Saiyajin no Ouji Tarble

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    Capítulos:

    Capítulo 7

    Majestade caída e fogos de artifício (Parte 1)

    Violência

    Capítulo 7: Majestade caída e fogos de artifício (Parte 1)

    No dia seguinte à partida de Tarble, Vegeta conseguiu autorização de Freeza para sua primeira missão. Imediatamente ele partiu, junto com Nappa, seu tutor, rumo a um planeta que deveria ser conquistado, a fim de ser vendido por um bom preço. O pequeno príncipe achava que não tinha mais o que fazer em meio a intermináveis treinamentos. Simplesmente queria ação, como qualquer outro saiyajin. E ele era um saiyajin talentoso. Como candidato a Super Saiyajin, não deveria desperdiçar seu talento em treinos sem importância.

    Para isso, era preciso enfrentar lutas de verdade. E, com esse pensamento e com a autorização do imperador Freeza, Vegeta partiu para o início de sua busca por poder. Principalmente da transformação lendária em Super Saiyajin.

    Já no planeta Vegeta os dias já haviam sido melhores. A desconfiança que pairava sobre os saiyajins em relação a Freeza se tornava cada vez maior. O perigo de uma possível traição ficava cada vez mais palpável.

    O imperador já não inspirava a mesma confiança de antes. Muito pelo contrário...

    O rei Vegeta andava impaciente de um lado a outro da grande sala do trono. Aquele clima de ?guerra fria? já estava lhe dando nos nervos há algum tempo, somada à rebeldia do príncipe Vegeta e aos transtornos causados pelo príncipe Tarble. Já se via livre de seu fraco filho Tarble por definitivo, e livre de Vegeta por algum tempo. Era tempo suficiente para se preocupar unicamente com a situação na qual os saiyajins estavam envolvidos.

    E era algo que soava muito mais grave do que aparentava. A maioria dos saiyajins que partiam rumo às missões para cumpri-las não voltava mais. A grande parcela desses guerreiros simplesmente desaparecia dos rastreadores. E o pior: eram missões até fáceis. Fáceis demais.

    O rei suspeitava de alguma série de emboscadas contra seu povo. E eram suspeitas muito graves.

    Para completar, Freeza sabia da lenda do Super Saiyajin. O mito já havia chegado aos ouvidos do imperador. E era de conhecimento do rei que ele temia essa lenda. Freeza parecia entender que os saiyajins eram uma ameaça ao seu império. Mas o imperador queria seu filho mais velho, para ficar sob sua custódia. Queria o talentoso príncipe e candidato a Super Saiyajin a seu serviço.

    Envolver seu filho Vegeta nisso fora a gota d?água.

    Decidiu ir até Freeza. Se ele iria trair o rei, o rei Vegeta o trairia primeiro. Chamou os melhores guerreiros para invadir a nave do imperador, como parte de seu plano de insurreição contra Freeza. A segunda parte simplesmente consistia em matá-lo e tomar o poder.

    Dentre os guerreiros de sua elite estava Raneban.

    - Majestade ? ele disse. ? Não acha que esse plano é muito precipitado?

    - Não. ? o rei respondeu secamente.

    - Mas... Mas não conhecemos o poder de Freeza...

    - Pra mim, não interessam as suas opiniões! Eu vou liderar esse ataque e não admito que ninguém me questione!

    - Mas pode ser que o Freeza seja mais forte que Vossa Majestade!

    O rei se enfureceu com o que Raneban acabava de dizer. Soava como uma grande heresia. Simplesmente desferiu um forte soco contra o sargento, descarregando a sua fúria nesse golpe. Foi lançado contra uma das paredes do palácio, onde ficou o buraco gerado pelo impacto.

    - Como ousa dizer tamanha asneira?! Se você está com tanto medo, fique! Não preciso de covardes no meu grupo de guerreiros de elite!

    Pegou Raneban pela gola do uniforme e o pôs cara a cara com ele:

    - Escute bem, sargento Raneban, seu verme inútil! Cale a sua maldita boca, ou eu te arranco a língua neste mesmo momento! Ou pior, te transformo em pó! E lembre-se disso... Eu sou o rei Vegeta, e sou o rei dos saiyajins. Não sou rei à toa, e fiz por merecer esse título... Só o saiyajin mais forte dentre todos merece ser rei! E esse sou eu, entendeu?

