Como sempre:
- Também lhe darei um belo sonho a próxima noite. Ass: Nekory Yue
Shindou vê a cena e fica imóvel, parado na porta Kirino derruba Kariya no chão.
– Como você pode fazer isso comigo? -Shindou disse pausadamente, tentando segurar as lágrimas.
– Shindou! Não...não é o que você pensa!
– O que eu penso...OQUE EU PENSO??? Pensava que você me amava! Pensava que era o amor da minha vida e que era verdade o que me dizia.
– Shindou... Eu..eu te amo.
– Não Kirino, você não me ama. E nunca amou, fui burro em não ver a verdade. - Shindou levantou-se da cama e correu para fora da casa chorando.
Kirino tentou segura-lo porém Shindou desviou e saiu. Kariya que estava no chão levantou e sentou-se na cama, pasmo.
– Finalmente a sua mascara caiu, sabia que era esse tipo de pessoa assim que te vi. - disse Mey, sentando na janela do quarto.
– Você, sua vadia, VOCÊ ESTRAGOU TUDO!!! - Kirino foi em direção de Mey e segurou-a pelo pescoço.
– Eu não...fiz na...da - Mey estava sem ar.
– Kirino, agora nós podemos ficar juntos como sempre quis! - Kariya estava muito feliz com o ocorrido
– Ficar junto de você? Hahaha, só queria mais um virgem para me divertir! Não te amo seu idiota e agora por culpa sua e dessa vagabunda aqui eu não tenho mais meu brinquedinho principal.
Kariya ficou imóvel e começou a chorar.
– Nunca mais quero ouvir a voz de vocês! - Kirino saiu da casa e correu para o lado oposto a o que Shindou tinha seguido.
Kariya chorou e chorou, até que se levantou e viu Mey.
– Você...
– Sim?
– Porque fez isso? Porque?
– Para seu bem Kariya.
– Meu bem? MEU BEM?? Saia daqui agora! E não volte nunca mais. Nunca mais quero olhar na sua cara. Saia AGORA!
Um vento entrou no quarto e puxou Mey para fora, vampiros só entram quando são convidados, então ela não teve outra alternativa se não ir embora.
Kariya deitou na cama e chorou o tempo que conseguiu, até adormecer.
Mey saiu voando indiferente até que falhou e deixou algumas lágrimas escaparem, acabou caindo no chão, para sua surpresa Shindou estava ali.
– Como...como fez isso? - Shindou mesmo espantado ainda chorava.
Mey olhou o menino em sua frente e sentou ali mesmo, olhando ele chorar ela deixou-se cair em pranto e chorar como nunca avia feito.
– Eu fiz algo horrível - disse Shindou abraçando as pernas. - ele teve tudo que quis, tudo. Me sinto um idiota.
– Você não e idiota Shindou, só estava cego assim como Kariya, e como eu também. Kariya apenas queria Kirino, não se importava mais com nada. Não importando o que eu sou, ou não sou.
– Mey, o que tem de errado com você?
– Eu sou uma vampira Shindou, estava com Kariya porque o encontrei no topo da torre prestes a se jogar, por causa do Kirino. Eu estava com fome então, bem... Acabei
– Eu entendi.
– Não vai ficar com medo de mim?
– Kariya está vivo então acho que não devo, ou devo?
– Você não, Kirino sim. Ele machucou meu pescoço.
– Mas vc se machuca fácil?
– Não, mas estou com fome, o que me deixa mais indefesa.
Shindou ficou pensativo por um tempo e depois segurou o cabelo, olhou para Mey e virou de lado deixando o pescoço a mostra.
– Fique a vontade, apenas não me mate.
– Não se preocupe, não precisa fazer isso.
– Eu insisto. - Shindou segurou todo o cabelo com uma mão e com a outra puxou o pescoço de Mey. Ela estava com fome, então não teve muita escolha.
Alguns minutos depois ela afastou se e ele soltou o cabelo. A esse ponto os dois já tinham parado de chorar porém ainda pareciam tristes.
