Contos élficos de Jandor

  • Finalizada
  • Lucasdoa
  • Capitulos 4
  • Gêneros Fantasia

Tempo estimado de leitura: 11 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    A mata vasta de Jandor

    Violência

    A cerca de dois quilômetros de distância, um grupo de elfos, composto por sete mulheres e pouco mais de dez crianças, que não passavam dos dez anos de idade, avistou sinais de fumaça vindos do norte. Houve certo alvoroço, de felicidade digo, por parte das crianças e de algumas mulheres. O sinal de fumaça no céu indicava que o guerreiro estava vivo, encontrara e matara um javali gigante, o qual seria suficiente para alimentar parte da tribo. As mulheres começaram a recolher as cestas espalhadas pelo chão, dando-as às crianças para que carregassem. Enquanto não tivessem idade para caçar, ajudavam as mães no carregamento de vegetais e ervas para a tribo a qual se dividia em grupos menores, em busca de caça para alimentar esta divisão.

    A floresta do norte de Jandor é uma mata vasta, com fauna e flora em abundâncias; desta, principalmente, temos as árvores gigantes, as quais chegam a 100 metros de altura, bloqueando a vista do céu e vice versa.  Quase todo o chão e as árvores estão ocupados de cipós das mais variadas cores, espessuras e utilidades. As verdes, como já descritas, são usadas para fazer cintos, ou cordas finas; as vermelhas são as mais resistentes, usadas principalmente pelos elfos da floresta que habitam essas tais árvores gigantes, uma divergente dos elfos nômades que não compartilham do princípio da transação.

    Os animais também são vários, desde os pequenos esquilos que planam de árvore em árvore, onde abrem um buraco no tronco e lá fazem sua morada, alimentando-se da seiva que sobe das raízes, até as enormes sabujas plantas, não chegam ao tamanho dos javalis gigantes, mas quando se reúnem em bandos, derrotam até o maior deles dada tamanha voracidade com a qual esses animais lutam.

    Escondidas, no interior da ilha, existem entradas subterrâneas, as quais levam a cavernas de musgos cor de gelo, que brilham uma luz fraca, mas tantas são coladas à parede que não é necessário nenhum outro meio de iluminação artificial para se encontrar nos labirintos que unem cada uma dessas entradas. Reza a lenda que o fim do labirinto é uma enorme ágora construída pelos primeiros elfos que habitaram a ilha de Jandor. Nesta praça, há as mais lindas flores, os mais belos e pacíficos animais, além da mais bonita cachoeira com a água mais limpa que há em toda a ilha. Mas lendas são lendas.

    Após uma hora e meia de caminhada, os elfos que avistaram o sinal de fumaça chegaram à origem da fogueira; onde, supostamente, o elfo que derrotara o javali deveria estar, mas não estava. As mulheres foram as primeiras a correr ao redor, à procura do desaparecido. Tudo o que restara ali era a fogueira apagada, a lança do guerreiro e a sacola jogada e rasgada, onde guardara as pedras pra fazer a fogueira. Uma das crianças encontra algo a não muitos metros dali: uma trilha. Pelo que deduzem, arrastaram o javali por aquele caminho. Na área anterior, uma das elfas encontra sangue manchando a grama verde do chão, claros sinais de luta a qual não ocorrera há muito tempo. Alguém seqüestrou o guerreiro.


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