Rodeada Pelos Criminosos

  - Me tirem daqui! - tentei assumir um tom mais forte, totalmente determinada a sair dali. - Ouviram?? - mesmo que isso seja pedir para morrer, tenho que tentar!

               O que dava gritos de tanto rir, ria ainda mais agora. Além disso, o próprio ruivo sorria de escárnio.

  - Tsc, tsc, tsc! Os ninjas de Konoha são mesmo são uns merdas patéticos! - tentei me virar para encarar o engraçadinho, mas ainda não conseguia. Kuso!

  - Hey! Não fale assim, pois Itachi vai se doer. Afinal ele veio de lá. Hm! - disse um cara que também estava no mesmo recinto que eu. 

  - Se houver algum problema, tente me matar! - falou o risonho.

  - Silêncio. - enquanto isso eu fitava Sasori que se mantinha indiferente. Até que, depois de uma voz séria dizer isso, todos realmente se calaram. - Por que todo esse alvoroço aqui? - o dono dessa voz entrava no quarto. Seu chakra era estranho... muito estranho. Provavelmente era o líder deles, para ter tanta autoridade... - E o que esta ninja de Konoha faz aqui?

  - Foi ela que me matou... ou quase - respondeu o Akasuna, com sua mesma faceta tranquila.

  - Então foi ela? - Outra pessoa apareceu em meu campo de visão, ao lado de de Sasori. Pela voz era o que os calou.

  - A própria - o ruivo concluiu.

  O cara cheio de piercings e assustador me encarou indecifrável; logo fechou os olhos, aqueles olhos diferentes e exóticos... até demais... Senti arrepios com aquela presença.

  - Você nos causou problemas. Quase me fez perder um membro.

  A expressão do controlador de marionetes se contorceu um pouco, enquanto olhava o superior cheio de piercings.

  - Faria tudo de novo! - consegui falar. - Só que teria de me certificar de que estivesse morto, te destruindo por comple... - me calei. Não por vontade própria. Agora tinha entendido o por quê: ele com um simples movimento de dedos calou-me, olhando-me com cara de tédio.

  - É. Foi uma grande perda de tempo. Perdi tempo com as duas encrenqueiras: a velhota Chiyo e essa daí.

  Tentei me manifestar quanto às ofensas que sabia que diria sobre ela, mas só conseguia emitir alguns alguns ruídos que eram impedidos de sair de minha boca fechada.

  - Faça como quiser - o dos olhos exóticos saiu de lá andando.

  - Quanta bobagem... - uma assustadora e grossa voz falou. Logo ouviu-se passos de alguém saindo dali.

  Havia alguns chakras conhecidos ali, além do de Sasori.

  - Mas por que a trouxe para cá, cara? - o que fora repreendido tornou a falar.

  Ele voltou a me olhar, como se já soubesse o que fazer. Estando certo de qualquer atitude que fosse tomar. Sem esquecer de que o fez com cara de desprezo.

  - Trouxe-a apenas por um motivo... - sorriu de escárnio - transformá-la em marionete.

  Não pude deixar de arregalar os olhos e suar frio. O medo era inevitável.

  - Caralho, cara! Tu não sabe aplicar uma punição mesmo, né? HAHAHAHA! - falou zombando.

  - É como lido com as coisas - o de Suna argumentou.

  - Pelo amor de Jashin! Só isso? Até fazê-la de oferenda para meu deus seria mais proveitoso que isso e um ótimo meio de vingança. Se bem que... nem sei se ele iria aceitar; e também até que seria um puta desperdício - o sorridente grisalho apareceu em minha frente analisando-me quando chegou a tal conclusão. Runf!

  - Ela seria uma ótima marionete. Depois de ver suas habilidades pude concluir isso - disse reforçando sua ideia, intransigente.

  - Tá, tá. Esqueça essa merda de marionete. Tem coisa melhor para se fazer com pirralhas malcriadas e rebeldes, sabia? - tentou convencer o ruivo, quando o agarrou por um braço; enlaçando o mesmo por trás do pescoço dele.

  - Ora, seu... Não me deixe nervoso! - Sasori se sentia insultado. 

  - Ah, relaxe... - Hidan deu de ombros.

  - Ele tem razão, Sasori no Danna... ela não serve para minha arte. A sua talvez... Você não gosta de coisas que duram? Se a ideia de Hidan estiver certa, deixe a pirralha sofrer mais. Hm. - Outro integrante da organização surgiu, este não tão desconhecido, dando razão ao grisalho; apartando o ruivo de cima dele.

  Durante toda essa conversação entre eles, um olhar com íris vermelhas se fez presente, chamando nossa atenção. Ele não falou nada. Só abriu os olhos mostrando seu Sharingan ativado, como sempre, que estava prestando bastante atenção nos que diziam. Ele retirou-se dali sem dizer nada.

  - Aquele exibido. Hm - o tal de Deidara, já conhecido por Sakura, disse; cruzando os braços e virando a cara.

