pouco com as roupas que usávamos, pegamos qualquer roupa que tinha sido jogado fora para usarmos e, pela primeira vez, estava pronta para lutar novamente mesmo sabendo que não seria fácil. Enquanto os garotos se trocavam, a Princesa ficou vigiando para ter certeza que ninguém apareceria naquele beco; podia ser estranho mas eles precisavam fazer esse ato tão vergonhoso.

    – Por que não diz a ela o que sentes? – perguntou Alexandro.

    – Ela é da classe alta e eu sou classe baixa, não podemos ficar juntos – respondeu Daniel revoltado.

    – Mesmo assim, agora não somos nada – retrucou Kogure.

    A conversa foi finalizada quando Isabela chamou-os, eles continuaram o plano que haviam feito. A Princesa atirava em todos os guardas que passavam por aquele canto e tentava se esconder enquanto os rapazes aproveitavam a deixa para conseguir se aproximar do castelo.

    Tudo ocorreria bem até chegarem no local que desejavam, eles começavam a lutar com mais dificuldade que antes pois não conseguiriam realizar o ato com muitos juntos a eles. Isabela ajudaria usando uma das espadas que tinha conseguido com um dos inimigos que tinha matado; cada arma era importante até mesmo as que eram deixadas pelos inimigos que foram mortos.

    Diferente do que esperavam, quem conseguiu entrar no castelo primeiro foi a Isabela pois os outros estavam muito ocupados. Na entrada Makoto já esperava por ela, ele estava muito preparado, era o que parecia e ela apenas confiante do que estava fazendo.

    – Seja bem vinda de volta, Isabela – disse com frieza se aproximando dela com uma espada em suas mãos.

    – Olá, vossa majestade.

    Isabela segurou mais firme as duas espadas e aproximou-se atacando-o impaciente, de todos os ângulos possíveis mas foram defendidos. Makoto ria ainda mais de Isabela que se irritava com seu ato.

    – É só isso que consegue fazer? – provocou-a.

    Ela acabou se desconcentrando e atacando com mais voracidade. A cada momento que passava, Isabela percebia sua desvantagem e dificuldade que estavam deixando-a mais aflita.

    Quando menos esperava, sentiu algo a sugando aos poucos, deixando suas armas caírem no chão e percebendo que foi pressa. Isabela entrou em pânico tentando quebrar o lugar onde tinha entrado, um lugar que nem mesmo ela conseguiu entender como tinha sido mandada para lá só por ser puxada ou colocada para dentro.

    – E agora, gostou? Ficará dentro do espelho para sempre por desobedecer minhas ordens. Levem-na para o seu quarto!

    Ele começou a rir malignamente e Isabela raivosa deixava suas lagrimas caírem pela sua perda, dessa vez ela tinha certeza que seria o fim mas ainda tinha a esperança que seus amigos iriam salva-la desse lugar tão horrível.

    – Vossa majestade, vencemos a batalha – comentou uma súdita que observava de longe a luta.

    – Ótimo!

    Isabela entrou em desespero, estaria sozinha mais uma vez? O que aconteceria com ela? Talvez nem ao menos podia ter a resposta além de aceitar seu final, pressa em um espelho que ao longo dos anos foi se tornando o seu amado quarto.


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