Saiyajin no Ouji Tarble

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    Capítulo 9

    Cara a cara com o carrasco

    Violência

    Capítulo 9: Cara a cara com o carrasco

    Raneban saiu correndo mais uma vez, logo que se recuperou do choque de ver seu planeta natal ser explodido por Freeza. Tinha surgido em sua mente uma ideia, que esperava colocar logo em prática. Novamente, acionou o rastreador, que apontou para o local de destino. Correndo a mil, seguiu todas as indicações do aparelho, até avistar uma porta fortemente guardada por quatro sentinelas.

    ?Vou ter que me livrar deles, se quiser entrar lá?, pensou, enquanto estava escondido numa das curvas do final do corredor.

    Apontou uma das mãos para a direção de onde vinha. Carregou uma esfera de energia e a disparou, provocando uma explosão no corredor. Evidentemente, isso chamou a atenção deles. A um sinal, combinaram que dois deles iriam averiguar o que havia sido aquilo. O rastreador de Raneban acusou a aproximação da dupla. O saiyajin, diante disso, decidiu surpreendê-los. Desferiu um chute na nuca do primeiro e, em seguida, deu um potente soco na barriga do segundo. O rastreador analisou o ki deles e constatou que estavam mortos.

    Raneban se posicionou de novo, no mesmo lugar. Respirou fundo e permaneceu imóvel por uns dez minutos, até que os outros dois guardas resolveram ir à procura dos companheiros. Eles foram direto à armadilha de Raneban, que aplicou mais um forte soco em um deles ? chegou a atravessar o peito ? e um poderoso chute no rosto do último. Mais uma vez, o rastreador acusou a morte deles.

    ?Ótimo. Agora é só entrar?, ele pensou.

    Quando chegou à porta, notou a presença de um teclado numérico. Com dedos ágeis, digitou todas as combinações possíveis para uma senha, até que, num estalo, a porta se abriu, dando acesso à sala do computador central da nave. Raneban entrou e se dirigiu até a máquina. Como um hacker experimentado, batia furiosa e rapidamente as teclas do computador, até encontrar o que lhe interessava: rotas de viagens pelo espaço afora.

    ?Muito bem, agora tenho que encontrar as duas rotas que me interessam. É só questão de tempo para que os paus-mandados a serviço de Freeza me descubram com os rastreadores deles, e com os vigias que eu matei. Preciso encontrar o príncipe Vegeta e o príncipe Tarble o mais rápido que eu puder, ou aquele desgraçado pode pegar os dois antes!?

    Encontrou as rotas que queria e conectou o rastreador ao computador através de um cabo de dados. Logo que conectou, começou a baixar para o aparelhinho as descrições das rotas que tinha encontrado. Enquanto isso, o rastreador acusou a aproximação de algumas fontes de energia.

    ?Essa coisa tem que andar logo, ou senão estarei frito!?

    - Vamos, anda logo! ? disse.

    As informações chegavam rapidamente ao aparelho do saiyajin, que esperava impacientemente pela finalização do download das informações sobre as rotas dos dois príncipes. Os kis acusados pelo rastreador se aproximavam a cada segundo.

    - Depressa! Vamos, não tenho todo o tempo do mundo!

    À medida que o tempo passava, Raneban suava frio. Tinha que sair logo dali, pois tinha se infiltrado num grande vespeiro. Na verdade, a nave de Freeza era muito pior do que um vespeiro. Entrar nela para enfrentar o imperador era o mesmo que assinar a própria sentença de morte.

    Se nem mesmo o rei Vegeta, que era o saiyajin mais poderoso do planeta, conseguiu sobreviver, quais seriam as chances de um mero sargento se safar? Pela lógica, nenhuma. Mas não saberia o resultado na prática se não tentasse.

    Nisso, os soldados de Freeza chegaram à sala do computador central, no mesmo instante em que Raneban escutou uma voz metálica dizer: ?Download concluído!?

    - Quem diria... Encontramos um saiyajin...

    A voz vinha de um homem de pele esverdeada, longos cabelos verdes em uma trança e rosto delicado. Raneban reconheceu aquela figura de imediato. Era Zarbon, considerado braço direito de Freeza. Já o havia visto antes, quando Freeza havia aparecido com seus asseclas ? Zarbon e Dodoria ? no planeta Vegeta.

    Agora eles estavam ali, frente a frente.

    - O que você está fazendo aqui, saiyajin?

    - Não é da sua conta... Pau-mandado! Agora... Me deixe sair daqui, preciso ir embora! ? disse com sarcasmo.

    - Nem pensar... Inseto!

    - Não sou um inseto, e não aceito ofensas de um pau-mandado!

    Após dizer isso, Raneban carregou uma esfera de energia na mão direita e apontou para Zarbon.

    - Agora sai da minha frente, eu tenho que ir, pau-mandado!

    - Nem pensar... Quem é você para me dar ordens?

    - Meu nome é Raneban. Já é o bastante pra saber.

    - Grande coisa... Um sargento saiyajin desafiando um poderoso soldado de elite de Freeza... Você está me subestimando!

    - E você acha que, vendo você se gabar, vou me borrar de medo? Não, isso não faz parte da minha personalidade, ?soldado? Zarbon. Não mesmo...