  O que se chamava Hidan simplesmente revirou os olhos.

  A essa altura ela estava me sentindo tão perdida. Era muita informação a ser assimilada. Esse tal de Hidan, o Líder deles, Itachi... e Sasori. Quanta informação de uma vez... E ainda tinha o loiro para ajudar na ideia do maluco da risada. Mas não era hora para ficar tricotando. Precisava informar Konoha suas localizações. Ótima ideia... se não fosse pelo fato de ela nem fazer ideia de onde estava. Não sabia nem como tinha parado ali. Se bem que o ruivo deu algumas pistas. Poucas, mas o bastante. Pelo que disse, provavelmente o próprio a tenha levado para o esconderijo deles. Merda! Preciso dar um jeito. Tenho que falar, gritar!, esbravejava mentalmente.

  - Tudo bem - ele pensou um pouco - faça o que quiser. Só deixe-a inteira para que eu possa fazer uma boa marionete para juntar à coleção- falou, sem dar ideia.

                Sentiu seu corpo ser "solto". Ficou contente, agora poderia sair dali... 

  - Muito bem... a vadia que aguarde. - Por algum motivo aquilo não havia soado nada bem.

  O ruivo sentou-se num canto qualquer do quarto. Sentou-se no chão amadeirado; era assim em todo o recinto. 

  - Hehe. - O loiro sorriu, voltando a si. - Aproveitem. Só não façam bagunça no lugar inteiro. Não se esqueçam que o cômodo não é só do Danna, mas meu também. Hm - falou saindo de lá.

  Novamente o grisalho virou os olhos. Voltando sua atenção para ela agora. 

  O que ele queria? Que tipo de punição eles estavam falando?, esse tipo de pergunta passava pela cabeça da Kunoichi. Resolveu se preocupar com o que, por ora, era mais importante. Ela devia reagir e sair dali. Se já estava livre, isso era uma oportunidade que não jogaria fora.

  - O que... você quer? - falou. Sim, ela falou. Nem ela mesma havia entendido. Mas já estava se animando.

   Notou Sasori inerte, sentado no chão. Alheio à situação dela. - Agora eu acabo com você... - foi com tudo em direção a ele. 

  Logo que forçou o corpo para se levantar acaba por cair no chão, de ombros. Não tinha total controle sobre os movimentos de seu corpo. Por quê?

                Hidan manteve-se quieto e tranquilo, olhando ela tentar levantar e não conseguir. Deixando o sorriso indiscreto formar-se em seus lábios. Aquilo o divertia. 

  Sakura se perguntava por que não conseguia se levantar. Sentia-se mais leve, mas permanecia dormente... Tenta ir se arrastando até a saída e um pé a impediu. Novamente a gargalhada. Ela olha para para Sasori que sorria cínico. Só então se deu conta de algo.

  - Veneno? - falou baixo.

  - Demorou a perceber. Sim, isso mesmo. Uma de minhas preciosas fórmulas que você, irritante, facilmente descobriria um antídoto. Porém... o que se pode fazer depois que cai na armadilha?! - sorriu outra vez, convencido.

  Ele tinha razão. Foi descuidada e nem lembrava como, concluía derrotada. Mas não o demonstraria isso.

  - De algum jeito acabarei com vocês - falou tentando manter-se firme.

  - Uau! Como ela é forte... - Hidan fingiu surpresa e admiração. Depois mais uma vez gargalhou. - Bem patética mesmo.

  Havia sido treinada como Shinobi para isso?

  - Seu idiota! Boneco maldito! - Já que a única coisa que conseguia fazer era gritar, então seguiu fazendo-o.

  - Que escandalosa - o risonho falou. Olha quem fala... ela mentalizou.

  - Estou quase me arrependendo por ter te deixado falar; e mudando de ideia quanto a essa punição, Hidan. Faça logo! - o mestre das marionetes advertiu impaciente.

  - Tem razão...

  Ele veio caminhando e me levantou pelos braços; segurando-me assim. Depois me deu um forte tabefe no rosto. Com isso caí. Pensei que seria recebida pelo chão, mas era algo mais macio. Permanecia me recuperando da pancada.

  O grisalho sorriu, parecia ter apreciado meu rosto provavelmente marcado por seus dedos. Começou a retirar sua capa rasgada, da organização e ficou com seu peito a mostra. Ele veio em minha direção.

          Chegou perto da cama e tocou sua própria calça, que por baixo continha uma estranha saliência marcando-a.

  - Sabe... acho que não preciso te dizer que aprecio a dor... alheia - arriou as calças e seu grande monstro, antes escondido, me fez corar e temê-lo ainda mais. Algo me dizia que o pior estava por vir.

  Foi aí que o Akatsuki abriu as pernas dela com força, fazendo-a demonstrar incômodo... pois era este seu objetivo e assim se divertiria com a punição.