– Eu pensava que era mais doloroso.
– Eu me esforço para não doer.
Fez se um silêncio, não importava o sobrenatural ali pois os corações atormentados estavam mais tristes.
– Eu realmente pensei que ia dar certo. - Shindou deu uma semi-risada meio triste.
– Eu vi logo pelo jeito dele que não era de muita confiança. - Ela imitou o riso de Shindou - depois de tudo que Kariya me disse ... Eu não sei o que fazer...
– Ele brigou com você?
– A verdade é que era meio óbvio o que iria acontecer, me sinto culpada. - Mey olhou para Shindou - Desculpa, se eu não tivesse te chamado...
– O que está falando? Claro que você deveria ter me chamado! Você me fez ver a verdade Mey. Kirino era um idiota mesmo. - Shindou deu um sorriso.
Neste momento os sinos tocaram, era tarde.
– Bem Mey, eu preciso ir para casa agora, meus pais irão brigar comigo. Até mais.
– Se tivermos sorte, poderemos nós ver no futuro.
– Então você vai embora?
– Sim, eu vou passar um tempo na minha casa, esfriar a cabeça, depois disso tudo não quero ficar por aqui.
– Queria poder passar um tempo longe daqui também. - Shindou olhou para Mey pensativo e fechou os olhos - Já sei! - Ele deu um pulo levantando-se do chão. - Mey! Posso ir com você?
– Ir pra onde? Para minha casa?
– Isso, ou melhor! Vamos viajar pelo mundo, vamos sumir por um tempo, como amigos?
– Não sei se isso vai dar certo Shindou, eu poderia ir mas você tem seus pais, tem uma vida pela frente.
– Mey, se você fosse mortal, como sou agora, e isso te acontecesse...você iria querer ficar no local onde você vivenciou tudo isso?
Mey fechou os olhos e suspirou, claro que ele tinha razão, mas ela não gostava da ideia de "acabar" com a vida de alguém.
– Você tem certeza disso Shindou?
– Absoluta!
Mey ficou de pé ao seu lado e subiu alguns dedos do chão.
– Mostre-me onde mora, arrume suas malas rapidamente e descanse, saímos assim que amanhecer.
– Não, ao amanhecer não, vamos agora. Vamos a noite e ninguém irá nos deter.
– Você está muito animado, espero ficar acordado.
Shindou deu uma gargalhada curta e deu uns passos indicando o caminho para Mey. Seguiram por esse caminho até uma enorme mansão. A casa de Shindou tinha muitas coisas velhas o que deixou Mey intertida por um tempo.
– Pronto!
Shindou carregava uma enorme mala.
– Você vai carregar isso tudo?
– Sim, vamos a muitos lugares.
– Shindou.. - Mey ficou pensativa até dizer - Pegue um casaco. É frio lá em cima.
– Mas e as roupas?
– Dinheiro. Precisamos sempre mudar de acordo a onde estivermos.
– É o bom de ser rico? - Ambos deram uma gargalhada.
Shindou olhou para a cama, ficou triste no mesmo instante.
– Ele costumava vir dormir comigo.
Lágrimas desceram em suas bochechas.
– Agora me da nojo só em pensar deitar nessa cama novamente.
– Os sentimentos são estranhos. Eu já deveria ter aprendido.
– Você tem quantos anos?
– Digamos que eu sou muito velha.
– Não parece.
– Sério mesmo? Não acredito, porque será?
Mas uma vez deixaram de lado a tristeza que avia molhado seus rostos.
– Vamos! - Mey saiu pela janela, flutuando até a beirada do quarto - Espero que você não seja tão pesado!
– Como assim? A gente vai voando?
– Você queria ir de ônibus?
Mey virou de costas e Shindou cruzou os braços no seu pescoço.
– Pelo menos assim você não cai quando dormir.
– Não vou dormir!
Mey subiu e aumentou a velocidade indo rumo a Transylvania. Shindou divertiu-se no começo, mas como esperado ele dormiu.