Alma Gêmea: Destinados

Tempo estimado de leitura: 2 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 18

    Mensagem

    Mais um capítulo. Comentem o que acharam! =)

    - Então, até a próxima. - ele disse, agarrando a mão que ainda tremia e a beijando no dorso.

    - Até. - respondi, extremamente envergonhada com o seu gesto antiquado, mas que de alguma forma fez meu estômago revirar mil vezes.

    E antes que eu entrasse no hospital, lembrei de algo que eu precisava lhe dizer.

    - David! - gritei já perto a porta de entrada, e quando o vi dar a volta pra me ouvir continuei: - Muito prazer em conhecê-lo! De novo!

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    Cap. 18

    À noite, ao chegar em casa, percebi que já era a décima vez que eu olhava a tela do meu celular esperando por alguma chamada de David. Certo, eu sei que só se passara sete horas após o nosso encontro, mas eu simplesmente não conseguia deixar de pensar – e desejar – ouvir a voz dele novamente, nem que fosse do outro lado do telefone.

    Tomei banho, jantei. Nada. Foi aí que comecei a pensar que talvez o nosso encontro pode não ter sido tão bom pra ele quanto foi pra mim. Balancei a cabeça, tentando tirar essa ideia da mente. Já eram 10h e 30min da noite e eu realmente precisava dormir se quisesse acordar cedo o suficiente pra atender os primeiros pacientes do ambulatório.

                                                                                          -*-

    Acordei sobressaltada com o som estridente do despertador. Olhei a tela do celular novamente, e quando vi a caixinha de mensagem piscando, quase caí da cama com o pulo que dei. Mas quando vi de quem era, o meu coração voltou a bater normalmente e senti minha feição preocupada tomar forma.

    "Rebecca, perdoe-me por estar falando com você por mensagem. Na verdade, eu não sei se você ainda quer algum tipo de contato comigo, logo pensei em evitar que você desligasse na minha cara. Não sei se vai querer saber, mas estou me adaptando muito bem ao hospital. Apesar de todo apoio que tenho aqui, sinto falta da minha melhor cirurgiã assistente (sem remorsos e recaídas). Espero que esteja bem, e se um dia você precisar de algo, não se esqueça de que estou aqui.

                                                                                                                                                                          Guilherme"

    Suspirei ao ler a última frase. Gostaria de ter visto seus olhos ao escrevê-la, mas senti que naquele momento ele estava sendo sincero. Fui grata a Deus por isso, então lhe mandei um retorno:

    "Olá, Guilherme. Fiquei feliz ao receber a sua mensagem e saber que está se adaptando bem. E não, eu não iria desligar o telefone na sua cara. Depois de tudo o que vivemos, espero que nós possamos seguir em frente e reconstruir a nossa amizade. Saiba que também estou bem e digo o mesmo: se precisar, pode contar comigo. Sempre.

                                                                                                                                                                             Rebecca"

    Cliquei em “enviar” e saí pro hospital, ainda com esperanças de que uma segunda mensagem – que não fosse de Guilherme – aparecesse na tela.

                                                                                                -*-

    Meio dia. Em meio a um almoço com as amigas no hospital, meu celular vibra indicando uma mensagem. Minhas mãos tremendo derrubaram o garfo junto com uma folha de alface, e eu me xinguei mentalmente por fazer com que todo mundo olhasse pra mim por causa do barulho.

    - Huumm, tá nervosinha? De quem é a mensagem? - Laura deu uma piscadela pra mim, que logo foi retraída pelo meu “shhh” indiscreto.

    Corri para o banheiro do corredor, me tranquei em uma das cabines e pensei “Deus, que coisa de adolescente!”. Mas eu não me importava. Não naquele momento. Não quando o remetente daquela mensagem se chamava David.

    "Boa tarde, Rebecca, tudo bem? Desculpe por não ter me comunicado antes, na verdade não sabia que horas eu devia te ligar. Na verdade mesmo, não sabia nem se você iria querer que eu ligasse. Então eu... não, não. Esqueça o que acabei de dizer.

    Eu queria te convidar pra assistir um show. Você gosta de rock? Veja só, é um tributo a várias bandas antigas. Se quiser ir, me avise, o show é amanhã às 21h. Estou esperando. Um abraço,

                                                                                                                                                                                    David"

    Meu coração deu um salto quando vi a foto que ele me mandou com os dois ingressos comprados. E deu outro maior ainda quando lembrei de que amanhã era minha noite sem plantão.

    Oh, Deus. Eu iria a um show com David.

    "Oi, David! Não se importe, eu estava mesmo esperando que você se comunicasse comigo (rsrsrs).

    Aceito seu convite, obrigada! Rock sempre esteve no meu repertório!

    Bem, amanhã eu ligo pra você e combino um lugar para nos encontrarmos. Outro abraço!

                                                                                                                                                                      Rebecca"


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