    Nisso, ele largou ? leia-se jogou ? Raneban no chão, e com violência. Em seguida, deu as costas e saiu seguido pelos outros guerreiros escolhidos para a invasão. Quanto ao sargento, este ainda ficou deitado no chão por alguns minutos, a fim de se recuperar do golpe violento que havia acabado de receber do rei.

    Em seguida, ele se levantou ainda meio tonto. Andou sem direção definida, só queria sair de lá da sala do trono. Aquilo que o rei ia fazer naquele momento era loucura, Raneban pensou enquanto caminhava. Pior, poderia ser um suicídio, se os boatos acerca do poder de Freeza fossem verdadeiros.

    Quando percebeu, estava à porta de uma taverna, muito frequentada pelos guerreiros, principalmente quando retornavam de missões bem-sucedidas. Até aí, nada de mais, mas algo no chão chamou a sua atenção. Uma mancha de sangue, que apontava lá para dentro. De lá, escutou um mar de gargalhadas, que abafavam uma voz irritada e ao mesmo tempo desesperada.

    De repente, viu alguém sair em meio às risadas de lá de dentro. Era um guerreiro de classe baixa (reconheceu pelo resto de traje que ele ainda exibia), que estava gravemente ferido e saía cambaleando do local. Reconheceu nele o guerreiro Bardock, que era bastante poderoso para sua classe. Estava completamente transtornado e também parecia bastante atormentado.

    Bardock começou a correr, mas, após dar apenas alguns passos, esbarrou em Raneban. De imediato, o sargento da elite sentiu como se tivesse tomado um grande choque. Estranhamente, surgiu na sua mente uma cena aterradora. Ainda em estado de choque, teve uma visão de um planeta se tornando poeira cósmica. ?Vejam estes lindos fogos de artifício!?, ecoava uma voz assustadora. Em seguida, a mesma voz deu uma gargalhada. Ficou ainda mais aterrorizado ao reconhecer o planeta que se transformara em fogos de artifício.

    Raneban caiu atordoado no chão e Bardock seguiu sua corrida desembestada para longe da taverna, deixando alguns rastros de sangue. O único que entendia a razão dessa corrida desenfreada do soldado estava ali no chão, com as mãos na cabeça e tão transtornado quanto o outro saiyajin.

    - Não... Não pode ser... ? o sargento murmurava. ? Será que isso é verdade? Parece... Tão real...!

    - Pra onde foi aquele doido? ? perguntou um guerreiro que acabava de sair da taverna. ? Deve ter pirado e resolveu ir até o rei... Como se o rei fosse ouvir um reles soldado de classe baixa...

    Raneban, que se recuperava aos poucos do choque mental que havia sofrido, se levantou e perguntou:

    - Por que dizem que o soldado Bardock ficou doido?

    - Ele tá assim desde que voltou da missão lá no planeta Kanassa. Ele diz ter visões, e desta vez aquele maluco disse que viu o planeta Vegeta explodir, e que a gente deveria atacar o Grande Freeza, antes que fosse tarde demais... Aí todos nós caímos na gargalhada, porque era uma piada, no mínimo! Nós somos poderosos, e o nosso rei é mais ainda! Ninguém o venceria! Além disso, o príncipe é o lendário Super Saiyajin...

    Raneban saiu correndo, sem esperar que o soldado terminasse as bravatas que dizia em relação à superioridade dos saiyajins.

    - Eu, hein... Que bicho mordeu esse cara?

    ?Planeta Kanassa... Visões... Missão da equipe do soldado Bardock... Ele voltou desacordado da missão... Teve visões... É claro, os kanassajins têm essa habilidade de prever o futuro através de visões... Maldição... Essas visões...?

    O sargento tentava montar as peças do quebra-cabeça que estava em sua mente, desde que Bardock havia esbarrado nele. Quando, por fim, conseguiu juntar todas as peças, estacou. Começou a suar frio, em seu rosto estava estampada uma expressão de puro terror.

    ?Não... Não pode ser... A visão que eu tive... Era a visão do soldado Bardock...!?

    ?Vejam estes lindos fogos de artifício!?

    ?Fogos de artifício... Não... Não é possível... Não pode ser verdade... O planeta Vegeta... Freeza... Explosão... Fogos de artifício... Maldito...! Maldito Freeza...! Ele vai explodir o planeta Vegeta!!!?

    Nisso, Raneban saiu mais uma vez correndo em disparada. Precisava fazer alguma coisa. Qualquer coisa.


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