    Nesse momento, Raneban disparou um raio contra Zarbon, que logo conseguiu se esquivar.

    - Ataquem esse inseto saiyajin! ? o soldado de Freeza ordenou aos outros.

    Os guerreiros atacaram Raneban juntos. O sargento se viu em meio ao monte formado por aqueles guerreiros e expandiu seu ki, a fim de mandá-los para bem longe. Em seguida, pequenos grupos foram atacá-lo, mas o saiyajin conseguiu se livrar de todos depois de vários golpes e raios.

    Enquanto isso, Zarbon assistia a tudo de braços cruzados e com expressão impassível.

    Raneban, por seu turno, terminou de derrotar os guerreiros de Freeza. Encarou Zarbon com seu olhar mais gelado possível e permitiu-se um sorriso confiante. Todo saiyajin adorava um desafio. E Raneban não era exceção.

    - Tudo bem ? disse o homem de cabelo verde. ? Eu subestimei você, saiyajin. Mas não vou deixar você sair, seja lá com que informação que você baixou...

    - Certo ? respondeu o sargento com mais uma dose de sarcasmo. ? Se você quer lutar, pau-mandado... Então vamos lutar agora!

    Raneban partiu ao ataque, já com um soco armado para acertar o rosto de Zarbon, mas este se esquivou ao mesmo tempo em que segurou a mão do saiyajin. Ainda sem soltá-lo, o soldado de Freeza desferiu-lhe uma cotovelada, que o jogou no chão. Só que Raneban não era do tipo que desistia fácil. Levantou-se rapidamente e conseguiu acertar um chute nas costas do adversário.

    O sargento saiyajin não deu refresco e logo desferiu uma sequência de socos e chutes contra Zarbon. Este bloqueou parte dos golpes e revidou lançando uma esfera de energia contra Raneban. No entanto, a luta foi interrompida.

    Freeza havia acabado de baixar por lá.

    - Soldado Zarbon, posso saber o que está fazendo? Por que ainda não matou esse verme saiyajin inútil?

    Zarbon não respondeu, apenas olhou para o imperador. Raneban, por seu turno, o encarava com fúria. Se pudesse, partiria para cima daquele lagarto asqueroso e faria com que ele pagasse pela destruição de seu planeta. Mas não podia fazer isso. A imagem dele matando o rei Vegeta e todos os guerreiros que ali estavam reaparecia em sua mente, mostrando que não poderia tomar uma atitude tão insana.

    Foi então que um arrepio correu pela sua espinha.

    - Vejo que você escapou, não é, saiyajin? ? diz Freeza.

    Raneban limpou o sangue da boca e grunhiu. ?Desgraçado!?, pensou. ?Maldito... Se eu pudesse...?

    - Parece que você também viu todo o espetáculo... Sabia que o rastreador não estava errado. Bem... Não posso deixar você fugir e correr o risco de deixar esse ?segredinho? chegar aos ouvidos dos sobreviventes...

    ?Droga! Como ele sabia do meu plano?!?

    - Acho que serei obrigado a fazer aqui uma ?queima de arquivo?...

    Um único pensamento lhe ocorreu. Não era uma solução lá muito honrosa, mas, se queria salvar sua pele e não pôr seu plano todo a perder, teria que fazer isso.

    Teria que fugir.

    Saiu em disparada rumo à porta. Freeza mirou seu dedo indicador para ele e disparou um raio. Por sorte, acertou apenas o rastreador. Raneban avançou rumo ao corredor, não precisava lamentar a perda de seu aparelho, porque tinha conseguido memorizar as duas rotas que havia baixado. Correu ainda mais pelo labirinto de corredores, procurando sair logo daquele lugar.

    Ele era a única testemunha da destruição do planeta Vegeta, precisava escapar com vida para arquitetar um plano de vingança, envolvendo os dois príncipes. Mas, em mais uma curva do corredor, deu de cara com Freeza, que havia aparecido do nada. Tentou fazer o caminho de volta, mas foi se virar pra dar de cara com Zarbon e Dodoria.

    Estava frito.

    Voou desesperadamente pra cima dos dois soldados, mas um raio acertou-lhe o ombro. Depois disso, levou um golpe no rosto, vindo de Dodoria. Raneban se levantou, mas Freeza disparou mais um raio que, dessa vez, o acertou em cheio e o fez cair sem sentidos.

    - Não vale a pena desperdiçar a minha energia para pulverizar esse saiyajin... Nem há necessidade de verificar o rastreador, ele já está morto! Mandem levá-lo para o necrotério!

    - Sim, grande Freeza! ? Zarbon e Dodoria disseram ao mesmo tempo em que reverenciavam o imperador.

    - Ótimo. Bem, nosso ?segredinho? agora está seguro. Vou até a minha sala para avisar os sobreviventes sobre a colisão de um meteorito que causou uma catástrofe... A destruição do planeta Vegeta...

    Não pôde conter uma gargalhada depois de ouvir sua própria farsa e se retirou naquele momento, iria pôr sua ideia em prática e pensar em como tutelaria o agora órfão príncipe Vegeta. Se a lenda daquela raça fosse verdadeira, Freeza estaria com um Super Saiyajin a seu serviço. E quanto ao outro príncipe ? Tarble ? este não lhe interessava, era fraco demais para ser seu subordinado.


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